“Então...” começou Mione quando todos já estavam devidamente acomodados, esparramados, na sala de receber visitas “aonde está o vira-tempo que trouxe vocês até hoje?” falou direta. Todos a encararam.

“Como assim...?” começou Lily, e Hermione exasperou-se.

“O vira-tempo! Uma corrente com ampulheta!...Vocês sabem o que é um vira-tempo! Não sabem?” completou duvidosa. O pessoal do passado se ofendeu.

“É claro que sabemos!”

“Imagina! Somos os aurores mais burros do mundo...”

“Como alguém que já terminou Hogwarts pode não saber sobre vira-tempos!?”

“Não era aquele treco que a gente roubo da Evans aquela vez, Pontas?”

“É Almofadinhas...”

“VOCÊS O QUE?!” Gritou uma furiosa, e muito vermelha, Evans que se levantou e começou a estapear o marido e o amigo enquanto todos morriam de rir. Somente Harry observava a cena com um olhar melancólico. Até que Gina deu uma ombrada nele, avisando que estavam percebendo essa cara de cachorro filhote que caiu do caminhão de mudança. Depois de um tempo, Lily notou que todos a encaravam e se sentou, muito constrangida. Mione pigarreou, tomando a atenção de todos:

“Tudo bem, esqueça isso...” falou ela para Lily, apontando com a mão os dois amigos “Só me conte aonde está o vira-tempo... vocês não são desse tempo, e algo errado, muito errado pode acontecer se continuarem aqui...”

“Mas, mione...” harry tentou contraria-la.

“Não.” Contradisse ela firmemente. E Lily se levantou:

“Eu não sei de vira-tempo nenhum. Eu quero saber porque meu filho teve um piti ao me ver mais jovem e...”

“Não Lily...” argumentou Sirius “A morena está certa,” Rony fechou a cara para ele “Se continuarmos aqui podemos encontrar nossos eus do futuro e pode rolar uma confusão enorme...”

“O que te faz pensar que você pode encontrar qualquer um de vocês aqui?” Perguntou Gina.

“É a única forma do Harry conhecer essa casa,” ele deu de ombros “Minha família deve de ter morrido e eu devo ter voltado aqui por algum motivo bizarro...”

“Ou o Harry herdou a casa...” interrompeu Lupin.

“Mas para ele herdar a casa nós teríamos que estar...” começou Lily, para ser interrompida por Lupin

“Nós estamos, não é?” perguntou ele para os outros “Nós morremos, não é?”

Eles não responderam.

Não precisavam.

Suas expressões, suas atitudes desde que o grupo tinha aparecido. Para remo fora como somar dois mais dois. Eles estavam numa guerra, era uma possibilidade.

As reações foram as mais diversas. Lily correu para abraçar o filho, aos prantos enquanto Alice e Frank se abraçavam, James logo se juntou ao abraço em família. Harry parecia mais feliz do que em qualquer dia da sua vida. Hermione e Gina tinham se abraçado e choravam juntas. Até mesmo Rony e Sirius tinham lágrimas nos olhos. Então, Neville entrou na sala apoiado em Luna. A garota os encarou depois murmurou algo baixinho, enquanto ele correu abraçar os pais.

Remo lupin apenas assistia. Afinal ele não tivera uma família ou alguém por chorar por ele.

A cena prosseguiu até que se ouviu aporta sendo aberta. Harry se afastou e ele e Gina se entreolharam.uma voz feminina gritou, lá embaixo:

“HARRY! GINA! EU QUERIA SABER SE AINDA ESTÃO DISPOSTOS A FICAR COM O TEDDY... NÃO TEDDY !NÃO MEXA AÍ!” Um estrondo enorme se ouviu lá embaixo e os do presente se entreolharam melancólicamente.

“Putz grila!” xingou ela. Ele bateu com a mão na testa. “Esquecemos do Teddy!” exclamaram em coro, enquanto Rony e Mione se olharam assustados. Então os quadros começaram o casual berreiro e por cima da gritaria a mesma voz estuporava os quadros. Com o silencio que se seguiu eles ouviram-na dar uma bronca:

“Nem ouse fazer manha Teddy!” então eles notaram o choro de bebe “Eu já falei, não mexa na perna de trasgo!” eles ouviram na subir estáticos. Era necessário impedir ela de ver os “viajantes do tempo”, um em especial, mas era impossível se mexer. Eles escutaram-na rir melancólicamente:

“Atrapalhado igual a mãe...” ela estava chegando a sala “Molly vivia reclamando da falta de cuidado de Dora, não é Teddy...”

“Peraí! A Dora casou e teve um filho?!” todos encararam Sirius, que tinha lagrimas escorrendo pelo rosto “E pelo jeito morreu também...”

Mione começou a soluçar compulsivamente. Rony abraçou de lado tentando consolá-la e Gina correu para tentar esconder os visitantes da Sra Tonks.

