Rise of the Brave Tangled Frozen Dragons escrita por Black


Capítulo 16
Capítulo 15: A Lost Battle


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, desculpem pela falta de postagem no fim de semana, mas prometo compensar no carnaval. Ah, como eu amo feriados!
Mais uma vez, muito obrigada por todos os comentários deixados no capítulo anterior. Honestamente, cada palavra de vocês sobre o que eu escrevo aqui é importante para mim. Eu responderei a todos eles amanhã, pois agora eu estou cansada.
Espero que gostem e boa leitura!



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– Pelo Homem da Lua. – Jack murmurou enquanto assistia a onda de areia negra de proporções colossais ficar ainda maior com cada segundo que passava. No início, ele ainda tivera suas dúvidas sobre o aumento do poder de Breu, mas agora não conseguia mais questionar. Nada que o espírito do medo tenha feito no passado poderia se igualar ao que o guardião da diversão estava vendo agora.

Breu sorriu maleficamente para o grupo que o olhava de olhos arregalados e jogou seus braços para frente, o gesto sendo seguido pela areia negra, que se atirou contra os cinco humanos e o guardião. Jack, Anna, Rapunzel, Merida e Hiccup fecharam os olhos com força, aguardando o impacto. Não havia nenhum modo que eles pudessem desviar daquilo e, certamente, não haveria mais nada para qualquer um deles depois que fossem atingidos, mesmo para Jack, que já era um espírito. Até a mágica do Homem da Lua tinha limites e sobreviver àquele impacto seria ultrapassá-los.

Porém, nenhuma dor veio. Ao invés disso, um barulho ensurdecedor de duas coisas igualmente duras se chocando. Todos abriram os olhos vendo Elsa com os braços erguidos e palmas das mãos estendidas para frente, erguendo um muro de gelo simplesmente gigante, tão grande quanto a onda de areia negra. A Rainha da Neve tremia e sua respiração era difícil, denunciando o esforço que ela fazia para manter aquela defesa contra a defesa do Rei dos Pesadelos. Anna, Rapunzel e Merida imediatamente fitaram Elsa, que não desperdiçou um olhar para elas.

– Eu estou bem, ajudem os meninos. – A loira disse com esforço por entre os dentes trincados, claramente lutando para se sobrepor ao poder de Breu. Porém, algumas rachaduras em seu muro de gelo começavam a aparecer, embora elas começassem a se consertar imediatamente após de feitas, embora sua velocidade desumana não fosse suficiente para impedir que a muralha quebrasse eventualmente. – Eu não posso segurar por muito tempo, apressem-se! – Elsa comandou ao perceber que as outras três não haviam se movido de suas posições iniciais, tirando-as de seu transe, de modo que logo as três trataram de ajudar Hiccup e Jack a escapar das areias que os prendiam.

Porém, libertar o espírito do inverno e o chefe de Berk estava se provando uma tarefa mais difícil do que haviam julgado a princípio. Os minutos se passavam rápidos demais para todos, como se o universo quisesse lembra-los da situação em que estavam e que deveriam sair dali o mais rápido possível. Anna, Merida e Rapunzel estavam quase terminando de soltar Hiccup quando ouviram um baque baixo vindo da direção onde estava a rainha de Arendelle. Elsa havia despencado em seus joelhos, incapaz de manter-se de pé por mais tempo, mas ainda mantendo todo seu esforço na barreira de gelo que fazia. A loira arfava e pontos pretos começavam a aparecer em sua visão, sua concentração parecia estar se esvaindo dela conforme o gelo direcionado a fortalecer a barreira deixava suas mãos.

– Elsa! – Anna exclamou e moveu-se com o objetivo de se levantar, mas foi impedida por Rapunzel antes que tivesse a chance. A ruiva trocou olhares entre sua irmã e sua prima. A morena balançou a cabeça e gesticulou para Hiccup. Olhando novamente para a Rainha da Neve e lutando contra o impulso de ir até ela, embora soubesse que em nada iria ajudar, voltou sua atenção para o treinador de dragões.

Jack observou, alarmado, a situação de seu grupo. Debateu-se ainda mais violentamente dentro da prisão de areia, mas não obtendo qualquer sucesso em se libertar. Rapunzel, Merida e Anna estavam terminando seu trabalho em soltar Hiccup, mas, mesmo com a ajuda do chefe de Berk, libertar o espírito do inverno ainda iria tomar mais tempo do que Elsa poderia aguentar. Ele olhou novamente para a loira. Ela, que havia lhe dito tão claramente que não poderia ser de qualquer ajuda àquela causa, estava naquele momento lutando para proteger seus novos amigos. Isso apenas o fez com mais vontade de correr para ajuda-la, mas, devido às suas condições atuais, não era possível.

