Escolha-me [EM REVISÃO] escrita por Moriah


Capítulo 4
Música sobre reencontros, solidão e ideais ruins


Notas iniciais do capítulo

Olá anjos, eu ia postar esse capitulo amanhã, mas eu não aguentei ^-^ Fico maior do que eu imaginava, e esta meio chatinho, mas espero que gostem e se possível comentem! Eu não gosto de leitores fantasmas :')



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Capítulo Quatro:

Música sobre reencontros, solidão e ideais ruins

 

A terapia havia, de muitas maneiras, ensinado America a aceitar seus pensamentos, os positivos e os negativos. Havia ensinado a respirar fundo e entender que ela tinha esse direito: de se sentir ofendida, de se sentir deslocada e de sentir esse enorme constrangimento sem razão — que, no geral, tudo bem sentir sem razão. Havia principalmente, para o alívio de Magda e tristeza de May, a ensinado a não descontar tudo em lojas de roupas. Nesse momento, entretanto, America queria poder pegar seu celular, abrir a página do seu brechó favorito e comprar um presente para cada pessoa que passava na sua cabeça — ao invés disso escorou a testa no espelho gelado e respirou fundo.

Ela podia passar por isso.

Ela iria.

Irão se permitir tremer e ficar nervosa como qualquer súdito, mas não como a jovem que um dia foi. Era adulta, era mãe e era empreendedora. Nenhum homem, coroa ou mágoa poderia lhe tirar tudo isso, ainda assim sentia-se fraca, tola e ansiosa. O principal em sua mente era se ater ao fato de que quem cruzaria a porta não era o Maxon que ela conhecera, mas provavelmente alguém tão odioso como Clarkson poderia ter sido na sua juventude.

Entre muitos pensamentos sem sentido a respeito de títulos reais e corpetes de veludos rosa para May, a batida na porta fez seu coração errar um compasso e doer. Maxon entrou não com a pompa de uma majestade, mas com um ar de peixe fora da água que chegava a ser cômico. Os olhos do Rei foram para as mãos de America sobre a barriga, um geste claro de nervosismo e talvez enjoo, e ele não parecia julgar porque sentia-se prestes a vomitar a qualquer momento.

É uma situação absolutamente constrangedora e indescritível o fato de você perder uma companheira de bons anos em uma semana e na seguinte rever alguém que... bem, alguém como ela.

 — America? — em um furacão de cabelos escuros, Katia adentrou o camarim trazendo o chá solicitado. Ao notar Maxon, Katia rapidamente ajeita seu terninho e faz uma mesura excelente. Maxon sorriu de modo charmoso e se aproximou de Katia, estendendo a mão, pagando o copo de suas mãos em seguida e direcionando-a a porta. Poucas palavras foram trocadas além de apresentações breve (onde Maxon se apresentou pelo seu nome completo, não pelo seu título) antes de a baixinha se retirar.

— Isso foi ridículo, tenha dó — America diz irritada, tomando o café das mãos dele. Internamente admitia que fora engraçado ver o constrangimento de sua assistente.

— Desculpe se causei algum transtorno — ele responde, voltando-se para ela.

Tem essa coisa sobre ver alguém importante agir normalmente e ainda assim exalar poder que é sexy e terrível, de todas as formas. Maxon sorriu para America, diferente do que havia sido para sua secretária, esse sorriso era meio nervoso, congelado e pouco sincero.

— Chá de camomila, pelo cheiro — Maxon se estica para que America consiga pegar o copo.

— Pois vai ser uma longa fila — America concorda.

Os minutos se arrastam e a tensão poderia ser servida em pratos reais, recheada de constrangimento.

— Já faz um tempo — America murmura. Os doze anos pareciam vinte, o homem a sua frente exalava confiança, poder e um perfume muito caro e forte, seu jeito parecia fora do lugar e nada em seu rosto era inocente ou espontâneo. America limpa a garganta antes de continuar: — Majestade.

 Uma parte de America aguardou que Maxon pedisse para serem informais, como velhos amigos. Que deixassem todo esse constrangimento bobo de lado. Ele não o fez, na verdade pareceu muito satisfeito com o tratamento sofisticado.

