The First Time escrita por if you say so


Capítulo 2
Never Let Me Go


Notas iniciais do capítulo

Oláaa pessoal!
Pra quem se inscreveu para receber atualizações desta fic muito muito obg :) E desculpas por somente postar o novo capítulo agora, queria postar uma semana depois, porém por estar meio viciada em HIMYM acabei ficando distraída hahah Por fim.. o novo cap esta aqui, e espero que gostem, é menor do que o anterior, porém creio que mais interessante!
Byee



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viii.

Rachel ouve seu pai falando no telefone, mas não tem a mínima ideia de quem possa ser até que Hiram – um dos seus dois pais, passa o telefone dizendo que ‘algum garoto estava no telefone querendo falar com ela’. A garota arranca o telefone da mão de seu pai, e com o coração batendo a mil sai andando até a cozinha, “Alô?”

“Rachel?”

“Ela mesma,” ela responde, ainda com duvidas sobre quem é. “Oi, é o Finn,” ele se identifica hesitante.

O olho de Rachel quase salta pra fora quando suas suspeitas são confirmadas, e ela sai correndo até seu quarto, fechando a porta quando entra.

“Oi, o que você quer?” ela fala rudemente, e depois se arrepende, na verdade não querendo ser tão estúpida com o rapaz. “Eu, eh, cheguei em casa bem. Eu só, hum, queria saber se está tudo bem.”

Aonde ele quer chegar com isso? Ela pergunta a si mesma. “Sim...?”

“Legal, ótimo, ótimo... Hm, ok, eu também queria falar, não... É, perguntar na verdade, o que você vai fazer mais tarde?” Ele balbucia, esquecendo-se por um instante do infeliz namorado.

“Não sei, eu acho que eu vou ver algum filme com o Jesse.” Ela responde, ansiosa para ouvir a reação dele. “Jesse?”

“Jesse.”

“Jesse, claro. Engraçado, eu também vou ao cinema hoje à noite.” Finn insiste, tentando achar algum modo de sutilmente pedir para eles se encontrarem novamente naquela noite. Com namorado ou sem namorado.

Sendo curta em sua resposta novamente, Rachel Berry não iria se entregar tão facilmente a Finn Hudson.

“Então eu acho que eu vou ter ver.”

“Talvez.”

“Ótimo”

“Ótimo, ok, até mais.” Ela desliga de repente, não entendendo muito bem o que acabou de acontecer, e joga o telefone em cima de sua cama.

Não querendo lidar com seus pensamentos sobre Finn no momento, Rachel desce as escadas para o andar de baixo em sua tentativa final de convencer seus pais sobre o impasse do momento.

Chegando à sala de estar, ela começa com o discurso, “Pai, papai, eu não quero dar a vocês uma aula de como educar um filho, mas vocês sabiam que eu eventualmente ia beber alguma coisa. Afinal, eu sou uma adolescente e esta é a América. Então, que lugar melhor do que aqui em casa? Onde vocês dois estão presentes e eu não corro o risco de beber, dirigir e acabar em um acidente de carro, por exemplo.” Rachel foi um pouco dramática agora, mas isso já era de sua natureza.

E no momento era necessário. Ela já estava tentando convencer seus pais a mais de uma hora sobre o problema do vinho derramado, e logo menos teria de começar a se arrumar para sair com Jesse.

Depois de alguns momentos de discuções silenciosas por olhares, um deles finalmente responde, “Princesa, não foi somente porque você bebeu. Você derramou, você é, uh... “, finalmente se sentindo derrotado Leroy fala, “Qual foi a pergunta de novo?”

“Eu posso ir ao cinema hoje à noite, ou vamos punir a Rachel por ela ser responsável?” eles se entreolham novamente e aparentemente desistem de argumentar com a filha, entrando num consenso, “Ok, você pode ir.”

“Ótimo, foi bom conversar!” Rachel responde sorridente e sai da sala em direção a seu quarto.

ix.

