The Daughter of Shadows escrita por PierceThePanda, sushisa


Capítulo 3
Quase somos mortos


Notas iniciais do capítulo

Olá meus lindoooos! Desculpe não ter postado ontem. Estava sem ideias.
Chega de falar, vamos ao capitulo.



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Pov: Sara

Eu achava que depois de comer aquela comida maravilhosa eu ia conseguir dormir em paz, certo?

Errado. Dormir em um chão frio e duro também não me impediu de ter pesadelos.

Sonhei que estava correndo. Um garoto corria e segurava minha mão. Ele parecia tão apavorado quanto eu. Olhei para traz e vi que alguma coisa nos seguia. O garoto na minha frente parou e vi que tinha mais alguém. Era a Amanda. Ela parecia muito perturbada. O monstro nos alcançou e antes que pudesse fugir ele me deu um tapa tão forte que voei longe e bati a cabeça em uma árvore. Minha visão ficou turva e eu estava lutando para não desmaiar. Quando minha visão entrou em foco, vi o garoto sacando uma espada e atacando o monstro. Mas o monstro também o jogou para traz e ele caiu do meu lado desacordado. Engatinhei até ele devagar para não cair. Sentei e coloquei a cabeça dele em meu colo. Fiquei sacudindo-o para tentar reanimá-lo. Então, quando o monstro chegou em Amanda, ela simplesmente tapou os ouvidos e gritou:

– NÃO!!!

De alguma forma o monstro desapareceu, mas não consegui ver como.

Acordei assustada, e percebi que não era a única que tive pesadelos. Amanda estava sentada, ela se debatia e gritava.

– O que aconteceu? – perguntei

Ela me contou seu sonho. Era sobre sua mãe, e como ela já estava assustada resolvi não contar o meu. Ficamos conversando por alguns minutos até meus olhos começarem a se fechar contra minha vontade.

Voltamos a dormir e por um milagre consegui dormir direito.

***

Quando acordei, Amanda já estava de pé. Parecia muito bem e tentava acordar Grover.

– Comida! – ele baliu.

– Bom dia! – ela cumprimentou. – Que bom que acordou. Está com fome? – ela disse me imitando.

– Bom dia – respondi – Estou. O que tem para o café?

Ela apontou para a grama onde ela havia estendido um casaco de lã verde musgo. Tinha uma maçã, um copo de leite e duas torradas para cada um.

– Onde conseguiu isso? Você roubou? – perguntei.

– Ih, está parecendo o Grover. – nós rimos – Não, não roubei. Eu comprei.

– Com que dinheiro?

– Na verdade, não sei. Encontrei alguns dólares no meu bolso. Então comprei uma caixinha de leite e um pacote de torradas. – ela sorriu - Também comprei uma bolsinha em uma loja de lembrancinhas e empacotei o resto das torradas e algumas maçãs.

Ela havia conseguido acordar Grover, ele estava sentado e esfregava os olhos de sono.

– Bom dia garotas. Estou morrendo de fome. Vamos comer?

Pelo jeito ele havia ouvido nossa conversa ou estava com muita fome porque não questionou sobre aonde tínhamos conseguido toda aquela comida.

Resolvi me concentrar no meu café. As torradas estavam ótimas e as maçãs estavam macias por dentro e crocantes por fora.

Então Amanda me lançou um olhar como se dissesse “contamos agora?”. Respirei fundo e comecei a falar:

– Hã... Grover!

– Pois não? – ele perguntou com a boca cheia de torradas.

– Bem... a Amanda teve um sonho ontem a noite.

Ele engasgou e praticamente cuspiu as torradas, mas não parecia nervoso. Parecia mais preocupado.

Amanda lhe contou o sonho. Eu achei que ele não estivesse nervoso até ele começar a comer o copo de plástico.

– Melhor nós irmos logo! – disse ele juntando suas coisas – Lembra-se do que Lady Héstia disse? Se partirmos ao amanhecer, chegaremos a Long Island antes do anoitecer.

– Mas por que precisamos ir para Long Island? – perguntou Amanda, confusa.

– Lembra-se do que Héstia disse sobre um acampamento para pessoas como... bem, pessoas como nós? – perguntei.

– Sim – ela respondeu.

– Estamos indo para lá.

– Chama-se Acampamento Meio-Sangue. – esclareceu Grover.

– Ah! Então vamos. Estou curiosa para saber quem é meu parente olimpiano. – disse ela sorridente.

Começamos a caminhar. Por sorte, o acampamento não ficava muito longe dali.

***

Quando avistei o acampamento, fiquei aliviada.