As princesas de Corona, Arendelle e Highland finalmente conseguiram afastar as areias negras de Hiccup e, juntamente com o chefe de Berk, se dirigiram ao guardião da diversão, começando o processo de retirá-lo daquela prisão arenosa. O barulho ensurdecedor de rachaduras encheu os ouvidos de todos e chamou a atenção para a barreira. A muralha azul gélida construída pela Rainha da Neve trazia várias rachaduras espalhadas por sua extensão e estas não estavam se reparando em tempo suficiente, de modo que aumentavam de tamanho a cada segundo. Era óbvio que, a qualquer momento, o muro iria ruir e as areias negras do bicho-papão iriam esmaga-los.

– Vão, me deixem aqui e fujam! – Jack implorou, percebendo a situação em que se encontravam. Se ele não poderia sair dali, precisava ter certeza de que seus amigos conseguiriam. Ele os havia colocado naquela situação, ele os havia chamado para aquela aventura, ele os havia tirado do conforto e segurança de suas casas, ele os trouxera para o Palácio dos Dentes, mesmo sabendo do perigo que poderia estar aguardando no lugar.

– Não vamos abandoná-lo aqui. – Hiccup retrucou enquanto empregava mais esforço em retirar as areias de cima de Jack com sua espada de fogo, tomando cuidado para não ferir o guardião da diversão no processo. Jack Frost era seu amigo e Hiccup Horrendous Haddock III jamais abandonava um amigo.

– Elsa não vai aguentar por muito tempo, vocês...! – O albino iria retrucar, mas foi interrompido por uma voz mais distante e cansada, certamente não pertencente a qualquer dos quatro que o rodeavam, mas à loira que estava mais distante do grupo, mantendo-os protegidos da morte enquanto seus limites lhe permitiam.

– Eu cuido disso! – Elsa exclamou por entre os dentes cerrados e, com um esforço colossal, se colocou novamente de pé, embora suas pernas tremessem violentamente, assim como o restante de seu corpo. Ela estava empurrando seus poderes mais do que conseguia aguentar, sabia bem disso, mas não desistiria tão facilmente. Tinha novos amigos ali, pessoas que não a julgavam por seus poderes ou pelo que ela havia feito no passado, sua prima, uma parte de sua família com a qual ela não tivera contato até pouco tempo, mas que já parecia conhecer há eras desde a primeira vez que se falaram. E, por fim, havia sua irmã, Anna. Ela não podia decepcionar a ruiva, e ela não iria. – Apressem-se! – Ela, porém, sabia que Jack tinha razão. Eles não tinham muito tempo para sair dali.

Hiccup, Rapunzel, Anna e Merida fizeram como lhes foi dito e, em tempo recorde, Jack estava finalmente livre de sua prisão de areias negras. Os cinco imediatamente correram até Elsa e o espírito do inverno preparou seu cajado para lançar sua magia com o objetivo de ajudar a loira, mas o barulho ensurdecedor de algo se quebrando chegou a seus ouvidos antes que pudesse. Elsa caiu inerte no chão conforme o muro ruiu, permitindo que as areias de pesadelo passassem.

Hiccup imediatamente tomou a rainha nos braços e, juntamente com seu grupo, correu para longe dali, com o objetivo de fugir de sua morte iminente. Não muito tempo depois, porém, eles chegaram a um lugar de onde não poderiam sair. Uma das inúmeras sacadas do Palácio dos Dentes. De um lado, havia a quantidade mortal e monstruosa de areia de pesadelo, do outro, havia uma queda de um número desconhecido, mas colossal, de metros.

A areia de pesadelo do bicho-papão, porém, pareceu diminuir a velocidade e cresceu, cercando-os, deixando-os sem qualquer outra opção, mesmo o improviso. Estavam se espalhando de modo a condená-los a ficarem presos dentro dela. Breu deveria estar planejando captura-los e se divertir com eles antes de mata-los, Jack presumiu, olhando alarmado para a situação que se desenrolava à sua volta.

Hiccup soltou Elsa quando a rainha de Arendelle recuperou seus sentidos e pediu-lhe para coloca-la de pé. Ele a obedeceu e ela olhou em volta para ver a cena em que se encontravam. Sua vista estava embaçada, mas seu raciocínio ainda era rápido como sempre. A loira pesou suas opções por um curto momento, trocando olhares entre a areia que os cercava lentamente e o espaço livre restante, que os levaria a uma queda mortal.

