Still Into You escrita por dobrevastar


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novinho, recém saído do forno pra vocês!!! Decidi ser boazinha e postar dois dias seguidos por causa do feriado, então aproveitem, boa leitura XD



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– Effie, você já foi casada?- pergunta Peeta durante o desjejum, depois de Haymitch mencionar novamente esse assunto.

– Há muito tempo, querido – é tudo que digo.

– Eu imagino os motivos de o marido tê-la largado – diz Haymitch.

– Você quer parar de tocar nesse assunto? Será possível? Eu não preciso ficar me lembrando disso toda vez que um bêbado nojento e mal-educado decide me importunar. Eu não quero, e não vou falar sobre isso, Haymitch. Não interessa quem você coloque no seu lugar para fazer a sua pergunta!- levanto-me.

– Boneca, somos um time – responde ele com toda a calma do mundo.

– Um time! Um time não precisa saber tudo sobre seus componentes. Você não fala sobre sua família, eu não falo sobre meu casamento. Ficamos combinados assim? Obrigada!

Caminho rapidamente em direção ao telhado, segurando as lágrimas que borram minha visão, pensando em como o Haymitch assustado de ontem a noite é apenas uma das fachadas do bêbado que é meu companheiro de time. Fecho a porta atrás de mim e vou até a beirada, vendo a Capital de cima, é tudo tão belo, as cores, as estampas, as pessoas de perucas coloridas andando pelas ruas, as luzes que já começam a ser acesas...

Alguém toca meu ombro e eu dou um pulo, secando as lágrimas imediatamente.

– Calma, sou eu – diz Haymitch.

– O que quer aqui?- pergunto, me afastando dele.

– Vim para me... hm, me... desculpar.

– Pelo que?

– Por ter feito você chorar...?

– Vá embora.

– Effie, eu sinto muito mesmo, é que você nunca falou nada. E eu queria muito saber.

– Podia ter perguntado, diretamente, delicadamente.

– Eu perguntei. Perguntei no dia em que chegou chorando no meu quarto, aquela vez que estavamos no trem, na Turnê da Vitória, você nunca respondia.

– Então decidiu usar Peeta?

– Digamos que sim – ele dá de ombros, eu começo a chorar novamente e ele me envolve com um braço – Venha, vamos sentar.

Ele me conduz a um banco, e ficamos ali, meio abraçados, observando o pôr do sol, ninguém disse nada por um longo tempo, e decido quebrar o silêncio.

– Eu me casei cedo, sabe, achei que ele fosse o amor da minha vida e então não havia porque esperar. Não ria. Foi uma bela cerimônia, meu vestido era lindo, eu estava muito feliz, meus amigos estavam lá... alguns meses depois percebi que ele não era o príncipe encantado que imaginava. Nós brigávamos muito, já não estávamos felizes, e então ele aceitou uma proposta de emprego do Presidente Snow para ir trabalhar no Dois, como chefe dos Pacificadores de lá, ou algo assim, eu não concordei, nós brigamos, em público, ele disse que eu era fraca e covarde, e uma medrosa também, por toda a minha história com Snow, bom, ele me humilhou publicamente. As pessoas riam de mim quando eu passava na rua. Com o tempo acho que elas esqueceram ou não ligam mais. Fim.

– Sua história com Snow?

– Minha mãe... Ela... foi uma das esposas de Snow, mas, antes de eles se casarem, ela o fez prometer que eu não morreria de fome caso um dia ela morresse, e ele me garantiu um emprego como escolta de tributos. Minha mãe morreu alguns anos depois disso, e fiquei sozinha com Snow. Quando completei vinte anos, Snow disse que eu seria melhor estando ao lado dele, ou na cama dele, se entende, eu recusei, porque já era casada, ainda acho que isso tem alguma ligação com a proposta que fizeram ao meu marido, e depois disso ele me jogou no Doze.

– Snow queria... queria fazer de você... velho nojento!- disse Haymitch socando a parede ao nosso lado.

– Ei! Vai se machucar desse jeito – digo, segurando sua mão ferida – Vou buscar algo para fazer um curativo.

– Não – ele segurou minha mão e se levantou – Fique.

– Você e suas manias de me pedir para ficar com você. Mas ainda farei um curativo – sorri, tirando uma tira de meu vestido cor-de-rosa e enrolando em volta de sua mão – Pronto.

– Vê-se que fazer curativos não é seu dom – diz ele.

– Assim como dizer “obrigado” não é hábito seu, não é?

Sorrimos.

– Momento de tranquilidade?

– Mas ainda nem é o último dia – digo.

– Então acho que tenho que estragar esse momento.

– Não, porque você... – começo a falar, mas sou interrompida quando Haymitch me beija.

Sinto meu coração batendo muito rápido querendo fugir da situação mas ele já me tinha e seria muito difícil perder, pois eu era muito fraca, pensava que estava no controle da situação mas não estava eu não conseguia resistir e ele me teria quantas vezes ele quisesse, eu já era completa e irreversivelmente apaixonada por Haymitch Albernathy.

Mas... e quanto a ele?

*

Effie não se afasta dessa vez, ela envolve meu pescoço com seus braços e bagunça os cabelos de minha nuca. Eu seguro sua cintura e a puxo para mais perto.

– Isso não devia estar acontecendo – diz ela – Não deviamos estar nos beijando.

– Não é a primeira vez nem será a última, boneca – digo junto a seus lábios.

– Não, Haymitch. Olhe para mim – ela se afasta e me olha nos olhos – É isso que quer? A mim?

Fico em silêncio, olhando no fundo daqueles olhos azuis cobertos por rímel roxo. É claro que eu queria ela, que tipo de pessoa sã não amaria Effie? Quer dizer, ela era uma mulher incrível, forte, dedicada... bonita. Mas é uma pergunta mais difíil de se responder do que parece...

– Ótimo – diz ela me soltando e voltando para dentro.


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Notas finais do capítulo

COMO EU ADORO SER MÁ MWAHAHAHAHAHAHAHA!!! Já disse que eu adoro reviravoltas emocionantes? Aquelas coisas que não tem nada a ver mas o autor joga só pra surpreender o leitor? Esse é o meu estilo de escrever e também a Terrível e Mirabolante Vida de Effie Trinket
Espero que tenham gostado do capítulo, bom feriado pra vocês, queridos



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