É Evans, Potter! escrita por Anchorage


Capítulo 5
Lírios


Notas iniciais do capítulo

Queridos, mais um capítulo recheado de jily pra vcssssss!!!!



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Lily

– Como é o nome disso mesmo? – Sirius perguntou pela terceira vez.

– Brigadeiro! – Alice e Marlene responderam em coro, fazendo com que ele se assustasse. James estava na sala de braços cruzados, me observando com a testa franzida.

– Ok, eu vou trocar de roupa. – Eu suspirei e subi as escadas correndo. Busquei minha bolsa, separei minhas roupas de baixo e peguei um vestidinho azul marinho com detalhes em rosa. Segui pelo corredor e entrei por uma porta – que eu julgava ser o banheiro de hóspedes – e me deparei com um quarto grande e iluminado. Era o quarto de James. Ele tinha uma parede com vários pôsteres de jogadores famosos de Quadribol, fotos de Sirius, Remus, seus pais, e, na mesa de cabeceira, ao lado de sua cama, ele tinha em um porta-retrato uma foto nossa. Sim, nossa, minha e dele. Segurei o porta-retrato e observei a foto. Estávamos em Hogwarts e ele tinha acabado de me contar algo engraçado, então eu estava rindo e ele tinha um sorriso sincero e espontâneo – fiquei olhando para a foto por alguns segundos com um sorriso bobo no rosto. Arregalei os olhos ao perceber que eu estava invadindo totalmente a privacidade de James e saí correndo do quarto. Entrei no banheiro de hóspedes – dessa vez, acertei o cômodo - e notei que eu sorria abertamente. Eu estava feliz porque James Potter tinha uma foto minha, ao lado de sua cama.

Quando desci, James estava em pé na sala, olhando para o lado de fora da casa, onde nossos amigos estavam. Parei na escada e o observei, reparei seus cabelos arrepiados, costas largas e músculos definidos e ... Ele se virou. Tentei falar algo, mas minha voz não saiu e eu soltei um barulho estranho, o que me fez corar ainda mais.

– Você queria conversar? – Eu disse depois de respirar fundo e me acalmar.

– Quero te mostrar um lugar. – Ele estendeu a mão e eu aceitei, depois de hesitar por um momento. Ele me conduziu pelo vilarejo, passamos por várias casas e chegamos até uma rua que terminava em um grande morro de pedra, contornamos o tal morro e James colocou as mãos sobre meus olhos. Paramos logo depois e ele sussurrou em meu ouvido que eu já poderia abrir os olhos.

– Lírios!– Estávamos perto de um lago, com montanhas ao fundo e uma pequena estufa transparente lotada de lírios. – Como você...

– Sabia que era sua flor favorita? – Ele sorriu despreocupadamente. – Em uma aula de Herbologia, nós tivemos um projeto: cultivar uma planta e levá-la para a estufa. Você apareceu com um lírio roxo e todos ficaram encantados com a sua flor. No final, a professora perguntou o porquê de você ter escolhido aquela flor e você respondeu que era a sua favorita. – Eu ouvi cada palavra atentamente e quando ele terminou eu não pude acreditar. Como ele se lembrara daquele projeto?

– Ah, certo. – Eu disse baixinho. Ficamos em silêncio até que ele pigarreou.

– Bom, agora eu compreendo o motivo de você ter falado da Natalie. – Ele disse reticente e eu o encarei sem responder. – Eu só queria que você soubesse que tudo que ela falou é mentira, eu nunca te usaria. Como eu poderia usar você? Lils, eu admito que fui um idiota por muito tempo, mas alguma coisa em você me deixava intrigado. Você era indiferente em relação a mim e isso me deixava louco, eu fazia de tudo para chamar sua atenção, sempre que eu podia, mas você parecia não ligar. E, depois de meses tentando chamar a sua atenção, eu percebi que eu queria você. Que eu não me importava mais com as outras garotas e que todas elas pareciam tediosas, mas você... Você era totalmente o oposto. Eu sei que eu não fui o cara ideal e eu estou longe de ser, mas eu só queria que você me desse uma chance pra te mostrar que eu posso te fazer feliz. – Aproximei-me dele e dei um beijo suave em seus lábios. Afastei meu rosto e colei minha testa na dele. Ele me olhou atordoado, segurou meu rosto com as duas mãos e me beijou. Passei meus braços em volta de seu pescoço e suas mãos envolviam minha cintura.

