O Novo Hades escrita por JeremyChaeger


Capítulo 8
Seven — Encharque do Amanhecer


Notas iniciais do capítulo

✺ Demorou? Sim, mas a demora foi só de um dia. Quero agradecer por mais uma vitória: Mais três dos setenta leitores se revelaram. Luis Jeová, que favoritou. Muito obrigado! Marota sonserina, que comentou. Muito obrigado! Love Of Darkness, que colocou em acompanhamentos. Muito obrigado! Os dois últimos, se vocês quiserem favoritar, eu agradeço (propaganda indireta e.e)
✺ Não sei se foi perto de três mil palavras, mas que foi longo, foi.
۩ Glossário desnecessário ou necessário ۩
1. Elafonisi é uma ilha na grécia.
2. ύπνος significa Hipnos. θάνατος significa Tânatos.
3. βωμόςχρονικόςιερός, é o local onde um deus pode se manifestar normalmente, onde recebe orações e seguidores.
4. Ανθρώπινο δοχείο é "recipiente humano" em grego.
5. Μασαχουσέτη é Massachusetts em grego.
P.S: Não foi usado o Google Tradutor, foi usado a aula da língua extinta grega junto com o banco de dados gregos.
۩ Extras:
1. Voalá: Exclamação para algo que deu certo.
2. Pro, pra: "Para o" e "para" na oralidade, que no caso é a língua popular não totalmente correta.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/580653/chapter/8

VII

Encharque do Amanhecer

JACK NÃO CONSEGUIU FALAR NADA, A VOZ ESTAVA PRESA EM SUA GARGANTA, PELO INSTINTO DO MEDO. Sua pele tremia e ele estava totalmente arrepiado, lágrimas de desespero já caíam dos olhos. Queria desejar que aquilo tudo fosse um sonho ou uma ilusão. Era tudo surreal. Queria poder voltar no tempo e não ter brigado com Drake, ter se arrependido de tudo o que lhe trouxe até aquele momento. A mulher na frente simplesmente desapareceu no ar. Como se tivesse sido removida da existência. Então reapareceu no piso de cima, com as mãos apoiadas no corrimão branco e uma expressão dura e séria. Ela fez uma gesticulação.

Jack conseguiu finalmente explodir a vontade de viver dentro dele.

— Senhora! — Ele gritou, implorando. — Eu não fiz nada. Eu não roubei, não matei. Nunca fiz mal a ninguém. Isso é um mal entendido, senhora. Por favor. Tem que ser. — Ele contestou, chorando.

— Na verdade, não é. Você realmente nunca matou ou roubou alguém, isso é admirável para alguém com o seu fardo. A culpa não é sua, Lians. Em 1900, meus irmãos e parentes estavam exterminando uma praga que fez mal a nós. Mas, quando tudo parecia ter sido resolvido, a praga tinha fugido. Seu pai era um fisiculturista feliz, e já tinha conhecido sua mãe, Margareth. — Ela falava como se tivesse lido a vida dele em um livro chato e depois ter jogado fora o produto. — Seu pai era forte, sua mãe, inteligente. Então, aquela praga, achou um corpo formidável para residir. Como um parasita. Musculoso. Inteligente, ágil. — Falou com desdém. — Você tinha uma resistência espiritual. De alguma forma, você tinha uma camuflagem muito alta e parecia ter sido criado para isso. E então, você começou a ver coisas estranhas.

Jack não quis falar nada, apenas assimilou. Era tudo verdade. Como ela sabia de tudo aquilo?

— Vultos. Imagens estranhas, desenhos que só você viu e palavras flutuando no ar. Ainda sim, seus amigos divinos ficaram ao seu lado em encarnações. — Agora, a conversa estava ficando um pouco paranoica, mas sua expressão não mudava. Nunca mudava. — E te protegiam, porque o local que seu pai morava era um tanto, estranho. Ele alegava estar sendo perseguido e foi roubado misteriosamente seis vezes.

Jack começou a se arrastar para o lado lentamente.

— Por isso se mudaram, aproveitando que pegaram a primeira opção de mudança através do trabalho. Mas isso só piorou tudo. Uma cidade fechada, não tanto conhecida e onde um templo grego já existiu. E ainda sim, seus companheiros deuses foram ao seu lado, disfarçados. E isso foi um brinde para nós. Meu pai mandou-me junto com meu irmão atrás de você, já que sua energia foi como um sinalizador pro céu. E voalá, eu achei você antes do meu irmãozinho. A questão, Jack. Você deve ser morto.

— Deuses? — Jack falou, tentando se levantar, falhando e caindo no chão. — Não, senhora. Deuses não existem. Por favor, isso deve ter sido um engano ou erro.

— Podem atirar. — Ela ditou, calma. As mulheres apontaram o arco para a sua localização atual e deixaram as flechas fluírem, uma chuva frontal de flechas na direção do loiro de 16 anos de idade.

Ele iria morrer.

Isso era um fato intenso.

Quando ele pensou ter morrido, o loiro afundou na escuridão da parede atrás dele. E então se viu em um local escuro, mas que era grande e espaçoso. O ar lá era rarefeito ao mesmo tempo fluía como um vendaval por todos os cantos. Sua pele estava mórbida, sofrendo mais de um milhão de choques térmicos por segundo. A dor queria explodir de seu peito. Ele sentia como se mil espadas quentes tivessem atravessando seu corpo a cada instante, lhe dando uma sensação de dor e ardência por dentro. Em seus ouvidos, gritos desorganizados e desafortunados, de dor e agonia passavam. Eram muito altos e irritantes, causando dor na mente dele. Era um coro, um coro de desespero e misericórdia. Sua mente reproduzia cenas de morte e pesadelos.