— Não tinha certeza se me receberia, mas agradeço por fazê-lo. Prometo ser breve e claro, não quero tomar seu tempo mais do que o necessário.

A verdade era que Maxon queria. Ele queria poder sentar-se no pequeno sofá na lateral do cômodo, desfazer o nó da gravata e contar para America como havia passado os últimos dias infernais. Como estava se sentido perdido, culpado e sem qualquer direção clara. Como, apesar de um casamento sem muito desejo físico e amor carnal, se sentia terrivelmente perdido sem Kriss ao seu lado. Queria que America o ouvisse, e falasse com ele, e talvez até mesmo o repreendesse.

Porque Maxon estava terrivelmente aflito.

E, depois de doze anos, terrivelmente solitário.

— Sente-se, por favor. — America ofereceu o pequeno sofá. — Imagino que isso não se trate de fotos ou autógrafos.

— Não, é claro. Mas a próxima visita, talvez possa ser encarada deste modo.

— Próxima visita? — America bebericou seu café, tentando concentrar-se em qualquer coisa que não as olheiras, a barba malfeita e o cabelo meio bagunçado do homem a sua frente.

— Imaginei que seria avisada que a próxima visita é a Princesa Esther — Maxon escolheu bem as palavras. — É por isso que estou aqui, antes.

America o encarou, mas sem realmente ver. Esperou que ele revelasse e ele esperou que pudesse ganhar mais tempo, depois de algum tempo em silêncio, o Rei limpou a garganta e mexeu desconfortavelmente me sua gravata.

— Espero que não me ache um tolo, mas irei adiantar o assunto de Esther. Haverá, ao fim deste ano, um conserto. — Maxon observou America, esperando algum tipo de expressão além da aparente confusão. — Neste conserto será anunciado o noivado de um membro real e se dará início ao processo de coroação de outro.

— Você está tentando me instigar a montar algum tipo de enigma, Majestade? Pois, verdadeiramente lamento, mas há muitos membros reais em sua família no momento, além de que me parece óbvio a quem a coroa-

— Não posso afirmar-lhe nada antes que aceite de fato a proposta — Maxon apressou-se em interrompê-la, pois não tinha certeza se conseguiria esconder de fato suas feições quanto aos acontecimentos na família real.

— Oh — America suspirou. — Esther me pedirá em noivado?

Aquilo realmente não fora bem pensando, mas talvez por simpatia o Rei riu, e enquanto mexia-se, a luz da sala refletiu as medalhas que trazia em sua roupa, essas lembraram a America quem ele era.

— Bem, isso seria um problema a menos, na verdade, mas terá que propor a ela. — Maxon estava aliviado pela tentativa fracassada de humor frio.

Ames sorriu de verdade desta vez. Por alguns segundos tudo pareceu normal.

— O que quero dizer, é que Esther nunca desenvolveu aptidão por qualquer instrumento além do violoncelo, e após... — após a morte de sua mãe? Após os traumas passados? Após o salto que sua vida deu nos últimos três meses quando descobriu que seria a herdeira? — não se sente verdadeiramente preparada para apresentar-se em uma multidão. Deste modo, ela lhe convidará para ser sua professora particular e estou aqui para incliná-la a aceitar.

 — Acredito que a corte possui professores bem qualificados.

— Há outro motivo — Maxon limpou a garganta. — Esse conserto marcará o início da seleção de Esther.

Ames umedeceu os lábios.

— Então quando você diz professora de música quer dizer conselheira matrimonial?

Maxon limpa a garganta.

— Se você deseja encarar desta forma. Esther não tem uma figura feminina e você passou pela seleção.

— Eu não tinha o poder de escolha, caso você não recorde — e lá estava, embaixo de sua pele um vulcão acordando. — E não acho, de qualquer modo, que seja correto. Nem para sua imagem, muito menos para Esther que acabou de perder sua mãe.

Maxon respirou fundo. Não poderia dar todas as razões a America, mas não podia ter certeza de que Esther não as daria, precisa confiar no poder de persuasão de sua filha afinal ela governaria Illéa um dia.

