A Filha da Magia escrita por MariaDiAngelo


Capítulo 28
Drakon


Notas iniciais do capítulo

Heyyyy genteeee!!! Td bem com vcs???
Sei que demorei um pouco para postar então sorry :/
Mas eu espero q gostem desse cap



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Drakon

O chão começou a tremer e a montanha-russa pegou fogo, então uma voz grossa ressoou:

– É né irmãozinho! Você já deveria saber que não se brinca com o medo!”

Todos pegamos nossas armas e eu guardei a foto no bolso, nem percebi que o dono dos olhos de ônix estava me observando. Mas eu não estava lá, naquele momento, eu estava lá cinco anos antes...

Parque... casa dos horrores... monstros... palhaços... fotos... gritos... fogo... dragão...

– É assim que ensinam vocês naquele acampamento de merda? Andem! Façam uma reverência para o deus do medo!- disse o homem em cima da montanha-russa e eu acordei

– Phobos- Jake rosnou, seus nós dos dedos ficaram brancos de tanto apertar a lança

– Irmãozinho, que saudades!- Phobos desceu do brinquedo e foi em direção ao Jake de braços abertos, como num abraço, mas Jake jogou a lança em seu rosto e...desviou- Mas que coisa feia, hein Firmin!- rosnou Phobos, que tinha ficado cara a cara com Jake em menos de um segundo e tinha começado a enforcá-lo com uma das mãos e olhando diretamente em seus olhos vermelhos como chamas.

– Oh! Quer dizer que o loirinho do Tennessee ainda tem medo de cobras!- Phobos disse num sussurro alto o bastante e com um sorriso malicioso no rosto.

Cobras? Tennesse? Mas Jake não disse que nasceu em Miami? E loiro? Esse cara é daltônico? pensei

Phobos continuou apertando o pescoço de Jake, e o mesmo tentou dar um soco em seu rosto, mas sem sucesso. Eu estava pronta para ajudar, mas, primeiro, aqueles olhos me impediram; segundo, quando vi, Thaís tinha dado um chute no saco do deus.

– Sua...- rosnava Phobos enquanto rolava no chão.

Deixamos ele ali e fomos ajudar o Jake, que estava deitado no chão de cascalho do parque. Ele tinha uma marca vermelha bem feia no pescoço e Thaís começou a bater freneticamente em seu rosto.

– Acorda Firmin! Caceta, acorda logo seu vagabundo!!!- gritou ela e então ele acordou. Seus olhos estavam sem o brilho de antes e uma lágrima escorria de seu rosto. Ele se levantou, fungou e disse, já saindo correndo do parque:

– Andem logo! O idiota já está levantando!

O seguimos, mas antes mesmo de colocarmos o pé para fora de Funnyland, um rugido de tremer o chão foi ouvido e quando nos viramos, vimos à causa do fim do parque.

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O bicho tinha, pelo menos, uns 20 metros de comprimento, pele que parecia ser feita de couro alaranjada e olhos amarelos.

– DRAKOOONN!!!- Thaís gritou e começamos a correr

– Siga-os!- ouvi Phobos gritar e as patas imensas do drakon batendo contra o chão.

– Tá o-oque vamos fazer?- perguntei ofegante

– Correr!- Jake gritou

E assim fizemos. Corremos até chegar a uma pequena área florestada.

– Ele continua atrás de nós!- disse Nico, ofegante

– Temos que matá-lo!- disse

– Não diga! Temos que pensar num plano!- Thaís disse, ainda ofegante.

Olhei para Jake, que estava cabisbaixo. Phobos é o deus do medo, pelo o que ele disse, e ficou encarando Jake e disse algo sobre cobras... Balancei a cabeça rapidamente. Não tinha tempo para pensar nisso, mas depois de matarmos o drakon, iria conversar com ele.

Ouvimos os passos pesados reptilianos perto de onde estávamos e todos foram para trás deu árvore como parte do plano. O bicho chegou e ficou farejando e olhei para Thaís; ela assentiu e comecei a levitar (N/A: It’s called Magic!!!!). Parei sobre um tronco meio caído, o plano seria matar o bicho por trás. Olhei para Nico, que estava do outro lado e ele sorriu, o que me fez corar. Fechei os olhos e logo depois abri por causa do rugido ensurdecedor do monstro. Vi que Thaís tinha furado a pata dele, então era minha vez.

