Keep it a Secret escrita por JP


Capítulo 4
iGot a Secret


Notas iniciais do capítulo

Agora sim.. A história "começou"!
Já estou escrevendo o próximo capítulo..



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PDV - Freddie

Acordei com uma mensagem de texto no meu PearPhone, só poderia ser ela, a Molly.

MollyPaixão: Bom dia!!

Só se for para ela. Não consegui dormir o bastante, depois da nossa longa conversa na noite passada. Os assuntos eram inacabaveis.

Freddie2015: B' Dia :/

– Freddie! - sussurrou T-Bo, na mesa para o café. - É melhor você desligar esse telefone, sua mãe está vindo!

– Ok! - sussurei de volta, bastante chateado.

Freddie2015: Falo com você depois.

No pequeno momento em que me distraí com o aparelho, a minha mãe aparece na cozinha.

Tento desfarçar o objeto entre as minhas pernas, enquanto tomava café e lia o jornal.

– Bom dia, Sra Benson! - exclamou T-Bo do meu lado.

O seu tom foi tão alto que deixei meu telefone cair no chão - sem querer. O medo da minha mãe me ver mexendo no celular logo de manhã era bem maior. Sorte minha que ela não reparou nada.

– T-Bo! - chamou ela. - O que eu falei sobre o tom de voz na mesa!? - Ela virou para mim. - Freddie, é melhor você ir para a escola ou vai se atrasar.

Pensei em pegar o meu PearPhone do chão, mas optei por não arriscar e levar mais um sermão da minha mãe maluca.

– Certo!

Peguei minha mochila no meu quarto e fui para a escola.

Ao chegar no Ridgeway, achei que iria encontrar a Sam dando uma sacudida no Gibby ou nos outros alunos, mas dessa vez foi diferente. Estava quieta, roubando livros de outras pessoas.

– Até que em fim o 'elfo' saiu da toca! - Ela deu uma pausa no que estava fazendo.

Minha mochila parecia pesar dez quilos a mais. Estava difícil de andar e ir falar com a Sam ou com o Gibby. Nada que uns exercícios ajudassem.

– O que deu em você!? - perguntou Sam dando uns tapas no meu rosto.

Ele nem liguei muito. Até que me ajudou a acordar.

– Eu não dormi bem hoje! - falei. Joguei a mochila no chão para fazer exercícios nas costas. - Passei a noite em claro no computador fazendo...

Travei ao perceber a burrada que iria dizer. Arregalo os olhos quando Gibby e Sam me olham de forma estranho, e nesse meio tempo a Puckett fez uma intromissão:

– Ok... Eu não quero saber o que você estava fazendo até tarde na frente do seu computador!

Porém, Gibby parecia mais interessado.

– O que você estava fazendo!? - perguntou ele, entusiasmado.

Sam pisou em seu pé.

– Vocês dois são nojentos! - disse ela saindo abraçada de alguns livros novos.

Ele voltou a me precionar para dizer o que fazia tarde da noite no computador e não iria parar até que eu contasse.

– Gibby! - falei me escorando nos armários. - Não é da sua conta!

– Você já foi mais legal comigo. Por que não quer contar?

Balancei a cabeça de forma negativa.

– Eu não posso contar... Sei que você não guardará segredo e que poderá contar para a Sam a qualquer momento. Não está lembrado da vez em que contou do meu namoro para a minha mãe?

– Eu guardo! Eu juro!

Após tanta insistência, decidi contar por partes. Sempre quis dizer como eu me sentia para alguém que não fosse o T-Bo ou a minha mãe. Gibby parecia legal, porém tonto e estranho.

– Eu estou conversando com outra pessoa na web.

– Só isso?

Bela tentativa. O Gibby poderia ser tonto, mas sabia que havia algo a mais.

– Não... - Suspiro fundo. - Acho que estou apaixonado.

Ele faz uma expressão de espanto, tão estraho que chamou a atenção das outras pessoas a volta.

– Apaixonado? Pela Web? Tua mãe sabe disso, moleque?!

Foi uma lista de perguntas.

– Shh! - ginchei. - Fala baixo! Para que tanto drama!?

– Porque é meio estranho. Você passou a semana toda brigando com a Sam sobre aquele encontro e agora está aí apaixonado por outra garota... Qual o nome dela?

– Molly

Já me sinto arrependido por ter contado o ocorrido.

– E você já disse para essa Molly que está apaixonado por ela? - Não! A resposta estava na ponta da língua. Tive medo de falar para ela e ser jogado para a "Friend Zone", como a Carly fez comigo.

