Amigos, ou inimigos ?? escrita por FlorDeLiz


Capítulo 29
Aeroportos são uma droga!!


Notas iniciais do capítulo

Demorei mas estou viva!!
animadíssima pela minha segunda recomendação!! demorei porque?
pelo simples fato de não saber a que rumo levar essa história!!

CHEGUEI ATÉ PENSAR EM FINALIZA-LA LOGO E ACABAR EM UM FINAL CLICHÊ DE AEROPORTO!!!
POREM APRENDI COM VIOLETTA QUE AEROPORTOS É SIMBOLO DE RECOMEÇO E NÃO DE FIM!!

ENTÃO PODEM DECLARAR COMO SENDO ESSE UM PRÓLOGO DE UMA SEGUNDA TEMPORADA DESSA FANFIC!!



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17 de novembro de 2014 (segunda-feira)

E lá estava toda a Argentina, tão pequena pela vidraça, e agora quase que odiada pelo adolescente de olhos verdes, que estava com cara de poucos amigos no avião. Mas a cidade não era totalmente odiada, Diego se negava descontar a sua raiva em qualquer coisa que não tivesse culpa em seu romance inesquecível, que agora era fracassado.

– adeus Francesca _ ele murmurou como se a garota fosse ouvir, no fundo ele sentia uma angustia, mas não iria admitir, não enquanto essa história tivesse superada, bem superada.

– falou alguma coisa? ­_ o homem que estava ao lado perguntou.

– nada que ti interesse _ Diego virou a cabeça demonstrando que iria dormir, o homem riu, e era por um desses motivos que ele odiava avião, mesmo quase não os usando em sua vida. No mesmo momento pensou no dia em que Francesca voltava de viajem, e que coincidentemente ele esbarrou nela, pensar que ali foi um recomeço dos dois, e um começo para o seu próprio sofrimento, era isso que ele pensava. Definitivamente ele odiava aeroportos e tudo que era ligado aquilo, mais por algum motivo não conseguia odiá-la.

– garota, com certeza foi alguma garota, se quiser contar a história fique à vontade, o voo vai demorar mesmo _ Diego ignorou, mais depois de uns 15 minutos ele percebeu que não conseguiria dormir.

– que droga _ o companheiro de viajem desconhecido riu, abaixando o tablet de última geração, nada menos que o esperado já que estava em um voo na primeira classe, o senhor que aparentava o seus trinta e poucos anos fez um olhar sugestivo que dizia: agora aceita minha proposta?

– vamos lá, eu necessito de uma boa história, me conte logo, e desde o começo se não incomodar.

– ahgr, sabe o que me irrita? Esse seu sotaque italiano. Não dá pra tirar ele não?

– então é italiana? Isso explica a raiva, o que elas tem de calientes _ falou dando uma piscada e expondo o máximo do seu sotaque espanhol, mas que Diego logo jugou por parecer mais para mexicano _ tem uma grande atração por se meter onde não deve, e de fazer coisas idiotas. Mas não vamos perder mais tempo, conte logo.

– por que acha que vou te contar?

– pelo simples fato de não conseguir dormir. Vamos lá, se renda.

E Diego se rendeu, contou história desde o princípio, e o homem por incrível que pareça demonstrou um interesse estranho, mais ainda sim um interesse.

– ...ai a gente estava em um baile estranho, e ela toda carinhosa, e linda. A festa acabou e quando vi, ela beijando o ex-namorado, pensar que eu me jogaria na frente de um trem por aquela garota.

– você tem duas opções. 1- esquecer tudo e nem pensar o porquê dela ter feito isso, ou 2- ela descobriu que ela na verdade ama o ex, e tem a 3...

– você disse duas opções, e não três _ o homem revirou os olhos demonstrando que não havia gostado da cortada que o mesmo levou.

– e a 3- que é, ela te ama e fez isso por um motivo maior _ Diego riu.

– que diabos de motivo?

– você estaria aqui se não tivesse terminado com ela?

