Tudo Mudou escrita por Kit Meows


Capítulo 5
Desaforo


Notas iniciais do capítulo

Heey! Pessoal, aqui estou eu, em pele, osso e demora. Por favor não se chateiem comigo, só aceitem o jeito que eu sou. Sou folgada né? Bem, voltando ao capitulo eu não sei se ficou bom, pois minha única intenção era postar o mais depressa o possível, então eu peço humildemente a colaboração de vocês para saber como eu estou indo,ok?
Eu sai hoje, para o chá de panela da minha prima e terminei esse capitulo uns três minutos antes de ir, então considere caso haja algum erro.
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/580781/chapter/5

Respiração descompassada, coração batendo a mil em seu peito, olhos inchados e ardentes de tanto choro. E ela ainda chorava. E muito. Faz mais de 10 horas que as lágrimas caiam sem nenhuma interrupção. Mentira.

Ela havia parado de chorar por algumas horas, mas depois de receber a maldita mensagem, algumas memórias indesejáveis vieram com tudo em sua mente fazendo-a cair aos prantos novamente.

Você bem que tentou, mas não conseguiu me superar.

Deixou as lágrimas de lado e permitiu entender esta mensagem. Não havia sentindo. Quem fora que a mandou? Ou o por quê disso? Muitas vezes, Clary cogitou a idéia de ser a amante de Jonathan, mas descarta a idéia. Não pelo fato dela saber seu número, mas sim saber do seu estado.

Quer dizer, muita coincidência, não? Ela enviar essa mensagem nesse dia, no mínimo, trágico? Ela mora no Brasil! Como poderia saber disso?

Olhando por outro lado, como Castiel disse, ela era uma pessoa famosa no Mundo das Sombras, qualquer um nesse momento poderia estar sabendo de seu estado, então podia qualquer um a enviar aquela mensagem. Seu celular insistia em apitar irritantemente, informando a chegada de novas mensagens que Clary nunca iria ver.

Num gesto frustrado, pegou seu celular e o arremessou com força na parede oposta a ela. O estrondo de vidro quebrando foi alto, os cacos de vidro a acertaram e a machucaram, mas pouco se importa com os ralados. Chutou a carcaça do celular novamente, descontando sua raiva naquele objeto.

–Hey, calma ai ruiva. – disse uma voz baixa atrás dela. Se virou e pode ver bem quem era.

–Maia? O que faz aqui? – perguntou surpresa, pensara que a lincantrope estivesse a viagem.

–Descobri o que aconteceu com você e... – Clary deve ser estar muito ruim, pois Maia sorriu tentando não chorar também. – E, bem, eu vim aqui e... Trouxe companhia.

Clary não tinha reparado nas duas coisinhas morenas atrás de sua amiga. Duas meninas, gêmeas idênticas a propósito, que olhavam os cacos no chão de olhos arregalados, preparadas para correr a qualquer hora, caso fosse necessário. E não seria.

–Bianca. Sam. – sussurrou Clary. Elas pareciam mais assustadas do que antes, e aquilo doeu em Clary. Ela tinha perdido um filho e agora estava apavorando outras crianças, olhar para elas, tão meigas e vulneráveis, a ruiva se perguntou se sua filha se pareceria assim. Caso ela não estivesse morta.

As lágrimas começaram a sair e Maia lhe abraçou, afagando seus cabelos, enquanto sussurrava coisas tranqüilizantes em seu ouvido. Ela não queria tranqüilidade, ela queria acabar com a fútil existência de Jonathan da face da Terra. Mandá-lo pro Édom seria uma ótima idéia, se eles não tivessem fechado a passagem para lá.

– Me conte o que aconteceu. – Pediu a morena. Clary se afastou e voltar a sentar na cama e observou as crianças que assistiam tudo aquilo caladas.

–Vem cá na tia, vem. A titia está triste. – falou Clary, dando duas palminhas no seu colo, indicando o lugar para elas sentarem. Bia e Sam se entreolharam e depois para sua mãe, como se pedisse ajuda para fazer alguma coisa.

–Vão lá! – encorajou Maia. As meninas percebendo que não corriam nem um perigo, correram e pularam no colo da Clary, cada uma em uma perna.

Nada contra, mas essas meninas pesam.

