Rose Weasley e Scorpius Malfoy - Do ódio ao amor escrita por Emma Salvatore


Capítulo 11
Tentando esquecer Rose Weasley


Notas iniciais do capítulo

Oii gente! Como prometido, mais um cap pra vcs!!!



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Rose Weasley estava terminando de arrumar suas coisas para a sua volta para Hogwarts.

Sua coruja voltara ontem sem nada e hoje não vira nenhuma coruja negra nas redondezas. Sinal que Scorpius talvez tivesse entendido o recado. Ela esperava que o garoto não a procurasse mais.

— Rose! – chamou Hermione da escada. – Querida, já vamos sair!

— Estou indo, mãe! – gritou Rose em resposta.

Logo, Rose, Hugo, Rony e Hermione já estavam saindo rumo à Estação King's Cross.

* * *

— É. Parece que está tudo aí – Scorpius conferia suas coisas por uma última vez.

Sua mão automaticamente foi para seu bolso. O pingente de Esmeralda ainda continuava ali.

— Scorpius? Já está tudo pronto, querido? Seu pai não quer se demorar – Astoria falou à porta do quarto do garoto.

— Tudo certo, mãe – ele respondeu e tirou sua mão do bolso. Apanhou a pequena mala e saiu do quarto.

* * *

A família Weasley já se encontrava na Estação King's Cross, assim como a família Potter.

Rony e Harry estavam imersos em uma conversa sobre o trabalho. Gina e Hermione conversavam animadamente ao lado dos maridos.

Alvo e Lílian foram até Rose

— E aí, como você está? – perguntou Lílian.

— Mandei uma carta para Scorpius ontem – contou Rose.

— Você o quê? – Lílian exclamou.

— Você finalmente percebeu que ele está falando a verdade? – Alvo questionou, esperançoso.

— Não é nada disso! – a menina respondeu com rispidez. – Mandei uma carta dizendo para ele me esquecer.

— Você o quê? – exclamou Alvo, indignado. – Ele te manda cartas as férias todas dizendo que gosta de você e a única carta que você manda é dizendo para ele te esquecer! Rose, quando vai perceber que ele está falando a verdade?!

Alvo falara tão alto que atraíra a atenção dos adultos, que pararam imediatamente de conversar e miraram o garoto.

— Algum problema, Alvo? – Gina perguntou.

— Er... Não é nada não, mãe. Desculpa – o menino pediu, envergonhado.

Gina assentiu e os quatro retomaram suas conversas.

— Alvo, já chega! Sei o que eu fiz! Espero que tenha funcionado – Rose encerrou o assunto.

Alvo bufou. Ele olhou para o lado e viu o assunto da conversa estava chegando ao lado dos pais à Estação King's Cross.

Scorpius acenou com a cabeça para o amigo, que retribuiu.

O apito soou. Era hora de embarcar.

Rose, Hugo, Alvo e Lílian se despediram dos pais e entraram no Expresso de Hogwarts.

Lílian, Hugo e Rose encontraram uma cabine, mas Alvo não entrou com eles.

Sentou-se na cabine mais adiante ao lado de Scorpius Malfoy.

— E, aí, tudo bem? – perguntou, incerto.

— Claro. Melhor impossível – Scorpius respondeu. Não tinha um pingo de sarcasmo na sua voz.

— Qual é, Scorpius? Te conheço, sei que você não está nada bem – Alvo mirou o amigo.

— Mas eu vou ficar – Scorpius garantiu.

— O que você quer dizer com isso? – Alvo questionou, não gostando nada disso.

— Estou dizendo que não vou mais ficar correndo atrás da Rose! Estou cansado! Mandei várias cartas nessas férias para ela e a única que ela me manda é pedindo para esquecê-la! Pois bem, é isso que eu vou fazer! 

— Mas você gosta dela, cara – Alvo insistiu.

— Gosto, Alvo. Mas ela não quer mais saber de mim. E eu sou Scorpius Malfoy! Não vou ficar sofrendo por uma garota. Se ela quer que eu a esqueça, é isso que eu vou fazer! Não vou correr atrás de alguém que não me quer! – Scorpius falou, encerrando o assunto.

* * *

— Acho que funcionou, não é? – Rose perguntou, olhando para a cabine em que o primo e Scorpius estavam. – Ele não falou comigo quando chegou.

Lílian olhou para a cabine. Parecia que Scorpius e Alvo estavam se divertindo.

— É, acho que sim – a ruiva mais nova falou por fim.