– não.

– então, ela deve ter feito por causa disso, se não fosse pela sua desilusão amorosa não reveria seu pai, e nem conheceria os seus avos e nem o resto da sua família.

– você não me ouviu direito? Eu disse que ela não sabia de nada.

– de acordo com você ela não sabia de nada, mas quem não me garante que ela foi esperta e não conseguiu descobrir, já ouviu a expressão, conversa se espalha rápido? Ou aquela, paredes tem ouvidos? Pois é garoto as coisas nem sempre são o que parecem _ o homem cheio de ditados se levantou e pegou uma mala pequena no compartimento acima deles e se dirigiu a saída, Diego fez o mesmo, como todos dentro do avião.

Saindo e se dirigindo ao saguão o garoto observa várias placas com diversos nomes, e finalmente encontra uma com o nome dele, logo vendo seu pai, mais calvo do que ele se lembrava e mais sorridente, mas ainda sim seu pai, e atrás dele vê uma multidão de garotas com cadernos pedindo autógrafo ao seu companheiro que pelo visto não era tão desconhecido para espanholas. Depois de um tempo Gregório reconhece o filho, e o abraça, segurando as lagrimas vê como o menininho das fotos cresceu, era no mínimo emocionante, mesmo já tendo o visto pela webcam.

– não acredito pai, vai chorar por minha causa? _ Diego falou finalmente dando um sorriso de felicidade verdadeiro, que ele não dava desde a noite passada.

– filho não te vejo desde seus 11 anos, tenho direito de ficar emocionado, pensar que domingo você já vai completar 18, já vai virar um homem, e é por causa disso que eu quero que você tire a carteira, ai eu posso te dar um carro.

– não pai, eu não quero carro.

– mais filho...

– eu sei que você é rico e tudo mais, mas por enquanto não precisa.

– está bem, mas se você quiser, é só me pedir.

– está bem, mas me diga, o que é a daquele home lá? _ apontou para o desconhecido do avião.

– tá falando do Martino Farias? Ele é um italiano, escritor de romances e diretor de um filme do mesmo gênero que fez muito sucesso na Europa. Sabe como eu sei disso? Sua prima Érika, ela é obcecada por esse cara _ apontou para uma garota histérica de cabelos loiros encaracolados _ e lá está ela, pensar que ela já faz faculdade.

– de que?

– arquitetura, mais você pode ver que ela parece mais criança do que uma mulher, mas a garota ainda é jovem, acabou de completar 20 _ o tal Martino saiu com ajuda de seguranças, e Diego ficava se perguntando em que mundo um escritor era tão famoso assim.

– consegui!! Consegui!!_ a garota loira pulava.

– ótimo, seu pai vai se orgulhar _ falou sarcástico.

– muito engraçado tio, espero que não seja tão carrancudo quanto ele _ ela apontou para o pai dele.

– Diego _ ele estendeu a mão se apresentando, ele tinha gostado da garota, era no mínimo divertida.

– Érika _ ela segurou a mão dele o cumprimentando _ tomara que não odeie o meu irmão mais novo, quer dizer pelo seu estilo não deve se dar bem com o mauricinho do Tomás _ falou e ele olhou para sua simples camisa branca e jaqueta de couro.

– Érika! _ Gregório a reprimiu.

– o que é? O Tomás é irritante.

– não ligue para ela. Tomás é o típico garoto popular do colégio, mas não significa que ele seja uma má pessoa, tem a sua idade e faz aniversario uma semana depois de você, fazendo com que vocês sejam colegas de turma. De qualquer maneira tem que se dar bem.

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21 de novembro de 2014 (sexta-feira)

Fran, não chora _ Camila falava afagando os cabelos da amiga.

– e se ele nunca me perdoar? E se me desprezar quando voltar? _ falou se levantando do colo da amiga _ acho que pensando melhor, essa ideia não era tão boa _ falou fungando, e limpando as lagrimas que lutavam para cair.