****

Depois de horas, brincando, tentando não perder seus cabelos em tranças mal-feitas e cabelos embaraçados, Maia e Clary haviam colocado as gêmeas para dormir serenamente na cama de Clary. As duas se sentaram no chão, olhando para o nada, sem trocar nenhuma palavra. Um clima estranho, pensou Maia.

–Vamos. Estou esperando. – disse a morena.

–Esperando o quê? – perguntou Clary.

–Não se faça de desentendida, Clarissa. – reprovou-a Maia. – Ninguém em plenos 24 anos consegue perder um filho por causa natural, a menos que seja doente, o que não é seu caso. Desembucha. Fala o que fez você perder o bebê.

Clary respirou fundo. Como começaria? Ela contaria? Suspirando, decidiu contar logo, seria o melhor agora. – Okay. Uma semana atrás, Jac... Jonathan me convidou para ir a um jantar, para celebrarmos a notícia do nosso primeiro filho. Achei a idéia ótima, pois seria o momento certo de dizer que é ... – sua voz falhou. – Era uma menina. Estava me arrumando, quando celular dele começou a tocar, demorei a achá-lo e quando o encontrei, eu atendi. Era de um hospital no Rio de Janeiro, dizendo que a mulher do Sr. Herondale, a Srta. Amber Moralez, havia tentando suicídio e ele era a pessoa mais próxima dela para socorrê-la naquele estado.

‘Eu disse que havia algum engano, mas então como um flashback, os últimos anos passaram em minha frente. Jace ficando pensativo, distante. O trabalho excessivo, onde quase todos os fins de semanas ele iam em alguma missão. Ele não estava matando demônios, ele estava com ela. Ele me deixava, noites e noites em que eu não dormia, por que eu ficava preocupada com ele, me perguntando se ele estava bem, enquanto ele dormia com outra mulher, ele jantava com outra mulher, ele acariciava outra mulher... – e começou a chorar e se xingou por quão fraca estava. Ela não era assim, mas tinha ficado desse jeito por causa de Jonathan. Maia a abraçou, mas não disse nada, apenas esperou ela continuar.

–E pensar que eu só fiquei nesse mundo por causa dele. Eu poderia ter voltado a minha antiga vida quando tudo passou, podia ter cursado faculdade, me casado com um mundano, mas... não! Eu fiquei, eu pedi a um anjo para que ele devolvesse a vida de Jonathan, morei num apartamento repugnante, com meu irmão para salvá-lo, eu quase o matei pois achei que isso era o que ele queria, fiz o porra do possível e impossível por ele, simplesmente para ganhar um belo par de chifres em troca. – Ela tentou controlar os soluços. – Eu sabia que isso podia acontecer, acontece com qualquer um, mas que merda! Não estamos juntos nem faz 9 anos direito!

Clary respirou fundo, secando os resquícios de lágrimas de seu rosto,, esperando alguma resposta, ou sermão, ou qualquer merda que fosse e quando ela não veio, se sentiu estúpida de ter desabafado tudo isso. Era humilhante demais, não era qualquer um que ela queria que soubesse disso.

–Ok. – suspirou a morena depois de torturantes minutos. – Isso foi... Intenso. Você sabe o que tenho a dizer sobre isso. Nunca gostei de Jace, na verdade, nunca simpatizei por nenhum Caçador e isso não tem nada ver que sou uma DOwnwolder. Os nephllins são assim. São hipócritas, sabe por que? Eles pregam e se auto intitulam melhores e superiores do que outros, sendo uma raça mais pura, mas eu nunca conheci um povo mais traíra do que eles.

–O pior é que você está certa. Eles pregam algo, mas fazem completamente o oposto. –Concordou Clary. – Quer dizer, não podemos generalizar,pois nem todos se encaixam nisso, mas Valentim sempre foi um bom exemplo disso. A Clave só tem raiva dele por que ele foi capaz de fazer algo que ela não pode. Eles sempre querem tudo para si, não importa quantas pessoas machucarão para alcançarem o que querem.

–E não querem que ninguém discorde de sua opinião. – completou Maia. As duas se entreolharam e começaram a rir nervosamente.

–Shiu. Se eles nos ouvissem, perderíamos nossas cabeças.