Pulei nas costas do monstro e fiquei tentando furar ele, mas o bicho parecia ser feito de ferro. Ele meio que deu um coice e eu fui jogada para fora dele.

– Você está bem?- Nico perguntou, me ajudando a levantar

– Estou...

– Que bom! Mas e se agente...- Thaís nem terminou a frase; o bicho começou a cuspir fogo

– Caceta! Por que a gente não pode lutar contra um bicho que não cospe fogo!?

– Ué- disse Nico escondido atrás de uma pedra- Ai não teria graça!

– Cala boca caveirudo!- Thaís brigou e eu percebi a falta de alguém

– Jake!- murmurei e comecei a olhar para todos os lugares procurando ele.

Ele estava escondido atrás de uma árvore grande e apontava freneticamente para a boca. Depois para a pele e então para a espada.

– Entendi!

– O que foi Maria?

– Não dá para matar um drakon por fora, mas sim por dentro

– Mas como?- perguntou Nico- Enfiando uma árvore na garganta dele?

– Pelo que me lembro--- Ai! Jake!

– O que?

– Me assustou!- suspirei- Como chegou a- Vim correndo!- disse ele dando de ombros

– Tá o que vamos fazer?- Nico

– Matá-lo!

– Como?

– Por dentro, oras!

– Mas como?

Nico e Thaís começaram a discutir e eu fiquei observando o drakon. Ele logo encontraria nosso esconderijo... Continuei observando e senti, ou melhor, vi algo prateado brilhando. Olhei para baixo e Tenebris tinha uma palavra brilhante gravada em sua lâmina: Εσωτερική πάγου

– Gelo interior?- comecei a pensar- Espera! Eu já sei o que vamos fazer!

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O plano B já estava pronto, só precisávamos colocá-lo em pratica. Peguei minha mochila e comecei a procurar a droga do frasquinho.

– Merda! Onde ta aquela droga?!- respirei fundo- Accio glacius!- e o frasquinho voou de dentro da mochila para minha mão.

Todos os três me observaram e eu dei de ombros; todos foram para seus postos. O plano era o seguinte: Thaís e Jake seriam a distração, mesmo Jake pedindo para fazer parte do ataque eu não deixei, o encontro com Phobos o deixou meio...distraído; já Nico e eu seriamos o ataque.

Fizemos o drakon nos seguir até um pequeno espaço desmatado da floresta e eu e Nico subimos nuns troncos velhos e desgastados de árvores enquanto Jake e Thaís ficaram embaixo, insultando o bicho

– Bafo de minotauro! Seu sem asas! Cabeça de corcodilo!- pra falar a verdade, apenas Thaís o insultou, Jake ficou parado, moscando. Mas os insultos valeram a pena e o monstro abriu a bocarra, cuspindo fogo para todo o lado.

Jake e Thaís se abaixaram, mas Nico subiu no monstro e fez ele ficar de boca aberta. Eu só tinha que abrir o frasquinho de nitrogênio líquido e jogá-lo dentro da boca do bicho, mas o frasquinho saiu voando.

– Mas o que?!

– Maria!!! Anda logo!!!

– O frasquinho caiu!

– Como caiu?!- Nico me olhou com cara de bravo, enquanto tentava proteger a mesma das investidas do drakon

– Eu darei um jeito!- comecei a pensar, mas não conseguia achar nada que pudesse nos ajudar

Phillip... disse uma voz feminina na minha mente. Eu não a reconheci como sendo de Hécate e nem de ninguém. Parecia a voz de uma criança. Phillip...

Ponderei. Não conhecia a tal voz e ela me dizia para usar Phillip e...

– Socorrrooooo!!!!!- o drakon estava brincando de peão com Nico. Parei de ponderar

– Nico! Tente abrir a boca dele!- não sei se foi imaginação, mas vi ele assentir.

Fiquei na ponta do tronco e Phillip apareceu na minha mão. Criei mais um e mais um até ficar do tamanho de uma bola de basquete. Nico conseguiu abrir a boca do bicho, Thaís imobilizava as pernas gigantescas com várias pereiras e Jake... lutava contra ninguém.