– sério Francesca!! _ a italiana voltou a chorar _ olha se acalma, eu não queria ser tão dura mas...

– não Camila, você não vai falar aquela frase.

– eu te avisei.

– eu disse pra você não falar _ deitou na cama de forma brusca, mas logo se levantou com o barulho da porta.

– como é que tá a minha prima preferida? _ Federico entrou com vários potes de sorvete, já sabendo da situação ficou indignado e quase ligou para Diego contando a verdade, mas depois do chororô de Francesca ele desistiu da ideia, decidiu não se meter na vida amorosa da garota _ trouxe vários sabores, não sabia qual vocês iriam escolher _ falou os colocando no pequeno criado mudo _ mais e ai o que vai fazer?

– eu ainda não sei _ falou fazendo cara de quem iria chorar mais, porem se segurou _ no momento me enterraria em um buraco e só sairia de lá quando tivesse certeza de que ele ainda poderia me amar como antes, por que sei que ele já não me ama, não depois do que fiz.

– mas você não deu aquela cartinha a Lola?

– é, antes do baile eu escrevi uma carta de despedida pedindo o perdão dele e dizendo que ainda o amo e que não podia explicar o motivo de tudo, entreguei segunda de manhã antes dele partir para a Lola, mas eu não tenho esperanças, entregar uma carta de amor a uma garota de 8 anos é meio clichê, e mesmo ela tendo feito tudo direitinho e colocado na mala, quem não me garante que Diego não vai rasga-la antes mesmo de abrir.

– esperanças amiga, esperanças.

– é só o que me resta Cami.

– olha eu entendo e tudo mais _ Federico falou sendo o único homem naquela conversa _ mas o que tá feito, tá feito, e não dá para voltar a trás. Fran, não fica parada ai vegetando parecendo um cadáver, isso só te faz mal, a tia Pietra não gostaria nada de ver a filha dela nesse estado horrível _ falou apontando para o cabelo desgrenhado e os lábios rachados, sem falar nas olheiras e a palidez por não sair do quarto desde segunda.

– e o que é que você quer que eu faça? O cara que eu amo me odeia Fê!!

– que você saia desse quarto que já fede a mofo, e viva, só estou pedindo arrego Fran!! Já não aguento mais essa depressão, quando cheguei na argentina descobri que você não era sincera com as pessoas ao seu redor, fingia sua personalidade, e não te juguei por ver você feliz com um namorado, mesmo com essa montanha de mentiras que te acompanha, fico até pensando se isso não te cansa? Fingir ser o que você não é.

Ela abaixou a cabeça se sentindo envergonhada, sabia que ele estava certo.

– do jeito que você está agora precisa se agarra ao único fio de felicidade que te resta até ele chegar, que é você mesma. Ou você acha que era feliz sendo a falsa que era? _ ela negou com a cabeça _ pois é, mesmo com sua amiga ainda não conseguia um sentimento bom que fosse. Eu só te peço para seguir em frente, não estou pedindo para esquecer o Diego, mas sim se tornar uma mulher forte e que não liga o que os outros pensão, e quando ele chegar não vai ver uma Fran como algo quebrado que ele teve que concertar no passado, mas sim uma mulher forte, que é tão apaixonante quanto era.

Ela não falou nada só o abraçou, era aquilo que precisava ouvir, ela precisava voltar a ser a Francesca de antes, não a garota antes de namorar Diego, mas a garota antes mesmo de namorar Axel, alguém que era forte e sabia o que tinha de fazer e quando fazer.

E do mesmo modo que o antigo Diego estava de volta, a antiga Francesca também estava. E como ela dizia antes:

Que se dane todo mundo, pois eu tenho o direito de ser feliz, e é isso que vou ser, uma garota feliz que não se abate por nada, vou ser simplesmente Belline.


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Notas finais do capítulo

Martino para quem não lembra é aquele empresario que enganou a Fran na terceira temporada!!
e Belline é o sobrenome da mãe dela quando solteira gente!!

espero que gostem!!!
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