Ambas aproveitaram o silêncio que agora jazia calma, até mesmo reconfortante. Ouviam os respirações serenas de Bianca e Sam de olhos fechados. Até que a visita de Maia não fora de toda ruim, mesmo ambas falando pouco, foi o suficiente para Clary.

Sem ao menos perceber, os pensamentos da ruiva foram direto para Castiel. Ela queria falar com ele novamente, ele tinha uma espécie calma em sua alma, que fazia bem para Clary, o que era estúpido, já que ficara pouco tempo com ele. Mas ela não tinha nenhuma forma de contatá-lo, pois:

1º - Ela não sabia seu sobrenome.

2º Não sabia se ele era mesmo de New York.

3º Também não se dera o trabalho de anotar seu número.

Idiota, sonsa.

Talvez Maia o conhecesse, certo? Ela era a atual líder do bando de New York e tinha obrigação de conhecer todos os caçadores da cidade, além do mais, Bat era DJ, com certeza conhecia muitas pessoas e possivelmente conhecia Castiel. Era um tiro no escuro, mas... Bem, ela não tinha muitas condições neste momento.

–Maia? Poderia me fazer um favor? – pediu.

–Diga. – disse na lata.

–Semana passada, antes de... – travou, não gostando retomar esse assunto. – Daquilo, eu conheci um homem, deve ter uns 25 a 30 e se chama Castiel. Você por acaso não o conhece?

Diga sim, diga sim.

–Castiel? – a confusão era evidente em seu rosto. – Não me lembro de ninguém assim. Como ele é? É Downwolder? Caçador?

–Caçador. Ele é alto, pele branca, olhos cinzentos, cabelos negros, um belo sorriso, corpo gostoso, não sei o tamanho de seu pênis, pois eu não perguntei, bundinha palpável...

–Clary, pare! Já entendi!– ela estava rindo. –Se minhas filhas acordam e escutam uma merda dessa? Bat me mataria!

As duas continuaram rindo, e contando piadas obscenas, sem nem ao menos se importar com as pequenas criaturas dormindo na cama de Clary. Estavam num sono tão profundo, que duvidavam que elas acordariam tão facilmente assim.

–Eu já vou indo. Está tarde- anunciou Maia. Ela se levantou e estalou suas juntas. Clary seguiu o mesmo exemplo e seu corpo todo estalou, fazendo ambas rirem – ME ajuda a levá-las para o carro?

–Claro. – A morena pegou a pequena Sam nos braços, enquanto Clary pegava Bianca cuidadosamente para não acordá-la. Elas desceram as escadas do novo apartamento de Luke e Jocelyn e encontram ambas na sala, deitados no sofá cama, assistindo um filme qualquer.

–Já está indo? – perguntou Jocelyn se levantando para olhá-las.

–Sim. Se eu não for agora, ficarei trancada em casa para o resto da minha vida, junto o ciúmes enorme de Bat. – Isso os fez rir. Bat realmente era muito ciumento, e quando as gêmeas nasceram, ele piorou. Afirmava que não queria nenhuma vagabundo infeliz perto de suas ‘neguinhas’, bem, ninguém discordava, afinal que enfrentaria um lobisomem de 2metros de altura?

Pegaram o elevador e chegaram ao térreo com um solavanco. Colocaram as meninas nas cadeirinhas do banco traseiro.

–Enquanto a esse Castiel, vou ver se acho alguma coisa disso, ok? – Clary assentiu e despediu da morena.

Algumas horas depois, quando a ruiva arrumava a cozinha depois do jantar, ouviu a campainha tocar. Tinha algo errado, já era quase dez e meia da noite e alguém toca a campainha? Jocelyn e Luke já havia ido se deitar, então Clary enxugou as mãos.

–Eu atendo! – gritou do andar de baixo.

Caminhou impaciente até a porta, queria terminar seu serviço, tomar banho e dormir, provavelmente chorar mais um pouco e agora tinha que resolver mais essa merda. Mas assim que abriu a porta, esse pensamento evaporou e um pequeno sorriso se ergueu em seus lábios.

–Então quer dizer que agora eu posso transar com você sem virar seu amante? Topa? Na minha cama ou não sua? – Mesmo com tanto desaforo, ela ficou feliz em vê-lo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Claro que sim, né? Eu sei que não sou nenhuma Jeéh Rafa da vida, mas faço meu melhor, poxa! Me ignorem... Estou de TPM!