Paném, A Divergência Ruge escrita por Igor Bous


Capítulo 3
A Caminho, Para Fora Da Cerca!




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Após sair da sala de controle, encontrei com Tobias e seguimos as dependências da Audácia onde dois homens com brasões de pássaros no peito esquerdo nos enfrentaram e, me mataram. Mas eu já esperava por isso, já tinha sido avisada. Os homens correram após atirarem em mim com um tranquilizante que causava uma "morte temporária". Tobias correu para chamar ajuda, nesse meio tempo, um homem da Erudição surgiu e ditou o plano para despistar a todos e me indicou o que deveria fazer, e eu fiz.

Levaram meu corpo até a sala de enfermaria, onde se constatou que eu havia morrido, meu enterro seria no dia seguinte, ao amanhecer.

Permanecer naquele quarto silenciosamente, ouvindo Tobias, Caleb, Cara, Christina e tantos outros chorando e velando minha ida me fez embrulhar o estômago, mas bem... Era preciso.


Na calada da noite, uma mulher baixa, de seios fartos e cabelo curto invadiu a sala e me entregou uma bomba de ar e um aparelho celular descartável, e me deu as orientações para... Não morrer quando fosse enterrada. Sentido? Talvez.

Era dia, meu corpo seguiu em direção ao cemitério do qual nunca soube da existência, em um carro emprestado da Erudição, com flores brancas cultivadas pela Amizade ao meu redor. Colocaram-me em um caixão preto, com o símbolo da Audácia e da Abnegação juntos, lado a lado na parte de cima, e os símbolos de todas as demais facções abaixo, um pouco menores.
Pude ouvir os prantos de vários conhecidos ao meu redor, liguei a bomba de ar, e respirei. E esperei pela noite.

Após tudo se silenciar ao meu redor... Um estrondo. Mais um. Até que... Luz.

A luz de fora do recinto fez meus olhos arderem de tal forma a fazer meus braços taparem-os automaticamente, e entre os dedos pude ver: Caleb e Cara.


– Aleluia né?

– Ai meu deus, Tris, você esta louca?

– Adorei!

Como sempre, meu irmão se preocupava de mais e Cara, entusiasmada com tudo.

– Como vocês souberam?

– Recebi um chamado na diretoria da Erudição, disseram que procuravam por Caleb Prior urgentemente, e me deram todas as informações e então fui atrás da Cara.

– Aí ele me contou tudo

– OK, e Tobias? Ele não sabe não é?

– Não; - Não; - Disseram juntos -

Melhor assim.

Seguimos para fora da sala do cemitério, cuidando para que não fossemos vistos, afinal, não queriamos boatos de que minha alma penada estava rondando as facções.

Era hora de ir para Paném.

Seguimos silenciosamente até um campo aberto que um dia foi ocupado pelos sem facção, onde um helicoptero preto com o símbolo de um pássaro estampado na lateral nos aguardava. O mesmo símbolo dos homens que ameaçavam meu pai.

Uma mulher estranha, a mesma que falou comigo pelo arquivo do pen drive descia do helicóptero, ela usava um vestido rosa que me lembrava muito papél crepom, com os ombros pomposos, a saia colada nas pernas e no cabelo uma flor maior que sua cabeça tingida de preto e rosa, no mesmo tom do vestido. Isso sem contar sua maquiagem que possuía o mesmo tom de rosa pink e seu batom: roxo em cima e azul em baixo. Assustador.


Quase não noto o homem ao seu lado: Barba ridiculamente desenhada com tribais, terno vermelho e preto, calça vermelha e preta, sapato vermelho. Um show de horrores, mas até que ele era bonito. Seu nome era Wes, Wes Bentley. Se apresentou.

Ela era Effie Trinket. Apresentou-se. Apresentei-me. Apresentamos-nos. Entramos, e partimos.


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