Dangerous Ways - Caminhos Perigosos escrita por BabySophiaBR


Capítulo 37
37 –Beijos, Parte IV


Notas iniciais do capítulo

Ai gente, tô de volta com um cap super emocionante.
Só pra dar um cheirinho - Alice vai apanhar Carlisle traindo Esme e vai descer o salto na Priscilla. (toma cabra)
—Alice vai beijar Emmett

Então corram pra ler e não esqueçam de comentar

beijoooooooxxxxxxxxxxxxxx



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POV Alie

 

Hoje seria meu primeiro dia no hospital e eu não queria chegar atrasada. Acordei três horas mais cedo para vestir algo bastante apresentável, preparar o café da manhã e acordar a mala sem alça da Bella. Claro que perdi meu tempo chamando por ela. Ou melhor, gritando o nome dela. Peguei no copo com água que tinha sobre o criado mudo dela e joguei em cima dela. Claro que ela fez o seu escândalo matinal e eu a arrastei até o banheiro.

 

Depois de muita engonhação, lá consegui arrastar a criatura lesada até o hospital. Dei passe livre pra ela rezando para que ela não desse uma de louca e ficasse entrando à toa em qualquer sala em busca do médico que ela tanto procurava.

 

Entrei no elevador e subi até o andar em que eu iria trabalhar, que era no mesmo do escritório do Dr. Cullen. Esse é outro ser esquisito que habita a Terra. Tanto está a ponto de me bater, como me trata que nem uma dama. Affe. Deve ser a andropausa (N/A: Menopausa dos homens), ou como uma professora minha de história dizia, a Mezopausa. (N/A: Designada para os tempos do mezo-histórico, aquele tempo dos Dinossauros. What Ever.)

 

Entrei no escritório destinado a mim e notei que não estava sozinha. Uma garota meio destrambelhada, com óculo fundo de garrafa e aparelho nos dentes me esperava junto a uma secretária perto da minha.

 

-Quem é você? – Perguntei secamente

-So-ou a Andressa. Su-ua Secre-tária. – Se apresentou gaguejando

-Tem problemas na fala? – Perguntei

-N-Não. Porquê? – Perguntou confusa

-Você gagueja, oras! – Rolei os olhos

-Ah. Des-culpe. Eu antes ficava sozinha nessa sala fazendo todo o trabalho que a antiga contabilista mandava e então nunca tive de falar com ninguém. – Se explicou abrindo um sorriso tímido

-A outra mandava você fazer o trabalho dela? – Perguntei bestificada

-Sim.

-Cabra. – Acusei e a garota soltou um riso fraco – Comigo não será assim. O meu trabalho eu mesma o farei. Você fica com as partes burocráticas e informais. – Firmei numa voz profissional e grave fazendo a garota se encolher de medo – Escute, Andressa…Eu posso parecer a bruxa má, mas esse é apenas o meu disfarce diário a que eu já me acostumei e que você vai se acostumar rápido. Não ligue ao meu mau humor e nunca tente bater comigo de frente. Quando eu digo uma coisa você tem de obedecer, mesmo que seja descabido. A partir de agora você não será apenas minha secretária. Será minha confidente e leal servidora. Escutou direito!

-Sim senhora. – Respondeu apressadamente meneando a cabeça rapidamente

-E sem essa de senhora. Me chame apenas de Alice.

-Tudo bem. – Sorriu

-Temos trabalho? – Perguntei tirando meu casaco e me sentando na minha cadeira

 

Logo Andressa me colocou a par de todas as contas e finanças do hospital. Sabia que tinha que começar cortando despesas para que o diretor pudesse implementar novas medidas medicinais de desenvolvimento e para alargar o ramo da pediatria e das investigações oncológicas. Fiquei por horas analisando aquele amontoado de papéis completamente deliciada. Esse era um trabalho que eu adorava fazer e só parei porque meu estômago roncava alto e minha cabeça pesava gritando junto com o resto do meu corpo para eu parar e ir me alimentar.

 

Desci para o refeitório junto com Andressa, pois a obriguei a almoçar comigo. Eu podia ter pedido pra Andressa trazer o almoço para a gente comer na sala mas eu precisava ver o refeitório com os meus próprios olhos e saber direito o que eu podia ou não cortar nos orçamentos.