Ela recebe uma mensagem de Jesse avisando que ele já estava na porta de sua casa, então desce as escadas e se despede rapidamente de seus pais. Ela avista a camionete de namorado e entra, o cumprimentando em seguida. “Como você está?”

Ele suspira e responde, “Já estive melhor. Tive uma semana muito difícil, sabe.” Se virando no banco, Jesse agora estava olhando para ela. “Você sabia que eu já fiz testes para quatro peças e nenhuma me ligou de volta?”

Se arrependendo por ter feito aquela pergunta, ela continua tentando ser agradável. “Já... Você comentou isso comigo algumas vezes por telefone,” Na verdade foram muito mais que algumas vezes.

“Só estou falando isso porque posso não ser muito divertido hoje à noite. Mas de qualquer maneira, como você está?” ele dá um sorriso e segura à mão dela.

Mesmo com a falta de conexão do ato não passando despercebido por Rachel, ela responde, “Bem.”

Lembrando-se novamente de Finn, Rachel relembra o namorado de passar para pegar Blaine, que também iria ao cinema com eles hoje à noite. Dito isso ele liga o carro e sai dirigindo, com uma expressão não muito feliz no rosto.

x.

“O que eu estou fazendo? Ela vai achar que eu sou algum stalker!” Finn anda de um lado para o outro – ele tem feito muito disso ultimamente; mas seu irmão nem Puck falam alguma coisa, muito ocupados comendo. “Não olha agora, mais veja só quem chegou,” Kurt avisa quase sussurrando.

Antes que Finn pudesse reagir, ela já chega por de trás dele, abraçando e cumprimentando-o, “Oi!”

Era Quinn.

Ele a cumprimenta também, e a abraça de volta. Quinn agora notando os outros dois, também os cumprimenta, acenando para Kurt, e resmungando algo parecido como um ‘oi’ para Puck – a falta de consideração pelos amigos de Finn ficando evidente.

“Para onde você foi ontem à noite? Estava procurando por você,” ela diz em um tom descontraído, mas ao mesmo tempo preocupado. Ele responde vagamente, não querendo compartilhar o que aconteceu na noite anterior com a garota.

“Eu estava te procurando pra que a gente pudesse ter uma das nossas ‘conversas da madrugada’. De qualquer forma, o que você vai fazer mais tarde?” ela pergunta, olhando inquisitivamente para Finn.

“Não sei... Pra onde a gente vai Puck?”

“Qualquer lugar. Nossas opções estão abertas. Mas eu acho que mais tarde vai ter uma festa na casa do Mike.” Mas antes que alguém pudesse responder, Brittany, uma das amigas de Quinn, sugere, “Nós poderíamos ir para minha casa, já que eu estou sozinha com o Lord Tubbington pelo fim de semana inteiro.” Todos concordam, e já começam a chamar mais gente.

E Quinn logo volta sua atenção para Finn, “Vamos entrar então. O que a gente vai assistir?”

Quando Finn estava prestes a responder, ele ouve a voz dela, “Finn? Oi.” Ao se virar, ele a avista sorrindo brilhantemente para ele. Quase não acreditando que era realmente Rachel ali, ele consegue apenas dizer um ‘oi’ fraco, e mantem um sorriso besta permanente no rosto.

Só agora notando as roupas diferentes de Rachel, junto com o cabelo da garota que agora estava enrolado, cheio de cachos.

Ela usava uma blusa verde-água e uma saia preta que não era nem um pouco comprida, mostrando as pernas maravilhosas que estavam escondidas pela calça que usara na noite anterior.

“Oi, eu sou a Quinn, amiga desse mal educado aqui, que não apresenta os amigos,” a loira comenta brincando, enquanto encara Finn por um momento, tirando ele de sua transe.

“Ah, meu nome é Rachel e esse aqui é o Jesse, meu namorado.”

Só aí então Finn percebe a presença de um garoto que parece o Ken, com uma cara de playboy, parado ao lado de Rachel. Sabia que ela não o inventara, além de saber também, que não ia com a cara do sujeito.

