The First Time escrita por if you say so


Capítulo 1
Are we all lost stars


Notas iniciais do capítulo

Hi guys, essa é minha primeira fanfic então, go easy on me lol.
Essa história surgiu na minha cabeça quando eu estava vendo o filme The First Time e eu achei a plot legal pra fazer uma fic, então aqui está.
Separei a história em algumas partes e alternei um pouco entre o POV dos personagens, mas espero que não fique confuso.
Os pares são meio estranhos, mas eu queria que o Puck fosse amigo do Finn, então theres that. Anyway, espero que vocês gostem da fic :)



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O som de música alta e pessoas conversando se misturavam no plano de fundo, enquanto Finn andava de um lado para o outro em frente à casa que acabara de sair. Seus pensamentos iam a mil ao tentar achar algum modo de falar tudo aquilo que escrevera sem parecer um idiota.

Estava frio, mas enquanto tanta informação passava por sua cabeça, a temperatura ambiente não era tão notada assim pelo garoto. Muito distraído pelos seus próprios devaneios – tentando prever o tão temido momento de sua revelação, não ouviu a porta da frente da casa abrindo e fechando; por isso o susto ao ouvir uma voz feminina dizer, “Com quem você está falando?”

Virando abruptamente, assustado, ele responde. “Wow, quase tive um ataque do coração aqui!” Colocando a mão no peito e sentindo seu coração batendo a mil, o garoto tenta se acalmar. Mas quando se da conta da garota que está a sua frente, fica um pouco constrangido pelo drama que acabara de fazer.

A jovem se desculpa, e Finn a tranquiliza falando, “Não, tudo bem, só achei que estava sozinho.”

“Você estava falando sozinho?” ela logo pergunta, levantando suas sobrancelhas.

“Não, eu, uh...” Finn realmente esperava que ela não tivesse o ouvido balbuciar enquanto ensaiava. Há um breve silêncio entre eles, mas ela logo o preenche quando pergunta se ele estuda no McKinley.

“Sim... Só não sei como você sabe isso.” Ele responde, e nota o efeito de suas palavras nela, que no momento estava corada.

“Bom, fui pela lógica mesmo. Nunca te vi pela minha escola, então somente deduzi. Lima só tem duas escolas, sabe.” Ela responde meio irritada, claramente balançada pelo comentário dele. E para ter certeza que o garoto não tire alguma impressão errada, ela completa, “Não é como se estivesse te perseguindo, ou qualquer coisa.”

“Claro,” afirma ele num tom de ironia, sabendo que isso somente iria deixa-la mais irritadinha.

Percebendo que talvez seria melhor mudar de assunto depois da cara que ela fez pra ele, Finn pergunta, “Você sabe de quem é essa festa?”.

“Não tenho a mínima ideia, vim com algumas amigas. Na verdade, elas não são exatamente minhas amigas, são o tipo de meninas que, hum, podem ser consideradas fáceis. Menos o Blaine que é meu melhor amigo, mas acho que agora ele está muito ocupado procurando algum menino pra ficar.”

Ele dá uma risada abafada e continua com a conversa, “Menino...? Então ele é gay?"

"Sim, porque você alguma coisa contra?" a morena inquere, já entrando na defensiva.

"Não, não, claro que não. Meu meio-irmão Kurt também é gay.” Finn começa a falar, nervoso por ela achar que ele poderia ser homofóbico, “Na verdade ele veio comigo hoje, se bobear os dois estão juntos agora.” Ele tenta parecer mais tranquilo e continua, deturpando o foco da conversa. ”É, os caras que eu saio na maioria das vezes passam a noite toda tentando achar alguma festa pra ir, e quando finalmente acham, ficamos só um pouco e eventualmente vamos embora porque não conhecemos ninguém. Depois simplesmente saímos em busca de outra festa para ir.”

“Mas porque vocês fazem isso?” pergunta a garota, que agora estava parada em frente à porta da casa.

“O que mais tem para se fazer em uma cidade como esta?” Ele a questiona, com um tom meio brincalhão. Mas ela fica quieta, concordando silenciosamente com o que ele acaba de dizer.

Depois de observar algumas pessoas que estavam saindo da festa, ele pergunta o motivo dela ter ido.

“Eu não sei, tentar me divertir eu acho. Mas eu não estou procurando por um namorado, eu já tenho um na verdade,” ela o informa rapidamente. E mesmo que Finn a conheça por somente alguns minutos, e esteja afim de outra, fica desapontado com o pedaço de informação fornecido pela garota.

“Quem?” ele questiona, tentando não parecer tão interessado na resposta como na real estava.

“Por que você quer saber?” a garota replica.

“Talvez eu conheça ele.” Finn supõe, já procurando em sua memória os caras que conhece da Carmel.

“Você não o conhece, ele é mais velho.” E lá se vai suas suposições... Mais algumas pessoas saem da casa que ocorria a festa, e ela continua com o questionário que ele começou, “E você? Porque não está lá dentro xavecando alguma Sophmore com baixa autoestima?”

“Eu até poderia estar fazendo isso agora... Mas, eu gosto de outra menina.”

“Qual é o nome dela?”

“Quinn.”

“Quinn...?” Ela pergunta meio vagamente e ele demora alguns segundos pra perceber o que ela quer saber, “Fabray.” Ela dá os ombros e balança cabeça, dando sinal de que não sabe quem é.