 

-Vamos lá dentro ver a sala frigorífica e a dispensa do refeitório. – Falei puxando a garota atabanada comigo

 

O pessoal da cozinha me olhava pensando que eu era louca mas eu nem liguei. Abri a porta da sala frigorífica onde ficavam as carnes, peixes e outros congelados.

 

-Anote todas as marcas e nomes dos produtos e investigue os fornecedores. – Falei assim que sai do gelo da sala e abri a porta da enorme dispensa

-Ok.

-Se preparem para cortar nas quantidades e na variedade dos alimentos. – Avisei ao pessoal da cozinha e um zunido de murmúrios se fez soar

 

Dei costas a eles e voltei para o refeitório.

 

-Anote as ementas semanais que eles fazem. Tem muita coisa desnecessária aqui.

-Já fazendo mudanças drásticas. – Um cara gato de jaleca me falou sorrindo torto

-E o senhor é? – Perguntei presunçosa

-Damon Salvatore.

-Ah, você é que é o médico de Bella. Ela andava aí te procurando. – Falei olhando em volta

-É. Eu já estive com ela. – Deu de ombros – E você é a nova contabilista do hospital, certo?

-Não. Sou a fiscal da nutrição. – Peguei

-Seu humor é extremamente… - Fingiu pensar

-Peculiar? – Perguntei segurando o riso

-Detestável. Mas peculiar também serve. – Falou e eu abri a boca em surpresa

-Sua personalidade é bem… - Minha vez

-Extravagante? - Tentou

-Cara de pau. Mas extravagante também serve. – Peguei de volta e acabamos gargalhando

-Aceita almoçar comigo? – Ele convidou cavalheiro

-Só se eu fosse louca. – Falei fingindo estar ofendida – De dizer que não. – Sorri e ele rolou os olhos me guiando até uma mesa

 

Ficamos bastante tempo falando sobre o funcionamento do hospital. Ele me aconselhou o quê cortar e por onde começar a cortar as despesas. Me senti mais segura com o apoio dele. Achei ele um cara bem legal para Bella. Ele contou que ia jantar com ela essa noite e eu felicitei ele.

 

Logo voltei com Andressa, que ficou o almoço todo calada, para o escritório. Ao passara pela porta do escritório do diretor decidi mostrar agora as minhas intenções nas mudanças das despesas do hospital. Bati na porta e entrei. A secretária não estava. Talvez tenha ido almoçar. Me aproximei da sala do diretor e bati de leve. Ninguém respondeu até eu ouvir uns sons estranhos mas ao mesmo tempo familiares. Mais propriamente gemidos.

Pensei logo em Esme e nem esperei pra escancarar a porta e me deparar com Carlisle comendo uma médica metida a boazuda. Pigarreia alto e os dois se assustaram.

 

-Quem a deixou entrar? – Ele perguntou bravo subindo a calça junto com a cueca malmente e fitando o chão

-Ninguém. – Respondi dando de ombros – Não tinha ninguém que me impedisse de entrar.

-Ah, eu despeço aquela imprestável! – Bravejou

-Já pensou que sua secretária, como todo e qualquer ser humano, tem suas necessidades, nomeadamente comer, fazer necessidade… - Zoei sarcasticamente

-E você não sabe bater na porta? – A medicazinha de nome Priscilla Dawn falou esnobe

-Eu bati, mas vocês estavam mais concentrados no som dos vossos…bem, acho que não preciso ser mais explícita do que fui até agora. – Falei no mesmo nível que a piranha destruidora de lares

-Veja como fala com ela! – Carlisle vozeou

-Não há jeito mais adequado pra falar com alguém como ela.

-Mais respeito! – A cabra lançou

-Não posso respeitar alguém que não se dá ao respeito. – Atirei – Mas vamos deixar de papo besta que eu tenho mais que fazer. Vim aqui tratar de assuntos profissionais. – Falei me jogando em uma cadeira e preparando os papeis que queria mostrar a Carlisle “O Diretor Fudilhão”

 

Quando a biscate se preparava para sair eu não consegui me segurar sem mandar mais uma de minhas bocas.

