Keep Calm and Try to not Hate Him escrita por ApplePie


Capítulo 1
Prólogo - Não é Charlie!


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa pessoas novas ou que já acompanham minhas fics. Bem-vindas mais uma vez em meus domínios.Estamos começando a 2ª Temporada Keep Calm e mais uma vez esclarecendo: você não precisa ler a 1ª para entender a 2ª. São histórias totalmente diferentes, só alguns personagens que aparecem nas duas (quem já leu, sabe de quem estou falando ;D).
I hope you enjoy,
Kissus



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Charlotte DarkShadow

Você alguma vez já sonhou que você está sendo perseguido por picles gigantes assassinos?

Não?

Bem, fica a dica de que definitivamente NÃO é legal.

— Charlotteeee — eles gritavam com aquela voz de câmera lenta. — Nós vamos pegar vocêeeee.

— SAI DEMÔNIO! — eu gritei enquanto corria num corredor sem fim.

— Charlotteeee...

— Charlotte!

— Chars?!

— CHARLOTTE DARKSHADOW, LEVANTE DESSA CAMA AGORA!

Meu sonho se desfez e eu senti algo duro e gelado na lateral do meu corpo.

Eu tinha caído da cama.

— Bom dia pra você também, mãe — eu resmunguei enquanto subia na minha cama e ajeitava minha coberta para dormir novamente.

— Você vai se atrasar pra escola! — ela gritou do corredor.

— Eu posso atrasar quinze minutos da aula que o professor ainda nem vai ter terminado o seu café — retruquei, mas mesmo assim levantei da cama dizendo adeus ao meu amante o Gordo, meu cobertor.

Fui para o banheiro fazer minha higiene matinal. Olhei para o espelho ao acabar e percebi que eu estava como sempre: linda e maravilhosa.

Só que não.

Meu cabelo estava um ninho, meus olhos cansados e com uma espinha no meu queixo que eu decidi chamá-la de Josefina.

Bufei descontente com minha imagem.

Se tem alguma coisa que eu odeio na genética é a probabilidade. Porque se não estivesse a probabilidade de eu ter os olhos azuis de minha mãe ou os cabelos finos de meu pai, meus cabelos não pareceriam um ninho e meus olhos seriam de uma cor violeta fazendo com que eu não tivesse aquela porra de sangramento todo mês e não tivesse tanto pêlo no corpo.

Genética, eu te odeio.

Depois de pentear meu cabelo superficialmente, afinal há nós que só iriam sair com tesoura provavelmente, eu vesti o meu uniforme composto por uma blusa branca com o brasão da escola e uma saia preta, além das meias sete oitavos e do sapato. Desci as escadas para tomar um café.

— Bom dia! — minha mãe disse quando eu sentei à mesa e separei umas torradas e um copo de café.

— Bom dia — eu disse bocejando.

Minha mãe estava sorrindo. Era INCRÍVEL como o humor dela variava tão rapidamente. Uma hora ela estava quase me chutando para fora da cama, na outra ela está dizendo bom dia e sorrindo para os passarinhos.

Mulher difícil.

Percebi que meu pai estava descendo as escadas. Jake DarkShadow era um homem muito atraente. Com seus olhos raros cor violeta e seu cabelo preto bagunçado adicionado a um corpo bem cuidado, ele era o centro das atenções.

Minha mãe também era bonita. Angeles Darkshadow tinha um cabelo enrolado preto brilhoso e olhos azuis-bebê como os meus. Assim como ela, eu tinha traços muito jovens, o que fazia com que as pessoas pensassem que eu tinha doze anos e não quinze. Isso não era muito legal, mas tudo bem, uma hora a gente aprende a relevar.

Ou não.

Depois de ter tomado café-da-manhã eu praticamente saí me rastejando da minha rua para a escola. Era o primeiro dia de aula e eu já não queria mais voltar para aquele inferno.

Foi só eu colocar o pé na minha calçada que eu ouvi aquela voz.

Daquela coisa.

— Charlie está andando emburrada. Por que tão brava? Será por causa desse sol escaldante ou será por causa da escola chateante? Charlie não sabe — disse a voz atrás de mim como se estivesse contando uma história.

Eu suspirei e virei-me.

— Sério, Colby, você precisa parar de me encher o saco.

Eu não deveria ter me virado. Encontrei ele com seu sorriso enorme de criança e olhos brilhando. Não tinha como ficar com raiva de uma coisa tão fofa, mas ao mesmo tempo tão gostosa quanto Colby.

Deixe-me esclarecer algumas coisas. Colby morava na mesma rua que eu, por isso nos conhecemos desde criança. E desde criança ele tem a mania de me chamar de “Charlie” que é um nome masculino sendo que meu nome é “Charlotte”.

— E não me chame de Charlie.

Ele fez biquinho.

— Ah, qual é, Chars? — ele sorriu de novo.

Eu tentava não cair em seu feitiço. Era difícil e eu dava tapinhas de orgulho a mim mesma por conseguir resistir.

Colby era bonito. Não havia dúvida nisso. Ele tinha um cabelo loiro meio escuro e olhos azuis. Além disso, ele tinha um sorriso muito fofo e era bem carismático.

Eu voltei a andar e Colby me acompanhou.

— Se você insistir de me chamar de Charlie, eu vou te chamar de Cobalt — sorri maleficamente.

Ele grunhiu. O caso com ele era o contrário do meu: ele não gostava de seu nome original, preferia o apelido.

Pouco tempo depois chegamos ao meu inferno.

Ou melhor, escola.

As pessoas fofocavam, gritavam e riam como se não houvesse alguém do lado que não fazia a mínima questão de ouvi-la. Bufei.

Colby percebeu meu humor enquanto caminhava e mais de dez pessoas vinham cumprimentá-lo. Um dos grandes motivos de eu tentar ficar longe dele.

— Você deveria tentar se enturmar mais, Charlie. Estamos já no segundo ano do colegial. Logo teremos 16. Tente ficar um pouco mais alegre.

Eu olhei para ele e pisquei como se quisesse entender o que diabos ele queria.

O garoto suspirou.

— Olha eu vou indo — ele disse assim que o sinal bateu e sorriu para mim. — Tente se enturmar. Quem sabe você não encontra alguém muito legal?

Eu soltei um resmungo e ele deu um peteleco na minha testa.

— Não faz assim, Charlie, parece que você é um alce com esse barulho.

Eu fiquei boquiaberta com a afirmação dele e cruzei meus braços como uma criança. Eu já estava mal-humorada por ter que acordar cedo para vir para a escola, pois eu não consegui dormir nada à noite e o pouco tempo que eu dormi eu sonhei com picles, o que é chato porque eu amo picles.

Antes que eu pudesse rebater, Colby acenou e desapareceu pelos corredores procurando sua nova sala.

— E não é Charlie! — foi tudo o que eu consegui gritar antes de ir ao encontro do corredor da morte e tentar achar a minha cela. Ou melhor, sala.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso. Espero que tenham gostado.Só para deixar uma coisa meio clara: eu não deveria estar postando essa história agora porque eu tenho outras 3 para cuidar e elas são minha prioridade, então eu não tenho a mínima ideia de quando eu vou postar o próximo capítulo, mas provavelmente deu devo postar lá pro dia 17, se eu ganhar bastante comentários positivos e outros encorajamentos, eu tentarei postar antes =)
Até lá,
Byebye