PLDT-Novos conflitos escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 25
Emoção Quase Exagerada.


Notas iniciais do capítulo

Oi...Eu sei que tudo dava a entender que eu nunca mais postaria nada aqui, mas, gente tanta coisa aconteceu, tantas mudanças, tantas histórias novas para administrar, mas, é como eu digo, se eu começo uma coisa, eu termino! Então fiquem sabendo que PLDT está voltando, e a prova disso é que postarei três capítulos hoje!

Boa Leitura!



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Bernardo estava a encarando, ela podia sentir, mesmo de olhos fechados, ela sabia. Ele estava tentando comprovar se o que aconteceu foi real. Se ela estava mesmo em sua cama, depois de ter feito uma declaração clichê sobre escolhas e se a mesma não havia desistido disso.

—Está sendo patético,Bernardo Donathello. — anunciou, se remexendo na cama, de modo que ficasse mais confortável, e pudesse encara-lo melhor, após abrir os olhos, e foi isso que ela fez.  Se deparando com seu rosto mais belo do que de costume, já que a luz do sol que entrava pela janela, refletia nos olhos verdes de Bernardo, os tornando mais brilhantes.

—E quando é que eu não fui patético por você, Mel? — indagou, apoiando o cotovelo na cama, e segurando o rosto com a mão. Ele sorria para ela , e era o melhor “Bom dia” que ela poderia ter.

—Tem razão...Você sempre foi a “mulherzinha” dessa relação. — Mel debocha, e os dois gargalham. Sem mais delongas, Bernardo sobe em cima dela, e a dá o tão esperado cumprimento matinal, expresso por um beijo cheio de paixão e desejo.

               Melyssa que estava apenas coberta por um lençol, alisou as suas costas também nuas, de forma que pudesse aprofundar aquela caricia. Bernardo passou a beijar o pescoço dela, de forma tortuosa, enquanto ela, ofegante, puxava seus cabelos.

—Eu...Estou tão feliz. — Bê confidencia com sussurros, em meio aos beijos.

        Mel toma o controle da situação, e montou em cima dele, começando a acariciar o peitoral malhado, a qual, por tantas vezes, ela foi abraçada. O Donathello suspirava de prazer, enquanto observava aquela que acreditava ser a mulher de sua vida, o enchendo de amor.

          Ela colou seus lábios mais uma vez,  de uma forma mais lenta, apreciando cada segundo daquilo como se fosse o último. Naquele momento, ela nem ligava para o fato dos pais dela terem escondido algo importante dela pela milésima vez, também não importava que Gustavo não fosse o cara que ela pensava que ele era...Não existia mais nada, além dela e Bernardo ali...e Jessy.

       Porque quando os dois estavam prontos para mais uma rodada de sexo de reconciliação, o celular de Bernardo começou a tocar, interrompendo o momento de caricias. Mel gemeu de frustração, quando Bê a jogou para o lado, alegando que precisava atender a ligação, pois podia ser importante.

—É a Jessy. — ele murmurou como um aviso, antes de atender, fazendo Mel revirar os olhos. — Oi..É Jessy...Claro que eu me lembro que sou o padrinho desse casamento...Por que eu não estou na cerimônia ainda? Bem, porque...É claro que eu sei que que só faltam uma hora para o casamento...É eu sei que estou atrasado...Mas, é que... — antes que ele invente uma bela explicação, que envolvia uma mentira, Melyssa tomou o celular de sua mão.

Oi Jessy, sou eu, sim, a Mel, tenho uma super novidade, eu me reconciliei com o Bernardo...E eu estava prestes a ter o melhor sexo da minha existência, quando você ligou para ele...Então ao menos, que você queira que eu espalhe todos os seus segredos sórdidos na internet, não enche mais o saco. — nem esperou resposta, antes de desligar a chamada na cara dela.

—Uma vez cruel, sempre cruel. — Bernardo brinca, jogando o celular para longe.

