I can't lose you escrita por MylleC


Capítulo 16
Capitulo 15 - Escuridão rachada


Notas iniciais do capítulo

Eaeee. Gente sei que demorei, desculpa kkk mas sinceramente não achei que o capitulo ia ficar tão "difícil" de escrever e tão grande, provavelmente é o maior até agora. Fiquei quatro dias escrevendo ele e quase o dividi em duas partes, mas senti que seria muita crueldade com vocês.
Ficou bem grande e muita coisa aconteceu, então respirem fundo e boa leitura!



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Acalme-se, tudo vai ficar claro

Não dê atenção aos demônios

Eles enchem você de medo

A dificuldade pode trazer você para baixo

Se você se perder, sempre poderá ser encontrada

Apenas saiba que você não está sozinha

Porque eu vou fazer deste lugar sua casa

(Home – PhillipPhillips)

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Flashback

–Não quero que você vá.

Me virei para Joe, ele já estava de pijamas. Novamente havia saído da cama tentando me impedir de sair, eu já havia o colocado na cama duas vezes e já havíamos conversado sobre isso duas vezes, era sempre assim quando eu precisava fazer viagens longas a mando do trabalho. Suspirei sabendo que tinha que ter paciência.

Coloquei minha mala no chão e o peguei no colo, apesar de já ter sete anos Joe era menor do que as outras crianças de sua idade, mas ao mesmo tempo mais inteligente. Aprendia rápido e vivia dizendo que trabalharia no mesmo lugar que eu, que seria inteligente como eu. Gostava disso, gostava de ser esse exemplo todo para o meu filho. Subi as escadas e o sentei em sua cama. Baguncei seus cabelos e sorri.

–Olha Joe, você já esta um garoto crescido e acho que posso te contar algumas coisas agora. –Fingi uma expressão séria, como se fosse contar um segredo de estado.

–O que é? –Cochichou.

Cheguei perto de seu ouvido e sussurrei.

–Estou saindo em uma missão super secreta.

–Verdade? –Perguntou animado, o dente da frente faltando.

–Sim. Eu e o tio Bill vamos para uma ilha misteriosa chamada Lian Yu. Vamos lutar muito lá para salvar alguém dos inimigos. –Contei, exagerando um pouco para que parecesse apenas uma historias com um pouco de verdade. Não éramos permitidos a contar detalhes de nossas missões para ninguém.

–Que tipo de inimigos?

–Ninjas do mau. Então, enquanto eu estiver fora na missão você fica aqui e cuidar de tudo. Vou lhe dar sua própria missão. A tia Kelly virá te buscar pela manhã e te levar para a casa da mamãe, você irá cuidar delas, estudar bastante para a escola e se comportar. Quando menos perceber eu estarei de volta. Mas, tem que ser nosso segredo. Agentes não falam sobre suas missões.

–Mas você está me contando a sua. –Falou com um sorriso arteiro no rosto.

–Sim, mas você é meu parceiro. –Respondi. –Então? Aceita a missão, agente?

–Sim senhor. –Falou animado, batendo continência em gesto de respeito.

Repeti o gesto e sorri para ele.

–Agora vá dormir.

Ele se ajeitou na cama e o cobri novamente com o cobertor.

–Quando você vai voltar? –Perguntou.

Respirei fundo novamente, apesar de toda a distração ainda tinha o receio de quanto tempo eu ficaria fora.

–Logo. Eu prometo.

Flashback off

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POV Slade

O plano tinha que continuar, eu tinha que vingar Shado e acabar com o maldito Oliver Queen. Mas como pensar claramente quando meu filho que eu não via há anos estava bem na minha frente. Tão crescido...

–Não desista. Você não pode fazer isso. –Disse Shado ao meu lado.

Minha cabeça latejava e estava difícil pensar em algo. Apertei mais a nuca de Felicity, me certificando de que ela permanecesse ali, eu via como Queen estava olhando para ela e eu não deixaria que esses dois tivessem qualquer tipo de contato. Eu precisava terminar minha vingança. Por Shado.

–O que está fazendo? –Joe perguntou.

O que eu faria? Não podia fazer algo precipitado na frente dele. Não assim, o plano era vingar Shado e tentar ir atrás dele, tentar me reaproximar dele. Voltar para sua vida. Mas a vingança tinha que acontecer.

