Amor Virtual escrita por Thaisa Cullen


Capítulo 14
Capítulo 14




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POV-ALICE


  Ficamos vendo a Bella se afasta, doeu muito ver minha amiga assim, o Edward tinha sido um grosso e mal educado, o que ele nunca foi, mas mesmo assim no momento eu o odiei com todas as minhas forças. Espero que ele mude de idéia.

 Após Bella ter subido de nossas vistas, Jasper pede que eu sente ao seu lado no banco para conversar, então quando estávamos sentados lado a lado um de frente pro outro, Jasper acaricia o meu rosto e me beija docemente, com três selinhos ele termina o beijo se afasta, olha nos meus olhos e diz

– Alli, quer ser minha namorada?

 Na hora eu paralisei,quando vi que ele esperava angustiado, eu simplesmente o beijei e disse

– Isso responde?

Rimos e ficamos conversando, quando tocamos em um assunto delicado

– Será que a Bella ta bem? – Perguntou Jasper

– Não, ela estava muito triste com tudo

– Eu sei o Edward pego pessado. Espero que ele perceba e fale com ela.

– Espero que sim, me dói vê a Bellinha triste.

– Também espero que ele mude o que fez com ela. Estou começando me achar culpado

– Culpado pelo o que?

– Por ter incentivado a se apaixonar por ele, que ele era diferente do Black e que não há faria infeliz, no fim saiu tudo errado, ele fez exatamente o que achei que não faria.

– Você não tem culpa Jazz

– Como não?

– Não se manda no coração, a atitude dele não tem haver com o que você disse a ela, ela se apaixonou pelo que ele demonstrou ser, e que acabou de destruir, só espero que ele não a destrua.

– Talvez

 Passamos mais um tempo juntos, depois fomos pra casa.

 Durante o final de semana nos encontramos algumas vezes e falávamos por telefone durante a noite. Na segunda-feira, sempre que podia ficava com Jazz no colégio, queria falar com a Bella, mas não consegui.

  Foi assim no outro dia e na quarta-feira, comecei a desconfiar de que ela estava fugindo de mim, com as minhas desconfianças martelando na minha cabeça que resolvi tocar no assunto com Jazz, quando conversávamos a noite pelo telefone.

– Acho que a Bella está me evitando.

– Por quê?

– Não consegui falar com ela até agora, parece que ela não quer me ver.

– Ela só deve querer ter um tempo sozinha pra superar o que aconteceu sexta-feira.

– Mas eu queria ajudá-la, conversar, saber se ela esta bem.

– Eu sei que você está preocupada, ela é sua melhor amiga, mas talvez ela não queira falar sobre isso por lhe trazer lembranças dolorosas.

– Queria poder apagar aquela dor dela, eu sei que ela sente, eu vi nos olhos dela quando ele disse tudo aquilo. Confesso que a idéia de muitas coisas foi minha e se ela tiver me odiando por ser minha culpa, eu não conseguiria – Só percebi que eu estava chorando quando solucei.

– Shhh... Fadinha, ela não te odeia, se acalme, ela só precisa de um tempo e desculpe-me, meu amor, mas infelizmente você não pode apagar a dor dela, só quer causa a dor pode fazer a mesma talvez desaparecer, por que amanha você não chega mais cedo e não conversa com ela? – Conforme ele foi falando eu fui acalmando.

– Poder, eu vou ver se consigo – Foi quando me ocorreu que o Edward não apareceu ainda

– Amor, você tem falado com o Edward?

– Não, depois do que aconteceu sexta, eu não o vi.

– É nem eu, ele não apareceu no colégio, o que é estranho.

– Com certeza, amanha quem sabe

– Talvez

– É melhor você ir dormir, minha fadinha, se quer falar amanha cedo com ela.

– É... Então boa noite

– Boa noite amor

 Desligamos o telefone, e fui dormir, no outro dia acordei cedo e animada com a idéia de conversar com a Bella, quando cheguei ao colégio logo comecei a procurá-la e encontrei-a debaixo de uma arvore com a Rose, me aproximei e disse

– Olá Rose, Bella

– Oi Alice – elas responderam juntas

– Bella, será que podemos conversar? – Perguntei receosa

– Claro, diga Alli – Quando ela me chamou de Alli, percebei que talvez ela não me odiasse.

– Errr... Que... Bem... Sobre sexta, eu queria saber como você esta – perguntei temerosa ao tocar no assunto.

– Bem – o jeito que ela respondeu e pelos seus olhos percebi que era mentira

–Sei, você sabe que pode contar comigo? – comentei mesmo sem querer ser ruim, mas me senti mal ao ver que ela procurou Rose e não a mim para desabafar.

– Claro que sei, mas, então, o que houve depois que eu fui embora? – Soube que a pergunta dela tinha haver com o fato de mudar o centro da conversa para mim.

– Eu e o Jasper conversamos – respondi como se fosse um fato banal

–E... – parece que ela percebeu que havia mais alguma coisa

– Bem, nós conversamos – não tive coragem de terminar, talvez, por causa da situação dela com o Edward, faria parecer como se a dor dela não tivesse importância e isso doeu ao ver que pra ela podia ser assim.

– Ta, isso já sei vocês conversaram e...

– Nós estamos namorando – Respondeu uma voz gostosa que fez arrepios percorrer meu corpo, atrás de mim, me tirando dos pensamentos ruins, me viro apressadamente para ver se é real.

– Olá Jasper.

– Oi Bella, Rosalie

Jasper me dá um selinho e diz

– Oi amor

– Oi – Disse meio abobada e ficamos nos olhando, os olhos fazendo uma declaração muda um ao outro, que nem ouvimos o sinal tocar, só acordamos quando vimos alunos indo apressadamente para suas salas, nos despedimos com um beijo rápido e apaixonado.

