Rose Weasley e Scorpius Malfoy - Do ódio ao amor escrita por Emma Salvatore


Capítulo 7
Avery e Finnigan


Notas iniciais do capítulo

Oii, gente! Nesse capítulo, a história voltar um pouco contra Rose e Scorpius... Vamos ver no que vai dar.
Espero q gostem!!!



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Rose Weasley acordou no dia seguinte muito bem humorada e lembrou-se do motivo do seu bom humor. Scorpius Malfoy. Mas também lembrou-se do que tinha acontecido noite passada. E agora a vergonha lhe consumia. Ele tentara beijá-la e ela fugira. Não sabia como iria encará-lo agora.

Não comentou nada com Lílian sobre o ocorrido. Já Scorpius...

— Você a beijou? – Alvo perguntou, animado.

— Não – disse Scorpius, deprimido. – Nossos lábios só se encostaram. E agora com certeza ela deve não estar querendo me ver nunca mais! Eu não deveria ter feito isso!

— Scorpius, Rose gosta de você! Assim como você gosta dela – Alvo disse, convicto.

— Não sei... 

O menino logo avistou sua ruiva preferida passando pelo mesmo corredor em que ele e Alvo estavam. Parou-a no meio do caminho.

— Rose! Podemos... Podemos... – tentou.

— Agora não, Malfoy! – Rose foi direta e saiu andando. Foi duro dizer isso. Mas estava com medo dos seus sentimentos.

Scorpius virou-se para Alvo.

— Você viu? Ela não quer nem olhar para a minha cara!

— Scorpius, acho que ela precisa de um tempo – Alvo comentou.

— Não! Ela nunca vai gostar de mim e eu tenho que tirá-la da minha cabeça – Scorpius disse antes de se virar para um grupinho de garotas da Sonserina. – Ei, Avery!

Louise Avery olhou na direção de Scorpius e foi surpreendida quando o menino a beijou. Ela retribuiu o beijo. E beijavam-se com voracidade e nem perceberam que tinha alguém olhando.

Rose Weasley tinha decidido parar de fugir e abrir seu coração para Scorpius, mas ao virar para trás, deparou-se com essa cena. Scorpius e Avery se beijando. Seus olhos instantaneamente se encheram de lágrimas, e a ruiva desatou a correr. Scorpius podia não ter percebido, mas Alvo sim.

Correu atrás da prima. Tinha certeza que ela estaria na Torre da Grifinória. E lá estava ela. Em frente a lareira, abraçando os joelhos, chorando. Alvo agachou-se ao seu lado e abraçou-a.

— Por quê? Por que, Alvo? – ela murmurava. – Por que logo ele? Por que Scorpius Malfoy?

Agora, Rose Weasley tinha consciência de que estava apaixonada. Mas a outra parte não estava. Ou pelo menos era isso que ela achava. Scorpius tentara lhe beijar ontem e hoje estava agarrado outra. Chorou ainda mais. Desejou que estivesse enganada. Desejou que não estivesse apaixonada por Scorpius Malfoy. Mas não tinha mais volta. Tinha se apaixonado, e agora sofreria com a dor.

* * *

— Você é um idiota, Scorpius! – Alvo disse, irritado, para o amigo.

— Ei! O que é que eu fiz? – Scorpius perguntou, confuso.

— Você beijou Avery! E sabe quem viu? Rose! – exclamou Alvo.

— E daí? Ela não gosta de mim mesmo – Scorpius falou, parecendo levemente incomodado.

— Cara, ela ficou péssima! Você não sabe o que você fez! Beijou a garota mais irritante do mundo na frente da garota que você gosta. Você é um idiota.

Scorpius pareceu desconcertado. Não queria que Rose tivesse visto o beijo. Agora tinha anulado todas as chances de ficar com a garota.

— E não tem só isso – Alvo despertou-o dos devaneios. – Rose me pediu para avisar que as aulas estão acabadas. Ela disse que você é muito bem capaz de estudar sozinho.

Scorpius não acreditou no que estava ouvindo. É, de fato, tinha perdido Rose. Perdido como uma possível namorada e também como amiga. Tudo por culpa do seu impulso imbecil! Alvo tinha razão. Ele era um idiota!

Caminhou com seu amigo em silêncio até o Salão Principal. Quando sentou-se na Mesa da Sonserina, Avery foi falar com ele. O garoto nem deu atenção. Seu olhar automaticamente parou na mesa da Grifinória. Rose Weasley estava lá. Estava rindo, sentada no meio entre Jonathan Finnigan e Lílian Potter. Aparentemente, a ruiva estava rindo de uma piada contada por Jonathan.

Ah, então era assim que ela está mal, pensou Scorpius. Seu olhar era de fúria. Mas se ela podia se divertir, ele também podia.

— Avery, o que você acha de irmos juntos para Hogsmeade esse sábado? – ele perguntou.

A garota deu um enorme sorriso e o abraçou. Abraço esse que não passou despercebido pela mesa da Grifinória.

