Assassin's Creed: Aftermath escrita por BadWolf


Capítulo 47
O Forte Duquesne


Notas iniciais do capítulo

Olá,


Cap pequeno, um tanto menor do que o padrão que costumo postar, mas nem por isso menos decisivo.

O resgate de Tessa trará grandes consequências à Minowhaa e Haytham. É só o que posso dizer. Ainda mais porque há certa pessoa ali que nenhum deles está esperando encontrar.

Boa leitura!



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Haytham, Amália e Minowhaa já se encontravam pelas redondezas do Forte Duquesne. Fazia uma noite fria e de muita neblina, de modo que era possível ouvir apenas o som dos grilos e sapos, pela penumbra da noite. Haytham observava o Forte com pesar. Pesar por ver que o fruto de seu trabalho tinha se reduzido a algo medíocre. Afinal, Minowhaa não tinha exagerado quando dissera que o Forte Duquesne era o mais frágil das Colônias. Embrenhado em uma selva repleta de mosquitos e sapos, apenas os piores soldados eram destacados para aquele lugar úmido e repleto de perigos, esquecido por Deus e também pelos Patriotas.

–Espero que você não tenha envolvido os Patriotas nisto, Minowhaa.

Minowhaa sempre estranhara a implicância de Haytham com a Revolução em curso. Mais precisamente, com o Comandante dela. O nativo especulava que algo entre ambos tinha ocorrido no passado, e sabia que sua especulação jamais sairia disso. Nem Haytham nem o Comandante Washington diriam qualquer palavra a respeito. Coube a Minowhaa apenas dar de ombros em resposta ao Ex-Templário.

–O Comandante Washington está muito ocupado com Valley Forge. Esta região ainda não alcança sua preocupação. Mas ainda assim, Templário, eu estou curioso em saber como irá invadir. Bom, eu poderia te sugerir as árvores, mas sei que você é... Inábil para escalá-las.

Amália parecia séria, mas o canto torcido de seu lábio denunciava que ela achara graça da observação de Minowhaa. Tendo o rosto escondido sobre o capuz do Manto de Assassino que pertencera ao seu pai, Haytham estava aliviado pelo fato dos dois serem incapazes de ver seu semblante ofendido – especialmente, quando ele realmente é inábil em escalar árvores. Tentando escapar da situação vexatória que o nativo o impôs, ele se limitou a retrucar levemente, querendo evitar uma discussão sobre isso.

–Será uma ação rápida. E sem necessidade de árvores. Amália, preciso que você nos dê cobertura. Quanto a você, falastrão, me acompanhe.

Dando de ombros, Minowhaa seguiu Haytham pela mata, até se aproximar do muro do forte, formado por robustos troncos de madeira. Haytham parecia satisfeito com o que encontrara, e logo começou a mexer e arrancar algumas plantas do chão. Minowhaa limitou-se a observar o trabalho do ex-Templário, até que finalmente, um buraco apareceu.

–Uma fresta... – constatou Minowhaa.

–O engenheiro militar responsável por este forte não ponderou corretamente a respeito do desnível de terra e... Bem, acabou provocando uma falha no projeto. – disse Haytham, cortando o assunto por acreditar que Minowhaa não poderia entender muito de Engenharia. – Eu os atentei para isto na época da Guerra dos Sete Anos, mas sabendo o quão preguiçoso é o Comandante deste Forte...

–Este é o lado bom de haver tantos preguiçosos no mundo. – disse Minowhaa, acompanhando Haytham durante a passagem para dentro do forte.

A friagem inibia alguns soldados, percebeu Haytham. Sentiam-se tão sozinhos no meio daquela selva que as rondas eram limitadíssimas a locais perto da fogueira, onde muitos jogavam conversa fora. Se todos os Casacas-Vermelhas estavam se comportando assim, sem dúvida o Comandante Washington e seus rebeldes chegariam à vitória, e em breve.

Mas Tessa era sua prioridade.

Haytham começou a se concentrar. Usou sua Visão – que ele gostava de chamar Visão-de-Águia. Demorara anos para aprimorá-la, e finalmente ele via os bons frutos de seu esforço. Após alguns minutos, ele era capaz de ver, ainda que fracamente, os passos de sua pequena filha em meio a passos de outros homens. Passos estes que levavam ao prédio principal. Ele era capaz de ver pelas paredes, e sentiu que sua filha estava no segundo andar. Foi um alívio sentir que ela ainda estava viva, apenas esperando por si.

