O toque de suas mãos escrita por Tai


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura O/



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“Huh, er... Você continuará assim por quanto tempo?” Jhonatan parou de chorar alguns minutos atrás, mesmo assim, ele se recusa a me soltar.

“Não quero que você veja minha cara patética. Isso é tudo culpa sua, idiota.” Ele aperta ainda mais meu corpo. Seu rosto está encostado em meu ombro. É impossível olhar para ele desse jeito.

Quero tanto ver seu rosto.

“Isso foi inesperado... Eu não sabia que você gostava de mim desse jeito.” Apoio minha cabeça em seu ombro. O cheiro de seu perfume é tão agradável.

“Eu sempre te amei. Você deve estar me achando repugnante agora...”

Não. De tudo que está passando em minha mente, achar você repugnante está fora de questão.

“Nunca pensei em você assim; mas ouvir você dizer que me ama, realmente, me faz feliz. Eu acho que te amo também.” O aroma torna-se inebriante fazendo com que, impensadamente, minha face encoste-se à curva de seu pescoço.

De repente, Jhonatan segura em meus braços e me afasta. A intensidade do empurrão, por pouco, não faz eu cair de costas.

“Pirou foi?! Você não sabe que é perigoso fazer esse tipo de coisa!” Sua expressão está uma mistura de perplexidade e embaraço. Tão bonito.

“Ai! Eu to machucado lembra?! E por que perigoso? Não fiz absolutamente nada.” Após dizer isso, sorri infantilmente. Ele não percebe que posso ver seu rosto agora.

“Eu não estava brincando. De verdade, fico excitado quando você me toca.” Ok, não esperava este tipo de revelação. Não levei muito a sério quando ele disse isso na sua suposta declaração, mas ouvir isso agora, realmente, me deixa sem graça.

“Ah, Huh, certo.” Essa situação é constrangedora. Não posso olhá-lo agora, sinto meu rosto aquecer.

“Você começou. Huh, isso me lembra, você se declarou ainda pouco?!” Jhonatan chega tão perto de mim que sinto sua respiração em meu rosto. Se fosse como antes, sua aproximação não me incomodaria, mas, nesse exato momento, não consigo nem respirar.

“Você está muito perto, afasta.” Tento empurrá-lo, mas, inesperadamente, ele segura meus pulsos. O ruim de ter um amigo mais alto e forte se resume em momentos como esse. Uma vez pego é impossível fazê-lo soltar.

“Repita sua declaração ou eu lhe beijo, Decida-se Sr. Ian.” Ele me encara de maneira cínica. Então percebo que cavei meu próprio túmulo. Mas de maneira ou de outra, iríamos fazer esse tipo de coisa então, por que não agora?

Entrarei em seu jogo, Jhonatan.

“Beija-me, então!” O encarei de volta. Ainda assim, aperto meus punhos para não demonstrar hesitação ou nervosismo. Total oposto do que, na verdade, eu estou sentindo.

Meus pulsos são libertos para suas mãos se ocuparem com minha nuca. Logo seu rosto, vagarosamente, chega mais e mais perto, a ponto de seus lábios e os meus ficarem a uma distância de uma pílula*.

Mantenho meus olhos bem fechados, mas nada veio. No entanto, quando abro meus olhos, ele continua olhando para mim. Parecia estar incerto sobre algo.

“Você verdadeiramente quer isso?” Havia angustia em seu olhar.

Eu não sei bem o porquê de perguntar algo estúpido assim, se eu não quisesse jamais estaria aqui passando por isso. De qualquer modo, eu entendo sua hesitação. Era como se estivesse me forçando a isso. Segurando-me, o abraço, a declaração, e agora. Aliás, sou tão estúpido que sequer demonstrei o mesmo sentimento por ele. Se os papéis fossem invertidos, até eu ficaria assim.

Hora de deixar claro o que sinto por ele.

“Porque você está dizendo isso? Não é obvio?! Eu não sabia que gostava tanto de você até hoje. Se você não abrisse meus olhos, eu nunca saberia que esse sentimento é amor. Gosto de ficar ao seu lado; Gosto de conversar com você; Gosto da sua lasanha fantasticamente deliciosa. Sempre me sentia meio confuso quando ficava enciumado vendo você sorrir para aquelas meninas oferecidas da nossa sala. Eu só não sabia que isso era amor/ paixão ou diabos que você queira chamar! Eu estou aqui na sua frente, puto da vida, esperando por você vir me beijar e você ainda vem me dizer se quero isso?! Céus! Vou embora.”

Certo, talvez eu tenha extrapolado, mesmo assim, eu precisava confessar tudo deste jeito. Era necessário.

“No, no, não pense que deixarei você fugir de mim depois disso. Agora, tenho certeza dos seus sentimentos e da sua adoração pela minha lasanha; embora constantemente negasse que ela fosse, de fato, deliciosa. Tenha em mente, nunca deixarei você escapar de mim novamente.” Após dizer isso, Jhonatan segura meu ombro e vira meu corpo, voltando a sua posição anterior; entretanto, ao invés de vir diretamente em minha boca, seus lábios  encostam na minha testa, seguido por um beijo no nariz e, finalmente, sua boca chega na minha.

Por um minuto seus lábios só estavam tocando os meus. Até que sua língua pediu permissão para entrar na minha. Ele estava voraz, parecia estar há séculos querendo isso. Como resposta, meu corpo foi cedendo e logo percebi que eu estava puxando-o pela gola da camisa, como para não deixá-lo fugir. Sua língua estava num frenesi a procura da minha, numa movimentação tão intensa e ordenada que mal conseguia me manter em pé. Além do meu pau pulsar loucamente, como querendo fugir da minha cueca. Eu queria mais e mais, nunca iria largá-lo. Poderia morrer ali, naquele instante. 

~ ~

No fim, ele me obrigou a subir novamente em suas costas, iria levar-me para casa. Sobre a deixa de que meu corpo havia sofrido demais em um só dia. Claro, não pestanejei. Minutos antes, Jhonatan havia tocado na minha ereção, deixando-me em êxtase, para em seguida dizer da maneira mais cínica que pôde:

"Não vejo a hora de colocá-lo na minha boca" Havia malícia em seu olhar.

Ele sabia exatamente como me deixar envergonhado. Por isso me sujeitei a humilhação de ser levado novamente nas costas. Não tinha forças para falar e meu corpo estava sensível demais para continuar de pé.

Eu sou realmente vulnerável a ele.

A partir dessa noite tudo iria mudar. Mas sei que se ele não tivesse se declarado hoje...

algum dia, mês ou década, eu iria. 


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Notas finais do capítulo

Eu havia postado essa história em 2015, mas logo excluí.

Agora, 23/04/19, decidi entrar no nyah depois de tanto tempo. E reli a história. É incrível, parece que foi escrita por outra pessoa e não por mim (nem lembro de ter escrito essa história).
Enfim, decidi restaurá-la. A história é bem bobinha, parando pra pensar agora, mas, para o eu de uns anos atrás, não era. Isso que importa.

Contém erros como qualquer outra história, e optei por deixar a historia em sua essência. Foram poucas as alterações.



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