Projekt Mut escrita por Hellikait


Capítulo 1
He who fears to suffer, suffers from fear.


Notas iniciais do capítulo

Saudações gente! Essa é minha primeira fic depois de MUITO tempo sem escrever, então me deem um crédito, por favor. Estou morrendo de medo de postar kkk Boa leitura, espero que gostem!
(LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)



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Sorri enquanto observava aquela campina que parecia estar a quilômetros abaixo de mim. A vegetação era muito verde e florida, e havia um pequeno rio que fazia curvas e mais curvas até onde minha vista alcançava. O sol estava nascendo, tingindo o céu de laranja, e tornando a visão ainda mais bonita. Eu estava sentado na beira daquele penhasco, com as pernas balançando no vazio. Subitamente, uma vontade inexplicável de sair daquele lugar o mais rápido possível surgiu na minha mente... algo não parecia certo. Quando me levantei para me afastar dali, dei de cara com um homem enorme. Ele vestia uma farda que me era familiar, mas eu não conseguia me lembrar de onde conhecia aquela roupa; pensar nisso causou um arrepio igualmente familiar na minha espinha. Os olhos azuis e gélidos do homem me fuzilavam.

 “O que pensa que está fazendo?”, o homem disse. “Não existem folgas para porcos como você!”. E sem hesitar, ele se adiantou e me empurrou no vazio do penhasco. Eu não gritei. Apenas fechei meus olhos e esperei pela morte. 

Por mais estranho que pareça, eu tinha uma sensação terna no peito, que me dizia que eu estava a salvo.

§

Acordei quando já estava amanhecendo, então fiquei observando o sol nascer pela minúscula janela do dormitório. O céu estava nublado, e uma leve chuva caía incessantemente. Me perguntei se algum dia poderia deitar na grama de algum lugar e sentir na pele o calor de um nascer do sol; provavelmente não. Eu estaria morto muito antes de ter essa chance.

Já era possível ouvir barulhos do lado de fora. Estavam todos despertando. Uma forte batida na porta fez com que meus “colegas de quarto” acordassem e eu tomasse um susto. Sabia que isso significava que sairíamos do dormitório em poucos minutos, e o medo do que estava lá fora causou um já familiar arrepio na espinha. Todos em volta de mim estavam sérios, silenciosos e apáticos; nenhum de nós jamais quis estar ali. A porta se escancarou e por ela entraram os soldados, que começaram a nos chutar para fora.

Mais um maldito dia no Campo de Concentração de Sachsenhausen.

Fomos mandados ao refeitório para engolir algumas migalhas de comida e ir trabalhar pelas próximas onze horas, sem pausa. Comi aquela comida sem gosto e me dirigi, ou melhor, fui dirigido até a pilha de pedras que estavam obrigando a mim e mais dois homens a quebrar desde ontem. Peguei uma picareta e comecei a trabalhar, sempre em silêncio, debaixo da chuva branda, porém muito fria. Depois de algumas horas trabalhando parecia que meus ossos estavam congelando de tanto frio que eu sentia; tudo que meu cérebro registrava era a sensação das minhas roupas úmidas grudando no meu corpo e o baque da picareta contra a rocha. Se divagasse o suficiente, eu quase conseguia acreditar que estava em outro lugar... um lugar melhor, onde eu não precisaria me preocupar quando abro os olhos de manhã se aquele é meu último dia vivo.

Fui arrancado violentamente dos meus devaneios com um susto quando alguém me puxou pelo colarinho da minha camisa listrada. Fui afastado das pedras e derrubado no chão por um oficial da SS, a “polícia” do Terceiro Reich; há vários deles por aqui. Ele me observou de cima a baixo, seus olhos extremamente azuis parando por um segundo no triângulo amarelo que estava costurado na minha camisa, me identificando como judeu. Não abaixei minha cabeça e continuei encarando o oficial; estou apenas há alguns meses no campo, mas já aprendi que a maior parte dos soldados gosta de atormentar os prisioneiros quando estão entediados, e se encolher diante deles apenas os incentiva. Eu não vou me encolher.