–O que eu tenho que fazer. –Respondi, tentando não demonstrar tudo o que estava se passando em minha mente agora.

–Matar? Todas essas pessoas? –Perguntou. Eu via decepção em seus olhos e aquilo estava me incomodando. Nunca quis que ele me visse assim. Novamente, tudo culpa de Queen. –Você prometeu... –Joe sussurrou. –Fiquei lhe esperando por anos, mas você nunca...

Não terminou a frase, mas eu sabia como terminava.

–Não quebrei minha promessa. Eu iria voltar.

–Quando? Quando eu fosse velho demais para continuar me importando com a promessa e então esquecê-la e te perdoar? –Havia um sentimento em seus olhos que eu não soube identificar muito bem, mas eu nunca o tinha visto assim antes.

–Quando eu terminasse o que tenho para terminar. Minha missão não acabou.

–Sua missão? –Quase gritou. –Eu falei com seu general algum tempo atrás, sobre eu entrar para o Serviço secreto daqui alguns anos... –Ele iria seguir meus passos? Isso seria incrível. –Perguntei algumas coisas sobre você, sua missão era somente resgatar Yao Fei. Não... –Olhou em volta. –Não massacrar uma cidade em busca de uma vingança que não sei da onde surgiu, mas não me importa. Precisa parar com isso.

–Parar?

–Não! –Gritou Shado. –Você precisa terminar com isso, precisa provar que me ama. Foi tudo culpa de Oliver, Slade, por culpa dele você não teve a oportunidade de me falar o que sentia, de ter uma vida comigo. A oportunidade que ele teve. Faça-o sentir o mesmo que você, mate-a.

Olhei Felicity ao meu lado. A raiva voltando a borbulhar em mim. Um movimento e eu acabaria com aquilo. Todos os amigos dele estavam ali, eu só precisava matá-los, mas não na frente de Joe. Bem, que não fosse na frente dele então.

Olhei o capanga ao meu lado, estava decidido. Eu teria minha vingança e o meu filho.

–Tire-o daqui. –Ordenei.

Joe me olhou confuso, mas entendeu quando o capanga mascarado foi em sua direção.

–Não!

–Não ouse machucá-lo, só o tranque na cela até eu terminar aqui.

Oliver armou uma flecha na intenção de impedir e dei passos para frente com Felicity, pressionando mais a espada em seu pescoço e isso o fez parar o movimento que faria. Joe foi tirado dali e tentei ignorar seus protestos. Um leve zumbido irritante em meus ouvidos estava presente desde que tudo aquilo começou. Balancei a cabeça tentando me focar no que estava fazendo.

–Termine com isso Slade. –Shado pediu. –Por mim.

–Eu vou. –Respondi.

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POV Oliver

Droga, o plano havia fracassado. Todos ainda estavam desacordados, o único que havia se mexido levemente era Barry. Mas nada de acordar. Apertei o comunicador em minha orelha enquanto Joe era retirado da Sala.

–Plano C. – Sussurrei.

Todo meu corpo estava tenso, o medo constante de que Slade fizesse o movimento final com a espada e tirasse Felicity de mim, eu não suportaria passar por sua perda novamente. A flecha que eu havia armado era uma das que continha a cura do Mirakuru, a decisão era: Atirar nos capanga que haviam sobrado na sala ou em Slade?

A decisão parece simples: Slade. O problema é que eu tenho que tomar muito cuidado, se Slade percebesse meu movimento ele iria matar Felicity, mas ainda assim tudo seria mais fácil se ele não tivesse o Mirakuru no organismo. Olhei Felicity e ela mexeu com a cabeça negativamente. De forma lenta tentando passar despercebido para Slade. Se olhos iam de mim para e flecha e então Slade. Ela não queria que eu o atingisse com a flecha? Por quê?

Seus olhos foram para um dos capangas parado na porta. Porque atirar a flecha com a cura no capanga e não em Slade? Para o plano C dar certo ele tinha que estar sem Mirakuru. Só se... Ele já estava sem Mirakuru no organismo? Mas como?

–Certo. Acho que agora podemos começar. –Disse Slade, depois de Joe ter sido levado.