— Há questões políticas que também se beneficiariam de sua vinda ao castelo, mas não posso dar detalhes até você aceitar.

A dor em suas palmas mostrou ao rei que, ignorando todas as suas aulas de etiqueta, estava apertando suas unhas nas mãos. Observava as linhas na testa de America ficaram mais e mais profundas conforme ela pensava em cada pequena palavra que diria para ele. Ele não conseguia desviar os olhos, não podia. Nunca mais a havia visto, nem mesmo pela televisão — prometera a si mesmo não fazer algo tão cruel consigo.

Se fosse uma pessoa normal poderia se dar ao luxo de esbarrar com ela, mas era o Rei e devia ser fiel a sua rainha, ao menos até que ela não o fosse. Mesmo depois, ainda assim, não procurou saber como America Singer estava porque era doloroso vê-la e não tocá-la. E ali estava ela tão absurdamente bela, os doze anos só haviam acrescentado a ela ainda mais beleza para se gabar e, céus, ela ainda se comportava como alguém que não tem noção da própria beleza e poder. Se Maxon já não a conhecesse teria se apaixonado neste instante e se sua seleção começasse hoje certamente terminaria amanhã, pois havia uma nova necessidade de ficar perto dela mais um pouco (para sempre?). America se remexeu e Maxon desviou o olhar, se sentindo constrangido por sua infantilidade.

— Max- Rei Maxon, eu agradeço o convite, mas não acredito que haja um propósito real para isso. Não imagino uma razão plausível para nos colocarmos em uma posição tão constrangedora todos os dias.

Certamente ela estava falando sobre aquele clima, possivelmente notara o modo que ele lhe olhara, talvez até tivesse lido sua feição. Talvez o achasse um completo nojento por estar ali tão cedo.  

America se permite um tempo para assimilar as palavras que proferiu e deixar essas se assentarem entre eles. Seu estômago agora era definitivamente um nó e ter Maxon a encarando tão decididamente a deixava ainda mais enjoada.

Maxon balança a cabeça afirmando, vagarosamente.

— Eu não acho que seja uma boa ideia — ela completa, abraçando-se outra vez. “Se acalme” diz a si mesma.

— Qual das muitas razões lhe fez negar sem pensar mais a respeito?

— Vai mesmo dá-la à Seleção? — America nem pensou duas vezes antes de perguntar, e recuou instantaneamente ao notar o que isso demonstrava.

Maxon estudou America.

— Acho mais humano do que dá-la à outro país.

— A seleção com certeza não é muito humanizada. Forçando pessoas a se adequarem a uma vida que não lhes pertence — America não sabia bem porque continuava falando, mas continuava. De repente estava discutindo com unhas e garras.

— Se inscreve quem quer, America.

Ela odiava isso, o modo como todas as suas frases eram sentenças definitivas, sem chance para protestos e sem trair-lhe qualquer emoção. America entrega-lhe seu sorriso mais azedo e Maxon suspira.

— Ela será a Rainha, as chances de encontrar qualquer coisa meramente romântica sem interesses não existe, eu posso permiti-la tempo para conhecer um grupo seleto de garotos com vivência, aventuras e histórias para entretê-la e no final de tudo ela poderá se apaixonar por alguém.

— E casar com outro — America quis dizer, mas mordeu a língua e ao invés disso apenas balançou a cabeça.

— Acho que será bom para ela casar-se com alguém do povo, assim não parecerá tão fútil quando ela implantar seus próprios planos para o país. Um plebeu lhe dá uma nova perspectiva.

America não podia acreditar que ouvira Maxon usando o termo plebeu. Não queria imaginar o que havia entendido, porque se não fosse real seria vergonhoso.

— Ela tem estudado melhorias?

Maxon concordou.

— Nós temos estudado isso — ele quis dizer, mas ao invés disso apenas concordou, desviando o olhar.

America mordeu os lábios.

— Castas?

— É um assunto real.

Ele não queria olhar para ela agora, depois de contar-lhe isso, porque a razão de tudo sempre fora ela, admitindo ou não e isso era doloroso e pesado e algo com o qual não queria ter de lidar agora.