Ele dá um leve aceno com a cabeça em direção a Finn e diz com um sorriso de lado para Quinn, “Oi linda, prazer em conhecê-la.” E ainda não contente com o que acabara de dizer, Jesse lhe dá um beijo no rosto.

A mão de Finn se contorce ao lado de seu corpo, mas antes que acabe socando a cara desse infeliz, ele logo se lembra da conversa que teve com Puck esta manhã, e o chama.

“Hey, Puck, olha só quem está aqui. A Rachel e o namorado dela, lembra, Jesse?” Puck se vira e dá de frente com os dois, “Oi, eu sou o Puck, prazer em conhecer vocês dois.” Ele dá um sorriso, e não desperdiça a chance de mostrar seu charme para a baixinha beijando sua mão, mesmo quando Finn olha torto para o garoto.

Um menino com cabelo cheio de gel e baixinho, surge ao lado de Rachel logo em seguida, acenando para todos, “Olás, eu sou o Blaine, prazer em conhecê-los.” Cumprimentando a todos e apertando a mão de cada um, Blaine se mostra bem simpático.

Momentos depois, Kurt surge ao lado de Finn, nem ao menos percebendo a presença de Blaine muito ocupado mexendo no celular, e fala “Finn! não vai apresentar seu irmãozinho não?”

“Ah sim. Rachel, Jesse, Blaine, esse é o meu irmão, Kurt.” Finn o apresenta, apontando para o irmão, e sorrindo para Rachel, esperando para que ela se tocasse também sobre o que estava prestes a acontecer.

Kurt, ao ouvir a menção do nome ‘Blaine’ esquece completamente do celular e levanta a cabeça rapidamente, com um sorriso nos lábios, “Blaine?”

O baixinho responde meio sem graça, e cumprimenta o garoto com um abraço, ninguém sabendo exatamente o que estava acontecendo, a não ser Finn.

E ele, por não tirar seus olhos de Rachel, aproveita a oportunidade enquanto Jesse olhava para Quinn para lembrar Rachel sobre o casal, ao sussurrar em seu ouvido, “Kurt, Blaine, lembra?”

Ele somente sorri enquanto observa as peças se encaixarem na cabeça de Rachel, um sorrisinho que combinava com seu próprio surgindo no rosto da morena.

“Será que dá pra gente ir logo ver aquele filme sobre o fim do mundo, ou tem mais alguém pra aparecer?” Puck fala e todo mundo concorda, já indo em direção a bilheteria.

“E vocês? Vão vir com a gente né?” Finn pergunta ansioso para passar mais tempo com Rachel, não se importando muito com o namorado babaca da amiga.

Mas invés de Rachel, Jesse vai logo respondendo, “Na verdade a gente ia ver aquele filme estrangeiro-“ Porém, ela o interrompe rapidamente e diz meio que choramingando, “Jesse, eu não estou muito a fim de ver filmes legendados hoje, por favor,” ela faz sua melhor imitação de carinha de cachorro abandonado e continua, “Porque a gente não vai com eles? Tenho certeza que o Blaine também vai querer, por causa do Kurt...” Continuando com biquinho mais fofo que Finn já viu, o qual ele tem certeza seria seu ponto fraco em relação a ela – um dos, Jesse também não aguenta, e cede.

Ele tenta beija-la, mas no último instante Rachel desvia o rosto, e Jesse acaba beijando sua bochecha. Tentando disfarçar, ele comenta, “Essa aqui pode ser tímida aqui, mas no quarto parece outra pessoa.” Não acreditando as palavras que saiam da boca do namorado, Rachel se prepara para lhe dar uma boa resposta, porém ele a supera e enquanto lhe mostra um sorriso malicioso, fala, “Tudo bem se você quiser ver um filme estúpido de criança, a gente não vai assistir mesmo.” O rosto de Rachel se cora ainda mais intensamente e ela sai pisando duro, com Jesse logo atrás.

x

Finn tenta se concentrar no filme que está passando, mas Quinn acabou de tirar a jaqueta e ele não consegue não observar o decote de sua blusa. Esquecendo um pouco da garota ao seu lado, Finn lembra da outra menina que está sentada há algumas fileiras de distância.