—Eu sei que isso te excita, não se finja de inocente. — Mel debocha, subindo em cima dele novamente.

—Mel, Jessy está certa, já devíamos estar no casamento, somos os padrinhos. — Ele lembra sua versão adolescente certinho, quando diz isso.

—Bem, pelo que você me disse, temos uma hora antes desse casamento começar...Podemos brincar por uns vintes minutos. — dito isso, ela não diz mais nada, e logo volta de beija-lo.

[...]

               A decoração do casamento estava tão linda, que até Melyssa, a mais indiferente das mulheres, quis chorar de emoção. Também quem pudera, era impossível, olhar  para aquelas fotos polaroids penduradas em barbantes, e não se lembrar de quando a história de Duda e Ícaro começou, eles eram só adolescentes, assim como ela e Bernardo, e apesar da jornada dos dois, não ser tão conturbada quando a dela e do Donathello, não deixava de ser especial.

       Jessy caprichou, ao decorar aquele parque, que fora escolhido para sediar a cerimônia, ela aproveitou bem  a natureza já existente, e só armonizou com cores neutras, como bege e branco. A pequena orquestra da Gilbert's Parker's ficara responsável por distrair os convidados, com uma música calma, e a cabine de fotos, próximo ao mini bar ao ar livre, trouxe pura diversão a todos.

         Mel já havia cumprimentado todos seus amigos, que convenientemente haviam chegado mais cedo que ela e Bernardo, e aguentou os olhares que expressavam a grande pergunta “ Vocês estão mesmo juntos de novo?” Dessa forma, ela respondia, agarrando a mão de Bernardo com segurança.

            Ela atacou a mesa de aperitivos assim que chegou, pois estava faminta depois da noite que teve. Bernardo apenas riu da afobação dela, Mel nunca fora de comer tanto.

—Okay, Mel, acho que você já está exagerando...Esse é seu quinto cupcake. — Bernardo acusou, e a loira, limpou sua boca que estava suja de chantilly, olhou para o bolo em suas mãos, e rapidamente o colocou sob uma mesa vazia, quando notou que Bê estava certo.

—É...Ultimamente tenho comido demais, o vestido que a Jessy fez quase não fechou em mim...Acho que é estresse. — ela comentou, rodeando o pescoço do Donathello com os braços, e o presenteando com um selinho doce.

—Não acredito que você conseguiu convencer a Jessy, a te liberar do castigo que é usar aquele vestido rosa exagerado de madrinha...A Sabrina está praticamente soltando fogo pelas ventas, por ter de usá-lo. — ele ri de sua irmã, e Mel a acompanha.

—Isso é porque, ela não é a melhor amiga da Jessy, e sabe como manipulá-la. — debochou divertida.

—Não. Isso é porque ela não é Melyssa Gilbert Parker...A garota que converte até a mais pura das almas. — Bernardo brincou, e Mel revirou os olhos.

—Sim, eu consegui a alma do garoto mais bondoso, gentil e carinhoso da Califórnia. — ela concorda ironizando.

—Adoro quando você me elogia, isso alimenta meu ego em níveis extremos. — comenta sorrindo.

—Pena que eu estava falando do Hector. — diz sucinta.

       Bernardo faz sua melhor expressão de ofendido, e puxa Mel pela cintura, a trazendo para mais perto de si.

—Sabrina te esganaria se te houvesse dizendo isso. — ele afirma.

—Bem, que bom que eu tenho um príncipe em um cavalo branco para me salvar. — ela ironiza.

—Esse seria eu? — Bê arqueia uma sobrancelha.

—Esse sempre será você. — Mel confidencia.

            Ele olha para aqueles olhos azuis, que foram responsáveis por despertar tantos sentimentos nele; Amizade, paixão, raiva, decepção e por fim amor, e confirma mais uma vez que não importava quantas decisões erradas ambos possam tomar, eles sempre achariam o caminho de volta um para o outro.