– Eu tenho um plano. – Ela anunciou, recebendo a atenção dos companheiros por entre o terror que sentiam. Elsa caminhou alguns curtos passos para a beira da sacada, mas virou-se para os amigos logo em seguida com uma expressão de questionamento em seu rosto cansado. – Ou algum de vocês tem outra ideia? – Ela perguntou com incerteza.

– Não, só a sua. – Merida respondeu enquanto seus olhos vagavam pelo escuro que os estava cercando, incapaz de mesmo olhar a Rainha da Neve ao falar. Ela jamais sentira tanto medo em sua vida, nem mesmo quando ficara presa nas ruínas de um castelo abandonado em companhia de Mor’du.

– Muito bem, façam o que eu fizer. – Elsa pediu e todos concordaram com a cabeça, ainda sem olhar para ela, aguardando suas ordens.

Porém, apenas o silêncio se seguiu e os cinco se viraram em tempo suficiente para ver um borrão loiro desaparecendo pela sacada. Elsa havia pulado. Anna correu até a beirada, e foi segurada por Hiccup e Rapunzel, que temiam que ela pulasse com o objetivo de alcançar sua irmã mais velha aparentemente suicida.

– Elsa! – Anna gritou com lágrimas já se formando em seus olhos. Não podia acreditar que sua irmã, a rainha de Arendelle, a pessoa mais responsável que já havia conhecido, mais responsável até mesmo que seus próprios pais, havia feito algo como se jogar de uma sacada em direção à morte.

– Tudo bem, é minha vez. – Jack disse e se aproximou da beirada da sacada, preparando-se para pular, mas Merida segurou seu braço, impedindo-o de realizar a ação mais idiota que qualquer um deles poderia pensar, embora tivessem certeza de que a morte pela queda seria bem menos dolorosa do que o que Breu poderia estar planejando para eles depois que os capturasse.

– O que você está fazendo?! – A ruiva exclamou de olhos esbugalhados, embora ainda aterrorizada pelas areias que a cada momento fechavam seu círculo em torno deles, espalhando-se também em direção ao local por onde Elsa havia pulado, claramente para impedi-los de escapar como a Rainha da Neve fizera, mesmo que o escape significasse a morte.

– Fazendo o que a Elsa mandou. – Jack respondeu com alarme. Ele confiava no julgamento da rainha de Arendelle, embora suas ações parecessem sem fundamento e duvidosas naquele momento. O albino ainda assim estava disposto a escutar seus conselhos e obedecer seu plano, por mais que houvesse falhas no planejamento.

– E só porque ela pulou de um penhasco você vai pular também?! – Merida gritou incrédula. Começava a se perguntar no que havia se metido. Na verdade, fizera isto desde o início, mas, naquele momento, sua mente estava em polvorosa por seu destino iminente, deixando-a com as possibilidades caso houvesse ficado em casa ao invés de seguir a trilha de Whisps e concordar em vir naquela aventura.

– Eu voo. – Jack deu de ombros e, com um puxão rápido, se libertou do aperto da princesa de Highland em seu braço, repetindo as ações de Elsa e mergulhando na queda mortal sem qualquer prudência.

– Mas e a gente?! – Merida exclamou ao ver o albino desaparecer no esquecimento de um abismo. Ela então olhou para Rapunzel, Merida e Anna, que pareciam tão chocados quanto ela própria. Não era para menos, afinal dois deles haviam acabado de pular de um penhasco, certamente não era algo a se ver normalmente todos os dias.

Olhando de um lado para o outro, entre o abismo e a imensidão de areias negras, Rapunzel pesou suas opções. E também havia o detalhe chamado Elsa. Sua prima não era irresponsável, tampouco suicida. Ela deveria ter um plano, algo que envolvesse a queda, mas que os mantivesse vivos. Com isso em mente, a morena se virou para os três companheiros restantes.

– Tudo bem, vamos. – Ela chamou e, ao ver Anna, Merida e Hiccup olhando-a como se ela houvesse acabado de perder o juízo, apressou-se em argumentar. – Não é como se tivéssemos outra escolha. – Era verdade e ela sabia disso. E, mesmo que Elsa realmente não tivesse feito plano algum e aquela queda fosse apenas uma fórmula de escape para uma morte dolorosa, a princesa de Corona sabia que preferiria isso a ser capturada por Breu e sofrer o que quer que o Rei dos Pesadelos tivesse reservado para eles.

