The Daughter of Shadows escrita por PierceThePanda, sushisa


Capítulo 2
Sonhos muito estranhos


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas. Mais um capítulo pra vocês. Esse é um pouquinho maior. Vou tentar postar um por dia, ok?



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Pov: Amanda

Tinha de tudo, desde travessas de rosbife, batatas assadas, sanduíches de presunto até tigelas com frutas frescas e castanhas.

Peguei um prato de bronze e me servi de tudo o que gostava. Sanduíches, batatas, pedaços incrivelmente macios de frango, castanhas e frutas. Estava começando a comer quando Grover perguntou:

Lady Héstia, será que não teria nada bem gelado pra beber?

Héstia riu.

– Mas é claro! – ela agitou os dedos novamente e jarras de sucos e água surgiram. Héstia serviu um copo de suco de abacaxi a Grover. Enchi um copo até a metade de suco de laranja.

– E então, o que é que eu ainda não sei?

Héstia pigarreou e então milhões de imagens apareceram na fogueira. Héstia me contou tudo sobre deuses, monstros e semideuses. Só consegui acompanhar tudo graças a minha dislexia. Quando tinha três anos, fui diagnosticada com TDAH e dislexia.

Assim que o filme acabou, pulei e disse agitada:

– Eu sabia que os deuses existiam. Eu falei pra eles.

Grover se mexeu desconfortável, e perguntou:

– Eles quem?

– Meus amigos. – respondi, como se aquilo fosse muito óbvio. E era. Tinha a impressão de conhecer Grover há muito tempo, mesmo que não tivesse conseguido lembrar seu nome.

– Como exatamente são os seus amigos, minha querida? – perguntou Héstia.

– São um pouco pálidos, de cabelos tão claros que até parecem brancos e às vezes, consigo ver uma névoa branca pairando em cima deles. Estranho não?

Héstia olhou para Grover, ele parecia estar com medo.

– Grover, vocês precisam ir. Se partirem ao amanhecer, conseguirão chegar a Long Island antes do anoitecer.

Quando todos acabaram de comer, menos eu, Héstia agitou a mãe e a comida desapareceu. Peguei meu último pedaço de frango (que era com certeza o mais apetitoso) e joguei na fogueira.

– Aos deuses! – disse eu. Dei meu prato a Héstia que o jogou nas chamas e ele desapareceu.

– Obrigada. – disse Héstia enquanto cortava pedaços de torta de limão. Minha favorita.

– Descansem. Vocês partem ao amanhecer.

Não entendi o que a deusa quis dizer, mas concordei, pois estava muito cansada.

Deitei no chão quente e logo adormeci. Com isso vieram os tais “sonhos de semideuses”.

No sonho, eu estava com uma mulher. Ela tinha os mesmos cabelos escuros e encaracolados que eu, então deduzi que fosse minha mãe. Ela estava segurando um pequeno cobertor com alguma coisa dentro. Era um bebê que dormia profundamente. Ao lado da moça havia um homem pálido, com os mesmos olhos frios e negros que os meus.

– Vamos Angel! Não temos muito tempo! – dizia ele.

– Espere. Preciso pegar uma coisa.

A mulher subiu as escadas e depois de cinco minutos voltou segurando uma pequena bolsa de couro.

– Aqui. Leve isto com você.

Ela entregou-lhe o bebê, ainda adormecido e a bolsa.

– Suba! – disse o homem beijando-lhe a testa – Proteja- se.

O homem se distanciava com o bebê nos braços enquanto a moça corria para dentro do prédio.

De repente, uma tempestade se formou em cima do prédio, uma nuvem entrou por uma janela e em poucos segundos, o prédio desmoronou. A nuvem saiu de lá de dentro na forma de uma pessoa, com a moça (que seria a minha mãe) desacordada em seu colo. O homem pálido gritava e o bebê chorava no colo dele.

Então o sonho mudou. Eu estava dentro de uma caverna. A “minha mãe” estava sentada em uma cadeira no meio da caverna enquanto uma figura, escondida pelas sombras, falava ao telefone.

A figura desligou o telefone e começou a falar com a mulher:

– Vamos minha querida. Você só precisa me dizer onde ela está. Assim pouparei sua vida e a dela. – disse ele sem sair das sombras. Sua voz era grave então percebi que era um homem.

– Não vou falar.

– Não sabe o que posso fazer com você e sua filhinha?

– Não sei. E nem ligo. – disse ela num tom monótono. Como se estivesse entediada.

– Hum. Me desafiando. Que amor. – disse a figura rindo – Tudo bem. Posso descobrir onde ela está com ou sem você.

– Você nunca a encontrará! – disse ela parecendo confiante, mas pude perceber um pouco de preocupação em sua voz.

– É o que veremos! – disse o homem. Então a caverna explodiu.

Acordei me debatendo, gritando para ela correr. Sara acordou assustada.

– O que aconteceu? – perguntou ela tentando me acalmar.

Contei a ela meu sonho. Quando cheguei na parte que a figura falava ao telefone, ela disse:

– Que monstro moderno! Fala ao telefone! - nós rimos.

Ela disse que poderia ser algo importante, já que era meu primeiro sonho de semideus. Concordei. Ficamos em silêncio por alguns minutos.

– Você acha que devíamos acordar o Grover? – perguntei.

– Acho que não. Ele está muito cansado. E eu acho que se contarmos, ele vai começar a comer a própria camiseta. Proponho que deixemos ele dormir e amanhã quando acordar contamos tudo a ele. Agora podemos voltar a dormir? A viagem foi realmente longa.

– Onde você mora?

– Em Nova Jersey.

– Não consigo me lembrar de onde eu moro. Tem alguma ideia?

– Não, mas quando chegamos você estava deitada no gramado. Provavelmente você deve morar aqui perto. Agora... Vamos dormir mocinha – disse ela me fazendo cócegas.

– Tudo bem! – disse eu rindo – Boa noite. Eu acho!

Voltamos a dormir, e dessa vez, pude dormir em paz.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. :)