–Pai. –A voz de Joe ecoou por todo o local, pelos comunicadores distribuído nas paredes. Isso significava que ele não estava preso, estava na sala onde se monitorava tudo, câmeras, comunicação e etc.

E que comece o plano C, eu tinha que agir logo.

–Não estava bravo com você por ter ficado preso na ilha. Estava bravo por ter saído dela e ter outros propósitos mais importantes. Mais importantes do que eu, uma vingança. Você me dizia que tinha muitas pessoas ruins no mundo e que você trabalhava pegando elas e salvando os inocentes, que esse seria meu trabalho se eu quisesse seguir seus passos. Eu quis, e é o que estou fazendo agora. Salvando pessoas inocentes. Sinto muito por você ser o cara mau.

E esse era o meu sinal. Meus olhos novamente se encontraram com o de Felicity e ela novamente olhou para o capanga. Bem, aquilo deveria significar algo. Me virei para o capanga lançando a flecha com cura em sua direção. Aproveitando a distração que Slade teve com Joe, peguei outra flecha rapidamente e atirei em sua mão que segurava a espada. A flecha entrou sem dificuldade e ele soltou a espada, com dor. Bem, ele realmente estava sem Mirakuru, como isso tinha acontecido eu saberia depois. Depois de ter acertado o capanga que atrapalhava a porta e Slade. Dig, Barry, Laurel e Thea se soltaram das cordas e se levantaram. Thea foi a primeira a ir para cima de Slade, isso me preocupou, os outros lutavam com os capangas Não enxergava Felicity em meio a confusão. Corri até Slade que ainda lutava com Thea e também o ataquei. Felicity estava do outro lado da porta, sendo guiada pela mão por Richard, que felizmente a tirava dali. Respirei aliviado e me foquei na luta.

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POV Felicity

Cheguei na sala onde aparentemente se controlava tudo ali naquela mina e encontrei Roy, Caitlin, Cisco e Joe ali. Richard foi rapidamente até um dos computadores.

–Felicity. –Roy veio em minha direção e me abraçou fortemente. Retribui, sentindo falta de todos os meus amigos. Aliviada por poder vê-los novamente.

Abracei Caitlin e Cisco também, olhando tudo o que eles faziam nos computadores. Haviam imagens da cidade lá em cima. Algumas casas pegavam fogo, carros batidos, policia e ambulância por todo lado. O estrago não havia sido na cidade toda, mas foi o suficiente para entrar na lista dos ataques terroristas da cidade.

–Onde está minha mãe? –Perguntei.

–Segura, Barry a levou para a cave. –Caitlin respondeu.

–Dr.Wells nos ajudou bastante com umas coisinhas. –Apontou para uma caixa grande em cima da mesa e fui até ela a abrindo.

–Armas? –Perguntei confusa.

–Não essa caixa, a outra. –Falou.

Abri a outra e haviam muitas balas de armas ali, eram azuis e brilhantes.

–Balas? –Aquilo tudo estava muito confuso.

–Bem, nem todos nós somos bons com arco e flecha, tem muitos capangas com Mirakuru por ai ainda. A policia está tendo problemas e eles estão saindo para destruir a outra metade da cidade que não foi atingida.

–Então vamos sair para atirar neles?

–Sim, as balas tem a cura.

–Nós a modificamos. –Richard entrou na conversa. –A cura não será apenas uma cura, é uma vacina. Se tentarem injetar Mirakuru neles novamente, não vai funcionar.

–Então, vamos? –Perguntou Roy, fechando o zíper de sua jaqueta de Arsenal.

–Vamos. –Disse Cisco, se levantando da cadeira. –Isso vai ser demais. –Disse animado.

Só então percebi que eles estavam todos com roupa preta. O que? Fizeram um uniforme pra todo mundo agora?

–E os outros? –Perguntei.

–Faz parte do plano Felicity. –Disse Caitlin, mas ela parecia preocupada também. –Nós ficamos responsáveis por sair por ai dando um jeito nos capangas. Eles... –Olhou para um dos monitores que mostrava as imagens de câmera da sala ao lado onde todos lutavam, aparentemente as mulheres de jaleco também sabiam lutar. –Ficaram responsáveis por Slade. Richard e Joe vão ficar e nos orientar. Waller queria se meter e fazer o mesmo que planejava da outra vez, mas conseguimos controlá-la.