Os olhos azuis se voltaram para o meu rosto novamente.

— Nome. – Não era uma pergunta, era um comando.

— Klaus Lechner. – Minha voz tremia. Bom trabalho tentando bancar o corajoso, Klaus.

— Não, idiota!

O oficial se abaixou e agarrou meu braço esquerdo, expondo o número que tinha sido tatuado nele. 92887. Esse era meu nome nesse lugar. O homem que estava atrás dele consultou um papel e assentiu. Ele se pôs de pé novamente.

— Idade.

— Vinte e dois.

 O homem se virou para um outro e comentou algo que eu não consegui ouvir bem, só pude discernir o final “...saudável, ele servirá”.

Meu coração disparou e senti minha garganta secar. Eu posso não ter ouvido tudo, mas sabia o que isso significava; eu estava prestes a ser entregue para os cientistas nazistas, e apenas essa ideia já era capaz de fazer meu sangue gelar. Esse tipo de “coleta” acontecia de tempos em tempos: os cientistas fazem toda a sorte de experimentos doentios nos prisioneiros, acabavam matando todos e pediam novas cobaias. Então os soldados iam atrás do que os cientistas “precisavam”; as vezes eram gêmeos, outras vezes mulheres, mas aparentemente eles estavam atrás de homens jovens dessa vez. Tentei conter meu desespero.

O oficial fez um sinal e dois soldados se adiantaram, me levantando com a violência de sempre. Eles começaram a me empurrar na direção de um prédio branco que ficava próximo ao fosso onde as pessoas eram diariamente executadas. Era uma vala comprida, onde os nazistas colocavam os prisioneiros e os faziam correr como filhotes assustados enquanto ficavam do lado de fora praticando “tiro ao alvo”, até não sobrar nenhum homem, mulher ou criança em pé na vala. Desviei os olhos do fosso e encarei novamente o prédio branco. Por um momento, o medo que me assaltou foi tamanho que eu perdi o controle das pernas, e caí de joelhos no chão. Quando alguém era levado para os cientistas, nunca mais era visto de novo, sem exceções. Não sabíamos precisamente o que acontecia lá dentro, mas as vezes quando a noite estava silenciosa, era possível ouvir os gritos agonizantes que escapavam de lá; os donos e donas dos gritos não tinham a mesma sorte de suas vozes.

Quando os soldados me levantaram bruscamente, me xingando de todos os nomes horríveis que conseguiam se lembrar, tive uma pequena epifania. “O que pode ser pior do que a minha vida nesse momento? Quando muito, vou agonizar um pouco, e morrerei lá dentro. Mas se morrer, finalmente estarei livre.”, pensei. Com isso em mente, me soltei dos soldados e comecei a andar, sem nenhum empurrão ou outro tipo de “incentivo”, o que aparentemente os deixou confusos. Eles me deixaram lá dentro e um deles disse que se eu tentasse fugir, seria fuzilado. Como se eu não soubesse que eles usariam qualquer desculpa possível para me encher de chumbo. Quando eles me deixaram sozinho observei o local onde me encontrava: era escuro, paredes brancas, muito limpo. Não parecia tão horrível à primeira vista, embora eu tivesse certeza que seria horrível de qualquer forma.

Enquanto eu divagava, mais duas pessoas foram jogadas dentro da sala. Um homem e uma mulher, ambos ciganos, segundo o triângulo preto em suas roupas, que pareciam tão confusos quanto eu. Em seguida fomos conduzidos para o subsolo, que apesar de muito limpo, tinha um horrível cheiro de sangue impregnado nas paredes. Fomos colocados em uma sala com outras doze pessoas; percebi que minha teoria de que os cientistas queriam cobaias masculinas jovens estava errada. Havia homens e mulheres, alguns bem mais velhos. Éramos quinze ao todo.

 Nenhum de nós conversava. Apenas esperávamos em silêncio por o que quer que viria a seguir. Depois do que me pareceram horas, um homem de jaleco entrou na sala.