America não conseguia deixar de pensar nos rebeldes, nos ataques, no dia da escolha, em Kriss... Será que ela havia ajudado no projeto? Será que ela havia mantido esse assunto vivo no peito de Maxon? Será a Rainha instigou o amor pelo projeto na princesa Esther?

— Suponho que você saiba o que Esther me pedirá...

— Você não precisa acreditar, mas eu não faço ideia. Eu disse que iria tentar convencê-la porque já a conheci. Você diz não, então eu avisarei Esther de que não tive sucesso. Isto é tudo.

— Você acha certo eu ensinar a Princesa? Digo, após o falecimento da Rainha Kriss...

— Esther tem o direito de fazer suas próprias escolhas pessoais, o que inclui querer uma cantora pop como professora ou até, mesmo que não seja de sua conta, decidir ter uma Seleção.  

Desta fez sua sentença mostrou que a cota de perguntas de America havia sido batida. Ela torceu os dedos.

— Você concorda? — arriscou perguntar.

Com o quê? — ele estava irritado, tremendamente irritado e ela gostaria de saber exatamente em que ponto sua paciência infinita encontrava seu fim (ela costumava saber, não?). — Você pergunta demais, America.

Era o tipo de coisa que o rei Clarkson diria.

— Eu apenas- — Maxon suspirou: — Eu sei separar as coisas.

Ah, sim.

Maxon se repreendia por estar tão na defensiva, mas não conseguia parar de se repreender por se expor demais para alguém, mesmo que para America. Eles já não eram mais como antes e ela não devia saber sobre nenhum assunto real. Ela era outra figura pública agora e estas atitudes eram perigosas para a Coroa. America balançou a cabeça concordando, parecia tentar não magoar-se com o jeito do Rei.

— Acho que ela precisa de uma mulher adulta ao lado dela, quando lhe for cobrado que haja como uma mulher adulta tão cedo. Ela não tem mais a mãe para se espelhar e só tem vinte e um anos — ele parecia desolado ao dizer isso. America se remexeu incomodada.

— Eu não sou o melhor espelho — murmura, fazendo uma careta.

— Kriss pensou que seria, enfim... Acho que já tomei muito do seu tempo. Eu lhe desejo muito sucesso, mesmo que você já seja absurdamente — extraordinária? — famosa. Você fez por merecer — e eu admiro quem você se tornou? —, meus parabéns.

Ele já virava-se em direção a porta quando ela levantou.

— Se eu aceitasse toda essa dinâmica que sinceramente não compreendo, o que faria com minha família imensa?

Bem, sondar não era nada demais, certo? Eram afinal cinco pessoas a mais que o combinado, isto poderia ser bem confuso e tumultuado.

— Você poderia levar Angeles inteira se concordasse, Esther gostaria que assim fosse, ela se sentiria viva, com certeza.

Era esquisito ver como Maxon dava espaço para Esther decidir, como se ela fosse a Coroa e não o homem na sua frente.

— E May? E minha mãe? E Sally, a babá?

— Angeles inteira, America.

Ela teria que treinar muito seu autocontrole para não socá-lo.

— Bem, eu gostaria de levá-los, caso eu aceite — America explica, ainda sem saber ao certo o que estava fazendo consigo. Nem havia razões plausíveis para aceitar tal proposta, mas era claro que o projeto de derrubar as castas a deixara com uma pulga atrás da orelha e se isso era uma chance real não poderia perdê-la. — Então eu serei uma babá real?

— Na verdade eu gostaria que você ensinasse música à Esther de verdade, como comentei inicialmente. — Seria idiota falar como desejava que America se tornasse amiga de Esther.

— E como fica a minha carreira, neste tempo?

— Eu pretendo sustentar seu seleto grupo de colaboradores, patrocinadores e até mesmo seus empregados durante este tempo, para que não se sintam desempregados. Seria como férias totalmente pagas. Com certeza seria mais do que ganham em dias de show ou não haveria lucro — ele fica extremamente sexy falando sobre negócios, como se isso fosse sua praia e ele dominasse completamente e... imaginá-lo dominando qualquer coisa fazia America esquentar.

— Eu tenho quanto tempo para decidir?

