Um Fantasma Chamado Harry Manson escrita por Vitor Kuster Bona


Capítulo 1
AINDA em Silent Hill




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Olá, sou Manson. Harry Manson. Não, não tentei imitar a apresentação do James Bond, apresentei meu sobrenome primeiro porque aposto que se eu colocasse nome primeiro, um engraçadinho iria falar Potter.

 Como devem saber, eu estou morto. Sim, estou morto. Não sabia? Você não leu o aviso do escritor que tinha spoiler? Aff... Eu mereço essa gente.

 Agora, deixando os spoilers de lado, vamos ao que interessa. Agora nessa minha nova forma, a de fantasma, irei ajudar minha querida filha Heather, a passar por todos os problemas que ela deve passar para terminar o jogo, quer dizer, acabar com a seita maligna de Silent Hill.

 O problema é que não sei onde ela está agora, o jeito é ir perguntando...

 Olhe lá! Uma viva alma nesta maldita cidade, vou perguntar para ele se ele sabe de algo.

- Hey, você.

 Ele se virou e não saiu correndo, já é uma vantagem ele não ter medo da minha “bela” forma.

- Você viu uma garota? Aproximadamente sete anos, cabelo preto. É minha filha.

 Ele só respondeu:

- Não. E você? viu minha mulher? Maria? Por algum lugar? Ela me enviou uma carta. Ela é loira, cabelos curtos e é bem bonita.

 Depois das perguntas que ele me fez, eu o reconheci, não sei como não percebi antes. Então respondi EDUCADAMENTE:

- Não vi ela não. Mas o que você ainda faz aqui? Silent Hill 2 já acabou! Estamos mais adiantados, eu já morri, não ta vendo não? Cai fora daqui seu inútil!

- Inútil é você, seu animal! Pelo menos minhas falas são atualizadas e não saio por ai perguntando pela filha errada! E os jogos não foram feitos em uma cronologia fixa para você ficar falando que eu não deveria estar aqui.

- Não importa! Silent Hill 3 veio depois do 2 e por isso você não deveria estar aqui. Se você não conseguiu nada até agora, é porque é noob. E sobre eu perguntar sobre a filha errada, é a mesma filha, só porque ela ta loira e alta não quer dizer que seja diferente! Ela continua o mesmo demoniozinho de sempre. E não posso fazer nada se os idiotas dos programadores se esqueceram de mudar minha fala!

- Ta bom, ta bom. Isso não vai nos levar a lugar nenhum. Então vou continuar a minha busca e você a tua. Está bem? Até, tomara que eu não te veja nunca mais.

- Digo o mesmo.

 Depois desta amigável e simpática conversa, decidi seguir meu caminho pela Crichton St.

 Um bom tempo depois de estar andando, e tendo passado pela Midway Ave. e Acadia Rd. Cheguei a um tal de Sanitarium. É um lugar enorme, nunca tinha vindo aqui. Deve ser ali que são produzidos todos os sanitários da cidade.

 Decidi dar uma averiguada, por que, vai que está passando alguém aqui por perto e precisa ir ao banheiro, mas não tem nenhum por perto. A única opção é entrar ali.

 Então entrei para dentro dei uma olhada no primeiro andar, subi para cima para ver se acho alguém no segundo andar, mas não deu em nada. Acabou que tive que descer para baixo no subterrâneo, o que também não deu em ¨!#%@&%# nenhuma.

 Mas no momento em que eu estava saindo para fora, eu vi algo que me deixou com medo. Tudo bem, estou a um bom tempo em Silent Hill e não devia me preocupar tanto, mas nunca vi alguém atravessar um espelho! Alguém tão feio por sinal! Os monstrinhos são maravilhosos perto dele.

 Já que não tinha mais opções, resolvi perguntar para ele mesmo.

- Hey...

- Oh...

- Let’s go!

- Aizá o fantasminha manja de música boa.

- Sempre! HAHAHAHAHA!

- Ei... Você não é o Harry...?

- Sou. Como você me conhece?

-... Potter. HAHAHAHAHA! Não adiantou o cuidado que você teve no começo da história, acabei de te pegar! HAHAHAHAHAHAHAHAHA!

- Idiota...

- Agora falando sério mesmo. Você é o Harry Manson? Você não devia estar morto não?

- Não, eu to vivo, não ta vendo? Esta transparência é só a idade, por que não tenta me tocar?

- Ta ta, ta... Ja entendi! Só estava tentando ser um pouco educado.

- E donde você me conhece?

- Eu sou do Origins, você não me conhece porque fui lançado depois de você ter morrido. Ta certo que na ordem cronológica era para eu ter nascido primeiro. Mas como você disse ali em cima, eu vim depois, então eu sei das coisas e você não. Se contente.

- Que bom que você sabe. Então: Você viu uma garota?  Aproximadamente sete anos, cabelo preto. É minha filha.

- Ahm? Ela não se foi no primeiro jogo não?

- Não vou explicar de novo, é culpa dos programadores.

- Ta ta ta, ta bom. Já entendi. Pelo que eu saiba, ela ja fez o que tinha que fazer, dai criaram um outro tio, um tal de Henry townshend que também ja fez o que devia fazer. Agora só falta eu e um tal de James.

- Ah... Eu me encontrei com este James, o cara é noob pra ¨$#&*%!@&#. Então quer dizer que eu cheguei tarde?

- Creio que sim.

- Se eu não fosse um fantasma eu estaria chorando agora, venha cá. Deixe eu me escorar um pouco em você e fingir que estou chorando.

 Ele se aproximou de mim, me escorei nele, e comecei:

- BUAAÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!!!!!!!!!!!

- Mas por que você está chorando? Tua filha fez tudo o que devia, e com louvor!

- É que to tão orgulhoso daquele demoniozinho... Snif! BUAAAAÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ

 Ficamos um tempo assim, foi o momento mais intenso da minha pós-vida, chorando sem poder chorar! É incrível!

 Pena que tudo acabou quando ele disse:

- Desculpe, não poderei ficar mais contigo. Tenho que terminar tudo em menos de duas horas para conseguir uma roupa maneirinha que não vai me deixar cansado.

- Tudo bem... Snif! Pode ir...

- Só uma coisa... Como é ser um fantasma?

- Mesma coisa do que quando estamos vivos: não vamos ao banheiro e nunca cansamos de andar, muito menos dormimos e nossa expressão facial nunca muda. Só é mais divertido porque você pode atravessar as coisas e sair voando por ai. E claro, você não vai morrer de novo. HAHAHAHAHAHAHAHA.

- Ah ta... Pensei que era mais emocionante. Até mais então, nos encontramos quando eu morrer. Abraços.

 E com isso ele se foi, e me deixou vagando por ai.

 Fiquei vagando, vagando, vagando, vagando, vagando, vagando, vagando, vagando, vagabundeando, vagando, vagando, vagando, vagando, vagando, vagando, vagabundeando, vagando, vagando e vagando... Até que achei um mapa, de uma cidade vizinha a Silent Hill,  jogado no chão. Apanhei-o e li como chegar lá, o nome dizia: Raccon City. Algo me atraiu neste nome, e decidi ir para lá.

 Assim continuei vagando, vagando, vagando, vagando, vagando, vagando, vagando...


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