A sincronia de nosso beijo era fantástica, seus lábios eram quentes e convidativos. Eu explorava toda a boca dele, enquanto minhas mãos dançavam pelos cabelos arrepiados que eu tanto gostava. Estar nos braços dele fazia com que todas as minhas preocupações fossem embora, eu me sentia segura e confortável com ele.

– James, eu... – As palavras haviam sumido, na verdade, o meu senso racional tinha resolvido fazer um passeio para a Sibéria, onde ele estava congelado de suas atividades. Ele me olhou nos olhos mais uma vez e dessa vez eu tive certeza. Eu estava apaixonada por James Potter.

– Você é tudo que eu preciso. – Ele sussurrou e eu senti um arrepio por todo o meu corpo.

James

No momento em que eu senti seus lábios, todos os músculos do meu corpo se relaxaram. O fato dela ter me beijado foi inesperado e encantador, eu nunca esperaria isso de Lily. Ela se afastou rápido demais e corou furiosamente. Sem pensar duas vezes, eu agarrei seu braço e a puxei em minha direção, até nossas bocas se encontrarem novamente. Eu a beijei com tanto desejo - e ela respondeu de uma maneira muito receptiva - que o beijo se tornou urgente em questão de segundos. Meu coração batia acelerado e parecia que ia saltar do meu peito a qualquer minuto. Tracei um caminho de beijos por seu pescoço, que emanava um cheiro delicioso de morangos.

– Você é tudo que eu preciso. – Eu sussurrei em seu ouvido.

Quando nos separamos, ela corou e sorriu um pouco tímida. Segurei seu queixo e olhei intensamente para ela. Ela sustentou meu olhar e sorriu. Só então eu percebi que essa garota, Lily Evans, era a coisa mais preciosa da minha vida. E eu não estava disposto a deixá-la ir. Nunca mais.

Voltamos de mãos dadas e em silêncio para a minha casa. Eu não conseguia conter o sorriso bobo que brincava em meus lábios. Abri a porta silenciosamente e Lily me olhou preocupada - provavelmente estava preocupada com o que nossos amigos falariam.

– Chegamos! – Ela disse baixinho. Passei meu braço por sua cintura e baguncei meus cabelos com um sorriso torto no rosto.

– Lily, o seu... O que é isso? – Marlene arregalou e se engasgou nas palavras. Alice correu até nós e nos lançou um sorriso enorme. Olhei para Almofadinhas que fazia sinal de O.K. para mim. Aluado mantinha um sorriso discreto e Marlene continuava em choque.

– Que tal a gente ir lá em cima rapidinho, Lily? – Marlene perguntou com o rosto impassível. Alice revirou os olhos e subiu as escadas correndo.

– Pode ser. – Lily, que estava nervosa com toda a situação, soltou minha mão e seguiu Marlene. Joguei-me no sofá e comecei a rir.

– Então, Pontas? Como foi? – Aluado jogou uma almofada em mim.

– Eu a levei ao jardim de lírios...

– Ah, que rapaz romântico! – Almofadinhas debochou. Aluado o ignorou e fez um sinal com as mãos para que eu continuasse.

– E eu expliquei tudo pra ela, falei como eu me sentia e bom, ela me beijou.

– Espera aí, eu ouvi direito? Lily Evans te beijou?! Nossa monitora certinha, quem diria... – Almofadinhas sorriu marotamente.

– Parabéns, Almofadinhas! Chegamos à conclusão que as pulgas ainda não afetaram totalmente seu ouvido. – Aluado falou sarcasticamente, o que lhe rendeu uma almofada na cara. E, obviamente, uma guerra de almofadas começou.

– Só para esclarecer, Almofadinhas, não existe nossa monitora e sim minha monitora. – Eu o acertei com uma almofada e Aluado gargalhou.

As meninas desceram um tempo depois - a guerra de almofadas já tinha terminado e nós estávamos parecendo pessoas normais. Lily sentou ao meu lado e eu enlacei sua mão.

– Afinal, como estava o brigadeiro? – Ela perguntou sorrindo.

– Esplêndido! – Almofadinhas praticamente pulou em cima da Lily e fez cócegas em seu pescoço. – Quando você vai fazer mais? – Ela riu. Ele fez mais cócegas e Lily se contorceu de tanto rir.