         Melyssa era sim uma pessoa instável, egoísta, impulsiva e com tendências a fazer coisas  perigosas, mas, nem isso, fazia voltá-lo atrás na decisão de sempre acreditar que haveria um amanhã para eles.

             Bernardo então a beijou, juntou seus lábios em uma caricia apaixonada, tentando demonstrar por meio dela, que a amava mais do que qualquer coisa no mundo, que a amava com tudo que tinha, e que sem ela, esse tudo, se transformava em nada.

         Quando se separaram, Mel expôs um sorriso brilhante.

—Eu amo você. — sentiu que precisava dizer.

—Não mais do que eu te amo, Melyssa. — ele fala convicto.

—Tudo bem, já me conformei com o fato de que ninguém mais no mundo, me amará tanto quanto você me ama. — e ali eles continuam o jogo de brincadeiras.

          Assim, quando Joeye surge, eles iniciam uma conversa divertida, sobre os assuntos mais loucos possíveis, tais como sempre faziam quando estavam juntos. O loiro fingia prestar atenção na conversa, mas, só  que focava de verdade, era na paz que Mel parecia exalar, isso mesmo, só parecia, ele sabia que apesar das coisas estarem perfeitamente bem com Bernardo, algo ainda a incomodava. Sim ela sorria, mas, de vez em quando, ela deslizava em sua felicidade um tanto forçada, e baixava o olhar.

—Vou buscar algumas bebidas, o que querem? — Bernardo avisa, se soltando de Mel.

—Só um suco. — ela diz sorrindo, pela primeira vez, a ideia de beber pela manhã a deixava enojada.

—Whisky. — Joeye não faz cerimônia.

          Bê assente e os deixa a sós.

            Melyssa se vira para o Smith, e revira os olhos, quando prevê o questionamento que virá a seguir. Não adiantava fingir com ele, não era sobre Joeye a conhecer mais do que qualquer um, era sobre Joeye ser mais esperto que qualquer um que pensasse a conhecer.

—Eu vou ter que te perguntar, ou você me dirá sob quais circunstâncias retomou seu relacionamento com Bernardo? — ele questiona, inclinando a cabeça para o lado, e fazendo uma expressão cínica, que deixava guardada para usar somente com ela.

—Eu estava frágil e precisava dele, e foi nesse brilhante momento decidi que isso seria o certo a fazer. — ela explica da melhor forma que pôde.

—Você o usou como bote salva-vidas, isso é sério, Mel? — o Smith arqueia uma sobrancelha.

—Eu não usei ele. — ela se defende, sem usar argumentos convincentes.

—Oh não, você só precisava de alguém para aliviar sua frustração sobre não ter controle das coisas, e decidiu que seria legal, usar o que acha que ainda sente por ele, para buscar conforto em seus braços acolhedores. — Joeye debocha convicto. — Me diz Mel, quem te machucou a ponto de você tomar conhecimento que já sabia o que queria para si? — ele questiona com ironia.

—Ninguém...Eu só briguei com meus pais. — ela fala a verdade em partes.

          Joeye a avaliou, e suspirou, quando percebeu o obvio.

—Foi ele. Gustavo Bennett...O que ele fez para você? — é direto.

—Ele não fez nada. — Mel parecia frágil de um jeito que nunca esteve antes, quando falou aquilo.

—Não pode fazer isso, Lily, não pode engolir esse sentimento, não pode agir como se não soubesse que está apaixonada por um cara, que apesar de soar como um cretino, é o cara que você ama agora, e o qual, provavelmente, amou desde que conheceu.  — Okay, ela admitia, Joeye ter sempre que ser o Joeye era um saco.

—Olha só, o fato de você ter usado esse apelido ridículo, não suaviza o fato de que você está me acusando de ser a mesma pessoa manipuladora de antes. — Melyssa expõe sua opinião.