“E qual é o seu nome?”, ela pergunta interessada.

“Finn,” ele responde meio timidamente.

“Finn? O meu é Rachel.”

“Rachel...?”

“Berry. Rachel Berry.”

“Ahh... O meu é Hudson, Finn Hudson.”

Rachel encosta-se à parede da casa e fica de frente para ele, mas desvia seu olhar pra outro lugar. Desse jeito ele consegue a observar mais cautelosamente e percebe mais uma vez como ela é tão pequena... E linda. Tinha olhos castanhos escuros e um cabelo moreno com algumas mechas. Estava vestida com uma blusa branca, uma jaqueta preta, calça jeans, tênis, e como acompanhamento uma bolsa que parecia ser maior que ela.

Finn parou um pouco de observa-la antes que Rachel percebesse seu intenso olhar, e continuou com a conversa.

“Senior?”

“Junior,” ela responde rapidamente.

“Certo... Lógico que você é,” ele afirma como se fosse algo óbvio.

“E o que isso significa exatamente? Não sou madura o suficiente pra você?” Ela retruca em um tom desafiador.

“Não claro que não. Não, quer dizer, eh... Claro que você é. É que você não tem aquele olhar sabe?” Ele responde rapidamente, ficando um pouco nervoso achando que ela possa ficar ofendida com alguma coisa estupida que ele fale.

“Mínima ideia.”

“Sabe, aquele olha meio desesperador de, ‘Wow, vou me formar em menos de um mês e todas as minhas noites bêbado em festas do ensino médio estão acabando’.”

“Você tem esse olhar,” ela afirma dando um sorriso brincalhão, e Finn aponta para o próprio rosto.

Ela ri e senta-se encostada na parede, continuando com a conversa. “E essa Quinn, ela não gosta de você?”

“Ela gosta de mim. Platonicamente, como um amigo.”

“Eu sei o que platônico significa, eu sou uma Junior, não uma idiota,” ela replica meio irritada. Ele se desculpa, ficando bravo consigo mesmo por tê-la ofendido duas vezes em menos de cinco minutos.

“Tudo bem, Finn. Mas você já tentou tipo, realmente tentou ficar com ela?” Rachel pergunta com um olhar inquisitivo.

“Acho que ela vai ficar com o Sam Evans hoje,” ele diz, ignorando a pergunta que ela acabara de fazer.

“Hmm, minha amiga já ficou com ele uma vez. Ele é bem gostoso.”

“Sério mesmo? Isso não está ajudando muito agora.” Ele responde e se senta no chão, ficando agora no mesmo nível que ela.

“Desculpa, eu só estou falando. Porque se ela for mesmo ficar com o Sam, eu não levantaria minhas expectativas,” apontou Rachel.

“Pode ter certeza, elas não estão pra cima, ok? Por isso que eu estou aqui fora,” respondeu Finn exasperado.

“Por quê? Você está se escondendo?”

“Não!”

“Fugindo?” Ela continua meio que provocando ele, “Eu não sei, só precisava sair de lá de dentro. Não estou muito a fim de ver a menina que eu estou afim ficando com o cara mais disputado da escola, é tortura,” ele se levanta, ficando frustrado com essa conversa já. Ela oferece um chiclete, e ele aceita.

Andando em direção a garota, ele a observa enquanto tenta achar o chiclete dentro de sua bolsa, e repara como seus olhos são grandes e profundos, com uma cor castanha escura no qual ele com certeza podia se perder observando.

Por alguns segundos ele acaba se perdendo neles – mas esse momento logo passa quando ela entrega o chiclete pra ele e diz, “Eu devia voltar lá pra dentro antes que as minhas amigas me deixem aqui sozinha.”

Rachel se levanta e vai em direção à porta de entrada da festa. Ele não fala nada, mas faz um sim com a cabeça, e vira de costas para onde ela estava indo.

Entretanto, quando Rachel está prestes a entrar na casa e voltar para festa, ele se vira novamente e diz, “Não, espera. Posso te perguntar uma coisa?”

Ela faz um barulho que se parece como um sim, então ele continua, “Será que você sabe alguma coisa que eu possa, uh, falar pra Quinn pra que ela queira ficar comigo?”

“Que ideias você tem em mente?”

Ele procura algo no bolso de trás da sua calça, e tira o papel que estava lendo momentos antes dela aparecer, “Quinn, Quinny... Ultimamente eu tenho sentido que existe tanto barulho, sabe? Como se eu não fosse nem capaz de ouvir meus próprios pensamentos. Professores, pais, quem é legal, quem não é, como se vestir, com quem sair. Às vezes eu só quero entrar em meu carro e dirigir para bem longe. Porém, quando eu te vejo na escola, encostada no seu armário conversando com alguma de suas amigas e seu cabelo loiro cai levemente sobre seu olho, só para você colocá-lo atrás da orelha daquele jeito meigo que você sabe, parece que todo aquele barulho vai embora sendo a única coisa que eu consigo ver e ouvir é o seu sorriso e o som da sua voz, chamando pelo meu nome.”

Quando ele termina, há uma pausa. Rachel lhe dá um sorriso de leve e então ele percebe, “Nossa... Isso foi à coisa mais ridícula que eu já falei na minha vida inteira. Meu deus, e pra você ainda? Eu nem acredito que eu ia dizer aquilo pra ela.” Ele se sente tão envergonhado que não consegue nem olhar diretamente para Rachel.