— Em fila. – Rapidamente nos organizamos em uma fila indiana. O homem segurava uma prancheta, e começou a anotar nossos números e idades. Na minha vez de responde-lo eu pude ver a folha em que ele escrevia. No topo dela estava escrito Projekt Mut. Projeto Coragem. Não pude deixar de ficar curioso em saber qual era o objetivo de um projeto com esse nome. Provavelmente me arrependeria dessa curiosidade em breve.

Depois mais homens de jaleco entraram na sala e fizeram alguns exames em todos nós, provavelmente para se certificar de que estávamos de fato saudáveis. Nos obrigaram a tomar água e comer; em seguida todos eles saíram da sala, apagando as luzes e nos deixando sozinhos. O silêncio continuava; o medo de falar e ser punido superava qualquer curiosidade.

Dormi rapidamente, no chão daquela sala junto com os outros; sonhei com uma vista maravilhosa, um penhasco e... o oficial da SS. Acordei com um pulo e demorei a me acalmar, mas acabei entendendo que era só um pesadelo; aquela sensação que eu sentia enquanto caía agora fazia sentido: eu de fato estava mais a salvo no pesadelo do que quando acordado. Senti umas coisas estranhas presas na minha cabeça; estava escuro, então tateei a lateral da minha cabeça, e senti fios descendo por ela, conectados a algo que eu não conseguia ver. Tentei puxá-los, mas eles não se soltavam. Comecei a suar frio. O que estava acontecendo?

Acho que comecei a me desesperar e puxar os fios, fazendo barulho, por que fui acordando os outros, que tiveram a mesma reação que eu, perguntando uns aos outros o que era aquilo em suas cabeças.

Estávamos todos nervosos, tentando tirar os fios de nossas cabeças em meio a escuridão, até que o mesmo homem de jaleco, seguido por mais três outros cientistas adentrou a sala e acendeu as luzes, fazendo com que ficássemos quietos. Pelo que eu pude deduzir da conversa deles, era tudo um experimento para ver como reagiríamos a um pesadelo que eles induziram, provavelmente através de alguma coisa que colocaram na nossa água. O que estava grudado em nossas cabeças eram eletrodos que mediam as reações dos nossos cérebros.

§

Ficávamos todos os dias naquela sala, sem conversar. Os cientistas iam e vinham, fazendo os mais diversos e dolorosos experimentos. Eles queriam ver nossas reações a tudo: a dor, ao pânico completo, ao medo comum, a confusão... Depois de criar várias teorias e ouvir algumas conversas, cheguei à conclusão de que eles queriam eliminar a capacidade do nosso cérebro de sentir medo. Combinaria com o nome do projeto.

Essa semana um de nós, o cigano que veio para cá junto comigo, morreu do que parece ter sido ataque cardíaco. Estavam testando uma droga nele, quando ele entrou em colapso e seu coração parou. Sortudo. Agora somos catorze, mas provavelmente não seremos por muito tempo.

Passaram-se mais uns seis ou sete dias pelas minhas contas, e mais dois foram mortos. Os restantes continuavam em silêncio, sem resistir. Continuavam testando a mesma droga em nós. Mais uma semana se passou: um morto e nenhuma palavra. Somos onze agora.

§

Por fim chegou a minha vez. Mas no dia em que vieram testar o soro em mim, os cientistas estavam acompanhados por militares de alta patente da SS. O cientista carregava uma seringa contendo um líquido azulado, e começou um discurso do qual eu não ouvi quase nada, pois estava nervoso demais para manter o foco nas palavras do homem. A única parte que eu realmente ouvi foi “O medo é algo que surge de repente e destrói tudo em seu caminho de forma totalmente desgovernada. Quando ele se manifesta no ser humano, os resultados são sempre catastróficos. O homem é naturalmente covarde, e isso o impede de evoluir. De correr riscos para que a humanidade possa avançar. Agora – ele levantou a seringa. – Vocês já pensaram em como tudo seria se não sentíssemos medo? Um exército que não teme a morte seria invencível, toda a raça ariana seria!”. Depois do discurso, me deitaram em uma maca, amarrando meus braços, pernas e cabeça; enfiaram uma coisa de plástico na minha boca, ordenando que eu mordesse e injetaram aquela coisa azul na veia do meu braço.