—Me diz uma coisa; Você se lembra que me pediu para pesquisar sobre uma tal Cecília Banner, que estava envolvida com esse Gustavo, e eu disse que não havia encontrado nada? — ele questionou sério e ela assentiu. — Eu menti, eu tenho a ficha da garota, preferi não te mostrar, porque tomei eu próprio, a decisão de tentar te livrar da indecisão de não saber quem escolher. Mas, eu notei que estava errado, hoje mesmo você receberá um Emai-l com todas as informações, e será sua, a escolha de abri-lo ou não. — ele avisa, e sem se importar com as verdades que despejou em cima dela naquele momento, ele a abandona ali e vai atrás de Jessy.

—Hey, o suco. — Bernardo surge do nada, com três copos em mãos. — E parece que o Joeye não quer mais o whisky. — ele meio que cantarola.

—É...Joeye nunca é específico sobre o que ele quer...Ou talvez seja eu. — Mel diz atordoada.

—Você está bem? Há alguns minutos estávamos fazendo brincadeiras e você sorrindo, e agora parece que viu um fantasma. — Bernardo comenta, colocando os copos  com maestria sob a mesma mesa que Mel pôs o cupcake.

—Sim...Eu...É só que é o casamento do Ícaro, demorei até demais para surtar. — ela volta a si rapidamente e mente, como de costume.

        A rotina da Parker perdida.

—Okay, isso é normal, é o casamento de um dos seus melhores amigos. — Bê a tranquiliza sorrindo.

—É...Deve ser. — concordou por alto e em seguida suspirou.

[...]

      A entrada da noiva, foi como em uma daquelas cenas de filmes baseados em livros, nas quais, o momento sai bem melhor do que você imaginava. A música harmonizava perfeitamente com o sorriso encantado que Duda esboçava, enquanto ia em direção ao grande amor de sua vida. As mulheres sensíveis choravam, enquanto Mel se preocupava, em focar em Ícaro. Queria guardar para sempre em sua memória e em seu coração, a expressão dele naquele instante.

                  As pessoas sempre prestavam mais atenção na noiva, durante sua entrada, só que Mel era diferente, ela prestava atenção no noivo. Naquele olhar de satisfação, beirando a felicidade sem medida, que ele enviava para aquela que prometeria amar até que a morte os separasse.

        Não dava nem para acreditar, que aquele mesmo homem, que estava ali, pronto para ter uma grande responsabilidade, era o mesmo garoto com quem ela se agarrou no chuveiro do vestiário da escola, o mesmo garoto que lutou por ela silenciosamente, até perceber que ela nunca cederia, o mesmo cara que dividiu os melhores porres de sua vida, aquele que lutou pelo seu direito de escolha, e que se descobriu alguém novo da forma mais certa que podia fazer isso.

               Eles fizeram votos engraçados de comprometimento, que rendeu risadas em todos, e quando por fim a hora do beijo chegou, os convidados bateram fortes palmas.

          Era o momento mais perfeito do dia; O sol estava se pondo e o conjunto de cores vibrantes destacava-se próximo ao altar, por o local do casamento ser em meio a muitas árvores.

             A brisa bateu nos cabelos de Mel, e ela sorriu; tudo bem que sua felicidade não parecia completa, como Joeye disse, mas, ali, o fato de tudo estar indo bem para Ícaro, a fez melhorar. Bernardo a abraçou por trás, e juntos fitaram aquela paisagem quase inacreditável.

                      Fugiu um pouco daquela perfeição, para prestar atenção em seus amigos, e seu sorriso aumentou; Sabrina e Hector dançavam uma música lenta, e pareciam bem conectados. Joeye tentava controlar Jessy, que surtava por algo estar errado com o Buffett, e a escutava calmamente. Eshyley e Cat riam de algo, enquanto enchiam a cara, Ken paquerava algumas garotas e  seus pais olhavam na direção dela, pedindo silenciosamente, uma chance de se explicarem.

