Rose Weasley e Scorpius Malfoy - Do ódio ao amor escrita por Emma Salvatore


Capítulo 10
Páscoa Infeliz


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente!!! Realmente não deu tempo de postar ontem, mas hoje, ta ai o cap pra vcs!!!!



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Rose chorava em seu dormitório, quando Roxanne e Lílian chegaram.

— Rose, o que aconteceu? – perguntou Lílian, preocupada.

— O idiota do Malfoy – respondeu Rose com voz embargada.

— O que houve? Vocês brigaram? – Lílian perguntou.

Roxanne sentou-se na cama ao lado das primas, interessada.

— Foi tudo uma mentira! – Rose gritou em meio as lágrimas. – Eu não passei de uma aposta! Tudo uma mentira! Tudo!

E Rose desatou-se a chorar.

— Quê? Não! Não pode ser! Scorpius... Scorpius nunca... Ele nunca faria isso... – Lílian argumentou, incerta.

— Mas ele fez! Ele fez, Lílian! Ele... Ele estava com a Avery! Eles estavam se beijando! Ele me traiu! Como eu fui estúpida! – Rose gritava.

— Não posso acreditar nisso – Lílian estava exasperada.

— Então pergunte ao Alvo. Ele viu! – Rose enterrou seu rosto na cama, ainda chorando.

Roxanne a abraçou. Lílian saiu do dormitório, transtornada. Não conseguia acreditar que seu amigo fizera isso. Não podia acreditar. Ela encontrou Alvo no Salão Comunal.

— Por favor, Alvo, me diga. Isso é uma mentira, um engano, não é?

Alvo apenas balançou a cabeça. Doía muito para ele dizer isso. Perdera seu melhor amigo. Fora enganado. Lágrimas silenciosas caíram do rosto de Lílian. Ela e o irmão se abraçaram e Alvo também chorou. Estava triste, magoado. Perdera seu melhor amigo. E sentia que não tinha mais volta.

* * *

— O que você fez? O que você disse para Rose? – Scorpius perguntou, espumando de raiva, agarrando Zabini pelo colarinho.

— Ah, qual é, Scorp? Foi só uma brincadeirinha – Zabini tentou debochar.

Só uma brincadeirinha? Só uma brincadeirinha? Eu perdi minha namorada e meu melhor amigo, seu idiota! Eu te conheço, Zabini! Por que você fez isso? – Scorpius apertava Zabini com mais força.

— Foi a Andie que pediu – ele confessou, sufocando.

Scorpius o largou.

— Você é um grande idiota! Nunca mais dirija a palavra a mim! Agora eu vou tentar consertar o estrago que você e sua namoradinha fizeram – Scorpius disse com tremendo desprezo.

Ele seguiu em direção à Torre da Grifinória. Sabia que tentar falar com Rose hoje não iria adiantar. Mas pelo menos tentaria se acertar com Alvo.

No meio do caminho, encontrou Andressa Montague.

— Hey, Scorp! Já soube que você e a Weasley não estão mais juntos! Namoro rápido o de vocês, não?

— Me deixa, Montague! – Scorpius gritou.

— Será que agora você vai perceber quem é melhor para você? – a garota se pôs na sua frente, sorrindo sedutoramente.

— Você também está dentro, né? Você também participou dessa armação – Scorpius concluiu.

Andressa apenas sorriu e saiu do caminho do garoto, ainda rindo. Raiva crescia cada vez mais em Scorpius.

Ele chegou ao seu destino. Pediu a um primeiranista da Grifinória para que chamasse Alvo e aguardou. Esperava que seu amigo quisesse falar pelo menos para uma última vez.

* * *

— Eu não vou! – Alvo falou.

— Vai sim! – Rose contrapôs. – Quero que você entregue para ele esse pingente idiota! E que também fale para nunca mais me procurar!

Rose estendeu a mão com o pingente de esmeralda que ganhara de Scorpius no Natal.

Alvo apanhou.

— Você tem certeza?

Rose assentiu.

— Saiba que faço isso por você – Alvo disse e saiu.

Quando o retrato da Mulher Gorda abriu revelando Alvo Potter, uma sombra de sorriso perpassou pelo rosto de Scorpius.

— Só vim aqui porque a Rose queria te entregar isso – o meninio comunicou, jogando o pingente na mão de Scorpius. – Ela também pediu para que você nunca mais a procurasse. E eu também.

— Espera, Alvo! – Scorpius tentou, desesperado. – Você precisa me escutar!

