A Droga escrita por Praude


Capítulo 3
A casa no Engenho Novo


Notas iniciais do capítulo

Oi, espero que vocês e sem querer da spoiler, mas esse capítulo tem muita adrenalina! :D



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Após dias de pressão sobre os bandidos sem nenhuma resposta, Delegados Garcia resolveu que iria chamar os Karas para ajudarem no início das investigações. Ele ligou para o quarto dos garotos no hotel:

–Alô? Delegado Garcia?

–Sim, Crânio. Estou ligando para lhes informar que os bandidos não disseram sob circunstância alguma o nome de seu chefe. Teremos que iniciar as investigações e se vocês quiserem podem vir para nos ajudar.

–Estamos a caminho, Delgado. Ficamos todos agradecidos pela ajuda e confiança.

–Pode contar conosco garoto, estou esperando vocês.

Crânio desligou o telefone com um sorriso, não haviam achado o criminoso do qual procuraravam e isso não é algo bom, mas ele e todos os Karas amavam dar uma de detetives. Ele falou para os amigos que os cozinheiros não haviam dito o nome do chefe deles e o Delegado Garcia havia telefonado para chamar-lhes para ajudarem nas investigações.

Os cinco Karas saíram do jeito que estavam, chamaram um táxi e foram para a delegacia. No caminho discutiam sobre como achar uma pista para seguir, mas não tinham ideia. Provavelmente policiais iriam vasculhar o laboratório e as casas dos cozinheiros e de Lucas para tentar achar algo.

Eles chegaram à polícia e foram direto para o escritório do Delegado, ele estava sentado em sua cadeira olhando arquivos no computador, quando viu os garotos deu um sorriso.

–Sentem-se, como eu lhe disse, Crânio iremos começar as investigações e logo partirão viaturas para o laboratório, a casa de Lucas Mendes e as casas dos cozinheiros. Vocês irão com eles?

–Sim, mas iremos cada um em lugar. Aonde cada um irá? –Disse Miguel tomando o comando do amigo.

–Eu irei à casa do Lucas! –Disse Calu.

–Eu vou à casa de um dos cozinheiros... Pode ser André. –Disse Chumbinho

–Eu e Crânio podemos ir à casa de Davi –Essa era Magrí.

–Então eu fico com o laboratório –Disse Miguel, por fim.

–Ótimo, me contem o que acharam quando chegarem, as viaturas já irão partir.

Entraram nas viaturas e foram, Calu na casa de Lucas, Chumbinho na casa de André, Miguel no laboratório e Magrí juntamente com Crânio na casa de Davi.

Ao chegar à casa de Davi, Magrí e Crânio entraram pela porta da frente e deram com a sala. Não era uma casa grande, na sala tinha dois sofás marrons, uma mesa com uma tevê e no centro uma pequena mesa de vidro e madeira. Havia no canto e ao lado da porta móveis com gavetas, eles resolveram olhar todos os papéis, mas a maioria eram contas e cartões de restaurantes e pizzarias. Tinha uma agenda, mas quase nada escrito nela.

***

Na casa de André, Chumbinho entrou também pela frente. Havia dois carros na garagem e um grande quintal com uma casa de cachorro no fundo. Ele entrou e se deparou com a cozinha da casa, tinha uma mesa grande com oito cadeiras, no fundo havia um espelho, mais pra frente havia um balcão, a pia, o fogão, o micro-ondas e dois pequenos armários. Havia uma pasta com papéis em cima da mesa, ele olhou com cuidado todos eles, mas nada.

***

Miguel, no laboratório pegava objetos com a esperança de achar digitais que não fossem de André ou Davi, olhou as câmeras do lugar, mas só imagens dos dois cozinheiros. Lá não havia papéis, celulares ou qualquer coisa que incriminasse alguém.

Ele foi com dois policiais que lhe acompanharam até a delegacia para entregar os objetos para a análise, depois ele e os dois policiais foram para a casa de André ajudar Chumbinho.

***

Na casa de Lucas, Calu começou a olhar os papéis que eles não tinham examinado na primeira vez que visitaram a casa, havia algumas anotações como a que eles haviam achado antes, mas nada com um nome desconhecido. Algumas se referiam ao bandido que estavam procurando, mas sempre traziam “Chefe” ao invés de um nome.

***

Magrí e Crânio entraram num lugar que parecia um escritório, havia duas estantes lotadas de livros, uma grande mesa com um computador, uma impressora e vários papéis. Havia uma cadeira com uma mochila preta em cima, do lado da porta tinha uma prateleira com câmeras antigas e um pequeno armário de metal com duas câmeras atuais e várias lentes.

Eles olharam dentro da mochila, no computador, as fotos, viram se não havia nenhum papel dentro de algum dos livros e olharam os papéis que havia em cima da mesa, novamente nada. Estavam começando a ficar desanimados.

***

Chumbinho, agora com a companhia de Miguel, após não acharem nada na cozinha foram para um pequeno quarto com um guarda-roupa branco, uma cômoda também branca, uma caixa de madeira cheia de tranqueiras e um colchão de casal no chão.

Eles procuraram no guarda-roupa e na cômoda, mas só havia roupas, sapatos, perfumes e coisas assim, passaram para a caixa de tranqueiras, também havia só coisas velhas e empoeiradas. Naquele momento a única coisa que Miguel queria fazer era limpar aquela caixa, estava realmente suja.

***

Calu na casa de Lucas, após olhar os papéis na mesa da sala, examinou o resto da casa que não era nada grande, mas não achou nada. Ficou decepcionado, foi para a delegacia e entregou os papeis e alguns objetos para a análise, resolveu ir ajudar Magrí e Crânio.