“Olha, isso foi bem fofo, mas, eu não acho que o jeito que ela coloca o cabelo atrás da orelha vai fazer com que ela se sinta nem eu pouco mais atraída por você. E tudo aquilo sobre o barulho? Eu não tenho certeza que ela liga pra aquilo também.” Mesmo dando sua honesta opinião, Rachel tenta ser o mais gentil possível com o rapaz, “Mas, a coisa que eu tenho certeza que ela quer é alguém que a faça sentir um pouco menos assustada do que ela já está. Então, se você conseguir ser aquele cara, eu tenho certeza que ela vai querer ficar com você.”

Ao acabar de dizer tudo isso, Rachel percebeu que na verdade, ela precisava de um alguém assim também.

“Ela nunca vai me querer.” Ele responde, com um olhar distante.

Mais alguém sai da casa, mas dessa vez é somente um menino de skate. Finn vai em direção à parede se sentar, e Rachel continua em pé ao seu lado.

“Você provavelmente tem que voltar agora não é mesmo? Não quero que suas amigas te deixem aqui-”

“Por quê?” Ela o corta no meio da frase, mas ele continua mesmo assim “-ao menos que você queira pegar uma carona comigo.”

Rachel então, se abaixa e senta-se ao lado dele, trazendo seus joelhos para perto do corpo e apoiando o queixo entre eles. Ao observar isso, Finn não consegue deixar de pensar como ela estava adorável naquela posição.

“Ok,” ela aceita, e Finn surpreende-se, saindo de seus devaneios a respeito da baixinha. “Elas provavelmente devem estar se pegando com algum menino mesmo. E se eu quiser ir embora, tenho que ir lá separar eles. E não estou muito a fim de fazer isso.”

“Ok, então não vá.”

Ela diz que não, e sorri, continuando a olhar pra frente enquanto ele a observa.

Uma nova música começa a tocar dentro da festa e Rachel a reconhece, “Eu amo essa música.”

“Você quer dançar?” Finn sugere meio de repente, mas ela só lhe lança aquele olhar e ele continua, “Ah vamos lá, dança comigo, não me faça perder o pouco da confiança que tenho. Além disso, eu também amo essa música.”

“Não é isso, é que eu não danço. E eu também não gosto de PDA. Aqueles casais que ficam se beijando no shopping na frente de todo mundo me dão nojo.”

“Primeiro, aqui nós estamos sozinhos e segundo, é só uma dança, nada demais,” ele faz a melhor carinha de ‘por favor’ que pode dar, e mostra seu sorriso de lado, no qual ele sabe o efeito que causa.

Em uma última tentativa para convencê-la, ele diz, “E eu também não danço, mas toda regra tem sua exceção, não é mesmo?”

Rachel o observa por alguns segundos e não fala nada. Ele entende o silêncio como um não, e ela logo em seguida se levanta.

Finn já achando que dessa vez ela realmente fosse embora, fica observando o lado contrário em que Rachel tinha saído. Mas ela só dá alguns passos, chegando no meio da rua sem saída e estica sua mão para ele dizendo, “Vem logo, eu não tenho à noite toda.” Ele se anima na hora. Levantando-se rapidamente e chega o mais próximo dela possível, colocando sua mão na cintura da garota, e ela a mão envolta de seu pescoço.

Finn já tinha percebido como ela era pequena, mas só agora quando Rachel teve dificuldades para alcançar as mãos em volta de seu pescoço, é que ele percebe como a diferença de altura entre eles é grande. Ele abaixa um pouco para que ela consiga apoiar a mão melhor em seu pescoço, e eles começam a dançar.

O grandão é um péssimo dançarino, mas eles basicamente ficam balançando de um lado pro outro, então ele não acha que Rachel percebe a sua falta de habilidade.

Mas a coisa que ele percebe é a vergonha dela em relação ao momento que eles estavam tendo. Rachel simplesmente não conseguia olhar diretamente nos olhos dele. “Isso é a coisa mais cliché do mundo. Só falta começar a chover-“

“Shh, aproveita o momento e para de falar tanto.” Ele já tinha percebido como ela gostava de falar, mas não ligava. Só achava aquilo mais um bônus da personalidade forte na qual ele percebeu que ela tinha.

Agora eles se encaravam atentamente, e tudo em volta parecia sumir. Para ele, só existia ela e a música. Mas o momento não durou muito, porque o celular dele começou a vibrar em seu bolso, e Rachel o avisa meio que comicamente que sua calça estava vibrando.

Finn, ainda perdido nos olhos da garota, por um instante não se liga no que ela falou. Mas de repente parece que consegue voltar à realidade, e larga da cintura dela abruptamente, agora buscando pelo celular que estava em seu bolso, checando quem foi o infeliz que tinha lhe mandado uma mensagem e acabado com o momento dos dois.

Depois de ler a mensagem, ele anuncia até calmo demais para Rachel, “Meu amigo Puck me mandou uma mensagem avisando que a polícia chegou-“ Mas ele não teve tempo de terminar sua frase, porque algumas meninas topless e uma multidão de pessoas começaram a sair da casa, o deixando sem reação imediata.