Tudo parecia uma eternidade de dor, sem fim.

E então, acabou. Ele bateu contra uma parede que parecia ser de madeira. Era de mardeira. Farpas se prenderam em sua camisa. Seu corpo ainda estava muito mal, todo embolado. Ele queria vomitar. Sangue escorria de seus lábios e de suas mãos, e também de seus ouvidos. Suas calças estavam esfarrapadas. Então ele gritou de dor. Mas o que era pra ser um grito normal, soou como um grito inumano e animalesco, com a mesma sonoridade dos gritos de desespero naquela sala escura.

— Olá. — Um homem a frente dele falou, com um sorriso no rosto. Tinha cabelos curtos e espetados pretos. Era um pouco mais alto que Jack. Usava uma jaqueta de couro preta por cima de uma camisa de rock com uma caveira cinza. Suas calças jeans e seus tênis eram pretos. Pele branca, olhos violetas-roxos. — Jack.

Ele deu a mão para o loiro se apoiar, que com muita dificuldade, conseguiu.

Ainda não conseguia falar. Suas cordas vocais estavam seriamente danificadas por causa daquele fenômeno na sala de escuridão. Estava rouco, provavelmente.

— Eu sei o quê aconteceu. Viajar pelas trevas das almas do submundo é tenso. Ainda mais para um corpo humano inexperiente. — Ele falou. Jack não entendeu nada. — Vamos, você precisa se curar por agora. — O local ao redor era uma pequena casa, de madeira. Tinha uma única lamparina medieval queimando em fogo, um beliche velho e uma mesa esculpida com vários papeis. Diversos remos estavam pendurados nas paredes e presos por pregos de metal negro.

— Não pergunte onde estamos. Você viajou sem pensar em pra qual lugar iria, então possivelmente quem escolheu foi seu outro eu.

Quando eles saíram, o sol estava queimando no alto. Várias pilastras gregas espalhadas em ruínas com o chão com piso de mármore limpo, com um grande templo semi-destruído na frente dos dois. Uma estátua de um homem com túnica e uma foice estava interligada no teto. Jack logo foi para a sombra, o sol estava queimando demais. Então ele conseguiu enxergar um mar cristalino não tão longe, não tão perto. Uma montanha no alto e várias pedras pela água.

"Elafonisi, garoto. Grécia, seu inútil." A voz de antes voltou a falar dentro dele.

— Não vá para a água. É um domínio do seu irmão, então ele vai instantaneamente saber onde você está. Você acabou de fugir de uma deusa virgem malvada, não queira se meter em encrencas novamente. — Ele puxou o braço do fulvo a força e o levou para dentro do templo. Era arrumado com vários pisos negros e vasos com uma única asa esculpida. Eram brilhantes e vermelhas-bege, triássicos. No fundo central do salão, duas estátuas estavam acima de um altar. A mesma do teto e ao lado, outro homem com túnica e uma harpa na mão. Abaixo deles, estavam escritos em seus pés:

ύπνος e θάνατος, brilhantes. Um homem atrás das estátuas estava parado. E um som melodioso e suave saía dali. Um piano preto estava estendido em sua frente. Suas roupas eram sociais, blazer preto, camisa social branca, gravata preta, calça social preta e sapatos sociais pretos. Um pequeno chapéu, que estava virado para o lado por causa de algo saindo de sua orelha. Uma asa pequenina, felpuda e esbranquiçada. Não se virou.

— Meu senhor. — O homem da jaqueta disse. — O melhor agora a se fazer é você voltar para casa. Conseguimos bloquear sua essência divina através da camuflagem do nosso βωμόςχρονικόςιερός. Mas, percebi que o seu Ανθρώπινο δοχείο não aguenta a viagem pelas trevas das almas. Por isso, faremos vossa majestade assumir o controle momentaneamente até conseguir chegar em Μασαχουσέτη novamente.

Jack não entendeu as palavras estranhas que ele disse, mas o seu subconsciente parecia ter captado e assimilado. Como uma mensagem subliminar.

O som ficou ainda mais intenso e o loiro se sentiu sonolento. Ele se virou para o homem de jaqueta ao lado e tentou falar algo, mas sua voz não saía. Então caiu, agoniando no chão e batendo a mão pelo mármore negra, tentando implorar por ajuda. Sua mente foi invadida por escuridão. Ele se sentiu forte, extremamente forte. Mas depois, a escuridão tomou sua visão de forma total. E ele apagou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

✺ Espero que gostem! Fiz com muito carinho. Mas passei por muitos bloqueios criativos.
✺ Se gostarem demasiadamente, favoritem! Me faz bem.
✺ Agradecendo novamente aos setenta leitores fixos. Sem vocês eu não seria nada. Não é sentimentalismo, mas, ter leitores lendo do outro lado da tela é uma sensação muito legal, muito boa. Não precisaria nem ser um número grande, poderia ser um que seria algo bom.
✺ Agradecer também a marca de 20 acompanhamentos alcançado! Embora de alguma forma, não apareça na fanfic. Meu amigo disse que eles ocultam. Pra quê ocultar? Bota a cara no sol! (peguei de um grupo)
✺ Erros, me avisem! Sugestões, mandem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Novo Hades" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.