Annabeth e Percy esperavam o resultado dos exames, Dr.Charles havia entrado à pouco com o resultado em mãos.

–Posso abrir?

–Claro!

O médico abriu o envelope leu o que estava escrito franzindo a testa.

–Então...

Annabeth estava ansiosa, nunca havia ficado em uma posição parecida com essa, onde sua saúde estivesse definida em uma folha de papel.

–O seu CA 125 está elevado, vamos precisar fazer uma ultrassonografia pélvica e depois uma tomografia.

Annabeth sabia muito pouco sobre medicina, mas sabia que tomografia era um teste para saber de tumores, tumores = Câncer

–Doutor do que você suspeita?- Perguntou Percy, já sabendo qual era.

–Por hora apenas uma suspeita após os exames talvez teremos os resultados, vou marcar a ultrassonografia para 13:00, a tomografia para o fim da tarde.

–Doutor eu tenho câncer?

–Não posso afirmar nada ainda.

Annabeth sentiu seus olhos arderem, essa é uma daquelas situações onde você pensa que nunca vai acontecer na sua vida, mesmo você sabendo que elas existam, no entanto elas não iriam te alcançar.

A porta abriu e fechou, e as lágrimas de Annabeth escorriam em seu rosto como uma cachoeira.

–Annabeth, pode estar em uma estágio inicial, pode ter cura.- Percy a abraçava.

–Mas, se não tiver Percy, eu nunca vou poder ser uma arquiteta renomada, nunca poderei ser mãe, nunca vou poder ser uma boa esposa pra você.

A camisa de Percy já estava ensopada de lágrimas.

–Não diga isso Sabidinha, você vai ficar comigo pra sempre, eu nunca vou te abandonar.

Ela olhou no fundo dos olhos verdes e aproximou seus lábios, unido-os em um só. Annabeth completa Percy, e vice-versa, um ajudava o outro a se erguer.

Eles passaram alguns minutos eles ficaram ali abraçados até que uma enfermeira bate na porta trazendo o almoço de Annabeth, junto da enfermeira vinha junto Piper e Jason que vieram visitá-la.

–Oi, como você está Annie?-perguntou Piper, indo abraçar a amiga fragilizada, mesmo não sabendo o porque.

Jason deu batidinhas nas costas de Percy, que no exato momento sentiu seu celular tocando em seu bolso, ele saiu do cômodo e foi atender no corredor, no identificador de chamadas tinha um número que ele sabia muito bem de quem era.

–O que você quer?-perguntou ríspido.

–Senhor Jackson?

–Sou eu, quem é?

–E do hospital Camp Half-blood, esse celular foi encontrado com vítima, Rachel Elizabeth Dare, ela sofreu um acidente fatal, como seu número foi último registrado, notificamos o senhor, pois conseguimos fazer o parto e a criança está se recuperando bem.

O coração de Percy parou, seu celular caiu no chão.

Rachel era uma ex-namorada de Percy, eles namoravam antes dele se casar com Annabeth, faz uma semana que Rachel ligava para ele incansavelmente ele não atendia e ignorava essas chamadas., não queria mais saber da sua ex maniaca.

Ele ficou chocado, pois obviamente a mulher havia morrido, e seria impossível que o filho fosse seu, afinal faz 3 anos que se casou com Annabeth, e não ficou com outra mulher desde do começo do namoro.

Ele avisou rapidamente que iria tomar um ar e foi até recepção do hospital onde estava.

–Como posso ajudá-ló?

–Eu quero saber como está Rachel Elizabeth...

–Dare.

Perseu olhou para trás e encontrou seu ex-sogro que tinha em rosto uma expressão nada amigável.

–Sr. Dare.-cumprimento Percy sem nem um pouco entusiasmo.

–Olhe só rapaz minha minha morreu por sua culpa.-sussurrou fervorosamente.-Culpa sua e daquela criança maldita que é seu filho.

–Aquela criança, não é meu filho, eu sou casado.-Percy disse ríspido mostrando a aliança.

–Não é isso que minha filha falou, enquanto ainda era viva, só saiba se uma coisa, eu não vou criar uma criança que já nasceu imunda.

E assim o senhor saiu pela porta automática do hospital. Percy só pensava em como aquelas acusações eram hediondas e tolas, ele nunca trairia Annabeth. Virou-se para recepcionista, que ficará observando a discussão, como tivesse em um jogo de tênis.

–Então...

A mulher finalmente voltou ao seu estado normal, digitou no computador.

–O corpo de Rachel, já foi levado ao necrotério, ela já chegou aqui praticamente morta, após o acidente ,seu pai já cuidou com os detalhes com o corpo, foi quase uma milagre que conseguimos salvar a criança apenas com 7 meses.

–E a criança?

–Ela está na UTI Neonatal.

–Obrigada.-ele sorriu, deixando a atendente corada.

Percy se dirigiu até lá, onde tinham alguns bebês, mas um especificamente chamou sua atenção, ele era bem pequenino, mas tinha grandes olhos verdes, e praticamente nenhum fio de cabelo.

–Vejo que conheceu seu filho.

Ele olhou pra trás, surpreso por escutar uma voz que a tempo não ouvia.