Mas Rachel por outro lado o olha atentamente e o chama de volta para a realidade. “Onde está seu carro?”

“Eu não sei... Eu vim com o Kurt-“ Logo depois, um menino aparece na frente deles e grita apressado, “Corre a polícia está aqui, eles estão com algemas e anotando o nome de todo mundo! É cada um por si!”

Eles ficam parados por um momento, não sabendo muito bem o que fazer. Então o menino para e olha pra trás novamente dizendo, “Os dois idiotas vão esperar a polícia chegar, ou vão sair correndo?”

Finn e Rachel se entreolham rapidamente e saem juntos, correndo no meio do caos de adolescentes pela rua.

Ele era muito maior do que ela, por isso a cada passo que dava, eram equivalentes a três da baixinha. Quando Finn percebe que ela já estava começando a se cansar, ele a segura pelo braço, parando-a por um segundo e levantando-a rapidamente antes que ela pudesse protestar. Agora carregando Rachel no colo, ela sai gritando pela rua, “Você está louco? Finn Hudson, você vai me colocar de volta no chão nesse instante, se não...” Ele solta uma gargalhada e continua correndo.

“Se não o que, ham?” ele provoca, “Eu vou, ARRRRGH. Eu oficialmente te odeio.”

“Não você não odeia,” Ele dá um sorriso de lado, e depois de correr mais um pouco para, e checa para ter certeza de que a polícia não estaria ali. Colocando-a no chão em seguida.

“O que a gente vai fazer agora?” Rachel pergunta, já não muito mais irritada com ele.

“Eu não sei, vou tentar ligar para o Kurt, ver onde ele está e pedir para ele vir buscar a gente.”

Mas logo que ele acaba de falar isso, vê Quinn passando de carro com ninguém menos do que Sam Evans, e sua expressão logo se torna triste; coisa que não passa despercebido por Rachel.

“Você quer andar um pouco comigo? Minha casa é só há alguns quarteirões daqui.” Ele dá com os ombros e concorda em seguida, “Ok.”

Rachel sai andando e ele vem logo atrás.

ii.

Eles estão andando em silêncio pela avenida que no momento está deserta, até que Rachel pergunta, “Aonde você vai fazer faculdade?”.

“Columbia,” Finn responde sem muita importância.

“Wow. Columbia? Então, Sr. Nerdzinho, alguma ideia sobre o que você quer fazer?” ela o provoca, impressionada com a escolha do rapaz.

Ele olha pra ela e responde, “Eu sempre quis mudar a vida das pessoas de alguma maneira, sabe? E meus professores sempre foram legais comigo, principalmente o Mr. Schue; ele foi um dos que mais me inspiraram. Por isso provavelmente vou seguir essa carreira.” ele dá um sorriso de lado e coloca a mão na nuca, tentando disfarçar seu nervosismo, “Talvez eu comece como um professor do primário, sei lá... Mas meu único objetivo mesmo é tentar mudar a vida das pessoas através da música.”

“Nossa, então na verdade você sabe exatamente o que quer fazer.” Rachel responde, ansiosa para lhe contar seus planos também.

“É, acho que sim e você?” ele pergunta, também curiosa para saber o que ela gostaria de fazer.

“Meu sonho, desde criança foi estar na Broadway. Por isso quero entrar em NYADA, que é a melhor faculdade de artes cênicas em NYC, e a partir daí começar minha carreira.” Ela fala com uma certeza e um tom de orgulho em sua voz, “Acho muito legal essa sua vontade de mudar a vida das pessoas pela música, também quero isso. Pode ser de um jeito diferente, mas acho que o objetivo é o mesmo,” ela conclui sorrindo para Finn, o observando por um instante enquanto eles andam – ele é tão alto, ela pensa, e um dos meninos mais bonitos que já vi também, essas covinhas que ele tem e esse maldito sorriso de lado que ele sempre dá, tenho que parar de ficar o encarando tanto.

Quando ela percebe o que ela acabou de pensar, balança a cabeça e coloca esses pensamentos de lado, repetindo várias vezes em sua mente como um novo mantra: Você tem um namorado, você tem um namorado, você tem um namorado...

Em Lima era difícil achar pessoas que pensavam como ela – principalmente garotos, por isso ela também não pode evitar e sentir uma pontada de decepção por ter conhecido Finn só agora. Porém Rachel é logo trazida de volta à realidade quando ele a pergunta, “Você está feliz?”

“Como assim?” ela replica confusa, não compreendendo de onde surgiu a questão tão repentina.

“Não sei, você tem alguma razão pra ser feliz, contente, tanto faz?” Finn perguntou mais uma vez.

“Eu não diria feliz, mas eu estou pronta pra sair daqui. Estou tão cheia do Ensino Médio.”

“Você ainda tem outro ano,” ele a relembra.

“Eu sei, não ligo. Mas obrigada por me lembrar, babaca.” Eles riem juntos e ela pergunta, “E você, está feliz?”.

Antes de responder ele anda um pouco mais rápido, passando na frente de Rachel e vira de costas para o caminho, ficando agora de frente para ela, “Não sei... Mas agora, neste momento, aqui com você, eu estou.” Ela olha pra ele não sabendo direito se o garoto acabara de cantar ela, mas mesmo assim o relembra.