Não conseguindo mais suprimir sua vontade de checar, ele olha pra trás e vê Rachel fazendo a mesma coisa que ele. Aliviado ao saber que ela não está ficando com o Jesse, mais o observando, Finn volta sua atenção para o filme e suspira ganhando um olhar de lado de Puck e outro de seu irmão, que mesmo ocupado falando com Blaine, viu toda a cena.

xi.

Rachel não deixa de perceber quando Quinn se inclina pra falar algo no ouvido de Finn e muito menos quando a loira coloca a mão em sua perna. Já cheia desse filme e das pessoas em volta dela que ou estão no celular, ou no caso do seu namorado, não param de tentar agarra-la.

Já meio irritada, Rachel pega sua bolsa e saí andando até a saída da sala do cinema, avisando o namorado que iria tomar um ar.

xii.

Quando Finn vê Rachel se levantar, avisa Quinn que precisa ir ao banheiro e sai apressado, também em direção à saída.

Quando chega lá fora, ele a enxerga sentada em um dos bancos balançando suas longas pernas para frente e para trás. Ao se aproximar dela, ela comenta olhando para Finn enquanto ele estava em pé ao seu lado, “Filme interessante não é mesmo?”

“Sim, bem tocante,” ele responde sarcasticamente e senta-se ao lado da garota.

“Desculpe-me por ter feito você pular do telhado. Foi loucura e bem perigoso, você podia ter se machucado e... Me desculpe também por ter falado com você daquele jeito no telefone, é que as vezes eu surto, não que seja uma desculpa mas-” ela fala freneticamente, porém ele a corta mandando, “Me dá seu telefone.”

Ela olha para cima meio confusa, mas entrega o celular mesmo assim, e o observa enquanto se senta ao lado dela. Ao gravar todos os nove dígitos dos dois contatos em seus respectivos celulares, Finn olha para ela dando um sorriso de lado e fala, “Ok, agora eu te perdoo.”

Os dois sorriem, e se ajeitam melhor no banco, dizendo simultaneamente, “Então...” Há uma pausa e Rachel continua, afirmando com a cabeça enquanto fala, “Você está aqui com a Quinn, ela é certamente muito bonita.”

Finn concorda, mas ao mesmo tempo encara a beleza única de Rachel que estava bem ao seu lado, não podendo evitar pensar o quanto ela era muito melhor.

“E ela está sentada do seu lado, segurando a sua mão... Por mim parece que ela está bem afim de você,” conclui Rachel, não conseguindo esconder totalmente seu tom desanimado da voz.

“Não sei, talvez...” ele diz, sem muito interesse em conversar sobre Quinn no momento. “Ah e muito obrigada, agora eu não consigo parar de pensar em transar com ela,” Rachel ri e responde com muita convicção, “Talvez isso seja bom... Tirá-la do pedestal, sabe? Além disso, essa coisa de romance água com açúcar só existe nos livros do Nicolas Sparks.”

“É como meu querido professor de biologia fala, tudo é uma questão de biologia – no seu caso, seleção natural, As fêmeas escolhem os machos mais fortes, para que os filhotes tenham uma maior chance de sobrevivência,” Rachel faz uma expressão de orgulho pelo exemplo que acabou de criar e ele não consegue discordar dela, não com ela olhando para ele daquele jeito.

“Biologia?” ele pergunta intrigado, “Mr. Becker, ele gosta de dar exemplos práticos.” ela responde, ainda sorrindo para ele. “Bom, eu não tenho certeza se eu sou o macho mais forte, mas posso tentar...”

Rachel suspira, jogando um pouco a cabeça pra trás, claramente frustrada e diz, “Finn! Confiança é sexy, você devia ter um pouco.”

“É o que minha mãe sempre diz...”, isso faz com que os dois deem risada, e ela adiciona logo em seguida que deveria voltar para dentro do cinema, secretamente esperando que ele a peça para ficar.