“Sra Tonks, como vai!?”

“Bem querida e você? Ué, cadê o Harry?”

“No banheiro.” Respondeu ela na lata e os marotos assoviaram, a garota era uma marota nata.

“Mas que barulho foi esse?”

“Deve de ser o Rony...”

“Fazendo exatamente o que?”

“Não sei. Na realidade, sabe se lá o que se passa na cabeça dos meus irmãos!” as vozes foram se aproximando e eles se desesperando “Viu Jorge e Percy? Percy queria que Fred fosse seu padrinho de casamento!...”

“é, sorte que Audrey tem juízo e que Jorge não escutou-o dizendo isso...”

“Fred está morto.” Todos do passado deram um salto, a garota falava com firmeza que seu irmão estava morto “Quanto antes aceitarem que ele se foi, menos vão sofrer.”

“Eu sei, querida. Mas é difícil aceitar...”

“Uma hora eles vão ter de que encarar a realidade...”

“Mas isso não a torna mais fácil de suportar... Afinal de contas Rony e Hermione estão aqui não é?!”

“Sim...” Gina falou com cautela

“Queria falar com eles, saber como estão...”

“Claro, vou chamá-los...” Gina abriu a boca para gritar a senhora a interrompeu

“Sem gritos... não gosto de gritos.” Ela começou a se dirigir até a porta da sala e o nervosismo geral no ar era palpável. “Eu mesma vou até lá, sou velha mas não estou aleijada como dona Augusta!” nessa hora Frank e Alice ficaram lívidos como papel e Neville se encolheu como se tivesse levado um soco no estomago.

Então a porta se escancarou e uma mulher de idade avançada entrou gritando

“AHA! Eu sempre sei quando alguém mente!” então ela realmente olhou dentro da sala e escancarou os olhos na direção de Lupin e Sirius, que estavam mais afastados. “MEU PAI AMADO...!” E desmaiou

“ELA DESMAIOU!” exclamou Rony .

“O BEBE!” gritou Lily.

“A QUINA DA MESA!” gritou Harry. Segurando a Sra antes que ela rachasse a cabeça na quina de uma mesa de canto. Eles assistiram a criança cair em câmera lenta até que...

“Wingardium leviosa!” exclamou Rony, e Harry não conseguiu segurar:

“Até que enfim aprendeu.” Disse, colocando a Sra., com a ajuda do pai e Sirius, no sofá. Rony ficou vermelho e todos encararam o trio de ouro, indagadores.

“Como assim até que enfim aprendeu?” perguntou Luna, com Teddy nos braços. Hermione se pronunciou com aquela cara de: Sei mais que vocês, hahaha!

“Isso é uma longa história que não vamos contar.” Falou decidida e foi pegar Teddy no colo mas Harry passou na frente dela.

“Nem vem Mione!” ele falou pegando o garotinho no colo “Ele é MEU afilhado!” todos o olharam assustados.

“Colocar o filho do James como padrinho de alguém é uma idéia quase tão ruim quanto colocar o Sirius como padrinho do dito cujo.” Falou Frank recebendo olhares curiosos de todos. “Que foi? Eu estudei com esses daí e eles são mais arteiros do que a escola inteira juntos...”

Luna explodiu uma gargalhada, seguida por todos os outros do presente. A gargalhada era tão contagiante que até os do passado começaram a gargalhar, sem nem saber o porque.

“O Harry? Arteiro?” Neville encarou o pai “está bem, acredito nisso tanto quanto acredito que ele não é o menino que”

“O menino que...” Lily o incitou a continuar, mas ele se calou.

“Você está falando que meu filho não se tornou um maroto!?” exclamou James, surpreso. E Rony respondeu, ainda em meio a risadinhas:

“Imã para encrencas e problemas, sim! Agora maroto e Harry são duas palavras que não combinam.”

“Talvez um certo despeito pelas regras” completou Hermione “mas aprontar por sacanagem, acho que foi só aquela vez com o livro do príncipe...”

“Que príncipe?!” indagou Lily. “Você está falando do príncipe mestiço?” Harry fez uma careta involuntária “O livro de poções de Snape?” dessa vez James fez uma careta, e sua esposa viu. “James, aceite que ele passou para o nosso lado. E sobre o livro...” ela se voltou para Harry, e ele se encolheu. Aqueles olhos pareciam perfurar sua alma, ele não conseguiu conter, e confirmou com a cabeça. A mulher a sua frente ficou lívida de raiva: “Mas que falta de juízo! Não te ensinaram nem te avisaram a nunca confiar em anotações feitas a mão ! desconfiar ao menos...”

“Se ela soubesse da história do caderno...”

“Que caderno?” Gina ficou lívida, mas foi salva de explicações.

“Mas afinal de contas...” começou Sirius com um sorriso no rosto “Quem se casou com a Dorinha?”