Caitlin e Cisco pegaram uma arma cada um.

–Espera, eu também vou.

–De jeito nenhum. –Disse Roy.

–Nem pensar. –Richard se meteu de novo.

Olhei de forma reprovadora para eles.

–Não Felicity, Oliver me mata.

–Eu lido com Oliver depois. –Falei. –Não vou ficar parada sem fazer nada, tendo dois para orientar vocês, eles são muitos quanto mais gente melhor.

–Os outros logo vão se juntar a gente, Felicity. Você foi seqüestrada, deve estar cansada e fraca e...

–E não vou parar para descansar até isso acabar. Eu estou bem Roy, se não estivesse eu não iria. Quero ajudar.

Roy suspirou vencido e assentiu.

–Tudo bem, pegue um colete, uma arma e quando Oliver vir atirar uma flecha em mim depois, controle-o.

Sorri e assenti. Oliver realmente ficaria furioso, mas eu não queria ficar ali parada olhando. Lidaria com ele depois. Bem depois de enfim poder abraçá-lo, beijá-lo e matar toda essa saudade cruciante. Fui até a caixa, peguei um colete, aparentemente aprova de balas e parecia ter sido modificado, provavelmente algo da Star labs. Peguei uma arma e Cisco me explicou como ela funcionava.

–Felicity. –Richard me chamou antes que eu saísse. Me virei para ele que vinha em minha direção. Respirou fundo, procurando as palavras. –Sei que pensa que deixei você e sua mãe por não amá-las e... Sinto muito por tudo, mas tive meus motivos e quero esclarecer tudo quando conseguirmos conversar quando isso tudo acabar. Só queria dizer que estou feliz por você estar bem agora, por ter essas pessoas ao seu redor, te protegendo como eu não pude fazer durante tanto tempo. E estou orgulhoso pela pessoa que você se tornou.

Aquilo não era para significar tanto para mim, ele dizer que estava orgulhoso. Ele não tinha o direito, havia me abandonado. Mas, mesmo pensando nisso suas palavras fizeram algo comigo, me senti feliz por deixá-lo orgulhoso. A quem eu queria enganar? Eu sentia falta dele, muita falta e parece que só me dei conta disso agora que ele voltou a aparecer. Ele fez tudo isso para ajudar a me salvar e salvar a cidade, apenas de estar do lado errado no começo. Parte de mim quer esquecer o abandono e todo o resto, mas a parte que se lembra do quanto sofri quando ele se foi ainda tem um enorme receio. Ainda assim não consigo ignorar tudo isso, não consigo mais ignorá-lo.

–Quando tudo acabar, vamos conversar. –Falei. Sorri levemente e me aproximei o abraçando. Meu coração bateu forte quando ele retribuiu o abraço fortemente, doendo com a saudade que me sufocou aos poucos todos esses anos e enfim ele tinha voltado. Posso esquecer as magoas por alguns minutos e apreciar algo que eu também estava precisando. Esse abraço. –Senti sua falta. –Sussurrei, não tenho certeza se ele conseguiu ouvir, mas estou feliz por ter dito.

Me afastei e fui até a porta, dando uma ultima olhada para trás.

–Até mais tarde. –Falei.

Sai correndo para acompanhar Roy, Cisco e Caitlin.

Certos lugares da mina abandonada, que parece que Slade fez muitas reformas nela, era difícil de respirar e quando enfim chegamos na cidade respirei fundo. Enfim fora daquela maldita sela de cativeiro. Havia um cheiro estranho no ar, provavelmente ainda levemente poluído pelo gás.

–Foi sinistro. –Disse Cisco para mim. –Quando a nevoa de gás começou a se espalhar, parecia até um episódio de Once upon a time.

Ri com sua comparação, sentindo falta de toda aquela energia maluca de Cisco. Olhei um dos caras mascarados que corri atrás de um casal e mirei minha arma, disparando. Acertei em cheio em seu ombro e ele caiu, gritando.

–Belo tiro. –Roy elogiou.