“Yep. Ah e o Jesse parece ser um cara legal.” Finn diz, tentando elogiar o garoto mas falhando miseravelmente. “Sério?”

“Não. Bom, eu não posso tirar conclusões sendo que eu nem falei com ele direito, mas...” Ela se levanta e dá um sorriso de lado, dizendo, “Ótimo.”

Porém, antes que ela entre de volta na sala de cinema, ele lembra-se de chama-la para a festa na cada de Brittany.

Rachel percebe que ele está meio nervoso e não consegue entender o porquê, geralmente é ela que fica nervosa quando fala com meninos, não o contrario. Mas ele é diferente.

Ela tenta reprimir este pensamento, e percebe que Finn ainda estava esperando sua resposta. Ela diz que vai, e sorri antes de se virar e caminhar, voltando para sala de cinema – e Finn não consegue disfarçar sua felicidade quando um sorriso enorme surge em seu rosto.

xiii.

É em momentos como esse que Rachel se pergunta por que ainda está com Jesse. Neste instante ele está sentado ao seu lado no sofá, e mesmo depois de uns dez minutos dele falando, ela não consegue lembrar-se de pelo menos uma coisa útil que ele tenha dito.

Já irritada com Jesse desde a entrada do cinema, Rachel olha para o jardim lá fora e vê Quinn sentada em uma das cadeiras que estão em volta da piscina.

Depois de voltar seu olhar para dentro da sala, vê Finn a encarando, e dessa vez não consegue não sorrir. Ele percebe que ela o pegou e tenta disfarçar olhando pro teto, o que faz a ela começar a rir baixinho, encantada com o jeito do garoto.

Olhando de volta para o jardim, ela resolve sair da sala e se juntar a Quinn lá fora; pois se ouvir mais uma vez Jesse nomear todas as suas qualidades, ou choramingar sobre como ele não consegue nenhum papel, vai explodir.

Finn observa Rachel sair da sala e também vê Kurt o encarando. “O que foi?”

“Só estou aqui pensando sobre as pessoas que falam para nós sempre sermos nós mesmos; com certeza nunca conheceram Jesse.”

xiv.

Lá fora, Rachel caminhava em direção as cadeiras de praia em que Quinn estava sentada e ao ir se aproximando ouve a loira dizer, “Essa piscina é muito legal, não é mesmo? Parece que a gente está na mansão da playboy.” Quinn da uma leve risada, mas Rachel não responde nada sentando-se ao seu lado.

Quinn era loira, tinha olhos claros e uma pele simplesmente perfeita. Seu rosto gritava ‘prom queen’; e então Rachel entende como deve ter sido fácil Finn desenvolver sentimentos pela amiga.

“Rachel, não é mesmo?” a garota continua, tirando Rachel de seu momentâneo devaneio. “É, a gente já se conheceu,” ela responde secamente.

“Eu sei, você é amiga do Finn.” Quinn dá um gole na garrafa de vodka que tem na mão e continua, “Você, é... Gosta dele?” Por um momento Rachel fica meio paralisada, mas responde mesmo assim. "Não, não, eu, é, estou com aquele cara ali.” Ela aponta para o Jesse, observando-o enquanto levanta sua camisa mostrando seu abdômen, Rachel revirando os olhos imediatamente, enquanto Quinn continua a olhar na direção de seu namorado.

“Wow, nossa. Ele é muito gato.” Ela ignora o que Quinn acaba de falar, e continua com o que estava dizendo, “Quer dizer, eu gosto dele-“ Mas a loira a interrompe, falando agora com bastante convicção. “Você tá brincando? Finn é maravilhoso. Ele sempre me ajudou todas as vezes que precisei de um ombro amigo, ou então de conselho, mas o tanto que ele cresceu depois da entrada de Burt e Kurt na família, realmente me surpreendeu. Finn é muito inteligente sabe,” Quinn continua empolgadamente, “Realmente incrível, ele é um dos meus melhores amigos – geralmente os caras da idade dele são tão egocêntricos sabe?”