— Você tem um minuto, Scorpius – Alvo falou, indiferente.

— Você me conhece, Alvo. Sabe que eu não gosto de fazer apostas desse tipo. E você viu, viu como eu gosto da Rose. Alvo você é meu melhor amigo. Precisa acreditar em mim – tinha tom de súplica na voz de Scorpius.

— E quanto ao beijo? Eu vi, Scorpius – Alvo acusou.

— Qual é, Alvo? Quantas vezes eu reclamei da Avery? Por que você acha eu a beijaria estando com a Rose? Foi ela que me agarrou. E antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, vocês chegaram – Scorpius parecia dizer a verdade.

Alvo o encarou. Tudo o que o menino disse fazia sentido.

— Por que Zabini disse aquilo para Rose? A troco do que? – Alvo ainda estava incerto.

— Foi a pedido da Goyle. Você sabe que os dois estão ficando – Scorpius falou. – Alvo, por favor, acredita em mim.

Alvo olhou mais uma vez para Scorpius. Conhecia bem o amigo. Bem até demais. E vendo o jeito que Scorpius estava... Não. Ele não estava mentindo.

— Acredito. Eu acredito. Mas a Rose...

— Eu sei. Mas você precisa me ajudar. Por favor, Alvo.

Scorpius estava desesperado. Alvo sabia que não seria fácil. Mas pretendia ajudar. Queria ajudar o amigo e a prima ficarem juntos.

— Vou fazer o meu melhor, Scorpius. Mas você sabe que não será fácil – Alvo alertou.

— Não pretendo desistir – Scorpius garantiu e pôs o pingente em seu bolso.

Os dois se abraçaram.

— Pelo menos tenho meu melhor amigo de volta.

Os dois sorriram e Alvo entrou no Salão Comunal da Grifinória. Pelo visto, teriam uma longa batalha pela frente.

* * *

— Rose, se anima. Estamos indo para a casa – Roxanne tentava animar a prima.

— Argh! – Rose resmungou. – Eu não estou nem um pouco animada, Roxy! E você sabe o porquê.

— Escute aqui, Rose Weasley! Não vou te deixar ficar na fossa durante essa semana de Páscoa! Não vai dar esse gostinho pro Malfoy! Você me ouviu? – Roxanne falou, autoritária.

Passaram se três dias desde o término entre Rose e Scorpius. O menino ficou tentando falar com ela todas as vezes, mas era barrado por Roxanne e Lílian. A ruiva mais nova tinha brigado feio com o loiro. Estava muito decepcionada.

Mas durante esses dias, Rose teve uma surpresa. Alvo não ficara contra Scorpius. Agia normalmente, como se o loiro não tivesse feito nada. E era isso que ele afirmava. Defendia Scorpius com veemência e falava a Rose que ela estava enganada. Lílian e Roxanne brigavam com ele. James não conseguia acreditar que irmão era tão "cego" a esse ponto.

Mas Alvo não se importava. Sabia que Scorpius falava a verdade. E prometeu ajudar o amigo. E era isso que pretendia fazer.

* * *

— Rose, será que agora podemos conversar? – Scorpius perguntou, abrindo a porta da cabine onde a ruiva se encontrava com Roxanne, Lílian, Hugo e Alvo.

— Dá o fora daqui, Malfoy! – Rose disse, sem nem sequer olhá-lo. – Sabe que não temos nada para conversar!

— Rose, você tem que... – Scorpius tentou.

— Scorpius, acho melhor não – Alvo pediu.

Scorpius olhou para o amigo, depois para Rose, que ainda estava de cabeça baixa, e fechou a porta da cabine. Alvo o segui, recebendo reclamações dos seus familiares.

Ele entrou na cabine em que Scorpius entrara há pouco.

— Você precisa dar um tempo para ela, cara – falou o moreno.

— Eu preciso que ela acredite em mim, Alvo! Estou desesperado! – Scorpius exclamou, passando a mão pelo cabelo nervosamente.

Alvo sentou-se em frente do amigo.

— Eu sei, Scorp. E ela vai acreditar. Mas acho que vai ser bom essa semana longe. Para dar um tempo – Alvo argumentou. – Tente esperar.

Scorpius bufou, mas assentiu.

Chegaram a Londres e Rose foi sufocada pelos braços de Hermione Weasley. Harry e Gina Potter aguardavam por Alvo ao lado dos amigos. James Sirius e Lílian Luna já estavam ao lado dos pais.

Minutos depois, Alvo desembarcou junto com Scorpius Malfoy.