Contudo, ele não tem tempo de responder, porque um carro que estava passando pela avenida para atrás deles e o motorista os chama quase gritando, “Hey, vocês sabem de alguma festa que estava rolando por aqui por perto?” E Finn toma a frente, respondendo, não querendo que Rachel chegue perto desses caras. “Ah, ela acabou de terminar por causa da polícia.”

“Certeza mesmo?” eles insistem, e Rachel tem a leve impressão de que estão bêbados ou então drogados, ou os dois.

“Certeza absoluta”, ela responde dessa vez. “Vocês querem uma carona?” os caras do carro oferecem; ela e Finn se entreolham rapidamente e ele responde decidindo pelos dois, “Não, muito obrigada, a gente vai andando mesmo – a casa dela não é muito longe daqui.”

“Ok então. Vocês adolescente são adoráveis.” Depois disso eles saem dirigindo novamente, nem Finn nem Rachel entendendo o que o motorista quis dizer com aquilo.

iii.

Eles chegam à porta de uma típica casa americana e Rachel o avisa que ali é onde ela mora. Eles ficam num silêncio constrangedor por alguns segundos, mas Finn logo quebra o gelo perguntando, “Será que você, é... hum, quer sair comigo?”

“O que nós estávamos fazendo agorinha mesmo?” ela pergunta, querendo brincar com ele já até sabendo qual seria sua reação.

“Não, é que, é...”

“Sr. Hudson, o senhor está tentando pedir o número do meu celular?”

“Sim...?” ele diz com incerteza, com medo de levar um ‘não’ dessa garota que acabara de conhecer e realmente queria passar mais tempo com.

“Bem sutil,” ela brinca. “Ok, me dá seu celular.”

“Ham?” ele a questiona, por um momento esquecendo o motivo dela precisar do seu celular.

“Me dá seu celular! Pra eu anotar o número,” ele tira o celular do bolso e rapidamente o entrega nas mãos de Rachel. Enquanto ela coloca o número no celular, Rachel pergunta sem ao menos levantar os olhos da tela, “Você não quer entrar?”

Finn demora alguns segundos para processar o que ela acaba de falar, mas finalmente responde. “E o seu namorado?”, lembrando-se do que ela dissera apenas momentos antes.

“Não é como se eu fosse transar com você agora, Finn.”

“Eu sei,” ele responde, tentando parecer menos óbvio, “E os seus pais?”

“É só a gente não fazer barulho,” ela persiste e ele finalmente concorda, entrando na casa de Rachel.

A casa é cheia de fotos, e prêmios da garota; muitas delas com um casal de homens, e Finn não consegue enxergar nenhuma mulher. Não conseguindo segurar sua curiosidade, pergunta, “Você tem dois pais?” Rachel diz que sim, e Finn tenta ficar ainda mais silencioso ao subir as escadas para o quarto dela.

Ao entrar, ele fica maravilhado com toda a decoração. O quarto em si é comum – amarelo com uma cama de casal coberta por uma colcha roxa. Mas é inteiro rodeado de pôsteres de shows da Broadway, e colagem. A maioria são cenas de filmes ou então nomes aleatórios, mas tudo é mais ou menos resumido entre musicais, Broadway e Nova York.

Ela tira a jaqueta, remove rapidamente algumas roupas que estavam espalhadas em cima da cama e consulta Finn, perguntando se ele não quer algo para beber; Finn concorda, e ela depois pergunta o que ele prefere – ainda muito ocupado observando as colagens da parede, ele responde sem pensar muito, “Tanto faz, qualquer coisa que você tiver já está bom.”

“Bom, eu vou tomar um pouco de vinho.” Ela diz decidida, e ele olha pra ela não sabendo se a garota estava falando sério ou não, porém concorda de qualquer jeito.

Depois de alguns minutos ela volta com uma garrafa e dois copos na mão. Rachel entrega uma taça pra ele, e senta-se no carpete perto de sua cama.

“Você quer saber quando eu estou realmente feliz?” Ele se vira, agora dando total atenção para Rachel. Entendendo isso como um sim, ela continua.

“Quatro da tarde quando eu saio da escola e venho para casa, coloco um dos meus vinis para tocar e me sento aqui no carpete, recortando fotos e cantando à tarde inteira,” ela sorri para si mesma, feliz com sua resposta, e continua com seu devaneio, “Quando eu era menor achava que amigos eram tudo, talvez porque eu nunca tive muitos, bom, ainda não tenho,” ela faz uma pequena pausa, e ele imediatamente sente que esse é um assunto delicado para ela, “Mas agora parece que eu só estou realmente feliz quando eu me sento aqui, sozinha, fazendo o que eu gosto.” E Rachel agora direciona seu sorriso para ele.

Sentindo que também deve compartilhar algo com ela, ele diz, “É, eu entendo o que você está querendo dizer. Não fico muito sozinho, definitivamente não na minha casa, mas eu tenho meu carro. E algumas noites eu gosto de dirigir por ai-“, mas ele não consegue terminar sua frase porque ela o interrompe abruptamente dizendo, “Você já transou com alguém?”

“O que?” ele pergunta, entendendo o que ela disse, mas mesmo assim precisando ter certeza do que ouvira.

“Só perguntando,” ela responde, entendendo como Finn poderia estar confuso com sua pergunta repentina. “Honestamente?” ele olha diretamente nos olhos dela. “Não, eu quero que você minta pra mim,” ela provoca.