 

-E deixem só eu dar mais um conselho. Para a próxima vez que quiserem fuder e as vossas fantasias sexuais não vos permitirem a um Motel de quinta de beira de estrada, esperem o expediente acabar. É que tem gente séria querendo trabalhar de verdade. – Finalizei colocando meu óculo de grau e fingindo analisar um documento

 

(N/A: É isso aí Lice, manda ver! Amei escrever essa parte *v*)

 

Depois do meu show desmancha-prazeres (e fogo alheio), Carlisle nem teve cara pra me encarar e apenas disse sim a todas as minhas ideias e planos de mudança. Sai dali satisfeita por demais e finalizei o meu dia no hospital em grande com um brinde a mim. Por vezes ser uma autêntica CABRA tem suas vantagens. (N/A: Concordo plenamente)

 

Estava saindo do hospital indo na direção do meu Rabbit procurando em minha mala a droga das chaves. Sabe quando você sabe que guardou uma coisa e não a encontra? Pronto, eu até já estava ouvindo o tilintar delas, mas cadê delas aparecerem?

Mas aí veio um cara e foi contra mim derrubando minha carteira no chão.

 

-Me desculpe, eu não a vi. – Pediu me ajudando a arrumar as coisas de volta

 

Aproveitei que as coisas estavam espalhadas no chão, e as benditas chaves tinham aparecido, e as peguei.

Assim que tudo foi arrumado eu olhei o cara gentil que foi contra mim.

Mas foi aí que meu mundo parou. Me senti ficar sem cor, sem forças. Meu coração batia tão fracamente que ameaçava parar a qualquer momento.

 

-Co-co-mo? – Me perguntei atordoada com as tamanhas semelhanças

-Desculpe? – O cara perguntou

-Você… - apontei para ele – Peter. – Falei abrindo um enorme sorriso e me jogando nos braços dele

 

Fiquei assim por bastante tempo, chorando e apertando meus braços em torno do pescoço dele. Ele era tão parecido com Peter que eu desejava muito que fosse mesmo ele. Eu dava minha vida para que fosse ele. Queria tê-lo de novo em meus braços.

E esse cheiro, tão igual ao de Peter. Os ombros. Eu precisava olhar de novo na cara dele. Então eu me afastei aos poucos do cara e o encarei. Fitei cada pormenor de seu rosto o comparando a Peter. E, nossa, como eles eram tão parecidos.

Os olhos, o nariz, o sorriso. Meu coração de um segundo para o outro acelerou tanto que ameaçou sair pelo peito em disparada. O cara não se movia e expressava uma fisionomia apreensiva, tão igual a de Peter que eu não me segurei.

 

E então eu o beijei.

O cara correspondeu com a mesma intensidade que eu, e o beijo…ah, o beijo era tão parecido com aquele único beijo que eu dei em Peter quando garotinha…

E por momentos eu retornei àquele doce e inocente momento. Mas tão rápido me recordei desse momento como me lembrei que Peter desapareceu sem deixar uma única carta de despedida depois desse estúpido e inconsequente beijo.

Me desprendi do cara violentamente e recobrei a consciência daquele enorme pesadelo que eu estava tendo.

 

Como eu fui beijar um cara que nem era Peter, mesmo se parecendo muito com ele?

 

Empurrei o cara e entrei apressada em minha Rabbit dirigindo rápido para casa. Já era tarde da noite e Rose não tinha chegado ainda. Joguei minha carteira no chão e chorei enraivecida. Me olhei no espelho com fúria e atirei um sapato de cada vez no objeto de ornamentação o partindo em bocadinhos. Fui até a cómoda e atirei tudo no chão gritando de boca fechada e chorando convulsivamente.

 

Me joguei na cama e continuei chorando mais e mais tentando chegar a um ponto de torpor que me levasse à inconsciência e daí ao sono.


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Notas finais do capítulo

E então? que acharam? ficou bom?

Ao princípio tava chato, mas eu deixei as emoções fortes todas para o final.

Comentem plixxx

beijoooooxxxxxxxxxx