— Quem você capturou? – Pergunto para o Hotchner.

— Ainda não sabemos, ela não nos disse o nome dela Clarisse. – Ele me responde enquanto lê uma coisa em uma ficha.

— Posso ver ela? Talvez eu conheça, ou não, conheço muitas pessoas Hotchner. – Falo com raiva por ele não estar prestando atenção em mim. – Cadê o Spencer e a JJ?

— Interrogando ela. – Ele ainda não olha para mim.

— Garcia! Cadê você? – Grito meio alto, Hotch olha para mim de lado e apenas o ignoro.

— Aqui na minha sala querida! – Ela meio que grita para mim de volta.

  Deixo o Hotchner lendo seja lá o que for que ele estava lendo e vou atrás da “Rainha da Purpurina”, chego na sala cheia de coisinhas fofas e vejo que ela está olhando as câmeras de algum lugar, vejo o Spencer e a JJ e percebo que e a sala de interrogatório, a terceira pessoa está sentada de frente para eles, olho melhor a pessoa e me assusto com quem e, aquele cabelo com as pontas pintadas, uma tatuagem no braço de uma caveira com uma cobra, aqueles olhos escuros, da cor do vinho, aquela postura atenta, pronta para atacar na primeira oportunidade, Lilian, Lilian Grimm, uma das maiores Creepys e caçadoras da mansão.

— Eu conheço ela, isso e mal, muito mal Penélope. – Digo em voz baixa.

— Porque querida? – Ela me pergunta assustada.

— Porque Penélope, porque? Porque ela e uma das maiores Creepys que eu conheço, a um tempo atrás já estive cara a cara com ela, por um bom tempo, ela e um tipo de agente especial também, já trabalhei com ela, ela e uma ótima pessoa, mas odeia ser usada, isso e mal Garcia, isso não vai dar certo, a não ser que a Annie de as caras, ou as filhas dela apareçam. – Digo rápido.

— Então metade dos seus problemas está resolvido Clary. – Escuto uma voz harmoniosa falar atrás da gente, reconheceria essa voz até no inferno, Asurem.

— Oi Asurem, fazendo o que aqui? – Pergunto sem tirar o olho do monitor, já a Garcia se vira para ver o belo garoto.

— Impedindo o meu amor de fazer alguma besteira na vida dela. – Ele responde.

— Com amor você quer dizer Belle não e? – Pergunto rindo.

— Seu amigo querido? – Penélope me pergunta, faço que sim com a cabeça. – Que amigo bonito que você rem Clarisse.

  Asurem ri e eu o acompanho, ele chega mais perto e olha no monitor também, olho para ele, a expressão de brincadeira dele e transformada em medo e confusão.

— O que a Lilian está fazendo aqui? Isso e mal. – Ele diz em um tom levemente confuso e carregado de medo.

— Boa pergunta Asurem, as meninas vieram? – Ele confirma e eu solto um suspiro. – Pelo menos a Lily gosta delas.

— Será que ela ainda gosta delas Clary?

— Provável, ela e difícil de deixar de gostar de uma pessoa. – Ele olha para mim preocupado.

— Elas estão aqui ou estão chegando? – Passo a mão na cabeça dele para tentar acalmar ele.

— Sou o primeiro aqui, se importam de eu ficar com vocês?

— Eu tenho que ir para a sala apresentar o caso, podem ficar aqui. – A Penélope diz, ela levanta da cadeira e sai da sala, me deixando com o Asurem.

— Tenho uma péssima impressão sobre o dia de hoje, alguma coisa muito ruim vai acontecer, algo muito ruim. – Digo para o Asurem.

— Concordo com você Clary, infelizmente.

— Calma Asurem, não existe coisa que nós não podemos consertar, pelo menos e isso que nós pensamos, não é?

— Exatamente Clary.

— Bem, não vamos resolver nada se ficarmos aqui fazendo nada.

  Olhamos para os monitores de novo e vejo que a Lily, o Spencer e a JJ saíram da sala de interrogatório, eles estão todos na sala principal, ocasionalmente a Lily mexe no celular dela, provavelmente mandando mensagens para alguém.

— Deve estar falando com a minha irma ou com a Another. – Ele diz calmamente.

— Okay, não fale com esse tom, assim você me dá medo. – Ele ri do meu comentário e eu faço uma careta. – Não ria de mim, ou então eu te bato mocinho, entendeu? – Ele ri mais ainda e eu dou um soco no braço dele, ele se senta na cadeira do meu lado e mexe no celular dele.

— As meninas estão chegando, prepare-se, agora a coisa vai ficar seria.

— Eu sei Asurem, eu sei. – Vejo as três entrarem no prédio, Another com aqueles cabelos brancos, que herdou de sua mãe, Belle com aquela postura de uma líder e a Bia, com seu jeito largado de ser, com o cabelo levemente bagunçado. – Elas entraram.

— Eu vou la, para garantir que nada aconteça.

— Okay, boa sorte pequeno.

— Vou precisar, eu acho.