Ignorando o que ela acabara de dizer, ele responde, “Ainda não. Não, porque não houve oportunidades-”

“Ah claro, muitas meninas fazendo fila pra transar com você?” ela diz, tirando sarro dele. “Não foi o que eu quis dizer,” Finn explica. E mesmo somente o conhecendo por algumas horas, Rachel tem certeza de que aquilo era verdade.

“Você quer transar com a Quinn?” ela o questiona bem diretamente, e ele se senta na frente dela para responder, “Provavelmente, mas eu não gosto de pensar muito sobre isso. O que eu mais penso em relação a ela, é beijar a mão dela, ou beija-la na chuva... Todas essas coisas clichês que você adora,” ele comenta ironicamente, “A menina que eu mais fantasio sobre essas coisas é Santana Lopez,” e antes que ela pergunte quem Santana Lopez é, ele já lhe fornece a informação, “uma menina da minha escola que todo mundo quer transar, porque ela é, bom, você sabe, má. Quinn é o tipo de menina que você quer ter para ser sua namorada, e Santana-“

“A santinha e a biscate, história tão velha quanto o tempo.” Ela o completa, virando o rosto, agora olhando para o tocador de vinil.

“E você, ainda é virgem?” ele pergunta, tentando não parecer tão curioso com a resposta quanto estava.

“Não te interessa.” Rachel deixa sua taça de vinho ao lado dos travesseiros que ficam ao pé de sua cama e deita. Em seguida, Finn deita-se ao seu lado e ela continua falando, pela surpresa do garoto, “Tudo que era legal, acabou. Mas foi antes da gente chegar aqui, até sexo e relacionamentos... É pedir muito se eu quiser conhecer alguém como as pessoas se conheciam antigamente? Como num bar, sei lá,” ela diz, agora ficando de frente para ele.

“E em uma viela escura? Um cara louco que fala sozinho.” ele diz com um tom brincalhão, mas ao mesmo tempo sério olhando dentro dos olhos dela. Ele sabe que ela tem um namorado, mas no momento ele não liga tanto pra isso.

“Me dá a sua mão,” ela pede. Eles entrelaçam os dedos, e suas mãos se encaixam perfeitamente.

“Qual delas eu sou? A santa ou a biscate?” Ele fica pensativo por um momento e responde, “Eu nunca conheci alguém como você.”

Eles se encaram por alguns segundos até que ela fala, sorrindo, “Essa é uma ótima resposta.”

Ela vira sua mão ao contrário, fazendo com que a mão dele envolva a sua por trás, e começa a se virar inteiramente de lado, mencionando para que ele deite no travesseiro e a abrace por trás.

“Eu tenho problemas para dormir com alguém no quarto-“ ela diz, meio que aleatoriamente, e ele imediatamente se torna tenso, “Eu posso ir embora-“

“Não!” ela vira abruptamente e agora eles estão tão próximos que ele consegue sentir a respiração de Rachel em seu rosto. ”É só que, eu odiava ir a todos esses acampamentos ou festas do pijama quando era criança, não porque eu tinha problemas de ficar longe de casa, mas porque tinha sempre alguém respirando do meu lado-“

“Você não precisa se explicar, eu posso ir embora,” ele diz, e começa a se levantar, não querendo a deixar desconfortável. Porém ela rapidamente segura em sua mão e continua falando, com medo de que ele vá embora. “Não agora, eu só queria fechar meus olhos por alguns minutos e ver como é. Tudo bem?”

“Ok,” ele responde, totalmente convencido a ficar no momento em que ela segurara sua mão. Ela se vira novamente de lado, tentando manter seu corpo o mais perto do dele possível.

“Seu coração está batendo muito rápido,” Rachel afirma, se sentindo um pouco orgulhosa com a reação de que ela sozinha causara nele.

“Eu sei, desculpa,” Finn responde um pouco tenso, com medo dela sentir algo pressionar na sua parte de trás e o expulsar dali. Ele não tem culpa de algumas coisas que acontecem com seu corpo enquanto ele dorme de conchinha com um garota. Ainda mais uma garota gostosa como a Rachel.

“Não tem problema, Hudson.” Ela tranquiliza-o, e ele tenta manter ela ainda mais perto dele – se isso é humanamente possível, colocando sua cabeça em cima da dela, o que não é difícil devido à diferença drástica de altura entre eles – e sente o cheiro de morango vindo do cabelo dela, com certeza devido ao shampoo que ela usa.

Morangos, ele pensa, igual o nome dela. Ele dá um sorriso de lado e fecha os olhos, contente com o desenrolar da noite.

iv.

Já é de manhã quando ela ouve seu pai a chamando por trás da porta do quarto, avisando que já são quase onze da manhã e que ela deveria acordar.

Mas é só depois de alguns segundos que ela percebe alguém a abraçando por trás, e que sua mão também está interligada com a dessa pessoa.

Aí ela se lembra, Finn.

Rachel senta-se rapidamente e primeiro responde ao seu pai, “Tá bom pai, já desço em um minuto!”

Finn acorda com o som da voz de Rachel, e logo que percebe onde está e o que está acontecendo, fica paralisado.

Contudo esse momento logo passa, e ambos se levantam rapidamente – mas provavelmente muito rapidamente, pois Finn derruba a taça de vinho da noite anterior no carpete, manchando-o no lugar em que o vinho se esparramou.