Por um momento eu não senti nada, e olhei para o homem que tinha administrado o líquido em mim, mas ele apenas me fitava com expectativa. Subitamente, a maior dor de cabeça que eu já sentira na vida me atingiu com a força de uma bala de fuzil; eu mordi com força o plástico e comecei a me debater... e foi isso que eu me lembro antes de desmaiar.

§

Acordei em um completo breu, sem saber bem onde eu estava. Minha cabeça latejava; movi minhas mãos para massagear minhas têmporas, só então percebi que não estava mais amarrado, nem na maca. Eu podia sentir o chão frio nas minhas costas.

De repente, ouvi um rosnado vindo do escuro à minha direita.

Não era um rosnado de um cão, ou de qualquer animal; era um som mais profundo, e que deveria soar assustador. Mas não para mim. Não senti nada além da curiosidade de ver o que havia ali, e mais curiosidade quando percebi minha reação. A droga funcionou?

 Me virei na direção do som, mas ele surgiu atrás de mim desta vez. Virei-me novamente, e então surgiram dois pontos amarelos, brilhando fracamente na escuridão. Pareciam olhos. Eles me colocaram em uma jaula com algum tipo de animal para me testar. Sem pensar duas vezes comecei a tatear no chão a procura de algo para me defender. Ouvi barulhos de garras raspando em concreto. Eu estava preso em uma jaula de concreto com um animal que eu não sabia identificar. E se fosse essa a vontade dos cientistas, eu não sairia dali vivo. E isso não me assustava nem um pouco. Desisti de procurar por uma arma que não estava lá e me sentei no chão, fitando os olhos brilhantes do animal. Se eu tivesse que morrer ali, assim seria. Não perderia meu tempo tentando me salvar; eu estava nas mãos dos especialistas do projeto.

Nesse momento, as luzes de minha “jaula” se acenderam, e me vi fitando duas pequenas lâmpadas amarelas, que se pareciam muito com um par de olhos. Principalmente na escuridão. Provavelmente havia caixas de som em algum lugar da sala para emitir os rosnados e outros sons da “criatura”. Eu estava certo: era tudo um teste.

Os cientistas com quem eu já estava familiarizado entraram na sala e começaram a me testar de todas as formas possíveis para que pudessem determinar meu nível de medo. Mas ele foi zero. Eu não reagia. Coisa alguma me afetava. Minha respiração não se alterava; Eu não sentia a boca seca, formigamento ou o sangue pulsando em meus ouvidos. Nem mesmo o familiar arrepio na espinha. Eu não sentia nada.

§

O teste em mim foi um sucesso. Meus dez companheiros receberam o soro também, e ficamos em estado de observação, para que os cientistas pudessem confirmar se o efeito do soro era duradouro. Todos pareciam bem até o momento. Nenhum de nós sentia medo, não mais; agora conversávamos uns com os outros calmamente, sem medo dos soldados do lado de fora da sala.

Foi então que eu percebi: eu não tinha medo dos soldados do lado de fora. O que eles poderiam fazer? Me matar? Como se isso fosse realmente uma opção ruim. Não havia mais nada me prendendo naquele lugar. Após alguns minutos considerando a minha realização, resolvi falar sobre ela com os meus companheiros, e eles concordavam comigo. Então resolvemos bolar um plano para fugir dali, custe o que custasse.