“É, eles nunca calam a boca.” Rachel concorda, começando a gostar um pouquinho da loira – só um pouquinho.

“Estou cansada desses caras com suas bocas enormes e pouca atitude, que só pensam em si mesmos!” Quinn exclama, jogando as mãos para um alto num gesto de irritação.

“A gente ainda está falando sobre o Finn?” Rachel logo saca, “Sam Evans.” Quinn já completa, “Aquele desgraçado. Sabe, estou cansada de servir de brinquedinho para esses meninos. E pode acreditar, eu não estou surpresa por ele ter contado para todo mundo sobre nossa ficada, eu praticamente já ouvi sobre todas as garotas que ele já ficou. Mas seria tão difícil se algum deles apenas me perguntassem uma coisa; como eu estou, minha opinião! Chegou num ponto que se um deles abrisse a porta para mim, ou então oferecesse pra me pagar um jantar eu ficaria em choque.”

Rachel permanece quieta durante o monólogo de Quinn, meio aleatória ao desabafo da menina, mas não tendo escolha a não ser responde-la.

Por isso resolve ir direto ao ponto que Quinn era cega demais para enxergar. “Então, às vezes este cara-” ela estava prestes a dizer que ‘este cara pode estar tão próximo, e não percebemos’, porém avista Finn através da porta de vidro que leva até sala, e muda de ideia ao ver o garoto sentado ali olhando na direção do quintal, provavelmente tentando achar onde é que ela se metera – enquanto seu atual namorado nem ligava para onde ela fora, provavelmente ainda falando sobre si mesmo.

Toda esta cena lhe trouxe uma dúvida que já estava ali antes, mas que agora se tornava ainda mais proeminente.

“Hum?” Quinn diz, pedindo para a morena continuar. Distraída, Rachel também não se lembra por um momento o que ia falar, e depois resolve não dizer nada totalmente, “Ham? Ah sim, pois é, nada não.”

“Não, você estava prestes a me contar algo.” A loira insiste, “Ah sim, claro... Mas, agora se foi, não lembro mais, puff, desapareceu.” Rachel tenta disfarçar, e coloca seus métodos de atuação em prática.

“Que estranho, foi tipo há um segundo.”

“Pois é, estranho não é mesmo?” A baixinha insiste, tentando mudar o foco da conversa ao perguntar de novo para Quinn sobre seu mais recente ficante.

xv.

De volta a sala de estar, Finn estava sozinho com o tão adorável namorado de sua amiga. Quase já deitado no sofá, Jesse pergunta, “Então, como você conheceu minha garota?”

“Em um beco.” Finn responde secamente, sem um pingo de paciência para conversar com o outro garoto.

“Normalmente eu não pego garotas do ensino médio sabe, mas essa daí é diferente, realmente única – com uma voz magnífica. Tenho escrito uma música sobre sua panturrilha.” Continua Jesse, falando tudo isso sem ao menos perceber que Finn realmente não ligava para qualquer coisa que ele tinha a dizer.

Finn somente o encarara, pensando o quão ridículo tudo que ele acabara de ouvir era, o achando mais babaca ao instante – e olha que o nível já estava alto.

Porém, Finn mantem-se quieto e depois de um instante Jesse solta outra bomba, “Nós vamos transar hoje à noite – já era pra ter acontecido semana passada, mas infelizmente eu estava doente.” Ele diz sem muita importância.

Não acreditando no que tinha acabado de ouvir, Finn não reage, e Jesse continua presunçoso, “Faz um longo tempo que estou tentando, e nós vamos finalmente fazer. Acabar com isso logo.”

Mesmo abismado com a informação que acabara de ouvir, Finn consegue perguntar, “E onde isso vai acontecer?”

“No meu carro provavelmente.” Jesse responde sem pestanejar, mostrando nenhum remorso em sua voz pela falta de consideração.

Finn murmura baixinho, ‘puta que pariu’, e não pode evitar comentar sarcasticamente, “Nossa, Jesse, isso soa inesquecível, realmente.”