– Já deu, Almofadinhas. – Eu disse sério

– Que isso, Pontas, primeiro dia com a ruiva e já está monopolizando? – Almofadinhas falou ironicamente, fazendo com que todos nós ríssemos.

– O que vamos fazer? – Alice perguntou animada.

– Já está tarde, acho melhor a gente ir pra casa. – Marlene falou olhando pela janela. – Já está escuro, pode ficar perigoso. – Ela falou sombria.

O mundo bruxo passava por uma crise. Voldemort, um bruxo adorador das Trevas, decidiu fazer uma espécie de limpeza no mundo bruxo. Ele acreditava que os trouxas eram a escória do mundo e os bruxos de linhagens trouxas não eram dignos dos dons da magia. Só de pensar que Lily poderia ser um alvo de Voldemort eu sentia meu estômago revirar. Cada dia que passa, Voldemort ganhava mais poder e mais seguidores.

– Boa noite, família! – Minha mãe aparatou no meio da sala de estar. – Meninas, que bom que vocês estão por aqui! Vão ficar para o jantar? – Ela acenou para todos e colocou sua maleta em um dos sofás.

– Sra. Potter! – Foxy gritou com sua voz esganiçada. – A senhora chegou! Que bom, senhora. Muito bom. – Minha mãe apertou a pequena mão de Foxy, que começou a chorar de felicidade.

– Nós já estávamos de saída, Sra. Potter. – Marlene se levantou e olhou para Lily, indicando que ela deveria se levantar também.

– Ah, fiquem para o jantar. Depois eu as levo em casa. E por favor, me chamem de Dorea. – Minha mãe sorriu para Lene.

– James, querido. Espera aí, o que eu perdi? – Ela arqueou a sobrancelha e apontou para nossas mãos entrelaçadas. Lily apertou minha mão levemente e corou.

– Finalmente esses dois se acertaram, Dorea! - Aluado fingiu limpar lágrimas imaginárias. Sirius suspirou pesadamente e fez uma falsa expressão de orgulho.

– Isso é tão emocionante! – Ele abanou seu rosto e eu revirei os olhos.

– Que ótima notícia! – Minha mãe se aproximou e me abraçou forte, ela deu dois beijos nas bochechas de Lily e sorriu para ela. – Você é ainda mais bonita pessoalmente, Lily. – Ela piscou para mim e Lily me olhou desconfiada.

xx

– Bom, eu gostaria de agradecer a todos vocês que estão aqui para animar meu jantar. – Ela riu. – E gostaria de dizer o quão importante é ter amigos bons e leais que nem vocês são uns para os outros. Vocês vão entender que a amizade é de extrema importância. E, em tempos como esses, é pensando nesses vínculos que nós tiramos a nossa força pra continuar. – Minha mãe disse preocupada. Percebi que Lily ficou arrepiada. E nesse momento, me senti impotente. As duas mulheres que eu amo estavam ali, diante de mim, com medo e não havia nada que eu pudesse fazer. Almofadinhas adquirira uma expressão sombria, Aluado mantinha os olhos fixos na mesa, Marlene olhava para minha mãe, Alice tinha um olhar vago e Lily me olhou preocupada.

– Eu fico muito feliz por vocês terem esse vínculo. – Ela sorriu gentilmente. – Mas, deixando isso de lado, nós devemos fazer um brinde!

– À James e Lily! – Sirius se levantou e ergueu sua taça de vinho.

Assim que o jantar terminou, acompanhamos as meninas até a casa dos Mckinnon. Dei um rápido beijo na testa de Lily e nos despedimos. Assim que elas trancaram a porta, minha mãe começou a lançãr vários feitiços protetores ao redor da casa. Tanto a casa dos Mckinnon, quanto a minha casa, estavam protegidas por vários feitiços.

– Meninos, preciso voltar ao Ministério ainda hoje. Só passei para ver como vocês estavam. Qualquer coisa que vocês precisarem, mandem uma coruja. Se cuidem. – Ela beijou a cabeça de cada um e aparatou.

Já era tarde quando eu me deitei. Não conseguia dormir, fiquei encarando o teto do meu quarto enquanto jogava meu pomo de ouro pra cima. Meu dia tinha sido ótimo e a sensação de beijar Lily não saía de minha cabeça. Afinal, eu amava Lily. E ela me amava também.

xx


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar.
Bjs,
Mi.