— Não esqueça de dar um tempo a ela – Alvo murmurou, apenas para Scorpius ouvir.

O loiro assentiu e foi falar com seus pais. Alvo fez o mesmo. Recebeu um olhar reprovador de James e Lílian, mas não deu tempo de retribuir, pois foi envolvido pelos braços de Gina, que fez o mesmo que Hermione fizera com Rose minutos atrás.

Scorpius cumprimentou seu pai e sua mãe, mas não conseguiu tirar os olhos da família Weasley. Felizmente, os senhores Malfoy não perceberam nada.

Antes de desaparecer com as suas famílias pela Estação King's Cross trouxa, os olhares de Rose e Scorpius se cruzaram pela última vez. Cada um dizia alguma coisa diferente.

O de Rose mostrava mágoa e decepção. O de Scorpius mostrava ansiedade.

Mas foi um breve momento. Logo desviaram os olhares e seguiram com suas famílias para suas respectivas casas.

* * *

Já era o terceiro dia de férias. Rose Weasley se encontrava no seu quarto, lendo mais uma carta de Scorpius Malfoy. O menino já lhe mandara cinco cartas em três dias.

Em todas elas, Scorpius dizia quase a mesma coisa. "Não tenho culpa", "Volta pra mim", "Não consigo viver sem você"...

Rose já estava farta! Chorava toda vez que lia. Cada palavra do menino parecia ser verdadeira, mas ela sabia que não era, por isso doía mais.

No dia seguinte, iria para a casa da sua avó, Molly Weasley, e iria rever suas primas, Lílian e Roxanne. Tinha que sair da fossa. Ou pelo menos fingir que estava bem. Sorte que sua mãe, Hermione, acreditou na sua história sobre o nervosismo para os N.O.M.s. Mas com certeza suas primas não acreditariam.

* * *

Toda a família Weasley estava reunida na Toca. Molly Weasley fazia questão de reuniões assim. Porém, desta vez, Rose Weasley estava a um canto, afastada, tentando segurar as lágrimas.

Recebera chocolates de Scorpius e uma carta dizendo o mesmo que as outras e desejando uma "Feliz Páscoa". Rose mandou na mesma hora a coruja de volta com o chocolate e a carta. Mas sofria.

Parece que ninguém reparara no sofrimento da garota. Todos estavam se divertindo. Bom, alguém percebera.

— Scorpius te mandou uma carta de novo, né? – perguntou Alvo.

— Por quê? Por que ele faz isso comigo, Alvo? Ele já não ganhou a porcaria dos 300 galeões?! Por que não me deixa em paz? – Rose chorava.

— Porque talvez ele goste de você, Rose – Alvo falou.

— Não comece de novo, por favor – Rose pediu, baixinho.

— Mas é a verdade. E você quer acreditar nisso! Mas é tão teimosa que só acredita no vê!

Rose deu de ombros e limpou as lágrimas. Não perderia a Páscoa em família por causa de Scorpius Malfoy.

* * *

— Nem chocolate ela aceita – Scorpius lamentava, olhando para os chocolates e a carta que mandara para Rose. A garota enviara de volta, sinal de que não gostara nem um pouco do presente.

— Scorpius? – chamou Astoria Malfoy. – Querido, o almoço já está servido.

— Já vou, mãe – Scorpius falou.

A mulher seguiu para a grande mesa na sala e quando o menino ia segui-la, uma coruja bateu na janela. Reconheceu na mesma hora. Apanhou a carta e a abriu e suas suspeitas se confirmaram:

"Scorp,
Sei que é difícil, mas você precisa maneirar. Dê um tempo a Rose, cara.
Feliz Páscoa,
Alvo"

Scorpius suspirou. Dobrou a carta e pôs no bolso. Caminhou até a mesa, onde Draco e Astoria já estavam sentados.

— Por que você está assim, meu filho? – Astoria perguntou, preocupada.

— Não é nada. Só uma carta que eu recebi – Scorpius disse, infeliz.

— E será que pode nos dizer o conteúdo dessa carta? – Astoria insistiu.

— Coisa minha, mamãe – Scorpius respondeu, mirando a comida.

Astoria ia insistir, mas com um olhar, Draco a calou. E os três almoçaram silenciosamente.

* * *

Na Toca, a diversão rolava solta. Mas nem todos estavam se divertindo. Rose Weasley continuava alheia à diversão da família.

Sua tristeza vinha se aumentando cada vez mais.

— Já chega, Rose! – Lílian Potter surpreendeu a prima.