***

Na casa de Davi, Crânio, Calu e Magrí foram para um quarto com uma cama de solteiro, uma mesa de vidro, atrás da porta um cesto com roupas sujas, um grande guarda roupa amarelo que ocupava uma das paredes inteiras. Em cima da mesa havia um notebook, alguns livros, fotos e um fone de ouvido. Olharam nos livros, as fotos e o computador. Nada, novamente.

Dentro do guarda roupa que era dividido em três, na primeira parte só havia roupas, na segunda que era dividida em dois perfumes, desodorante, e remédios na parte de cima e na de baixo alguns jogos e papéis. Na terceira parte que era dividida em três, em cima havia roupas de cama, no meio vários livros, bonecos, ursos de pelúcia e papéis, na parte de baixo, somente sapatos.

Eles demoraram algum tempo para olhar tudo, havia anotações que era do “trabalho”, mas nada com o nome do chefe.

***

Chumbinho e Miguel olharam um quarto, provavelmente de um casal, mas não havia nada, Acharam um escritório com seis computadores, um quadro branco com algumas anotações e uma estante trancada. Levaram um bom tempo para olhar.

Novamente não acharam o que queriam e foram embora, pois só restavam dois banheiros e eles presumiram que se não acharam nada em um escritório também não achariam em um banheiro. Foram até a delegacia informar o que não acharam e foram para a casa de Davi, lá agora com os cinco Karas, Calu e Miguel em um quarto, Chumbinho e Magrí em outro e Crânio na cozinha.

Desta vez, com os cinco foi mais rápido, porém não menos decepcionante que as outras vezes. Os cinco foram em duas viaturas e voltaram para a delegacia informando só terem achado alguns papéis, sem o nome do chefe e entregaram alguns objetos.

Foram para o hotel exaustos de procurar pistas nos locais, logo eles estavam dormindo e como já era quase noite acordaram somente no dia seguinte, prontos para mais investigações, mas agora sem saber por onde começar.

Eles nem foram até a delegacia, pois sabiam que ninguém lá sabia o que fazer depois das frustrações do dia seguinte, Crânio tocava sua gaita e quando parou olho para Miguel com esperança.

–Miguel, havia câmeras?

–Onde?

–No laboratório!

–Sim, mas só tinham gravações dos cozinheiros.

–Pouco me importa, eu quero rastrear a transmissão das gravações feitas. Poderemos assim, talvez descobrir o chefe.

–Que ótima ideia Crânio! Vou ligar pro Delegado Garcia.

Miguel pegou o celular entusiasmado e discou o número do Delegado. Ele atendeu:

–Alô?

–Olá senhor Delegado, sou eu o Miguel.

–Ah, olá garoto.

–Liguei para lhe informar a ideia de Crânio e saber se poderemos pegar as câmeras.

–Qual a ideia? Que bom que você ligou, não achamos digitais de ninguém diferente.

–Ele vai rastrear a transmissão das gravações feitas e talvez, assim possamos descobrir quem é o chefe.

–Só vocês mesmo! As câmeras estão aqui, podem vir.

–Estamos indo Delegado.

Os cinco Karas foram até a delegacia e pegaram as câmeras com o delegado, foi tudo muito rápido, eles mal falaram com seu novo companheiro Garcia. Pegaram um táxi e voltaram para o hotel, subiram e Crânio logo ligou a primeira câmera ao seu notebook para começar a rastrear.

Após cerca de uma hora no computador, digitando sem parar e fazendo procedimentos realmente complicados para seus amigos, Crânio revelou:

–Uma casa lá no Engenho Novo, de novo.

–Vamos pra lá então! –Disse Calu animado.

Eles novamente saíram do hotel e pouco tempo depois estavam na porta desta casa. Ela parecia abandonada, então perguntaram a uma mulher na rua de quem era e ela confirmou que a casa só era habitada de noite, por mendigos. Os Karas desanimaram, mas Crânio queria saber, então como eram transmitidas as gravações lá.

Eles estavam examinando cada canto da casa, ela era pequena e aparentemente velha. Numa esperança cega ouviram o portão abrindo. Esconderam-se, cada um em um canto e esperaram por um rosto.

Porém o único que viu o rosto do bandido foi Crânio, isso muito rapidamente. O homem que lá estava logo que viu Crânio correu para o banheiro da casa, onde não havia ninguém e colocou uma máscara.

Crânio saiu em direção ao banheiro elétrico, enquanto os companheiros estavam escondidos nos quartos. Ele entrou no banheiro e o bandido, já com a máscara, lhe derrubou e saiu correndo para fora da casa.

Crânio se levantou rapidamente e correu atrás do homem, porém ao sair pela porta que dava nos fundos da casa ele sentiu uma dor, tão imensa que nunca em sua vida teria imaginado que poderia sentir.

Pegou no local da dor, sangue. Desmaiou.

Os outros Karas ao ouvirem o barulho de um tiro foram todos ao local e ao chegarem lá viram Crânio baleado, mas o homem havia fugido antes que eles chegassem. Magrí ficou muito assustada, e logo já estava chorando ao lado de Crânio desmaiado.

Chumbinho imediatamente ligou para uma ambulância e Calu olhou a pulsação de Crânio, estava vivo. Os quatro ficaram ao lado de Crânio, desmaiado e com um tiro, sem saber o que fazer, sem rumo. O parceiro deles havia sido ferido e, agora, mais do que nunca eles queriam achar o fabricante da nova droga.


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