 Durante as aulas fiquei ansiosa para ver a Bella, queria falar com ela novamente, mas não consegui e nem consegui ficar com o Jazz, já que fiquei procurando-a pela escola até o sinal tocar, frustrada fui para as aulas seguintes.

 Esperei inquieta a ultima aula, já que na mesma faço dupla com a Bella. Quando chegou a aula que tanto aguardava, fui correndo pra sala, a cada minuto ficava mais agitada, mas quando a Bella entrou percebi que algum motivo a minha amiga não estava bem, a observei por um tempo, ela continuava a mesma, alienada, o que não era normal, então resolvi mandar um bilhete

Alice: O que houve? – perguntei angustiada

Bella: O que?

Alice: O que houve você está dispersa, não seu normal na aula de biologia

Bella: Edward – a resposta me deixou confusa

Alice: Como?

Bella: Edward é isso que houve – ainda não entendia, será que ela estava assim pelo o que ocorreu sexta? Será que ele a procurou? Ele esteve aqui hoje? Eles conversaram? O que ele fez? Perguntas rodavam a minha mente. 

Alice: Ainda não entendi – expressei minha confusão, talvez ela fosse mais clara.

Bella: Hoje, no intervalo, eu e Rose estávamos na biblioteca, quando ouvimos três colegas do Edward.

Alice: Ouviram o que? – perguntei curiosa e aflita, a sua demora de chegar ao ponto principal me deixavam preocupada.

Bella: Que ele ta com depressão e não volta mais pro colégio.

Alice: Isso é serio? – perguntei descrente

Bella: Não Alli, ele só tem depressão é igual resfriado. – senti sua ironia, mas por traz daquelas palavras vi sua aflição

Alice: Eu sei, eu perguntei se é verdade?

Bella: Acho que sim – novamente foi possível sentir a aflição dela.

Alice: Como você pode ter certeza de que é verdade? Pode ser mentira o que eles falaram – escrevo tentando deixá-la calma

Bella: Talvez, mas eu sinto que é verdade. – mesmo assim as minhas palavras não tiveram efeito, nas palavras delas pude sentir que eram como se ele houvesse dito, e mostrava o quanto ela se sentia mal, o quanto doía, podia dizer que era quase possível sentir a sua dor, me deixou angustiada.

 Quando terminou de escrever e logo em seguida me passar o bilhete, bateu o sinal, pegou as suas coisas e saiu o mais rápido que conseguiu da sala. Enquanto a via sair, senti o peso das ultimas palavras dela em minhas mãos.

  Sai da sala e resolvi esperar o Jazz, precisava tirar aquela historia a limpo. Conforme o tempo ia passando ficava cada vez mais aflita, ate que bateu o sinal do termino da aula do Jazz, corri em direção a porta da sala dele, quando ia passado indo em direção oposta dos alunos, esbarrando em alguns, quando esbarro em alguém e caso caio no chão se não fosse pela pessoa me segurar.

– Cuida..

  Assim que ouvi a voz levantei o meu rosto, pra ter certeza que era o meu Jazz, que obviamente estava distraído quando nos esbarramos, pois o mesmo parou de falar quando me viu primeiro sorriu depois sua expressão passou a ser confusa e aflita.

– O que houve? – sua voz estava estranha

 Eu não lhe respondi de imediato tentando decifrar a sua frase, não conseguindo resolvi expressar a minha confusão.

– Como?

 Ele balança a cabeça, olha pros lados e me puxa até o campo, indo em direção a arquibancada, senta e me puxa para sentar ao seu lado, a minha expressão deveria ser confusa, pois era assim que eu me sentia.

– O que houve? – perguntou novamente, e não consegui responder.

– Por favor, minha fadinha, não me deixe aflito, me diz o que houve?

– Nada!?

– Como nada? Se quando eu me esbarrei você e te segurei sua expressão era de quem estava aflita, me diz o que aconteceu? – Conforme ele ia falando, cariciava o meu rosto, mas as suas palavras fizeram minhas mãos tremer ao lembrar-me do papel que segurava.

Com muito esforço, consegui pronunciar uma palavra.

– Bella

– O que aconteceu com a Bella?

 Eu olhei o papel em minhas mãos, Jazz seguiu o meu olhar, como não respondi, ele pegou o papel da minha mão e começou a lê-lo. Vi quando a sua mão tremeu de leve, tive certeza que ele lia a parte mais difícil, ao me lembrar soltei um soluço involuntário, fazendo Jazz me olhar e me abraçar, enquanto chorava, ele esfregava minhas costas e afogava meus cabelos, sabia que pra ele também era difícil, Edward era praticamente seu irmão, amigo de infância. Quando estava mais calma ele disse

– Eu vou tentar falar com ele, pode ser que não seja verdade, fica calma esta bem?

– Uhum

– E a Bella?

– Não sei, ela já foi embora.

Quando começou a chover corremos para alguma parte coberta até conseguirmos ir pra casa.

 No outro dia logo pela manha, Jazz confirmou a historia e a conversa que teve com a mãe do Edward. Mais tarde fiquei sabendo que Bella não havia ido pra aula, a noite liguei pra saber se a Bella está bem, e fiquei um pouco aliviada ao saber que ela havia ficado resfriada.

 Durante o resto do ano, Bella conversava algumas vezes comigo e Jazz no intervalo, mas nunca tocava no nome do Edward, e eu não tive coragem de confirmar que ele estava mesmo com depressão, embora não fosse necessário, ela parecia ter plena consciência que era verdade.


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