— Você não pode ficar assim por causa do Malfoy! – Roxanne apareceu atrás de Lílian.

— Eu estou tentando ficar bem. Mas é difícil. Vocês não têm ideia – Rose falou baixinho, lágrimas ameaçando cair.

— Se você ficar se isolando, nunca vai passar – Lílian disse com autoridade.

— Vem! Dominique está mostrando uns truques de como conquistar os garotos – Roxanne puxou a prima.

Rose foi de má vontade e escutou os longos relatos de sua prima, Dominique Weasley, sobre como os garotos caíam aos seus pés.

As histórias de Domi continuou até ser interrompida por sua irmã, Victoire.

— Hey, família! – chamou. – Escutem! Teddy e eu temos um anúncio a fazer!

Todos pararam e olharam para os dois. Eles entrelaçaram as mãos e anunciaram:

— Vamos nos casar!

Pronto! A família se agitou. Todos cumprimentavam os noivos. Molly Weasley chorava de emoção.

Dominique se indignava por não ter sabido disso antes e estava brigando com seus pais, Fleur e Gui Weasley, por não terem contado antes. Mas nem essa notícia deixou Rose mais animada. Felicitou os noivos, e depois voltou a sua tristeza.

Lílian e Roxanne iam falar com a prima, mas foram impedidas por Alvo.

— Acho que ela precisa desse tempo.

* * *

Era o último dia das férias. No dia seguinte, era o dia de regresso a Hogwarts. Scorpius escrevia mais uma carta a Rose. A última antes de revê-la.

Mirou a coruja desaparecer no ar com a sua carta. Esperava que dessa vez desse certo.

Astoria bateu no quarto do filho, anunciando que o café da manhã estava na mesa. Scorpius seguiu a mãe. Ao chegar na mesa, cumprimentou o pai, que lia Profeta Diário e concentrou-se no seu mingau.

— Scorpius, há um tempinho estamos notando que você não está bem, querido – Astoria começou, carinhosamente.

— Não é na... – Scorpius tentou, mas foi cortado por sua mãe.

— Não venha com essa de que não é nada! Sei que é! Nos conte, Scorpius!

Draco ergueu os olhos do Profeta Diário e mirou o filho. Scorpius não queria falar com os pais sobre Rose. Mas sabia que se não falasse algo bem convincente, sua mãe não o deixaria em paz. Optou, então, por dizer parte da verdade.

— É um garota.

Draco deu um riso.

— Veja, Astoria. Uma garota. Desde quando você se importa com as garotas?

— É sério, pai.

Draco parou de rir e olhou o filho atentamente. É, Scorpius não estava mentindo.

— Quem é, filho? – perguntou Astoria, curiosa.

— É a Goyle? Montague? – arriscou Draco.

— Não. Nenhuma das duas.

— Então quem é? – insistiu Draco. Ele estava curioso. Nunca imaginou que seu filho, com 15 anos, sofreria por uma garota. Logo ele, que fazia as garotas sofrerem.

Scorpius percebeu os olhares curiosos dos seus pais, mas foi salvo por uma coruja que acabara de chegar.

Scorpius reconheceu-a instantaneamente e seu coração deu um salto. Apanhou a carta e leu:

"Scorpius,
Eu gosto de você. Você sabe que eu gosto. Gosto até mais do que deveria.
Mas não consigo esquecer o que me fez. Por favor, suas cartas só me trazem mais sofrimento. Eu realmente quero te esquecer. Estou me esforçando para isso. Então te peço, por favor, não me escreva mais. Não me procure mais.
Me esqueça. Vai ser o melhor para nós dois.
Rose Weasley"

Scorpius não acreditou no que leu. Lágrimas ameaçavam cair. Rapidamente correu para o seu quarto. Trancou a porta e chorou. Pela primeira vez, Scorpius Malfoy chorou por uma garota.

Então esse era o fim. Suas tentativas falharam. Ele falhara. De nada adiantou as cartas que mandara. Nada. Então era isso.

Se Rose queria que ele a esquecesse, ele faria isso. Doeria, mas não correria mais atrás de alguém que não lhe queria.

A partir desse dia, Scorpius Malfoy não correria mais atrás de Rose Weasley. Atenderia o último pedido dela.

Esqueceria Rose Weasley. Ou pelo menos tentaria.


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Notas finais do capítulo

Então gente? O q estão achando??? Espero q estejam gostando.
Talvez não dê para postar amanhã, mas quarta com certeza postarei
Beijos!!!



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