Sorri e mirei em outro. Cisco acertou um e Caitlin também. Roy pulou em cima de um ônibus parado com uma grande batida na frente, disparou duas flechas seguidas, atingindo dois caras diferentes.

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Algum tempo já havia se passado, Laurel e Dig e Barry tinham se juntado a nós para “dedetizar” os capangas mascarados, Thea tinha começado a nos ajudar, mas Lyla precisou de alguém para ficar com Sarah enquanto controlava as coisas na A.R.G.U.S. nenhuma babá de la estava disponível com essa urgência, então Thea se ofereceu para ficar um pouco com a bebê.

Não parei de pensar um segundo em onde Oliver estava e se estava bem. No meio de toda a confusão Slade deu um jeito de tentar escapar e Oliver foi atrás, agora estavam os dois sumidos há quase uma hora. O comunicador não funcionava, então Dig e eu decidimos voltar e ver o que dava para fazer, enquanto os outro ficaram para terminar de prender os capangas que faltavam.

Chegamos na Cave, Richard e Joe estavam ali, tinham mudado de lugar há algum tempo atrás, também tentando achar Oliver. Fui até o computador e me sentei na cadeira ao lado de Richard. Meu corpo doía e implorava por descanso e meu estomago por comida, mas eu não pararia até encontrar Oliver.

–Felicity. –Dig colocou a mão em meu ombro e eu o olhei. –As coisas na cidade estão se acalmando, já vai amanhecer daqui algumas horas. Você precisa comer algo. Thea está lá em cima e pediu para você subir e comer.

–Dig... –Comecei a tentar recusar, mas ele me olhou de forma repreensiva.

–Não estou pedindo para você ir para casa descansar, que seria o certo, porque sei que você não vai. Mas, você precisa ao menos se alimentar.

Suspirei e olhei para as imagens das câmeras no computador e para o programa de reconhecimento facial que ainda procurava por Oliver.

–Tudo bem, mas eu vou comer e voltar aqui.

–Tudo bem. –Disse. Havia um brilho de vitoria em seus olhos.

Me levantei e Le segurou minha mão. Me voltei para ele novamente e Dig sorriu, se aproximando e me abraçando carinhosamente.

–Estou feliz por você estar bem. –Disse.

Apertei o abraço, quase feliz por estar de volta. Estarei completa quando Oliver estiver aqui, comigo e bem.

Sorri e me afastei, subindo até a boate que estava fechada. Thea estava no balcão segurando Sara que quase dormia, com a cabeça apoiada em seu ombro. Havia um prato com um sanduíche e um copo com água. Foi o primeiro que peguei e tomou quase tudo de uma vez, notando em como eu estava com sede.

–Você está bem? –Thea perguntou. –Quero dizer, tirando o sumiço de Oliver, o sequestro e enfim, toda a desgraça.

–Estou bem. –Confirmei, sorrindo forçadamente. –Só subi para comer porque Dig insistiu, e na verdade, agora eu to percebendo que estou realmente faminta.

Dei a primeira mordida no sanduíche, sentindo meu estomago aceitar de bom grado. Olhei Sara e sorri.

–Ela é adorável. –Disse Thea, notando meu olhar.

–É sim Dig, tem sorte. –Respondi, pegando a pequena mãozinha macia entre meus dedos.

–O filho seu e do Oliver será lindo.

–Filho? –Perguntei em choque por seu pensamento. Claro que já pensei em filhos e em um futuro, mas não acho que Oliver pense nisso. –Sinceramente acho que isso faz parte de um futuro distante demais. Na verdade, estou com um pouco de receio sobre o que ele vai fazer quando tudo isso acabar. Quero dizer, eu fui seqüestrada e ele tem toda essa preocupação de perigo comigo. Talvez queira terminar. Não sei, mas se ele não surtar acho que seria legal nós apenas... Descansarmos. Nos curtimos um pouco e Oliver se acostumar com a idéia de que nenhum maluco vai cair do céu, e me arrancar dele por eu seu sua namorada. E então, quem sabe podemos pensar nisso. –Sorri com a idéia de fazer planos para o futuro com Oliver, de termos filhos. Realmente ele seria lindo, com um pai desse...

Thea sorriu, parecendo satisfeita com minha resposta.