Hiccup, Anna e Merida se entreolharam. Rapunzel tinha razão, eles sabiam disso. E, como se não bastasse, tinham pouco tempo. O espaço não ocupado por areias negras restante era suficiente para que os quatro passassem, mas logo não seria, pois se fechava a cada segundo que passava. Não havia decisão a ser tomada ali. Eles podiam simplesmente morrer de uma queda, uma morte rápida, ou poderiam ser capturados pelo bicho-papão e se submeter ao que quer que ele houvesse planejado. Este último certamente não fazia parte de qualquer linha de pensamento coerente de qualquer um deles. Desse modo, todos os quatro restantes na sacada seguraram as mãos uns dos outros e se aproximaram da beirada.

– Que falta faz o Toothless. – Hiccup murmurou, amaldiçoando-se mentalmente por ter deixado o Fúria da Noite aguardando-o no polo norte. Talvez se o dragão estivesse ali, eles poderiam ter saído daquela situação. Mas não havia tempo para culpa, não havia tempo para nada senão pular em direção à morte certa.

– Elsa, se morrermos por causa do seu plano, eu mato você! – Anna gritou com raiva e a vista embaçada por lágrimas contidas. Ela sabia que não estava sendo coerente, mas ninguém poderia realmente culpa-la por isso. Ela estava aterrorizada. Estava cercada por areias negras e havia assistido sua irmã mais velha pular de uma sacada bem na sua frente. Ela estava frágil, tanto quanto qualquer um na situação dela estaria.

Por fim, os quatro fecharam os olhos e pularam. Parecia que o mundo inteiro havia ficado sem som no segundo que seus pés deixaram a sacada do Palácio dos Dentes. Tinham consciência do vento forte batendo neles enquanto caíam, de seus estômagos revirando com a sensação de queda, e, por um momento, esperaram pelo seu fim. Mas nada veio.

Em um segundo, todos esperavam pelo impacto que lhes tiraria a vida, em outro, eles estavam enterrados até a cintura no monte de neve na qual havia caído. Como cair em um travesseiro, Anna lembrou como Kristoff havia descrevido uma queda em neve. Abriram os olhos simultaneamente, encontrando Jack e Elsa olhando para eles com preocupação. A loira estava encostada ao espírito do inverno, como se dependesse dele para ficar de pé. Seu rosto cansado denunciava que ela realmente precisava daquele apoio. Sem dúvidas, ela havia se esforçado mais do que era seguro para sua saúde.

Porém, assim que viu Anna, a rainha de Arendelle se libertou do guardião da diversão e correu até sua irmã, ajudando-a a sair da neve. A princesa ainda estava atordoada, mas agarrou a Rainha da Neve em um abraço apertado assim que se viu livre o bastante para fazê-lo, chorando no ombro da mais velha por anteriormente ter pensado que a havia perdido. Anna sentiu-se culpada por ter duvidado de sua irmã. Ela, mais do que ninguém, deveria saber que Elsa sempre tinha um plano, independentemente da situação em que se encontravam. Ela deixou-se ser levantada por sua trêmula e irmã mais velha, ainda com as lágrimas fluindo livremente e os braços em volta dela.

Jack ajudou Hiccup, Merida e Rapunzel a saírem da neve e os quatro observaram a cena que acontecia entre as irmãs de Arendelle. Rapunzel relutantemente se aproximou das duas e, assim que a viu, Elsa a incluiu no abraço, mantendo um de seus braços em sua irmã e o outro em sua prima. A princesa de Corona sorriu com isso e retornou o gesto, feliz que estavam todos a salvo.

– Então esse era o seu plano? – Hiccup arqueou uma sobrancelha, sorrindo aliviado por finalmente ter a impressão de que todos estavam seguros, mesmo que por pouco tempo. Sabia que não tardaria muito para que Breu descobrisse que eles haviam escapado de sua armadilha, mas permitiu-se a um momento de calma antes de toda a adrenalina e perigo da missão na qual estava envolvido voltassem.

– Achou que eu me mataria assim? – Elsa sorriu fracamente e arqueou uma sobrancelha em sinal de curiosidade e diversão, assistindo como Merida, Anna, Rapunzel e o chefe de Berk abaixaram as cabeças em sinal de constrangimento. Ela revirou os olhos, mas tinha outras preocupações em mente. – Estão todos bem? – Quis saber. Fizera um plano, mas como qualquer outro, deveria ter suas falhas. Ela apenas torcia para que não fosse uma que lhe custasse mais do que ela conseguiria suportar. Assistiu como os cinco companheiros à sua volta acenaram com as cabeças em concordância e se permitiu a um sorriso maior. – Ótimo. – Disse antes de seus olhos se fecharem e sua cabeça tombar para frente.