Também tive medo de me abrir para o Gibby.

– Já contei de mais, Gibs - Pedi mentalmente para que o sinal tocasse o mais de pressa o possível. - Apenas prometa que não vai contar para a Sam e muito menos para a minha mãe... Melhor não conta a ninguém!

– Tudo bem. Eu prometo!

Logo após o juramento amigável, fomos para a sala de aula, onde encontramos a Sam lendo de novo!

Não posso perder essa aposta. Então fiz questão de trocar de lugar com o Alam. A Sam era acostumada a prender tampas de canetas em seu cabelo extremamente grande - parecia uma mulher. Ele nunca deu muita importância para isso, até gostava. Só que dessa vez a Sam não fez nada. Continuou a leitura.

– Ou está levando a aposta a sério ou está tentando me irritar. Talvez os dois. - pensei.

Assim que o sinal tocou, Gibby pediu para trocar de lugar com o Alam para ficar mais próximo da Sam. Não sei qual foi a sua intenção.

– Gibby, não! - gritei.

Todos ficaram assustados com o potencial do meu grito. Até a professora que acabara de chegar na sala.

– O que deu em você, Fredward? - perguntou ela.

– Nada... Só preciso trocar de lugar com o Gibby.

– Mas eu não quero... - disse ele.

– Troca!

Enfim, passei a manhã toda tentando fazer com que a Sam e o Gibby não se encontrassem, mas estava difícil.

Na saída, demorei um pouco para voltar para o meu apartamento. Isso porque levei um tempinho para arrumar o armário.

– Ei, Freddie - Sam se aproximava. - Mandei duas mensagens para você na aula, não viu?

– Desculpa, esqueci o meu telefone em casa. Do que se trata?

Sam não respondeu. Estava mais entretida com uma das maluquices do Gibby.

Ele andava de um lado para o outro, tentando escutar a nossa conversa. Nem sabia disfarçar.

– Quer parar de fazer isso!? - gritou a Sam.

Ele parou. Ao invés de ir embora, ficou me encarando.

– O quê!? - pergunto.

– Nada... É que você me pede para que eu não comente nada pra Sam e você mesmo decide contar!

– Não é nada do que você está pensando!

Faço alguns sinais para que ele saia e nada acontece.

– Do que vocês estão falando? - perguntou ela, curiosa.

– Nada!

Arrasto o Gibby para o estacionamento, onde faço este se esquecer de tudo do que falei mais cedo e também fiz com que ele jurasse. Caso isso não acontecesse, eu mesmo teria que tomar outras providências.

Por fim, quando chego em casa, encontro o meu celular no mesmo lugar de antes. Já a minha mãe passava as minhas roupas, enquanto falava ao telefone.

Encontro alguns problemas, como: a tela rachada, o processador lento, etc. Ainda assim era possível ler e mandar as mensagens.

Haviam dois contatos.

Primeiro respondi a mensagem da Sam. Haviam duas mensagens seguidas.

Sam_Puckett: Esses livros são demais! Vou conseguir tirar a nota máxima, Benson! :P

Sam_Puckett: Você trouxe presunto para o lanche?

Freddie2015: Não, Sam! Eu vou ganhar e ainda vou jogar na sua cara... Que presunto?

Dei uma risada antes de responder as mensagens da Molly. Haviam 3 novas.

MollyPaixão: Cheguei agora na casa do meu amigo!

MollyPaixão: Ele é muito legal e a casa é muito espaçosa. Não vejo a hora de poder visitar a sua cidade em breve.

MollyPaixão: Quais são as novidades???? Fala quando puder!!

Pensei seriamente no conselho do Gibby, de dizer que estou verdadeiramente apaixonado pela Molly. Cheguei a ter os sintomas do "Mal de Parkson" ao digitar as devidas palavras.

Freddie2015: Estou apaixonado por você!

Fiquei tão nervoso que somente pela tarde, tentei me conectar para falar com a Molly e me deparo com o seguinte desastre.

MollyPaixão: Gostei da piada/novidade... Mas quem é Sam? Você falou presunto?

– Não!! - gritei, desperado.

Logo em seguida, a maluca da minha mãe entra no meu quarto com uma bolsa de primeiros socorros.

– O que houve, Freddie!?

Peguei meu PearPhone com a tela rachada e joguei pela janela de tanta indignação. Não tenho dúvidas de que as mensagens foram enviadas para as pessoas erradas.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem! Pff :)