As Desvantagens de Ser um Semideus escrita por Jolly Roger


Capítulo 7
Mortes


Notas iniciais do capítulo

eu admito que esse capitulo esta pronto ha mais de um mês, não acho que esse é um dos melhores capitulos, mas um capitulo com esse tema não pode ser muito feliz...



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Meu nome é Jack, sou filho de Nice (a deusa da vitória) e tenho 18 anos e o meu assunto é o pior de todos.

Não existe uma pessoa mais importante para mim do que minha namorada Sarah. O verão no qual Percy Jackson sumiu seria nosso último no Acampamento Meio-sangue, já tínhamos 18 anos e estávamos prontos para construir nossa vida juntos.

– Então qual cidade você quer morar? - Pergunto.

– Estava pensando em morar em Nova Iorque mesmo. Não sei se estou pronta pra largar o Acampamento de vez. - Responde Sarah.

– Não se preocupe nenhum obstáculo é grande o bastante para não conseguirmos vencer.

– Isso parece algo que um verdadeiro filho de Nice falaria. - Ela diz me zoando.
Rio.

– Eu sou um verdadeiro filho de Nice.

– Deve ser por isso que você não desistiu depois do terceiro fora que levou de mim.

Sarah adorava me lembrar das minhas várias tentativas de namorar com ela. Ela costumava dizer que aquele verão foi o mais romântico de toda sua vida.

– Nem depois do sexto fora.

– Você me venceu pelo cansaço.

– Esse sempre foi o meu plano.

Sarah me puxa para um beijo.

– Te desafio a subir a parede a escalada antes de mim.

– Você está desafiando um filho de Nice? Só pode estar louca pra perder.

Vamos até a parede de escalada conversando e rindo.

– Estava pensando na gente apostar alguma coisa.

– Que tal 10 dracmas?

Sarah sorri.

– Tudo bem.

Ficamos lado a lado de frente para a parede de escalada com todo seu esplendor. Quando há uma competição oficial eles colocam lava e isso aumenta e muito o grau de dificuldade.

– 3, 2, 1 e já.

Subimos ao mesmo tempo na parede e em poucos segundos já tenho uma boa vantagem sobre Sarah, se estivéssemos correndo talvez Sarah ganhasse, mas na escalada ela não tinha chance alguma.

De repente não estou mais escalando e sim no meio da arena lutando contra uma quimera. Se você não sabe o que é isso é simplesmente o monstro mais estranho que eu já vi. Ele tem corpo de leão, cascos em vez de patas e seu rabo é uma cobra.

– Pelos deuses! Da onde você veio?

O monstro rugiu. Aposto que essa foi uma ótima explicação, mas infelizmente não falo leonês.

Volto a atacar o monstro e ele não parece nada feliz com isso. A cabeça de cobra tenta morder meu pé, enquanto a cabeça de leão tenta arrancar minha própria cabeça. Isso era o ruim com monstros de duas cabeças, você tinha que dobrar sua atenção. Sinto uma picada de cobra na perna e tenho certeza que essa cobra é venenosa, tudo na Grécia é.

Vejo pontos pretos na minha visão, ela fica tão embaçada que não vejo mais a quimera que está bem na minha frente. Esfrego os olhos com a mão e minha visão volta a melhorar e de novo mudo de lugar, agora estou de volta à parede de escalada. Sarah está quase chegando no final e tenho que apressar-me para alcança-lá.

– Ganhei! - Ouço ela gritar.

– O que você fez comigo?

Sarah desce até onde estou.

– Queria treinar um pouco da névoa.

– E então você me usou? - Pergunto irritado e começo a descer a parede.

– Jack! Espera, não achei que você fosse levar tão a sério.

Contínuo em silêncio.

– Desculpa, esqueci que você não sabe perder. - Ela diz me zoando.

Chego no chão.

– Eu sei perder, mas você roubou!

– Só porque usei minhas habilidades de filha de Hécate?

– Você não usou seus poderes pra te ajudar e sim para me atrapalhar. É diferente.

Sarah desce e fica do meu lado.

– Você está certo, me desculpa.

Sarah faz biquinho. Ela não estava arrependida nada, só não queria ficar brigada comigo.

– Ta bom. - Dou um selinho na minha namorada. - Entendo que esse é o único jeito para conseguir ganhar de mim.

Ela da um soco no meu braço. Olho nos olhos de Sarah, um roxo e o outro amarelo, cores totalmente incomuns e sinto que finalmente vou ser feliz.

A concha soa ao longe.

– Reunião agora? - Ela pergunta.

– Pelo jeito sim. É melhor irmos...

– Ah, não. Que tal ficarmos aqui?

– Mas e se os boatos sobre Percy Jackson forem verdade? E se forem confirmar agora? Ele meio que agiu indiretamente para nos conhecermos.

– Ta, vamos.

Sarah usa a névoa para ninguém perceber que chegamos atrasados. Nos sentamos ao lado do Jonathan.