O corpo da rainha de Arendelle ficou mole e Rapunzel e Anna tiveram de segurá-la para que não caísse no chão de neve. As duas olharam alarmadas para os outros três e Hiccup gesticulou para que colocassem a Rainha da Neve no chão. Assim que as duas princesas obedeceram, o treinador de dragões examinou rapidamente a loira inconsciente, sorrindo aliviado ao notar que ela ainda estava respirando e seu coração continuava batendo.

– Ela apenas desmaiou, mas vai ficar bem. – Hiccup disse ao se levantar de sua posição, afinal havia ficado de joelhos ao examinar Elsa, e olhou para cima, para onde não mais podia ver qualquer extensão do Palácio dos Dentes ou de areia de pesadelo. Eles deveriam ter caído mais do que ele pensara a princípio. – Eu não me admiraria depois do que ela fez. – Concluiu, reconhecendo que a rainha de Arendelle realmente havia se esforçado mais do que era saudável.

– Ela lançou um inverno eterno sem sequer tentar, isso não deveria ter exigido tanto dela. – Anna falou alarmada, temendo que algo estivesse terrivelmente errado com sua preciosa irmã mais velha. Elsa era poderosa, mais até do que a ruiva sabia, de modo que ela tinha consciência de que, embora aquela batalha houvesse sido exaustiva, não fora o suficiente para levar à loira ao ponto de desmaiar.

– Ela já estava exausta antes de vir. – Rapunzel respondeu enquanto examinava sua prima adormecida. Ela sabia que Elsa já não havia vindo em boas condições. A loira tinha problemas para dormir e só o Homem da Lua deveria saber a quanto tempo ela estava acordada. Sem falar que o trabalho excessivo comandando Arendelle deveria ter exigido bastante dela.

– E como você sabe disso? – Anna arqueou uma sobrancelha, olhando para a morena com desconfiança presente em seu olhar, algo mais do que raro para a ingênua princesa de Arendelle. Quando a princesa de Corona apenas abaixou a cabeça, contribuiu apenas para atiçar a suspeita da mais jovem. – Rapunzel, o que você sabe? – A ruiva perguntou receosa e preocupada, jamais perdendo sua prima de vista.

– Não é um segredo meu para contar. – A morena de olhos verdes disse ainda mantendo o olhar na neve que estava abaixo de si, incapaz de olhar para Anna naquele momento. Ela sabia que a ruiva era alguém a quem particularmente Elsa queria manter seus pesadelos e insônia ocultos, de modo que não se sentia no direito de revelar esta informação à princesa de Arendelle, por mais que ela fosse sua prima e irmã da rainha de Arendelle. – Quando ela se sentir a vontade para falar sobre isso, ela mesma lhe dirá, Anna. – Argumentou ao perceber que a mais jovem estava prestes a retomar a palavra.

Anna acenou com a cabeça em concordância e não disse mais nada, embora sentisse vontade de questionar novamente Rapunzel sobre o que sua irmã poderia estar escondendo dela. Hiccup, Merida e Jack se mantiveram assistindo o desenrolar da cena durante todo o tempo. Ao perceber que a conversa estava encerrada, a princesa de Highland deu um passo à frente, chamando a atenção de todos.

– Tudo bem, vamos. – A ruiva mais velha declarou, parecendo ansiosa, alternando olhares entre o topo não visto da montanha e o lugar onde estavam, cautelosa, como se esperasse que a qualquer momento Breu fosse aparecer ali para mata-los. – Nós temos que sair daqui e logo. – Argumentou apressada, ganhando acenos afirmativos dos demais, que finalmente entenderam o motivo de sua agitação.

Hiccup olhou para Elsa por um breve momento antes de dar alguns passos na direção da rainha de Arendelle e se abaixar ao lado dela. Estendeu os braços com a intenção de pegá-la, uma vez que evidentemente ela não estava em condições de sair dali por conta própria. Parou seus gestos ao sentir uma mão em seu ombro e, ao olhar, percebeu se tratar de Jack.

– Eu a levo. – O espírito do inverno explicou e repetiu as ações do chefe de Berk, segurando Elsa nos braços em estilo noiva. O guardião da diversão e o chefe de Berk se levantaram simultaneamente e olharam para as outras três garotas em volta deles.

Assim, o grupo começou a caminhar para longe daquela montanha.


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Notas finais do capítulo

Por favor, perdoem qualquer erro presente no capítulo.
O que acharam? Ficou bom? Quais são suas teorias sobre o que vai acontecer agora? Lembrando que todo comentário é bem-vindo, desde críticas a elogios.
Até o próximo capítulo!