Rose Weasley virou seu olhar para a mesa da Sonserina, e deparou-se com Avery pendurada no pescoço de Scorpius. Os dois se encararam. Rose queria sumir dali, não queria ter que olhar para os olhos de Scorpius, ou ver os dois possivelmente trocando mais um beijo.

— Ei, Rose, você está bem? – perguntou Jonathan Finnigan ao seu lado.

— Estou. Claro – Rose tentou esboçar um sorriso, mas saiu falso demais. E Jonathan a conhecia. Mas fingiu aceitar a resposta.

— Então, quem sabe você não quer ir comigo sábado. Para Hogsmeade – o garoto a convidou.

Rose olhou para ele e depois olhou para Scorpius. Ele ainda continuava agarrado a Avery. Então, sem hesitar, Rose respondeu:

— Será um prazer.

* * *

O sábado chegou depressa. Durante a semana, Rose e Scorpius não se falaram. Rose andava para todo lugar com Finnigan e Scorpius com Avery. O loiro já estava se arrependendo de tê-la chamado para sair. A garota era mais insuportável do que ele pensara. Vivia agarrada a ele e fazia questão de exibir para escola toda que estava com Scorpius Malfoy. Claro, Scorpius deixava bem claro que não era um namoro.

Já Rose gostava da companhia de Jonathan. Mas sentia que o garoto queria algo mais. Contudo, ela não sentia o mesmo. Ele era um bom amigo, mas não era Scorpius. Talvez fosse só questão de tempo, pensava ela, talvez me apaixone por Jonathan como me apaixonei por Scorpius. E, convicta desse pensamento, se aproximava cada vez mais dele.

Ele era engraçado e bonito. Fazia-a rir. Mas era só Scorpius passar agarrado a Avery que todo seu humor se esvaía.

Rose ainda sonhava com Scorpius, assim como o garoto também sonhava com ela. Sentiam falta um do outro. Mas eram orgulhosos demais para admitir.

Para o passeio com Jonathan, Rose vestiu uma calça simples e um suéter rosa.

Encontrou um Jonathan sorridente, esperando-a no Salão Comunal.
Forçou um sorriso no seu rosto também. Os dois deram-se os braços e saíram.

* * *

No Salão Comunal da Sonserina, Scorpius esperava Avery descer. A garota já estava atrasada havia mais de 1 hora. Ele, decididamente, estava arrependido. Hoje seria a primeira e última vez que sairia com essa garota.

Depois de 10 minutos, Louise Avery desceu. Estava trajando um vestido preto, justo, um pouco acima do joelho. Scorpius não acreditou. Não era um vestido para um passeio diurno.

Avery se atirou em seu pescoço e tascou-lhe um beijo na boca, que nem foi retribuído. Os dois saíram juntos do Salão Comunal da Sonserina. Scorpius sentindo-se muito desconfortável.

* * *

Jonathan e Rose estavam tendo um dia muito agradável. Os dois estavam tomando cerveja amanteigada no Três Vassouras. Riam de alguma coisa que o menino contou.

Scorpius entrou com Avery, e o sorriso da ruiva logo se apagou. Jonathan notou e a convidou para passearem. Scorpius sentiu um desconforto quando viu "sua Cenourinha" sair com Jonathan. Sentiu inveja do garoto.

Enquanto ele estava aguentando um encontro com uma garota metida e irritante, Finnigan estava tendo um passeio agradável com a sua garota. Ah, como ele queria estar no lugar dele. Como ele queria estar se divertindo com Rose Weasley. Fazê-la sorrir...

Os devaneios de Scorpius logo foram interrompidos pelos lábios de Avery. Aparentemente, a garota suspeitava sobre o que ele estava pensando.

* * *

Rose e Jonathan passeavam próximo à Casa dos Gritos.

— Era o pai de Teddy que ficava ali. Aquela Casa foi construída para ele. Remus Lupin – dizia a garota.

— Então quer dizer que a Casa não é mal assombrada? – perguntou Finnigan, surpreso. Afinal, ninguém além daqueles que conheceram Remus sabiam a verdade.

Rose riu.

— Não. Eram boatos. Dumbledore estimulava os boatos. Eram os gritos de Remus Lupin como lobisomem que os cidadãos de Hogsmeade ouviam. Meus pais me contaram.

Jonathan parecia surpreso. Os dois estavam admirando a Casa dos Gritos, quando ouviram uma risada desdenhosa atrás deles.

— Olha só. Admirando a Casa dos Gritos. Será todo o ouro que seu pai recebe do Ministério não é suficiente, Weasley? – zombou Louise Avery.

A garota caminhava em direção dos dois acompanhada de Scorpius.

— Vamos, Avery – Scorpius murmurou, constrangido.

— Espera, Scorp! Então, Weasley, o famoso e bem-sucedido Auror Ronald Weasley é só título de capa do Profeta Diário? – a garota continuou a zombar.