“Muito, muito, muito inesquecível,” o garoto continua, com uma pausa em cada ‘muito’ que enunciava, ainda não cabendo em sua cabeça como Rachel entregaria sua virgindade para um idiota arrogante daquele.

Jesse se levanta, e diz que vai beber mais um pouco encarando Finn como se o desafiasse para lhe dizer mais alguma coisa. Porém ele se manteve calado, até que a diva saísse da sala.

Olhando para onde Rachel estava até momentos atrás e não enxergando mais a amiga sentada ali conversando com Quinn, Finn decide procurá-la.

xvi.

Ele ouve o som do piano e imediatamente o segue, torcendo para que Rachel esteja no final. A avistando sentadinha em toda sua pequena glória no banco, senta-se ao seu lado, porém de costas para o instrumento.

Agora já se dando conta da presença do garoto, Rachel olha pra ele e diz, relembrando de algo ficou em sua cabeça. “Você nunca me contou sobre seu pai.”

Ele olha pra ela, já deduzindo que Quinn deve ter comentado algo relacionado a isso para ela, e responde suavemente, “Eu não gosto de relembrar muito disso, mas, basicamente, ele morreu quando eu era um bebê e eu e minha mãe ficamos muito tempo sozinhos até que Burt surgiu, e nós viramos uma família só.” Tentando demonstrar que aquilo já eram águas passadas, ele sorri de leve e empurra ela com o ombro, ao vê-la olhar para baixo. “Não queria te chate-“

“Tá tudo bem Rachel, sério.” Ele reafirma e logo lembra-se do que realmente gostaria de conversar com ela no momento. Entretanto, ela começa a falar antes que ele pudesse questiona-la. “Depois disso me senti boba por pensar que sabia tudo sobre você, mesmo o conhecendo por somente um fim de semana, eu-“

Mas ele a interrompe novamente, querendo falar logo sobre o assunto que estava lhe incomodando tanto, “Por favor, não transe com o Jesse hoje à noite.”

Rachel vira o rosto para ele brevemente, e o vê implorando somente pelo olhar lhe mostrava. “Vocês homens são inacreditáveis,” ela resmunga.

“Você não pode dar sua virgindade para ele,” Finn insiste.

Ela agora se vira olhando diretamente para Finn e responde, “Por quê?” Rachel começa irritada, mas não dando tempo para que o garoto a responda. “Virgindade não é um tesouro que eu tenho que guardar para sempre e estimar até eu achar alguém que eu amo ou minha alma gêmea. Só existe um cara qualquer, que eu vou escolher e transar com.” Ela pausa, mas logo continua, ”Lógico que eu provavelmente vou estar totalmente nervosa e desconfortável, mas um dia, um dia vai ser maravilhoso. Vai ser a melhor coisa do mundo e eu vou me sentir num filme pornô – mas até esse dia chegar, eu tenho que me contentar com as primeiras vezes ruins e estranhas.

Então a melhor coisa que eu posso fazer, e chegar até lá em segurança. E eu sei que Jesse não é o melhor cara, mas ele é seguro – já vi os exames dele, ele está limpo. Tudo vai acontecer nos meus termos, e me conte, por favor, me conte porque eu não posso acabar logo com isso?” Ela termina e volta a olhar para frente, esperando uma resposta dele.

Finn claramente discordando de várias das coisas que Rachel acabara de dizer, se move na cadeira ficando agora com cada perna de um cada lado do banquinho, encarando a garota de frente.

“Eu acho que o que torna tudo aquilo especial é o fato de que você faz com alguém especial, ok? E eu tenho certeza que aquele cara não é o Jesse.”

Indignada, Rachel se levanta pronta para fazer uma saída dramática, mas decide contra no ultimo instante, preferindo continuar com a discussão. “Você está apaixonado pela Quinn, ok?” ela diz exasperada, “Você está apaixonado pelo sorriso dela, e como ela coloca o cabelo atrás da orelha, e sua aparência irritante, que pelo amor, como pode ser tão perfeita?”