                         Mel balançou a cabeça, como se dissesse que aquele não era o melhor momento. Ela nem sabia se havia um bom momento para aquela discussão. Ela estava cansada disso, das mentiras, das ocultações e das descobertas bruscas. Estava definitivamente cansada das complicações, pela primeira vez em sua vida, a ideia de algo ser fácil, a deixava extremamente feliz.

          A festa transcorreu de maneira agradável, todos se divertiram na pista de dança, com mais essa parte do reencontro. Em determinado momento, Melyssa até tocou algumas notas no piano. Tudo por Ícaro afinal.

       Chegada a hora, que todos se despediriam dos noivos, para que eles pudessem ir para sua lua-de-mel, Mel se aproximou dos recém-casados, demonstrando o quão feliz estava por eles.

—Uou...Ícaro é um homem casado agora. — ela afirmou fazendo uma careta, e seu amigo a abraçou com todo carinho que sentia por ela, fazendo algumas lágrimas de emoção caírem dos olhos da ex bad girl.

          Quando se separaram, ele beijou a testa dela delicadamente.

—Eu estou feliz por você estar aqui. — ele confidenciou.

—Nós estamos. — Duda corrigiu.

—Bem, eu também estou feliz por estar aqui. — Mel diz, e os dois riem. — Aqui está o presente de vocês. — fala tirando uma caixinha de veludo da sua bolsa, e entregando a Ícaro.

         O Scott franziu as sobrancelhas antes de abri-la, e ficou ainda mais confuso quando se deparou com uma chave.

—É a chave de um dos carros na nova coleção...O primeiro carro dos recém-casados. — ela explicou, como se um presente caro daquele não fosse nada.

—Você é louca. — Ícaro afirma. — A garota mais louca que eu já conheci. — complementa e ela gargalha.

—A garota que quer que você seja muito feliz. — após isso, ela abraça Duda, e pede que ela cuide de Ícaro, e até faz uma leve ameaça.

             Logo ela parte para mais uma rodada na pista de dança, dessa vez acompanhada de sua irmã Lindsay, que parecia bem feliz em curtir mais uma noite com a irmã. Isso mesmo, noite, o dia havia praticamente voado.

                A madrugada chegou, e a esse ponto, Mel já estava jogada no jardim, sem seus saltos, atacando uma bandeja de aperitivos. Bernardo riu disso, e se sentou ao lado dela.

—Você está bem? — indagou curioso.

—Só estou com fome. — ela comunica.

—Okay...Então, já está tarde, acho melhor irmos embora, quer ir para minha casa? — ofereceu sorrindo.

—Na verdade...Vou ter que recusar seu convite...Vou para meu apartamento, sinto falta de ficar lá. — Mel diz se levantando.

—Tudo bem, senhorita. — Bê falou se levantando também e a puxando pela mão com carinho.

            Eles vão em direção aos amigos que restaram para se despedir  e só os que realmente importam são agraciados como um abraço. A despedida ia bem afinal, até mais uma daquelas descobertas inesperadas, atingirem Melyssa.

          E quem foi responsável por lhe dar a informação fora nada mais, nada menos que Sabrina.

—Bernardo, não continuamos aquela conversa de ontem, sobre a turnê...Então, você já se decidiu? — a irmã dele indagou, sem aparentar ter más intenções, só parecia muito curiosa.

                O Donathello engoliu a seco, dando a entender que aquele não era um assunto sobre qual pretendia falar.

          Então, antes mesmo que ele responda, Mel intervém.

—Que turnê? — parecia incomodada.

—Ele não te contou? O empresário do Bê arranjou uma nova turnê mundial, bem mais abrangente e longa do qualquer coisa que ele tem feito, um ano acredita? Mas, Bê ainda não havia se decidido se aceitaria isso, quando nos falamos. — Sabrina explica, estranhando o fato de Mel ainda não saber disso.

—Não, eu ainda não sei o que fazer...Mas, depois falamos sobre isso, Mel precisamos ir. — Bernardo corta qualquer possibilidade daquela conversa continuar.

       Melyssa assente, e passa por ele rapidamente, segui-lo naquele momento não era uma opção.