— O que deu no Alvo, hein? – perguntou Hugo, intrometendo-se na conversa. – Depois de tudo que Malfoy te fez...

— Deixa quieto, Hugo – Rose pediu. - Acho que Alvo logo logo tomará um choque de realidade.

* * *

— Hey, Weasley – Scorpius chamou quando estavam desembarcando.

— O que foi agora, Malfoy? – Rose perguntou, irritada.

— Não se preocupe. Só vim te avisar que vou fazer o que me pediu. Não vou mais te procurar. Vou tentar te esquecer. Pode demorar, mas vou conseguir. – Scorpius concluiu e virou-se para descer do Expresso de Hogwarts.

Rose sentiu uma pontada no coração. Afinal, não era isso que ela queria? Mas não pôde deixar de sentir uma tristeza. Ele realmente ia desistir dela. Ele realmente não a amava.

* * *

— Hey, Rose! E aí, como você está? – Jonathan Finnigan perguntou, quando a garota chegou ao Salão Comunal.

— Tudo ok, Jonathan. E você? – ela tentou parecer casual.

— Eu estou ótimo! Mas você não. Te conheço, Rose – Jonathan a encarou.

— Eu vou ficar, Jonathan. Você vai ver – Rose garantiu. Despediu-se do garoto e subiu para o dormitório para tentar tirar o atraso dos deveres.

A sua primeira aula seria Trato das Criaturas Mágicas com a Sonserina. E se outrora era motivo de alegria, agora era motivo de desânimo.

Ter uma aula conjunta com a Sonserina era ter que ver Scorpius e tudo que ela mais queria era distância do garoto.

Quando se aproximou a hora da aula, Rose seguiu até as orlas da floresta com Roxanne.

Quando chegou perto da cabana de Hagrid, desejou ter chegado um pouco mais tarde.

Scorpius estava rindo, agarrado a uma menina de longos cabelos pretos, que atendia pelo nome de Amanda Flint.

Rose sentiu que seus olhos marejavam. Então era isso. Ele já tinha a esquecido. Não. Ele nunca sequer tinha gostado dela. Fora tudo uma aposta. Ela fora uma aposta. Fora só mais uma.

— Se controla, Rose – pediu Roxanne, baixinho. – Não dê esse gostinho a ele.

Rose limpou as lágrimas que ameaçavam cair. Pôs um sorriso no rosto e foi falar com Jonathan, que se encontrava a apenas alguns metros de Scorpius e Amanda.

— Hey, Jonathan – cumprimentou.

Jonathan deu um sorriso e falou no ouvido da garota:

— Está tentando ser forte, né? Você aguenta, tenho certeza. E pode contar comigo para tudo que precisar.

Rose sorriu para o amigo. Era muito bom saber que algum menino se importava com ela.

Hagrid apareceu e levou os alunos para o que parecia ser mais uma aula cansativa e monótona.

* * *

Passara-se uma semana desde a volta das férias de Páscoa. Amanda Flint comemorava por ter conseguido uma semana com Scorpius. Para ela, conseguir oficializar a relação era só um pulo.

Mas Scorpius não sabia do plano da garota. Voltara a ser o Scorpius Malfoy que todos conheciam. Não iria mais namorar. Não queria mais esse tipo de compromisso. Até mesmo os estudos foram deixados de lado.

E quanto a Rose, durante essa semana, ela se aproximou mais de Jonathan. O garoto cumprira a promessa de estar sempre ao seu lado e os dois não se desgrudavam mais.

Lílian e Roxanne estavam esperançosas de que pudesse rolar algo a mais aí. A própria Rose estava.

— Talvez, se eu me aproximar mais do Jonathan, eu acabe gostando dele como ele gosta de mim – dizia para as primas.

— Ele vale a pena! – Roxanne comentou. – Ele com certeza gosta de você, Rose.

— Isso está mais do que na cara! – Lílian falou e as outras duas riram.

Mas depois Rose ficou pensando. Não estava certo usar Jonathan para esquecer Scorpius. Logo Jonathan, que gostava tanto dela...

Todavia, ela não estava usando ninguém, estava? Ela nunca prometera nada a Jonathan além da amizade. Talvez, se deixasse as coisas rolarem, essa amizade pudesse crescer. Fora assim com Scorpius...

Ah, Scorpius.

Chegara ao ponto que Rose não queria. Pensar nele doía. Agora, a esta hora, com certeza estaria se agarrando com Amanda Flint por aí, enquanto ela estava sofrendo por ele.

"Ele é um idiota!", dizia para si mesma. "Não merece merece meu sofrimento".