— Eu não posso ficar muito tempo sem uma resposta, então — rapidamente ele se aproxima tirando uma caneta do bolso e pegando a mão de America, que congela no lugar — aqui está o número, mande sua resposta até amanhã de manhã, pois já terei partido.

— Eu tenho papel — America diz, recolhendo sua mão com um número rabiscado pela metade e entregando-lhe uma pequena agenda mal cuidada.

Maxon apenas revira os olhos antes de escrever o número outra vez e dando aquele negócio por encerrado vai até a porta e sai.

— Obrigado por considerar — ele diz da porta, como se lhe custasse muito. — Você sabe, mesmo depois de tudo.

— Eu imagino que Esther não tem porque ser alvo do meu aborrecimento por coisas passadas.

Queria sair por cima, era fato, mas America não conseguia se sentir melhor de jeito nenhum. Sentia que estava perdendo independente do que acontecesse a partir dali.

— Até mais, America.

— Até mais, Majestade — e uma reverência digna de inveja outra vez.

America sentia-se completamente sugada, mas ainda havia uma fila imensa de pessoas para servir sorrindo e assinando, como uma boa cantora faz. E a próxima era ainda mais assustadora do que o Rei: a Princesa Esther.

Ao contrário do que America imaginou Esther se mostrou séria, polida e pediu apenas um autógrafo. Parecia uma visita rápida e de fã.

— Minh- a Rainha Kriss me falou muito sobre você — Esther comentou, enquanto America assinava uma camiseta de Esther.

America se concentrou em não congelar ou mostrar qualquer reação, ao invés disso limitou-se a sorrir.

— Falava bem, quero dizer. Me ensinou a admirar as letras e composições. Ela não teve estruturas para desenvolver qualquer habilidade, mas sabia admirar as dos outros como ninguém.

Havia dor e sobriedade nas palavras de Esther, como se mesmo que ela estivesse falando de modo impulsivo havia ensaiado e repensado suas palavras uma dúzia de vezes.

— A Rainha era uma mulher muito encantadora — e America não mentia. Lembrava-se da Kriss que conhecera durante A Seleção, imperfeita, misteriosa e real. Uma amiga. — Foi uma boa amiga para mim.

— E você para ela — Esther sorriu. Esticou-se para pegar sua blusa amarela de volta. — Obrigada. Acredito que o Rei Maxon já tenha feito todo o trabalho duro, sabe? Aquilo sobre homens e cavaleiros em cavalos brancos.

— Com certeza, eu sei — America riu. — Mas o Rei respeita bastante sua opinião, normalmente cavalheiros brancos não fazem isso.

Esther concordou.

— O que faltou para seu sim? — Esther foi diretamente ao ponto e America instantaneamente ajeitou sua postura.

America observou-a. Eu seu cabelo dourado amarrado em uma trança havia finas pretas, seu vestido fora feito para imitar diversas borboletas azuis escuras grudadas por todo o tecido e sobre esse vestido havia uma longa faixa preta. Havia luto em sua roupa, em seu cabelo, em seus olhos e nas olheiras escondidas pela maquiagem clara. O luto emanava de Esther, como se fosse vivo.

— Um motivo?

Esther sorriu.

— Ah, sim. Ele falou sobre o conserto?

— Sim e eu lhe lembrei dos ótimos músicos recomendados pela Coroa.

— E a Seleção?

— Desencorajador e não consigo imaginar a mídia vendo isso de uma maneira boa.

— Hm... Ele falou sobre os projetos?

— Confidenciais.

Esther sorriu mais largamente, pois era claro que seu pai faria esse jogo de meias informações para chamar sua atenção.

— Bem, de fato não é mentira. Mas eu ouvi falar muito sobre você em alguns projetos. De qualquer maneira, esperarei ansiosa pela sua resposta. Não pretendo tomar mais o seu tempo.

Esther sorriu e America fez uma última reverência, deixando que Esther abrisse por conta própria a porta. Se olharam uma última vez, amigavelmente, antes da princesa partir.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capitulo anjos :3

A quem interessar, imagino Esther como Freya Mavor

— revisado e att. em 11.08.2020



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