– Oi. - Ele diz.

– E aí! Ta gostando do C20? - Pergunta Sarah para o irmão.

– É legal. O que mais me incomodava agora já não incomoda mais. - Diz ele apontando para os olhos.

– É, eu tinha certeza que você era meu irmão.

– Sim, os boatos são verdade, Percy Jackson está vivo. - Começa Quíron, quando ele é direto desse jeito é porque está muito ansioso. - Por isso vamos mandar uma equipe de busca.
Todos começam a falar ao mesmo tempo e algumas até se voluntariam.

– Calma, Annabeth vai liderar essa missão e ela escolherá seus dois companheiros.

Annabeth se levanta da primeira fileira e fica ao lado do centauro.

– Como todos já sabem os monstros não morrem mais, quer dizer eles nunca morrerão, mas agora eles voltam a vida rápido demais antes mesmo de virarmos as costas para eles. Por isso não adianta eu chamar os melhores guerreiros, que são muitos, se numa batalha não teremos chance alguma.

– Ela é inteligente. - Diz Jonathan.

– É o mínimo que ela deveria ser sendo uma filha de Atena. - Diz Sarah, ela não gostava muito quando elogiavam outras mulheres na frente dela.

– Então preciso de semideuses que me ajudem a não encontrar nenhum monstro e se encontrar me ajudem a vencê-lo sem uma luta. Samantha Samers, filha de Afrodite - Samantha se levanta, ao lado esta Connor - e Sarah Nolan, filha de Hécate.

Sarah olha confusa para mim, mas quando todos se viram para ela sua única escolha é se levantar também.

Depois das três conversarem a sós, minha namorada vem falar comigo no meu próprio chalé.

– É perigoso.

– Eu sei.

– Posso não voltar.

– Também sei disso.

– Vim aqui para me despedir de...

– Não vai ser uma despedida, vai ser um até logo.

Sarah fica olhando para os seus pés, depois levanta a cabeça e seu rosto inteiro esta molhado de lagrimas.

– O que aconteceu? Você por acaso foi visitar o oraculo?

Sarah nega.

– O que você fez?

– Um feitiço de visão do futuro...

– Santa Nice, por que fez tudo isso?

Sarah ficou quieta

– Já está na hora! - Gritou Samantha.

Sarah se vira e vai sem nem me olhar.

– Por que está chorando?

– Odeio despedidas.

– Não se preocupe, vamos voltar...
Isso foi o máximo que consegui ouvir antes das duas irem para muito longe.

Uma semana depois...

– É o dia delas voltarem. - Fala Jonathan da porta. - Por que toda essa tristeza?

– Alguma vez na vida quando você achou que finalmente poderia ser feliz, algo aconteceu e essa chance se vai?

– Já. E faz pouco tempo.

– Então, eu acho que a minha está prestes a acontecer.

– Como assim?

A concha soa ao longe. Eu estava com muito medo, mais medo do que quando estava na batalha contra o exército de Cronos. Uma pequena parte de mim torcia para Sarah ter entendido errado o que viu, mas visões ao contrário de profecias eram muito certas, aquilo era aquilo mesmo. Não tinha nenhum duplo sentido.

Enquanto ando até o Anfiteatro vejo Connor correr, com certeza ele encontraria sua namorada, já eu não teria tanta sorte. Sento o mais longe possível do palco, mais ainda sim consigo perceber que Annabeth está cabisbaixa.

– Silêncio. - Gritou o Sr D sem paciência. - É óbvio que não encontramos Pedro, mas conseguimos uma dica.

Annabeth levanta a cabeça e diz:

– No Grand Cânion, um garoto de um sapato só será a reposta.

Começa o falatório, isso com certeza não é uma profecia era realmente como o Sr D disse: uma dica. Então alguém grita:

– Cadê as outras duas?

– Já íamos chegar nesse ponto. Annabeth gostaria de falar o quê aconteceu?

A semideusa olha irritada para o deus, mas parece determinada a dizer o que aconteceu.

– Infelizmente fomos surpreendidas por duas empousais, queria ter sido mais astuciosa, mas não fui...

Annabeth não consegue continuar, vejo que está se controlando para não chorar. Todos ficam parados por alguns segundos, tempo suficiente para mim subir ao palco e abraçar Annabeth, sinto ela soluçando e molhando toda minha camiseta. Sabia que ela precisava de um conforto tanto quanto eu. De repente meu cérebro parece perceber que além da Sarah não estar aqui, Samantha também não está.

– Meus deuses! - Empurro Annabeth para poder olhá-la nos olhos. - A Samantha também morreu?

– Sim. Por quê?

– Sarah não me disse isso.

– Como assim não te disse isso? Por acaso... Não, não me diga que ela viu o futuro?

Antes que eu pudesse responder, Connor sobe no palco e aponta um dedo para Annabeth.

– Tudo isso é culpa sua!


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Notas finais do capítulo

Até eu estou triste pela morte da Sam



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