~ Uma semana depois ~

Robin acordou e percebeu que se encontrava sozinho na cama, quando se levantou encontrou um bilhete na porta: " Querido, precisei sair. Se precisar de algo fale com Henry ou com minha mãe". Ele não lembrava dela ter falado sobre onde ia, mas resolveu descer e esperar.

Horas mais tarde, ele estava jogando video game com Henry e Roland, quando Regina entrou em casa correndo e foi para o andar de cima, sem falar com ninguém, deixando apenas a bolsa e um papel em cima da mesa no hall - Regina? - O arqueiro a chamou, mas ela não voltou.

Cora pegou o papel, leu e entendeu o que havia acontecido - Ela foi ao médico.

— O quê? - O arqueiro perguntou - Ela não falou que iria.

— Bem, tem um motivo. Aqui está a confirmação de que ela não pode ter filhos.

— Achei que ela já sabia disso - Zelena falou.

— Sim, mas Merlin disse a ela que talvez tivesse uma pequena chance de algo nesse mundo reverter isso.

— Parece que não... Eu vou falar com ela - Cora foi para o andar de cima rapidamente - Regina? - Ela bateu na porta, mas entrou sem esperar a resposta.

— Mãe... - Sussurou. Ela estava sentada no chão perto da cama.

— Oh, sweetheart— Cora se sentou ao lado dela - Eu vi o papel. Porque foi sozinha? Você poderia ter falado comigo ou com Robin.

— Eu não queria falar com você e não queria que Robin soubesse.

— Regina, nós... Me desculpe, eu não queria ter feito aquilo, foi no momento da raiva. E eu percebi que realmente venho dado mais atenção a Zelena do que a você, mas não é de propósito, eu amo vocês duas da mesma forma.

A morena a surpreendeu com um abraço - Eu também lhe devo desculpas, não sei o que deu em mim aquele dia. É que fomos só você e eu durante um tempo e você sempre estava lá quando precisei e de repente aparece Zelena e muda tudo.

— Quando Zelena reapareceu em minha vida eu sentir a necessidade de tentar fazer algo para reparar o passado e isso pode ter feito com que eu desse mais atenção a ela, mas você sabe que eu continuo aqui sempre que precisar, como agora. Me fale como está se sentindo - Cora sabia que daquela forma conseguiria saber como ela estava.

— Vazia. Eu estou vazia e é assim que me sinto.

— Regina, você sabia que as chances seriam mínimas, por que foi?

— Eu tinha um pouco de esperança e pensei que se isso acontecesse eu conseguiria lidar, mas estou vendo que não.

— Sabe que é uma mulher forte, mas não pode aguentar tudo, não sozinha.

— Não vou conseguir contar a Robin...Eu me sinto tão inútil, se nunca puder da um filho a ele, estão onde nossa relação vai parar?

— Não seja boba, ele te ama. Acha que isso importa para ele?

— Ele disse que não, mas...

— Sem mas. Vou descer e falo para ele subir.

— Não, por favor - Ela pediu, mas já era tarde demais, a mulher já havia saído.

Regina então se trancou no banheiro e se sentou no chão, de costas para a porta - Querida? - Ela ouviu ele chamar minutos depois - Nós precisamos conversar.

— Vá embora, Robin. Eu não quero conversar.

— Tudo bem, mas eu não vou embora - Ele se sentou se encostando na porta - Vou estar aqui se precisar falar.

Ele continuou lá por um bom tempo, provavelmente mais de uma hora, mas isso não importava. Robin sabia que ela estava muito mal, a ponto de não querer falar com ele, mas também sabia que ela precisava que ele estivesse ali – Robin...?

— Ainda estou aqui.

— É tão injusto. Eu sempre tenho um problema e você sempre está aqui, me ouvindo.

— Isso é o que se faz quando ama uma pessoa, sempre está lá por ela - Regina se calou e o arqueiro resolveu tentar tira-la de lá - Venha aqui, deixa eu te abraçar – Ela continuou em silêncio – Pelo menos abra a porta.

— Não, eu não quero ver ninguém agora.

— Tudo bem, eu respeito isso. Então vamos falar sobre outra coisa... – Ele pensou um pouco – Nós passamos por tanta coisa incluindo duas viagens para reinos onde a contagem do tempo é diferente e você descobriu que faz alguns anos que deixou Storybrooke. Então a minha pergunta é: A quanto tempo nós dois estamos juntos? Quer dizer, como devemos contar o tempo?

Regina não pode deixar de rir com a pergunta – Eu não sei. Independentemente dessas viagens, nós parecemos estar juntos a anos. O tempo passou tão rápido que acho impossível saber, mas o importante é que estamos juntos, certo?

— Com certeza - Eles caíram no silêncio novamente, até que Robin resolveu perguntar o que realmente queria -Por que você foi ao médico? - Ela continuou em silêncio - Eu quero dizer, sem avisar a ninguém.

Regina pensou um pouco, não queria contar o que realmente aconteceu durante aquela semana, mas manter aquilo para si estava lhe matando. Ela abriu a porta lentamente - Me abrace.

Ele se levantou a abraçou delicadamente - Você quer me contar algo?

— Eu...Eu achei que estava grávida - Ela sussurrou.

— Você o quê? - Robin se sentou na cama trazendo Regina junto - Por que não contou?

— Toda essa minha raiva, choro e mudanças de humor repentinas... Comecei a fazer as contas e tinha uma chance de aquilo ser verdade. Eu fiquei tão cega com essa único fio de esperança que por alguns momentos eu realmente acreditei que fosse verdade, mas eu queria ter certeza antes de contar a alguém. Me desculpe.

— Não, está tudo bem. Nós vamos passar por isso, eu prometo – Ele acariciava as costas dela delicadamente.

— Você acha mesmo?

— Sim, nosso amor é forte o suficiente para isso, nós vamos conseguir e como prova disso... - Robin parou de falar e parecia pensar.

— O que foi?

— Espere um pouco.

O arqueiro começou a procurar algo pelo quarto - Onde estão as coisas que trouxe comigo? - Perguntou.

— No closet.

Ele correu até lá e logo achou o que queria - Eu estava esperando o momento certo, pois eu sabia que iria chegar e aqui está - Ele se ajoelhou na frente dela e estendeu o anel - Quando nós conhecemos, eu lembro de ter visto aquela mulher maravilhosa que salvou meu filho e pensando "Deve ser algum sinal, ela deve ser minha segunda chance" e quando nos beijamos pela primeira vez eu tive certeza. Nós passamos por muita coisas juntos, sobrevivemos a todas elas e isso me ajudou a ver que você é a mulher que quero ter ao meu lado em todas as próximas aventuras, para a vida toda. Regina... você me daria a honra de ser minha esposa? - A rainha escutava atenciosamente e sem acreditar, ela abriu a boca para falar mais não saiu nada - Regina?

— S...Sim - Ela finalmente respondeu, o arqueiro colocou o anel no dedo dela e a beijou - Wow, isso incrível...

— O quê?

— A tão pouco tempo atrás a maldição estava sendo quebrada, eu estava sozinha, desesperada e com medo. Você me perguntou por que não contei a ninguém sobre aquilo e a verdade é que essa coisa de sempre estar só, me fez achar que sou forte o suficiente para aguentar esse tipo de coisa sozinha.

— Você é a mulher mais forte que eu conheço e sei que consegue passar por muitas coisas - Ele acariciou a bochecha dela, secando uma lágrima que descia - Mas não quer dizer que precisa mais passar por tudo sozinha. Eu estou aqui com você e por você.

— Eu te amo tanto.

— Eu também te amo.