–O que houve? – estranhou Minowhaa, ao vê-lo tão sério e concentrado.

–Ela está ali. – apontou Haytham para uma janela.

–Há três guardas no portão principal; Será difícil distraí-los. Acho que é melhor chegar àquela janela pelas árvores...

–Eu tenho uma idéia. Vá e faça como quiser, Minowhaa. Eu estarei te alcançando.

Homem teimoso, pensou Minowhaa, bufando e rapidamente escalando uma árvore. Logo ele estava na copa das árvores, andando com cuidado pelos galhos para não ser visto. Ele procurou os ramos mais distantes possíveis da claridade da fogueira, para não ser visto. Por sorte, os soldados estavam distraídos o bastante para não notarem sua presença em meio às árvores. Não demorou até que Minowhaa alcançasse a janela. Ao perceber que não havia nenhum soldado ali, ele adentrou ao lugar.

Ele estava enganado. Havia apenas um soldado, sentado a uma cadeira e cochilando. O nativo pensou em mata-lo, mas deixou para lá. Duvidava muito que aquele homem, que estava roncando e até babando, fosse acordar tão facilmente. Fazendo uma busca sorrateira pelo cômodo, Minowhaa, no entanto, ficou preocupado pois não tinha encontrado Tessa.

O nativo foi pego de surpresa por um choro feminino e algumas palavras incompreensíveis de Haytham, no quarto ao lado. Para seu alívio, Tessa estava bem e Haytham a tinha encontrado. Sem pensar duas vezes, o nativo se dirigiu ao cômodo, e encontrou Haytham terminando de desamarrar sua filha, que estava em prantos.

Enquanto observava o trabalho de Haytham, Minowhaa notou uma sombra próxima dali. Era o soldado que estava cochilando. Provavelmente, ele acordou com o choro da menina, concluiu o nativo. Sem pensar duas vezes, com incrível velocidade Minowhaa cravou em seu pescoço um dardo tranquilizante de sua zarabatana, e logo o soldado desmaiara por completo.

–Que bom que cheguei a tempo. – disse Minowhaa, com alívio.

–O mesmo eu posso dizer.

Uma voz masculina, com forte sotaque irlandês, irrompeu naquele cômodo. Minowhaa ficou sobressaltado e tentou desembainhar sua Tomahawk, mas o Templário tinha sido mais rápido e sacou um revólver. Temeroso, o nativo se limitou a erguer as mãos, em rendição, enquanto Haytham, de rosto coberto por seu capuz, permanecia abraçado à sua filha, consolando-a. Minowhaa estava prestes a dizer alguma coisa, mas Haytham empurrou Tessa para o nativo. Após trocarem um breve olhar, Minowhaa entendeu que Haytham queria Tessa longe de uma batalha que estava prestes a começar. De fato, o que estava prestes a se desenrolar ali não era coisa adequada aos olhos de uma moça como Tessa, por isso o nativo decidiu leva-la dali. Ele sabia que não havia como escapar pelo método tradicional, por isso observou a janela aberta, no mesmo cômodo que adentrara.

Droga, eu só espero que Tessa não tenha herdado mais coisa de Kenway além de sua aparência física.

–Tessa, quão bem você sabe andar em árvores?


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Notas finais do capítulo

Isso mesmo, Minowhaa. Tessa não merece presenciar uma luta dessas.

Ainda mais porque o oponente do pai dela é ninguém menos que o Todo-Poderoso Caçador de Assassinos, Lendário Capitão do Morrigan, Veterano de Guerra e Caçador de Baleias e Ursos, além de ter derrotado também nada menos que toda uma Irmandade de Assassinos, Adewalé e até criaturas do Além como o Cavaleiro sem Cabeça...

De quem mais poderia estar falando senão de Shay Patrick Cormac??

Estou começando a achar que Shay está enfrentando todo mundo dessa fanfic. Fazer o quê, se ele é fodão, né? Mas é sério, estarei tomando providências já já.

Pessoal, nem preciso dizer o que haverá no próximo cap, preciso?
E um aviso: essa luta deixará graves sequelas na fanfic.

MUAHAHAHHUAHUAHUAHUAH

Aguardem!!!!



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