“Meu deus, desculpa, mil desculpas, nossa, como eu sou um idiota,” ele lamenta, colocando a mão no rosto, sentindo-se como um total desastrado por manchar o carpete que ela tanto tinha falado na noite anterior.

Ela somente olha pra ele com a boca em um formato de ‘o’, e o garoto literalmente não sabia mais o que fazer além de se desculpar. Ela ignora toda aquela situação do vinho por um momento e começa a sussurrar, “Ok, você tem que sair daqui, agora! Pela janela,” ela o direciona, e ele concorda sem muitas opções. Pulando a janela que dá no telhado, Finn começa a andar até a beirada.

“Tá, e agora, o que eu faço?”

“Pula!”

“Daqui de cima?” ele a questiona, tentando pensar rapidamente em outro meio de saltar dali. “É!” ela exclama, com medo de alguém sair na porta de casa e ver um garoto em cima do telhado.

“Ok.” Ele pula, já que não conseguiu pensar em um outro jeito de sair dali. Sua queda faz um enorme barulho, e Rachel pergunta se ele está bem, ficando aliviada depois de vê-lo levantar e fazer um check-in em suas partes do corpo, e dizer, “É, eu estou bem, tudo bem!”

“Ok, vai! Me liga!” ela grita, não se lembrando de um fato importante.

Mas logo quando ele estava saindo, Finn se lembra desse fato e a chama, gritando, “Rachel! Espera! Eu não sei se eu peguei o seu número inteiro!” Finn começa a berrar o nome dela, mas logo vê a porta da frente se abrindo, e sai correndo.

Finn está no Lima Bean com seu irmão e Puck. Era ainda de manhã, e ele acabara de contar para ambos sobre sua noite incomum.

Puck o encara com uma cara de pena e diz, “Você é um menino muito fofo sabia? Sério, vem aqui, me deixa apertar suas bochechas.” Noah Puckerman era o nome de seu melhor amigo, eles se conheciam desde o jardim de infância, e mesmo ambos sendo diferentes, já que Puck era um garoto mais rebelde (ele tinha um moicano para comprovar), e Finn um garoto mais exemplar, os dois mantinham a amizade até os dias atuais.

E Finn o questiona confuso do porque ele dissera aquilo, “Não existe um namorado.” Puck continua.

“O que? Você acha que ela mentiu pra mim?” Finn retruca não acreditando na teoria de Puck.

“Meninas tem que falar isso quando elas conhecem algum idiota aleatório,” Kurt completa.

Mas ele ainda não está convencido, e diz isso para os dois. “É claro que você acredita,” Puck diz convencido, “Faz o seguinte, daqui a uns dois dias manda uma mensagem pra ela. Se ela realmente estiver interessada em você, o tal ‘namorado’ não vai mais existir. Mas... se não for o caso, você pode simplesmente se consolar pensando, ‘Não sou eu, ela tem um namorado, por isso não quer nada comigo’. É um bom sistema, diz pra ele Kurt.” Kurt concorda, fazendo um sim com a cabeça, continuando a tomar seu café.

“Eu não vou mandar uma mensagem pra ela,” responde o garoto meio cabisbaixo, “Porque não? Você me disse que ela tem uma bunda perfeita.” Finn revira os olhos, e Puck continua, “Ou é por causa da Quinn?”

Finn olha para ele por um instante com um ar de incerteza, e Kurt começa a falar indignado, “Ela nunca vai acontecer Finn! Fala sério, pelo que você me falou, essa Rachel deve ser muito melhor do que a Quinn. Primeiro ela gosta de Broadway, e segundo, ela também quer ir para Nova York! Eu nem a conheci e já gosto mais dela do que da Quinn, que só se aproveita de você. E você sabe como a minha aprovação é importante Finn, então faça alguma coisa, e rápido.”

“Mas eu não posso mandar uma mensagem pra ela, nem mesmo que eu queira,” diz o garoto, agora ainda mais desanimado.

“Ela não deu o número dela pra você, não é mesmo?” Puck pergunta com um tom de gozação.

“Ela estava digitando o número no meu telefone, mas ela não acabou de digitar, porque, é...” Não querendo contar os detalhes sobre sua estadia na casa de Rachel, rapidamente concerta o deslize, “Não vem ao caso, então eu só estou com os três primeiros dígitos. Mas, ah, quantas combinações com esses três dígitos podem existir, não é mesmo?” Finn propõe, tentando continuar otimista.

“Dez mil,” Kurt o responde prontamente.

“Liga pra telefonista,” Puck sugere.

“Ela não deve nem estar listada, e eu também nem sei quais são os primeiros nomes dos pais dela. Emma disse que existem mais ou menos 337 Berrys aqui em Ohio.”

“Quem é essa, Finn?” pergunta Kurt intrigado. “O nome da telefonista que me atendeu quando eu liguei pedindo o número da Rachel.” Finn responde, pronto para encarar algum tipo de gozação dos amigos.

“Bom, você sabe onde ela mora,” sugere Puck mais uma vez. “Ah claro, e eu vou ficar parado na frente da casa dela até ela chegar; isso não soa nem um pouco como um stalker.”

“Nós podemos achar ela no Facebook.”

“Eu não acho que ela vai ter um Facebook,” Finn responde, xingando Rachel mentalmente no momento.