“Você tem uma aparência ótima,” ele complementa. “Obrigada Finn, mas não é fácil para eu conseguir chegar nisso aqui, requer muito trabalho e tempo, ok? Mas eu tenho certeza que ela já é assim.” Rachel continua, realmente exaltada por tudo isso.

“Mas essa não é a questão, realmente não é a questão”, eles estão muito próximos agora, e Finn não consegue tirar os olhos da garota, “A questão é que você está afim da Quinn, então eu vou transar com o Jesse.”

Finn sorri triunfantemente e Rachel pergunta intrigada, “Porque você está sorrindo?”

Finn massageia levemente o franzir entre as sobrancelhas dela e responde com certeza, “Você tá tão afim de mim.”

“Não! Não.” ela nega como se fosse algo absurdo, e o encara, com descrença com que ele acabara de falar. “Então agora você vai ser esse cara convencido e confiante? Sério?”

“Acho que sim...” ele responde tranquilo.

“E isso não tem nada a ver com o que sua mãe e eu te dissemos?” Eles vão se aproximando, e Finn responde quase sussurando, “Talvez, o que você acha?” Agora distraída com a boca dele e não prestando mais atenção sobre o assunto em questão, ambos vão se aproximando ainda mais um do outro, e seus olhos começam a se fechar.

Mas antes que seus lábios pudessem se encostar pela primeira vez, uma voz alta ressoa pela sala.

“Rachel! Vamos embora. Esta festa tá um saco.”

xvii.

Era o Jesse.

Era oficial, Finn totalmente odiava o cara. “Ok, em um minuto,” responde Rachel, saindo do transe que a ligava até a boca de Finn.

Jesse insiste para eles irem agora mesmo, Rachel pergunta, “Você está pelo menos sóbrio o suficiente pra dirigir?”

“Eu estou bem,” o garoto responde, claramente não estando.

Prontamente, Finn já oferece olhando diretamente para Rachel, “Eu posso te dar uma carona.”

“Cuide da sua vida Finn, você não tem nada a ver com nosso relacionamento.” Jesse retruca grossamente, e Finn, já farto do jeito como ele tratava Rachel e não querendo levar desaforo para casa, levanta-se do banquinho e começa a falar sem medo de enfrentar o namorado da amiga. “Olha aqui seu escroto, já estou cheio de ter que aguentar essa sua atitude petulante-“

Antes que Finn pudesse terminar, Jesse o empurrara fortemente; e por ter sido pego de surpresa, Finn tropeça e cai para trás, batendo a cabeça na mesa de centro da sala de estar na qual eles estavam. Isso só servindo para enfurecer Finn mais ainda.

Contudo Rachel também não deixa barato para o namorado, e o empurra para longe de Finn, com toda força que sua pequena estatura consegue.

Partindo para cima de Jesse logo que conseguiu se colocar de pé de novo, e pronto para acabar com a cara de arrogante dele, Finn bufava de raiva. Mas antes que isso pudesse acontecer, ele é agarrado por Puck que previne o amigo de acabar com a cara do namorado de Rachel.

“Seu covarde pretensioso, arrogante! Me solta Puck, deixa eu acabar com a cara dele!” Finn esbraveja, tentando se libertar dos braços de Puck que o segurava firmemente.

“PARA! Todo mundo, se acalmem, por favor!” Rachel grita, sem tendo muito o que fazer, mas ao mesmo tempo preocupada com Finn.

Por ser totalmente antiviolência e querer que tudo isso acabe logo para que ninguém mais se machuque, ela diz para Jesse, que no momento estava em pé ao lado da garota, claramente se sentindo superior. “Vamos embora.”

Agora já mais calmo, porém ainda irritado, Finn direciona sua indignação a Rachel. “Você vai embora com ele?” Ele diz, quase cuspindo as palavras.

Ela olha para ele por um momento, e responde, “Vou. Boa noite, Finn.”


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Notas finais do capítulo

Eaii o que acharam?
Prometo postar o próximo logo menos, e por favor comentem!
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