— E como anda seu avô? Ainda em Azkaban? – retrucou a ruiva.

Avery ficou imóvel. Um ira perpassou seu corpo. Era neta de um dos Comensais da Morte, Avery, e o avô ainda estava preso em Azkaban. Apesar de acreditar que os Comensais tinham razão, não suportava ouvir falar da prisão do seu avô.

Rose sorriu, vitoriosa, e passou com Jonathan por ela e Scorpius. Mas, com agilidade, Avery se virou para Rose e...

LEVICORPUS!

A grifinória foi pendurada pelo pé de cabeça para baixo.

— Me tira daqui, sua idiota! – gritou.

Avery apenas sorriu. Scorpius e Jonathan estavam transtornados. O loiro foi para junto da sua acompanhante.

— Avery, por favor, para com isso! – murmurou para ela.

— Você não está se divertindo, Scorp? – perguntou, cínica.

— Me tira daqui! – Rose gritava.

Avery ria mais. Scorpius agora estava com raiva.

— Avery, para com isso agora! – ele gritou.

A garota o olhou e, com um aceno da varinha, fez Rose cair de onde estava. Scorpius e Jonathan correram em direção a ela.

— Você está bem? – Scorpius perguntou, levantando-a.

— Estou, eu... Jonathan, pode me ajudar? – pediu, estendendo a mão para Finnigan, que prontamente segurou e a levantou.

— Você quer que eu te acompanhe ou... – Scorpius tentou, mas foi impedido por Rose.

— Não! Fique com a Avery! Jonathan é meu acompanhante.

A menina saiu acompanhada pelo garoto moreno. Scorpius sentiu como se tivesse levado um tapa. Ela preferiu Finnigan a ele. E Avery, no que ele foi se meter...

Virou-se para a garota e disse:

— Você! Nunca mais se aproxime de mim! – ele vociferou, deixando claro sua raiva.

— Ah, qual é, Scorpius! Só foi uma brincadeira! É bom para Weasley aprender que não se brinca com a família dos outros – Avery disse, displicente.

— Foi você que começou! – ele acusou. – Você é baixa, Avery!

Eu sou baixa?! Quem ficou chamando a atenção do meu acompanhante o tempo todo?!

— Rose não fez nada disso! Fui eu! Eu olhei para ela e eu desejei que fosse ela a minha acompanhante! – o menino despejou.

— Então prefere a mestiça e traidora do sangue imunda do que a mim! Como, Scorpius?! Eu sou mais bonita, tenho puro sangue! – Avery berrou, com raiva.

— Você nunca chegará aos pés de Rose! – Scorpius já estava alterado. – Você não percebe? Puro sangue não significa nada! Você é... Repugnante! Tenho pena de você, Avery!

O menino se afastou e Avery soltou um grito agudo.

Pena?

Ah, ele ia ver. Melhor, a Weasley iria ver. Rose Weasley e Scorpius Malfoy não sabiam o que esperavam.

* * *

Jonathan e Rose tinham conversado a caminho de Hogwarts. O garoto percebeu que não fazia sentido investir numa relação que não tinha futuro. Ele deixou bem claro a Rose que ela gostava de Scorpius e não iria esquecê-lo assim. Os dois decidiram ser apenas os bons amigos que eram.

Quando estavam quase chegado ao portão de Hogwarts, Scorpius gritou:

— Ei! Rose! Rose! Preciso falar com você.

— Vou indo. Nos vemos depois – Jonathan murmurou para Rose.

Scorpius se aproximou dela, mas nem teve chance de falar nada, porque foi interrompido:

— Escute, Malfoy, não quero escutar nada que tem a ver com Avery! Ela estava errada! Não eu! Então, se veio defendê-la, está perdendo o seu tempo.

— Não se preocupe. Nunca mais quero ter nada com ela! Ela me dá nojo! Eu queria só... só... Ah, Rose, por que estamos brigados mesmo?

Rose pensou. Por que estavam brigados? O beijo com Avery? Mas eles nem eram namorados! Ela estava apaixonada por ele, mas ele não sabia. Não tinha porque ela está assim com ele.

— Eu não aguento mais ficar brigado com você, Rose – Scorpius admitiu. – Você faz falta.

Ele se aproximou mais da garota.

— Você também faz falta – ela murmurou.

Os dois estavam com as testas coladas. Não olhavam nos olhos. Os corações dos dois batendo em ritmo descompassado. Rose sentiu o perigo. Afastou-se e disse:

— Nos vemos depois, Scorpius.

Ela saiu correndo e ele sorriu. Teria pelo menos sua amiga de volta. Isso era um começo. Ele queria algo a mais e não iria desistir facilmente.


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Notas finais do capítulo

Gente! Por hoje é só! Prometo que postarei mais amanhã! Ou talvez, se tiver tempo, posto mais tarde, mas é bem remota a possibilidade.
Espero q estejam gostando!
Beijos!!!



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