E pensando nisso, Rose foi se deitar. Mas a garota estava enganada. Scorpius não estava se agarrando com Flint por aí.

Estava em seu dormitório, pensando. Pensava em como fora feliz nas duas semanas que antecederam a Páscoa. E como sua felicidade fora arrancada de um modo brutal. Daria tudo para ter sua Rose de volta...

"Mas agora", pensou ele "ela não está mais gostando de mim. Talvez esteja muito bem com Finnigan".

E pensando na mesma coisa que Rose, foi dormir.

Mas Rose Weasley o visitou durante o sono. E ele também fez uma visita ao sonho dela.

* * *

— Desculpe, Prof. Nolans, me atrasei! – Scorpius entrou correndo na classe de Defesa Contra as Artes das Trevas, mas não percebeu que não era o Prof. Nolans que estava lá.

— Sente-se, Malfoy – mandou Harry Potter, indiferente.

Scorpius mirou o Menino-Que-Sobreviveu e sentou-se ao lado de Alvo. Coisa que não passou despercebida de Harry. Afinal, ainda tinha muitas cadeiras vazias ao lado de sonserinos. Nem Harry Potter nem Draco Malfoy sabiam da amizade dos seus filhos. Os garotos optaram por não falar nada, com medo da interferência dos pais.

— Bom, como eu estava dizendo antes da chegada do Malfoy – Harry continuou –, estou aqui hoje para ensiná-los um feitiço muito difícil, mas muito importante. Não espero que vocês consigam logo de primeira, mas pretendo vir mais vezes para ver como estão o desempenho de vocês com isso...

— Terminei com Flint – Scorpius murmurou para Alvo. – Estava grudenta demais. Falou até em namoro. Não. Preferi terminar.

— É por isso que se atrasou? – perguntou Alvo no mesmo tom baixo. – Terminou com ela agora e a garota fez um escândalo?

Scorpius apenas assentiu e os dois voltaram a prestar atenção no que Harry dizia.

— O feitiço que irei ensiná-los chama-se feitiço do Patrono.

Houve murmúrios por toda a sala. Rose e Roxanne se entreolharam. A ruiva sempre quisera aprender esse feitiço. É claro que seus pais já tinham falado dele, mas sempre que perguntava como se conjurava, eles diziam:

— É muito complexo para você!

— Bom, como eu disse – continuou Harry –, não espero que vocês aprendam de primeira. Mas continuem tentando depois que conseguirão. A fórmula é bem simples. Entretanto, precisa de algo mais do que a fórmula. Será que alguém poderia me dizer?

A mão de Rose ergueu-se no ar e não foi nenhuma surpresa para Harry.

— Diga, Rose – pediu.

— Está ligado aos sentimentos. A fórmula não significa nada sozinha porque, para conjurar o Patrono, precisa pensar no momento mais feliz. O sentimento mais feliz.

— Muito bem, Rose! Dez pontos para a Grifinória – Harry disse.

Outra mão ergueu-se no ar.

— Sr. Malfoy? O senhor gostaria de perguntar algo? – Harry ficou surpreso.

— Não. Bom, quer dizer, é meio que uma afirmação. O Patrono está ligado ao amor, não é? No caso, quando duas pessoas são almas gêmeas, tendem a produzir Patronos que representem isso.

— Muito bem colocado, Malfoy. Dez pontos para a Sonserina.

— O que muito me admira o Malfoy ter conseguido fazer uma afirmação desse nível já que o pai dele não é capaz de produzir um Patrono – Rose debochou em voz alta.

Scorpius olhou para a garota. Ela o encarou de volta. O olhar de Scorpius estava frio, magoado. Ela não poderia ter falado isso.

Alvo também olhou para a prima, chocado. Não era do feitio dela provocar desse jeito. Alvo e Rose eram os únicos que sabiam dos sentimentos de Scorpius em relação à família. E ela não podia ter feito isso.

Na hora que recebeu um olhar repreender do primo, Rose arrependera-se na mesma hora. Não queria falar aquilo. Estava com raiva de Scorpius e, simplesmente, escapara.

Ela sentiu-se mal. Scorpius parou de mirar a garota e ergueu sua mão novamente.

Harry olhava de Rose para Scorpius sem saber o que dizer. No momento em que viu a mão de Scorpius no ar, sentiu-se aliviado.

— Diga, Sr. Malfoy.

— Eu gostaria de tentar, Professor. Gostaria de tentar conjurar o Patrono – havia determinação na voz de Scorpius.

— Claro. Pode ser o primeiro.