          Os seguranças vão no carro de trás, e Bê vai no dele dirigindo. Estava tenso, enquanto prestava atenção na rodovia, pois Mel ao seu lado, se encontrava em silêncio, com a cabeça encostada no vidro da janela. Era isso, mais um problema para uma coleção deles.

          Quando ele estacionou em frente ao prédio dela, Mel permaneceu parada, não deu nenhum indício que sairia do carro, ao menos, não até ter uma explicação. Uma boa explicação.

—Eu sei o que está pensando. —Bê diz, soltando suas mãos do volante.

—Uau, que bom que temos um Edward Cullen aqui. — Mel debocha, com sua melhor postura de deboche.

           Ele a ignora. Um dom real que havia aprendido com o tempo.

—Eu sei que está se perguntando, porque eu não contei sobre essa turnê hoje, e a resposta é: Está tudo bem entre nós, e eu não queria estragar isso, e nem sei se eu vou aceitar fazê-la. — ele tenta explicar de uma forma que não ferre com tudo.

     Mel o encara.

—Se não aceitar, será por mim? — ela queria saber, e isso surpreendeu ele. Esperava pelo menos mais um surto dela, antes dela agir pacificamente.

—É claro que sim...Será porque, se eu me ausentar agora, todos nossos planos de recomeçar vão por água a baixo...Eu não vou pedir para que me acompanhe, porque sei que não faria isso...E eu estou cansado de ser a pessoa que estraga as coisas entre nós. — ele desabafa, e pela vigésima vez naquele dia, lágrimas se formam nos olhos de Mel.

—Não pode desistir de algo grande como isso por mim, Bê...É seu sonho...Sei que repeti mil vezes que eu fazia parte dele, mas, nunca fiz...Foi por isso que eu não fui para a faculdade de música com você...Desde que virei uma adulta, tenho andado por ai, fingindo que ainda sei quem eu sou, que sei o que quero...Mas, é mentira...Eu não tenho sonhos, nem ao menos algo que me mova...Mas, você tem isso, e é porque eu te amo, que eu tenho que dizer, que não pode abrir mão. — ela falou sincera.

—Está tentando dizer que vai me esperar? — parecia esperançoso.

—Não. — Mel é direta, e ele ofega. — Estou dizendo que estamos nadando contra a maré...Não está cansado disso? Estamos desde os 16 anos acreditando que nossa história é especial, e que tudo vai acabar bem...Mas, não importa para onde eu olhe, o futuro sempre parece complicado. Eu quero respirar, Bê...Eu quero só um dia na minha vida, não ter que esperar que algo surpreendente aconteça..Sabe, antes, não saber como as coisas acabariam no fim do dia era excitante...Agora só é doloroso. — revela e é a vez das lágrimas de Bernardo começarem a cair.

—Tivemos uma madrugada e manhã maravilhosas... — ele comenta com a voz embargada.

—Para depois mais uma coisa mudar o jogo. — Mel completa.

—Achei que sempre fossemos encontrar o caminho de volta um para o outro. — o homem fala com dor.

—Esse é o momento que trocamos de caminho, Bê...Chega de romance...Eu posso ser sua amiga...Como nunca fui antes. — Ela oferece.

—Distância. É disso que precisamos. Um ano longe parece ser o suficiente. — ele anuncia suspirando.

         Mel engole a seco, antes de se virar, e beijar a bochecha dele delicadamente, suas lágrimas molharam as têmporas de Bê, mas, ele não ligou.

—Eu te amo. — repetiu algo que já tinha dito hoje.

—E eu...Sempre vou te amar. — Bê garantiu.

                  Ela saiu do carro, e como em um flash, já estava dentro de seu apartamento, pois havia feito tudo automaticamente.

        Ela suspirou e ali ela soube.

        Havia realmente acabado.


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Notas finais do capítulo

Ah, que saudades que eu estava de escrever sobre os meus meninos♥♥♥
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