–Ele não vai terminar, e se ele tentar me avisa porque eu vou chutar a bunda dele. Mas, ele não vai conseguir ficar longe de você mais.

Sorri e torci para que ela tivesse razão.

–Queria que ele estivesse aqui. –Sussurrei. –Preciso encontrá-lo logo.

–Ele vai aparecer, bem e com Slade preso.

–Espero que sim.

–Felicity!

Me virei e vi minha mãe passando pela porta, sorrindo. Ela estava bem.

–Mamãe. –Fui até ela e a abracei fortemente. –Você está bem?

–Se eu estou bem? Como você está minha bebê?

–Preocupada, mas bem.

–Felicity. –Dig apareceu na outra porta, me olhando esperançoso. –Achamos.

–Mãe, fica aqui okay? Ainda estou resolvendo umas coisas, eu explico depois. Te amo, depois eu explico. –Falei enquanto corria até a porta que levava as escadas da Cave. Agradeci mentalmente por ter conseguido terminar de comer, me sentia com um pouco mais de energia.

Cheguei até onde os outros estavam, as imagens mostravam um lugar difícil de enxergar qualquer coisa. Parecia ser o lado de fora de um super mercado, o estacionamento. Mas o lugar estava cheio de... Neblina? Não vi Oliver em lugar algum.

–Onde? –Perguntei.

–O programa apontou que ele está ali e as câmeras o filmaram muito rapidamente. Slade estava ali também e os dois lutavam. As câmeras não pegam tudo e parece que a do outro ângulo está quebrada. –Explicou Richard.

–Nós vamos até lá então. –Falei.

–Tenho uma coisa que pode ajudar. –Richard pegou uma das armas e sorriu pensativo.

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POV Oliver

Cuspi um pouco do sangue em minha boca e respirei fundo com um pouco de dificuldade. Slade também parecia estar quase no limite. Parti para cima dele e tentei um chute, acertando em cheio sua costela, mas apesar de ter cambaleado um pouco ele tentou revidar com socos. Desviei na maioria deles.

O soco que me acertou me distraiu tempo suficiente para Slade conseguir me derrubar, suas mãos foram ao meu pescoço e apertaram com força, dificultando a passagem de ar. Com as mãos livres levei minha mão ao seu rosto e apertei seus olhos, mas ele não soltou, agüentando a dor, resistindo.

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POV Felicity

–Certo, acho que está pronto. –Falei, depois de ter ajudado a ajustar os últimos detalhes da arma. –Um único disparo.

Nos apressamos, indo até a vã e John dirigiu em alta velocidade até o local. Haviam vários dos capangas de Slade ali também.

–Esses caras brotam do chão?

Ele vinham para cima do carro com violência, teríamos que sair e enfrentar.

–Ainda bem que eu trouxe as armas. –Cisco pegou a caixa e cada u pegou uma arma.

–Quem vai atirar em Slade? –Richard perguntou, segurando a arma que tínhamos modificado.

Respirei fundo e peguei a arma.

–Eu atiro.

–O que? Você devia era ficar no carro. –Roy argumentou.

–Adorável que você achou que eu iria vir e ficar no carro Roy. Vamos logo, não temos tempo.

–Tudo bem, abrimos caminho para você, mas Felicity, temos apenas um único tiro.

–Não se preocupe, consigo acertar um tiro, não vou chegar gritando minha presença para ele.

Dig sorriu e assentiu.

–Tudo bem.

Contamos até três antes de John, Roy, Laurel, Cisco e Richard saírem para atirar nos caras. Permaneci no carro até ter uma brecha. Assim que ela surgiu, abri a porta novamente e corri o mais rápido que minhas pernas permitiam chegando em um ponto que um pouco ao longe eu via Oliver e Slade em uma luta difícil. Slade derrubou Oliver e eu me aproximei, aproveitando que Slade estava de costas. Mirei e respirei fundo, destravando a arma.

Algo duro e bruto bateu contra mim, me derrubando no chão. Era um dos capangas. Tentei sair de baixo dele, mas era muito pesado. A arma havia caído ao meu lado, ainda conseguia ouvir a luta a minha volta. O cara colocou as mãos no meu pescoço, mas antes que apertasse algo o atingiu e ele gritou. Sai de baixo dele e Roy havia acertado uma flecha. Outro mascarado iria atacá-lo.

