O diário de um garoto pensativo. escrita por Rachel


Capítulo 9
Capitulo 9 - Momento


Notas iniciais do capítulo

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Eu estava feliz por estar tão próximo do Smile como estive nesse momento, era como um sonho se realizando, acredito que não precisava nem perguntar sobre seus sentimentos, eu conseguia senti-los. Depois que nos beijamos, ficamos olhando um para o outro ainda abraçados, o brilho de seus olhos era tão profundo, tão magnifico, queria ficar ali para sempre.
– Não sei o que dizer. -Ele falou abrindo um sorrisinho-
–Bom, acabou de dizer algo.
–Haha, você entendeu.
–Bom... parece que a chuva parou, preciso ir para casa.
–É... Eu preciso voltar também, você deveria ter ido logo ao invés de me seguir.
–Ah, então você percebeu.... desculpa.
–Não precisa se desculpar -Ele passou a mão no meu cabelo, que estava meio molhado-
–De qualquer forma, eu tenho que ir -Sai de seus braços, arrumando minha vestimenta- minha mãe saiu, e não acho legal deixar a Kel sozinha em casa.
–O que? Você conhece ela?
–Ah... eu não te contei? A kel por incrível que pareça é minha prima, e ela me contou que tomou um fora de você, tenho pena.
–Puxa, que mundo pequeno, eu rejeitei ela sim, acho que te falei isso, mas você sabe... eu tive motivos né.
–Teve? Quais?
–Eu gosto de outra pessoa.
–O que? quem?
–Oras... de você.

Após ouvir essas palavras, fiquei mais corado ainda, era tão fofo escutar isso vindo do Smile, pensei em acompanha-lo até sua casa e depois voltar, seria um ótimo passo para nosso... "relacionamento".
–Posso te acompanhar até sua casa? -Sugeri-
–Bom... se você insiste, eu te levo até lá.

Ele segurou minha mão, e fomos andando. Não tinha muitas subidas e nem muita gente mesmo após a chuva, as casas pareciam todas iguais, só mudava as cores e alguns detalhes, acho que eu nunca iria memorizar a casa do Smile. Não era muito longe do ponto onde estávamos, chegamos lá em 8 minutos mais ou menos, sua casa não era nem tão grande, nem tão pequena, mas ao olhar por fora, era uma casa muito bonita, clara que possuía uma aura maravilhosa.
–Quer entrar? -ele me perguntou, abrindo o portãozinho que levava ao quintal coberto por grama-
–Ah... eu preciso ir.
–Entendo... tem certeza? Não tem ninguém em casa, não vão atrapalhar.
–S-Sim...
–Ah, tudo bem então, te ve.. -Cortei sua fala com um espirro, seguido de outro, e mais outro- Oh...
–Desculpa... -Cocei o nariz, parecia ter pegado um resfriado-
–Se você continuar molhado desse jeito, vai pegar um resfriado.
–Acho que... já estou.
–Isso não é nada bom para você, vem, vamos entrar.
–Não.. eu tenho que..

Ele não me deixou terminar a frase novamente, mas dessa vez, segurou minha mão e me puxou para dentro, eu estava meio cansado, então acabei cedendo.

A casa do Smile não era apenas bonita por fora, como também por dentro, tinha dois andares, igual a minha (mesmo sendo apartamento, o nosso era o mais top, tinha dois andares, mas também, era um dos últimos). Ele me levou até seu quarto que ficava no andar de cima, era um lugar meio bagunçado, o que me deixou surpreso, sempre pensei que o Smile fosse super organizado. Ele pediu para que eu sentasse em sua cama e esperasse um momento, enquanto isso fiquei observando a estrutura do local, ele guardava vários jogos e livros na estante, parecia um quarto mais decente que o meu, e por falar em quarto.... Espera! Como não passou isso pela minha cabeça antes? Eu estava no quarto do cara que eu mais gosto, sem ninguém em casa além de nós dois. Me passou tanta coisa pela cabeça nesse momento, tanta coisa impura, tanta coisa... pervertida. Não aguentei meus pensamentos e acabei me deitando, parecia que eu estava ficando pior, não cheguei a desmaiar, apenas fiquei deitado, respirando mais forte que o normal, na verdade não estava preocupado com meu estado, e sim com o que podia acontecer nesse dia. Smile entrou no quarto segurando uma bandeja com alguns petiscos e copos com chá, deixou-os em cima da mesa rapidamente e foi de encontro comigo.
–Ei ei, você tá bem? -Ele sentou ao meu lado-
–E-Estou sim... só estou cansado. -Disse meio baixo-
–Não tem como você voltar para casa nessas condições, deite um pouco e descanse, eu trouxe um chá e alguns biscoitos.

Ele me ajudou a me deitar, minhas roupas estavam geladas, o que me fez tremer de frio, enquanto isso, Smile pegou o chá e os biscoitos e trouxe-os até mim.
–Ah... -ele percebeu que eu estava com frio- Antes de você comer, deveria tirar essa roupa, está molhada, não vai te ajudar.
–N-N-Não! Eu estou bem! sério, sérinho. -O que? Ficar semi nu no quarto do Smile? Yaoi tem limites-
–E-Eu sei que é constrangedor, mas eu quero o melhor para você, se você quiser eu saio. -Ele era tão fofo quando ficava preocupado comigo, eu até cederia mas... -
–É que... tem um problema.
–Hnm?
–Não consigo me mover direito.
–Oh.... i-isso é meio....
–Eu sei... você não vai querer ter que fazer isso para mim.
–Eu faço! -Ele disse com determinação, estava meio corado-
–O que? Ficou doido? -Não era o único, eu também estava corado-
–É para o seu bem não é? Então eu faço!

Não respondi mais nada, queria poder para-lo, mas era impossível, eu não conseguia me mover mesmo. Ele se aproximou de mim e tirou a coberta de cima, olhou fixamente para o cinto da minha calça, ele parecia estar pensando outra coisa, mas será que ele era mesmo capaz? Mesmo tenso, Smile ergueu suas mãos e foi até meu cinto, tirando-o com cuidado, abriu meu zíper onde ficou a mostra minha cueca mais constrangedora, uma box branca com coraçõezinhos vermelhos. E não era só isso, ficar naquele clima me deixava excitado, e como todo garoto, era quase impossível controlar. Era tarde demais, eu estava excitado, o que só me deixou mais envergonhado ainda, ele olhava fixo para minha cueca com aquele volume, eu sabia o que estava pensando, e mesmo em más condições, eu também queria aquilo.


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