Juntei toda força que podia e taquei Phillip na boca do bicho, que caiu para trás e explodiu deixando os três que estavam no chão, sujos de pó de monstro.

– Conseguimos!- Thaís gritou e comemorou e eu também, porém eu esqueci que estava em cima de um tronco a mais de dez metros de altura.

– AAAHHHHH!!!- essa era eu caindo em queda livre... mas eu não cai, o chão não me destruiu... mãos, braços me seguravam. Abri os olhos (sim, eu estava de olhos fechados!) e vi um garoto de cabelos pretos sujos de pó dourado

– V-você precisa parar de tropeçar nos próprios pés- Nico disse, observando cada movimento meu

– É...- respirava com dificuldade, ainda mais com Nico olhando assim para mim; senti minhas bochechas ficarem quentes

– Hã... um obrigado não faria mal, sabe. Afinal é a segunda vez que eu te salvei- e o momento de corrar se foi, deixando só o deboche

– Obrigada... caveirudo!- sai dos braços de Nico com pesar, queria continuar ali e... Mas do que diabos eu to falando?!

– Tá, matamos o segundo monstro da viagem. Agora para onde vamos? Afinal, saímos da estrada e eu não quero voltar para encontrar aquele cara chapado de novo- Thaís

– É verdade, não é bom mexer com um deus- Nico

– Ok, então o que faremos?- eu

– Seguiremos para o norte- Jake se pronunciou pela primeira vez

– Como?

– O sol está se pondo naquela direção- ele apontou para oeste- então o sol nasce lá- ele apontou para leste- e se medirmos 90º daquela direção, será norte

– Wow, gênio!- disse um Nico emburrado e sarcástico

– Ou- disse eu mexendo na mochila- Podemos seguir uma bússola- mostrei o objeto e todos assentiram.

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O sol já estava quase se pondo e decidimos entrar na floresta para acampar. Estávamos andando há umas duas horas, mais ou menos, e nenhum monstro nos atacou.

– De novo! Leri gou! Leri gou! Ken roldbeck animooor! Leri gou! Lerigou!– eu e Thaís começamos a cantar Let it go e Nico quase nos matou. Jake, que seguia na frente, estava absorto demais em seus pensamentos.

– Maria!- Thaís sussurrou

– Oi

– O que o Jake tem?- olhei para ela, parecia realmente preocupada

– Não sei, mas acho que encontra Phobos não fez nada bem- ela assentiu

– Queria mandar uma mensagem de Íris para Quíron

– Bea?

– É, to muito preocupada. Solace disse que normalmente demora para acordar de um coma, mas mesmo com ambrosia e néctar ela ainda não teve nenhuma melhora- assenti, também estava preocupada. Bea era minha melhor amiga, assim como Thaís. Elas praticamente se sacrificaram para me salvar e...

– Abaixem-se!- ouvi Jake gritar e logo depois milhares de lanças foram lançadas em nossa direção

– Eita! Mas o que foi isso?- Thaís

– Um ataque?

– Uma armadilha- o brilho nos olhos de Jake voltaram a dar as caras

– Mas de quem?- olhamos na direção de onde as lanças saíram e observamos através do tronco de onde saiu a armadilha.

Olhos. Olhos verdes com um pontinho cinza. A garota de cabelos castanhos com as pontas azuis saiu detrás da árvore com a adaga em punho e olhos semicerrados. Ela atacou e percebi que era boa, mas Jake era melhor. Jogou a adaga longe e impediu que ela pegasse a reserva.

– O que você faz aqui?

– Estou em missão- a garota deu de ombros

– Mas aqui?

– É- Jake e Thaís falavam com ela como se já a conhecessem

– Espera! Quem é você?- a garota me olhou de cima a baixo

– Sou Mariah Rigaud, chalé 6, Acampamento Meio-Sangue!


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Notas finais do capítulo

Eai!!! Gostaram??? Amaram??? Querem se casar com a fic??
Bem, eu queria avisar que começarei a postar semanalmente, ou terça ou quarta e que caso eu não responder algum comentário é pq eu não estou conseguindo entrar no Nyah td dia :/
Então é isso, bjs de cupcakes ^^



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