“Abrams.” Kurt fala de repente, “O que você falou?” Puck questiona.

“Abrams, Artie Abrams,” e então Puck se lembra, “Ele estuda na Carmel! A gente podia ligar pro Artie, ele tem acesso às informações dos estudantes.” Finn então dá um sorriso de orelha a orelha, no momento não acreditando na virada que sua sorte deu.

vi.

Eles estão no carro quando Puck faz a ligação, e Finn espera ansiosamente para que esse tal de Artie atenda logo.

Como se o garoto ouvisse seus pensamentos, uma voz sai pelo alto falante do celular, “Artie falando.”

“Artie, Hey! Aqui é o Puck, lembra de mim? Então, como eu sei que você está me devendo um favor-“

“Puck, Lauren nunca ia sair com você, ela te acha nojento.”

“Ok, qualquer coisa que te ajude a dormir à noite amigão, mas voltando ao assunto, a gente precisa de um número de uma menina que estuda na Carmel.”

“Ano?”, o garoto pergunta com ar de que não quer bater papo. “Junior,” Finn fornece prontamente.

“Quem é esse?” Artie pergunta, e Finn responde que era ele.

“Uh, Junior, ok.” O garoto continua, “O nome dela é Rachel Berry”, informa Finn.

“Berry, Rachel, ok. Só aparece um endereço e o número residencial.”

“Não tem o número do celular, ou e-mail?” Finn questiona, não muito interessado em ligar no telefone da casa dela e ter a possibilidade de um dos pais atender. “Eu já disse, só o telefone e o endereço.”

“Tá bom, pode passar o telefone da casa dela.” Kurt responde, decidindo por Finn.

vii.

Kurt deixa Puck na casa dele, por volta do meio dia no sábado, e antes de sair, ele logo chama a atenção de Finn, “Você vai esperar pelo menos alguns dias pra ligar pra ela, você me ouviu? Vamos pelo menos dar uma ilusão de que você tem uma vida.”

“Tá bom, tá bom. Eu estou feliz que eu tenho o número dela, mas eu não sei, provavelmente nem vá ligar. Vamos ver como eu me sinto no final da semana ou daqui a duas semanas eu não sei ainda...” Finn responde, tentando parecer que estava totalmente tranquilo com a situação.

“Só não esquece, hoje, cinema às 19h15 ein!” Puck o relembra.

“Então, sobre o filme... Eu não sei se eu vou, mas eu te ligo mais tarde avisando ok? Tchau.” Puck se despede dos dois, e Kurt sai dirigindo.

Finn então lembra-se dá conversa que teve ontem com Rachel sobre seu amigo Blaine, e o link que ele fez com Kurt. Agora sozinhos dentro do carro, Finn logo pergunta, “Kurt, sabe ontem na festa?”

Kurt afirma que sim com a cabeça, mencionando para Finn continuar, mas ao mesmo tempo não entendendo o porque da pergunta aleatória do irmão.

“Você ficou com alguém?”

“Que tipo de pergunta é essa Finn?”

“É que a Rachel me contou que ela tem um amigo gay e-“

“Não me diga que o nome dele é Blaine.”

“É, por quê?”

“Porque, porque...” Kurt pausa por um momento, tentando decidir o que fazer, e por fim acaba continuando, já bolando um esquema em sua cabeça, “Eu conheci o Blaine ontem e gostei muito dele. Mas eu acabei não pegando o número do celular dele por causa de toda aquela confusão com a polícia. Então se você me ajudar, e eu posso dar mais algumas dicas pra você em relação a Rachel...” Ele dá um sorriso cheio de interesse por trás e Finn simplesmente faz um sim com a cabeça.

-

Esperar alguns dias, semanas? Finn pensa e dá uma pequena risada, até parece que ele ia aguentar todo esse tempo sem falar com Rachel. Quando ele finalmente toma coragem e já está esperando na linha para que alguém atenda, Kurt aparece em seu quarto e se senta na cama virando de frente para o irmão – Sim, eles tinham esse tipo de intimidade, Finn gostava muito de seu meio-irmão, mesmo que no começo tenha sido difícil para lhe aceitar na família, ele já tinha superado aquela fase, e o considerava como seu próprio irmão, sem meio.

Quando alguém finalmente atende, ele não sabe exatamente o que falar, mas tenta permanecer o quanto mais calmo possível.

“Alô?” uma voz masculina atende e ele pensa ‘Merda, o pai dela atendeu. ’

“Ehh, uh, Boa tarde, Mr.Berry?” Finn pergunta nervoso de ter que conversar com o pai da menina que ele estava afim.

“Boa tarde, quem está falando?” O pai da garota pergunta, agora intrigado para saber quem era. “É o...” No momento ele não conseguia nem se lembrar de seu nome, então Kurt gesticula com a boca ‘FINN!’ – ahh sim, o nome dele era Finn.

“Finn Hudson, senhor. É que, hm, eu queria falar com a sua filha – Rachel, eu sou um amigo dela.”2


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Notas finais do capítulo

Eai, o que acharam?
Estou aberta para qualquer tipo de criticas, really. Ficaria muito feliz se vocês comentassem :)
Já estou quase finalizando de escrever essa fic, então provavelmente não vai demorar para eu postar os próximos capitulos.
Bye. Reviews are love ♥



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