Scorpius levantou-se e ficou em frente à sala toda.

— A fórmula é Expecto Patronum. Mas lembre-se dos sentimentos positivos, Ok? – Harry falou.

Scorpius assentiu. Pensou em quando Rose aceitou namorar com ele. E com aval de Harry, bradou:

Expecto Patronum!

Uma luz prateada saiu de sua varinha e percorreu a sala. Todos ficaram admirados com isso. Até mesmo, Rose.

— Brilhante! Brilhante, Sr. Malfoy! Estou impressionado! – Harry exclamou, admirado. – Dez, não, quinze pontos. Quinze pontos para a Sonserina.

Scorpius deu um sorriso. Também ficara impressionado com o que fizera.

A admiração de Rose passara tão rápido quanto viera. Queria impressionar. Mostrar que era melhor que o Malfoy.

— Eu também quero tentar!

— Claro, Rose. Venha – chamou Harry.

Rose foi para o mesmo lugar em que Scorpius estivera. Ficou na frente da sala. Scorpius a encarava com um sorriso presunçoso. Rose o encarou, decidida. Iria mostrar que conseguiria.

— Pronta, Rose? – Harry perguntou. – Não se esqueça das lembranças felizes.

Rose assentiu e se concentrou. Sem querer, acabou pensando no dia em que começara a namorar com Scorpius.

Expecto Patrounum! – bradou.

A mesma coisa que acontecera com Scorpius aconteceu com ela. Uma luz prateada irrompeu por sua varinha e percorreu por toda a sala.

Harry olhava, fascinado.

Rose sorria. E sem querer, Scorpius imitava o gesto.

— Muito bem! Muito bem, Rose! – exclamou Harry. – Quinze pontos para a Grifinória!

Rose sorriu e voltou ao seu lugar. Depois da ruiva, outras pessoas foram tentar, inclusive Alvo, Roxanne e Jonathan, mas ninguém mais conseguiu produzir o que Rose e Scorpius produziram.

Alvo só conseguiu um fiapo de luz prateada. Harry o encorajava a continuar tentando. Dizia ao filho que estava muito orgulhoso dele. Roxanne conseguiu a mesma coisa que Alvo e, da varinha de Jonathan, só se via uma fraca luz prateada na ponta.

Avery também tentou. Mas nada, nem um mísero sinal se luz saia. Não importava quantas vezes tentasse, não saía nada.

— Talvez a energia dela seja tão negativa que não seja capaz de produzir um mísero Patrono – comentou Scorpius baixinho para Alvo, que concordou.

A aula acabou e como dever de casa, Harry mandou que continuassem treinando o Feitiço do Patrono.

Rose se animou. Talvez, se treinasse mais, conseguiria alcançar um Patrono Corpóreo. Scorpius também estava empolgado. Escreveria hoje mesmo aos seus pais contando do seu feito. Tinha certeza que Draco Malfoy ficaria orgulhoso dele.

Alvo e Scorpius caminhavam até o Salão Principal juntos, quando foram parados por três garotas da Sonserina.

— Hey, Malfoy. Soube que terminou com a Flint hoje, é verdade? – perguntou a garota de cabelos castanhos ondulados.

— É, é verdade – Scorpius confirmou.

As meninas deram risinhos.

— E vocês? Estão disponíveis? – o garoto perguntou, sorrindo galante.

A menina de cabelos castanhos rapidamente respondeu.

— Para você, sempre.

— Ótimo. Como é seu nome, meu doce? – Scorpius perguntou, se aproximando.

— Denille. Denille Nott – ela respondeu rindo.

Scorpius segurou sua cabeça, inclinou-a e lhe deu um beijo de tirar o fôlego.

Mas neste mesmo momento, Rose Weasley apareceu. Ela estava acompanhada de Roxanne e Jonathan.

Alvo olhou para a prima. A menina ameaçava chorar.

— Rose, olha... – Alvo tentou.

— Não! Eu estou bem – Rose segurou as lágrimas e adentrou o Salão Principal. Ela foi seguida por Roxanne, Jonathan e Alvo.

— Ridículo! Totalmente ridículo! – Lílian murmurou quando a prima se sentou.

Rose olhou para Scorpius e Nott. Eles pararam de se beijar e agora estavam rindo.

Por um momento, o olhar de Scorpius e o de Rose se encontraram, então o garoto murmurou algo no ouvido de Nott e os dois deixaram o Salão Principal, ainda rindo.


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Notas finais do capítulo

Então gente. Espero q tenham gostado!
Beijos!!!



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