– Pela primeira vez na vida, vou ficar mais de duas horas sem ser atacada por monstros. – disse eu sarcasticamente.

Então, quando entravamos na floresta três cães infernais apareceram na esquina. Não pareciam nada amigáveis.

– Tudo bem, – xinguei – Retiro o que disse!

– Corre!

Começamos a correr o mais rápido que pudemos em direção ao acampamento. Os cães vieram atrás de nós.

– Qual é o plano? – perguntei.

– Esse é o plano. – respondeu Grover.

Xinguei de todos os palavrões possíveis a pessoa que mandou os cães. E por azar eles nos alcançaram.

Chutei o focinho do que estava atrás de mim. Amanda conseguiu cutucar os olhos de outro com um galho, mas Grover parecia completamente em pânico. O cão estava alcançando-o, mas Amanda foi mais esperta.

– Ei, você! – ela gritou e lançou uma pedra na cabeça do cão.

Fui ajudá-la. Isso acabou distraindo o cão, dando um tempo para Grover chegar até o acampamento. Porem, quando as pedras acabaram, o cão veio atrás de nós.

Grover, uma garota loura e um garoto de olhos verdes tentaram nos ajudar, enquanto corríamos o mais rápido que nossas pernas puderam aguentar. Então, quando finalmente chegamos, Amanda desabou no colo da garota.

A menina parecia assustada. Grover a ajudou a levar Amanda até a enfermaria enquanto o garoto me ajudava a permanecer em pé.

– Você está bem? – perguntou.

– Sim. Estou bem. – respondi arfando.

– Tá certo! Você não está nada bem. – ele me ajudou a chegar a uma construção com quatro andares, azul-céu com acabamentos em branco. Era linda. Gostaria de ficar mais tempo admirando-a, mas estava realmente muito cansada.

Quando chegamos à casa, eu perguntei:

– Onde está Amanda?

– Ela está na enfermaria, por quê?

– Quero ir até lá.

– Mas você tem que descansar.

– Posso muito bem descansar na enfermaria ao lado da Amanda.

O garoto bufou e concluiu que ele não iria me fazer mudar de ideia.

Quando chegamos a tal enfermaria, a garota estava dando alguma bebida para a Amanda, e ela parecia estar adorando. O garoto me ajudou a me deitar na cama ao lado.

– Olá! – cumprimentei.

– Olá. – disse Amanda com um pouco de dificuldade. – Cara, isso é muito bom. – ela disse apontando para o copo.

– O que é?

– Néctar. – respondeu a garota. Agora pude vê-la melhor. Tinha cabelos louros encaracolados e olhos cinza-tempestade.

– Ah! E o que seria néctar?

– Bebida dos deuses.

– Parece ótimo. Será que você não arrumaria um pouquinho pra mim? – perguntei abrindo um sorriso.

– Claro! – ela saiu da enfermaria.

Então examinei as pessoas que estavam lá. O garoto de olhos verde-mar que me ajudara, Amanda, Grover, um garoto loiro e super bonitinho que corria de um lado para o outro ajudando os pacientes e um cara que estava vigiando a porta e que tinha olhos demais. Fiquei observando seus muitos olhos piscarem. Era estranho. Então, a garota chegou.

– Tome. – ela me entregou um copo. Eu bebi. Todos esperaram a minha reação.

– Cara! Isso é muito bom. – falei imitando a Amanda. E era mesmo. Tinha gosto de limonada. Mas não uma limonada qualquer. Era a limonada da minha mãe. Ela sempre sabia o jeito como eu gostava. Nem muito açúcar, nem pouco açúcar. Fiz menção de virar o copo e tomar tudo de uma vez.

– Ei, não tome muito. – advertiu a garota – Pode fazer mal.

– Mal? – disse o garoto rindo.

– Cale a boca

– Ah! É uma pena. - reclamei – É delicioso.

– Agora descansem. – disse o garoto. – Amanhã é um longo dia.

– A proposito, - disse Amanda – Qual é o nome de vocês?

– Eu sou Annabeth. – disse a garota – Filha de Atena. E este é Percy, filho de Poseidon.

Eu e Amanda ficamos de queixo caído. A garota riu.

– Até amanhã. – ela disse, e saiu.

Amanda deitou e puxou um lençol.

– Sinto que vou gostar daqui.

Deitei e fiz o mesmo.

– Também. Acho melhor eu dormir logo se não, não vou conseguir fazer nada amanhã.

– Concordo. Boa noite. – ela se virou e em poucos minutos estava roncando.

– Boa noite.

Fechei os olhos e adormeci.


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Notas finais do capítulo

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