Tentação escrita por MePassaAManteiga


Capítulo 22
- Capítulo 22




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– Eu nem sei porque você está aqui. – Minha vontade era de socar a cara dele. – Ah meu Deus, você é um idiota. – Coloquei minha mão do lado do meu rosto, tentando me esconder de Jess.

– Calma aí. – Ele levantou os braços. – Está atrás do seu amigo, o tal do Louis?

– Não. – Falei irritada. – Quer dizer, sim. – Olhei de canto para ver se Jess estava lá. A pistola estava em sua mão e ele continuava olhando a cena, até a garota tirar sua atenção. Ele desviou seu olhar vagarosamente e voltou sua concentração no jogo. – Adoraria te jogar na frente de um carro agora, seu imbecil. – Soquei seu braço e andei para longe das barracas, Philip me seguiu.

– Desculpe se cortei seu barato. – Ele coçou a cabeça. – Louis está perto das bebidas do outro lado do campo.

– Valeu. – Foi um “valeu” tipo, “vai a merda, filho da mãe”.

– Te levo até lá. – Ele sorriu.

Revirei os olhos e saí, Philip me seguiu o caminho todo tagarelando, falando sobre o pai dele, sobre a viagem para NY. Por um momento pensei na minha mãe, ela também havia ido para NY á trabalho, mas estava brava demais para falar com Philip. Ele tinha estragado tudo, na verdade não havia nada para estragar, porém ele me fez passar vergonha e isso não teria perdão.

Louis estava com um grupo de amigos no fim do campo, ele usava um moletom vermelho que podia ser visto de longe, e de longe também era possível saber que ele estava bêbado.

– Ela veio. – Ele falou com uma voz preguiçosa, de bêbado. – E trouxe um infeliz junto. – Ele sorriu, erguendo um copo. – Ótimo.

– Acho que é minha deixa, Mag. – Philip falou pondo as mãos no bolso do moletom listrado que ele usava. – Preciso comer algo. – Ele fez um gesto com a cabeça, era possível saber que ele estava pensando no que comprar para comer.

– Eu não vou ficar aqui. – Olhei para Louis. – Cansei de te ver desse jeito. – Estiquei meu braço, mostrando ele mesmo. – Vou comer algo também.

– Isso. – Louis gritou. – Vá com seu amiguinho mimado. – Ele se referia ao Philip.

Eu queria distância dele, mas ele insistia em colar em mim. Philip estava a procura da barraca de X-Burger enquanto eu procurava a barraca de cachorro quente, a proposta dele era encontrar a barraca de X-Burger e depois ir a procura da barraca de cachorro quente. Obviamente eu não aceitei e propus que nos separássemos e procurássemos cada um a sua, ele achou justo e entrou na multidão.

Avistei a barraca de cachorro quente logo adiante depois de andar por alguns minutos, rezei para que a barraca não fosse perto do tiro ao alvo, não queria ver Jess, não depois do mico, Deus ouviu minhas presses. Quase perto da barraca, senti uma mão me puxar pelo braço, aquilo já estava ficando chato, hora sim hora não, alguém me puxava.

– Philip? – Jess perguntou. – Está andando com esse cara? – Ele não parecia muito feliz.

– O que? – Puxei meu braço, em vão, Jess não soltou. – Me solte.

– Qualquer um, menos Philip. – Seus olhos estavam tão escuros, que me fez gelar por dentro.

– Eu ando com quem eu quiser. – Decidi deixar ele pensar que Philip era meu par da noite, já que ele estava com a loura falsa, eu também queria estar com alguém. – Qual é o seu problema?

– Philip não é uma boa companhia. – Ele se acalmou, mas ainda estava apertando meu braço. – Não quero que ande com ele.

– Já disse que não é você quem decide com quem eu devo andar. – Encarei-o

– Não quer estar comigo porque eu trago perigo pra você e as pessoas que você se importa, mas quer ficar com um cara que também é perigoso, e pode ser pior que eu? – Indignação apareceu em sua face.

– Philip é um de vocês? – Perguntei, mas não obtive resposta. Engoli seco, Philip era um filhinho de papai, nada a ver com ele.

– Vá embora. – Ele me soltou. – Estou arriscando tudo para falar com você aqui e agora. Estão de olho em mim, qualquer brecha, estou ferrado.

– Eu não vou embora. – Falei irritada.

– Você vai sim. – Ele teimou.

– Philip está por aí, combinamos de nos encontrar.

– Esqueça esse cara. – Ele me puxou pelo braço. – Vou levar você embora, já que não quer ir sozinha.

– Me solte. – Puxei meu braço com toda força que consegui. – Não posso estar com alguém, mas você pode? – Perguntei não dando tempo para ele responder. – Eu vi a garota toda de gracinhas com você.

– É diferente. – Ele fez careta. – Ela é uma amiga, e só posso confiar nela agora.

– Ótimo. – Ri sem humor. – Então volte lá, e esqueça que estou aqui.

– Você me tira do sério. – Ele esfregou o rosto com as mãos. – Vou ficar de olho em você enquanto estiver aqui. – Ele apontou seu indicador pro meu rosto. – Se ele tentar alguma coisa, vou machuca-lo, e vai ser pra valer.

– Tem um cachorro quente me esperando, com licença. – Sai pisando duro, sem olhar para trás.


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