Nenhum de nós jamais tinha tentado nada contra eles, e aqueles nazistas nojentos cometeram um grande erro: nos subestimaram. A porta da sala onde dormíamos estava sempre destrancada; Para eles, éramos apenas um grupo de animais dóceis com quem eles podiam fazer experiências. Esperamos a noite, abrimos a porta e acertamos o soldado que estava montando guarda na cabeça. Eu peguei a faca que ele levava no cinto e cortei sua garganta. O sangue jorrou, e eu não pude sentir nenhum traço de remorso. Uma das mulheres que estava conosco e sabia atirar pegou a pistola, e fomos em frente. Seguimos matando os soldados que entravam no nosso caminho, acumulando facas e pistolas até acharmos a saída do prédio. Tivemos a vantagem do elemento surpresa; sem isso, provavelmente estaríamos mortos, ou no mínimo teriam soado o alarme. Já do lado de fora, seguimos até o armazém onde sabiamos que os nazistas guardavam suas armas. Matei o soldado que estava na porta e todos nós pegamos pistolas com silenciadores. Seguimos correndo e atirando nos soldados que avistávamos. Por mais inexperientes que pudéssemos ser, não tínhamos o medo nublando nossa mente: estávamos focados no que fazíamos, e isso nos tornava implacáveis.

Enquanto corria e atirava, percebi que eu não concordava com o cientista nazista em relação ao medo. Em um primeiro momento, eu vi sentido em suas palavras, mas agora não mais. O medo não impede a humanidade de avançar; ele é a causa dos avanços. Por que médicos encontram curas para doenças? Por que eles se importam com o bem-estar do próximo? É claro que não. Eles podem até fingir que essa é a razão, mas a verdade é que eles têm medo de serem infectados pela doença, e com isso, trabalham incessantemente até encontrarem uma cura. O medo é um combustível, que existe para impedir que a humanidade seja destruída. Para instigar as pessoas a lutar e impedir que pessoas como os nazistas dominem o mundo. Ou impedir o surgimento de assassinos como eu era naquele momento. Em cerca de uma hora, já matei mais de dez pessoas. Por mais horríveis e maldosas que elas pudessem ser, ainda eram humanos. Mas o medo não está mais aí para me impedir de causar todo tipo de estrago. Os nazistas não entendem que o medo é necessário; eles ainda perceberão seu erro, mas perceberão isso tarde demais, quando estivermos longe.

Esse pensamento me fez sorrir.

Eu e meus companheiros matamos muitos homens naquela noite. Um de nós foi morto. Mas o restante conseguiu fugir.

§

Agora já se passaram mais de trinta e cinco anos desde que os russos tomaram Berlim e Hitler caiu... e eu continuo vivo. Me casei, tive uma filha, e nunca precisei pisar naquele maldito campo novamente. Não mantive contato com meus companheiros do Projekt Mut, não sei se estão vivos ou não. Nunca falei a ninguém sobre o projeto, e nunca falarei. Não quero que tenham a brilhante ideia de trazê-lo de volta à ativa.

— Senhor Lechner, o senhor está bem? – Uma garota loira me chamou. Eu pisquei algumas vezes, saindo dos meus devaneios. Eu não estava em Sachsenhause. Eu estava em um parque dando uma palestra para um grupo de adolescentes do ensino médio. Por instinto, minha mão direita foi repousar no meu antebraço esquerdo, onde meu número estava.

— Estou minha querida, perdão. O que você tinha perguntado?

— Eu perguntei se você sentiu medo quando estava lá. Você falou durante toda a palestra sobre como você aprendeu lá que o medo é essencial para a sociedade... você sentiu muito medo?

Olhei com os olhos semicerrados na direção do sol que estava alto no céu, banhando todos nós de luz; eu estou vivo, sentindo o calor do sol no meu rosto... nunca imaginei que realmente fosse viver para sentir isso. Olhei novamente para a garota e não pude esconder o sorriso sarcástico que surgiu no meu rosto.

— Medo. – Bufei. - Há muitos anos eu não sei mais o que é isso.


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Notas finais do capítulo

BOOOOM, POR HOJE É SÓ PESSOAL! Espero que tenham gostado, comentem o que vocês gostaram, o que não gostaram, o que amodiaram, pode até ser só pra me xingar, mas comentem!
edit:
Muitas pessoas me disseram que valia a pena continuar a história e eu PRETENDO FAZER ISSO! Tenho já um projeto colocando a Projekt Mut no século XXI, e pretendo postar aqui logo logo...
Bjossss