Querido Peter

Hoje lhe escrevo esta carta com o intuito de lhe informar a morte de nosso querido pai.

Solicito que apareça em vossa casa com a maior urgência possível

Com amor sua irmã Beatrice

Assim que termino de escrever dobro cuidadosamente e a coloco no envelope, chamo o mordomo e peço para postá-la.

– Que não demore muito – digo em voz alta – estou preocupada com ele.

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Que falta de cortesia, devo me apresentar antes de contar mais sobre minha historia, me chamo Beatrice Blackstorm, sei é um sobrenome meio estranho, tenho 23 anos, sou a mais velha de três irmãos, o do meio tem 21 e se chama Asurem, o mais novo Peter tem 18, tenho 1,90 de altura, tenho cabelos pretos com mechas roxas vão até a cintura (as mechas são naturais), meus olhos são de duas cores, o direito negro como a noite sem estrelas e o esquerdo laranja como o por do sol... sei também é muito estranho. Bem voltando à história.

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Levanto da mesa e ando até a varanda, que vista linda, não importa quanto eu olhe nunca enjôo, puxo uma cadeira de balanço e me sento, pra que uma casa desse tamanho se seus filhos nem te visitavam velho? Você nunca vai responder isso pra mim, que pena, no meio do meu devaneio meu celular começa a tocar, quem será agora? Bem melhor que ficar aqui me lamentando do passado, pego meu celular e olho quem é o infeliz que esta me ligando. Leio na tela:

Ligação de Another

O que essa garota quer comigo?. Atendo o celular e ouço aquela voz mansa, mas perigosa do outro lado da linha falar:

– Será que não podia atender mais rápido não? – pergunta ela.

– Pra que? Se eu não atendesse agora você iria me ligar de novo!

– Não precisa gritar! Enfim, essa linha e segura?

– Você sabe que sim. Qual e o problema Another?

– Precisamos de você.

– Pra que? Você sabe muito bem que eu não gosto mais de hackear computadores grandes.

– Só precisamos que de uma olhada rapidinha nos computadores do FBI.

– Porque não disse logo FBI é fácil. Onde vocês estão?

– Irei te mandar o endereço por e-mail.

– Ok! Até mais Another.

Ela desliga o telefone, quer dizer que eles precisam da minha ajuda de novo, isso pode ser bom, ou seja, terei de escrever outra carta, droga. Pego o telefone e ligo para a cozinha.

– Senhorita precisa de algo? – pergunta a cozinheira

– Quero saber onde está o Thomas.

– Ele está no jardim, senhorita, devo chamá-lo?

– Sim! Mary, também quero um pouco de chá com torradas.

– Sim, senhorita.

Coloco o telefone de volta no gancho e começo a escrever outra carta.

Querido irmão

Terei de me ausentar por um tempo...

Motivo:

Trabalho.

Deixo você com o Asurem, resolvam suas rixas!

Quando voltar quero vocês dois agindo como pessoas civilizadas e como irmãos decentes.

De sua querida irmã Beatrice

– Me chamou senhorita? – Thomas pergunta.

– Sim, pode enviar está carta juntamente com a outra para meu irmão?

– Com o maior prazer, senhorita.

– Esta dispensado.

Ele faz uma reverência leve e se retira - irei aumentar o salário deles, são ótimos empregados. Logo em seguida entra Mary carregando uma bandeja com meu chá e minhas torradas.

– Aqui está senhorita!

– Obrigada, pode descansar até a hora do jantar. Acho que teremos muitos convidados hoje.

– Se me permite a pergunta, senhorita, quem vira hoje? E que comidas terei de preparar?

– Alguns amigos do trabalho. Mande matar um boi e um porco. Teremos churrasco!

– Sim senhorita! Adoro ver você assim sorridente e feliz, lembro-me de quando você era um bebê, tão pequena e frágil, agora você esta igual a uma princesa!

– Não infle o ego dela desse jeito Mary. Você sabe que ela só e uma princesa quando lhe e vantajoso. - Ouço uma voz vinda da varanda – Se ela realmente fosse tão educada e polida assim com os amigos dela, ela poderia ter um casamento ótimo com um príncipe!

– Mary esta dispensada preciso trocar algumas palavras com meu irmão.

– Como a senhorita quiser.

Levanto da poltrona e vou até a varanda, exibido como sempre, observo meu irmão sentado no parapeito girando uma faca entre os dedos, ele está vestindo uma camisa azul claro de botões, uma calça jeans preta e um sapato social, onde pensa que vai?

– A lugar nenhum Bia. Vou ficar por aqui mesmo. Não tenho ninguém para perseguir ou matar.

Ele lança a faca na minha direção e a pego facilmente, começo a girá-la, meu irmão me olha de lado com raiva e fala:

– Essa faca é minha, seria muita gentileza se me devolvesse senhorita Beatrice – ele fala essa ultima parte com desdém.

– Quer? Vai pegar! – lanço a faca na copa de uma árvore em frente à varanda.

– Sua maldita! – ele pula na árvore e sobe.

Vejo sua silhueta passando entre os galhos, como uma cobra rastejando, engraçado somos gatos não cobras. Asurem e um rapaz alto com 1,87 de altura, com cabelos negros e bagunçados que vão ate os ombros, olhos amarelos de gato e um comportamento exagerado e exibicionista, como um gato.

De repente ouço meu celular apitar me libertando do meu devaneio, novamente, pego ele em cima da mesa e olho o que esta escrito:

Rua 18 Lote 36

Cidade: Londres

Vc sabe muito bem onde fica essa rua.

Começo a rir, depois de um tempo digito:

Melhor ainda.

Aproveitando que vocês estão aqui em Londres,

Que no caso é onde fica minha casa

Eu os convido para jantarem aqui

Que tal? Another.

Espero cinco minutos até receber a resposta:

Fechado

O q vai ser?

Penso um pouco antes de responder:

Vai ser uma surpresa!

Vc vai gostar,

Eu lhe garanto.

Dois minutos depois recebo a resposta:

Estarei ai as 19:30

Perfeito, tenho tempo o suficiente para preparar a casa. Recebo outra mensagem:

Irei apresentar a vc algumas pessoas novas ok?

Que estranho quem será? Embora eu esteja curiosa apenas respondo:

Tudo bem por mim

Até as sete

Não recebo nenhuma resposta depois disso.

Quem será? Espero que não seja ninguém desagradável. Pego a bandeja, vazia agora, saio do escritório e vou até a cozinha no térreo. Ótimo ninguém, se a Mary me visse aqui ela iria me dar uma bronca.

Agora aos preparativos

Quem será?