–Estou bem, continua. –Falei.

Só então percebi que Slade e Oliver haviam percebido a movimentação em volta deles. Slade novamente havia derrubado Oliver, que estava dividido entre continuar lutando e me olhar. Peguei a arma ao meu lado, me levante e mirei o Maximo que pude e respirei fundo outra vez.

–Hey! Slade! –Eu sabia que ele iria olhar, então atirei ao mesmo tempo em que ele virou a cabeça momentaneamente.

A cena parecia se desenrolar em câmera lenta. A bala anormal ia em sua direção e quando estava quase perto ela se abriu, expondo a espécie de rede que ela era. Duas cordas foram as primeiras a atingi-lo, enrolando suas pernas e braços, logo depois aparecera a rede que se enrolou em seu corpo, o ensacando até o pescoço como se fosse um objeto. Impedindo qualquer tipo de mobilidade que ele tentasse ter. Deu certo.

Suspirei, absurdamente aliviada. Dig e Roy foram os primeiros a aparecerem.

–Deu certo! –Roy comemorou.

–Deu... –Respondi fracamente.

Eu estava em uma espécie de torpor desde que observei Oliver se levantar e me olhar surpreso, olhando Slade e novamente para mim. Ainda parado lá.

Roy e Dig foram até Slade e eu apenas consegui focar meus olhos em Oliver e ele parecia ter a mesma reação. Senti meus olhos arderem e as lágrimas começarem a embaçar minha visão. Eu só queria estar com ele, em seus braços. Enfim saindo da paralisia eu corri o maximo que minhas pernas ainda levemente enfraquecidas permitiam e ao fim só existia Oliver, que sorriu, vindo poucos passos para frente, esperando o encontro de nossos corpos. Quase lá, quase, quase, quase. Seus braços se abriram e me encaixei neles, como nunca tinha feito na vida. Oliver havia me impulsionado para cima e minhas pernas envolveram sua cintura. Ele apertou minhas costas com força, enterrei a cabeça em seu pescoço, sentindo as lágrimas quentes escorrerem por minhas bochechas. Meus braços em volta de seu pescoço o apertavam ainda mais contra mim, fechei os olhos apreciando finalmente estar tendo aquela sensação. Estar com Oliver.

Separei meu rosto de seu pescoço e o olhei nos olhos, sorrindo. Sua mão foi para o meu rosto e secou minhas lágrimas carinhosamente. Senti meus pés encontrarem o chão novamente, passei os dedos nos cabelos curtos de sua nuca e repeti seu gesto, passando meu polegar em sua bochecha, onde uma única lagrima escapou de seu esforço para conte-las. Nos aproximamos e nossos lábios se encontraram, inicialmente de forma castra. Apenas sentindo a textura dos lábios macios pressionados um no outro, então Oliver passou a ponta da língua em meu lábio inferior, sorri e abri passagem para nossas línguas se reencontrarem, novamente provando o gosto um do outro, explorando como se nossas vidas dependesse disso.

Mais nada naquele momento existia, a cidade estava parcialmente salva, derrotamos Slade novamente e nós dois estamos aqui. Vivos e juntos. Nos separamos minimamente, apenas para tomar fôlego.

–Eu amo você. –Falei. –Amo você Oliver, senti tanto a sua falta.

Oliver encostou sua testa na minha e sorriu outra vez, me dando um breve selinho.

–Eu te amo, Felicity, também senti sua falta. –Novamente grudamos nossos lábios, tentando controlar aquela saudade que transbordava de ambos.

Enfim eu estava em casa.


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Notas finais do capítulo

Eaeee gostaram? REENCONTRO uhuuul. Tava escutando Ava - Famy quando estava escrevendo, a letra não tem muito haver, mas a melodia combinou com o momento e foi bem legal kkkk Gente, próximo capitulo provavelmente é o penúltimo. Vou dar um Spoiler: Enfim é chegada a hora de Felicity e Mama Smoak terem certas explicações de um certo alguém kkk
Provavelmente é o penúltimo, então terá o ultimo e o epilogo. Estou vendo isso ainda kkk
Enfim, comentem!