A Vingança de Esther escrita por Rosalya Luna


Capítulo 2
Ameaça.


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela demora. Espero que gostem. Boa leitura.



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Kate deixou Daniel na escola logo cedo. O menino estava sentado em um banco desde que chegara. Aos poucos as outra crianças foram chegando, e finalmente, seus amigos. Josh, Eliot e Trina. As três crianças se sentaram perto do amigo e começaram a conversar.

– Vocês viram a novata? - Perguntou Eliot. Todos responderam que não. Então, Eliot apontou para uma menina que estava sentada debaixo de uma árvore, meio afastada das outras crianças que corriam de um lado para outro. - É ela. - A menina tinha a pele como neve, cabelos negros e se vestia de uma forma diferente. De uma certa forma, Daniel sentia que a conhecia de algum lugar, mas não lembrava.

Quando a garota olhou para ele, seus olhos se arregalaram de espanto e depois seu olhar se encheu de ódio. Daniel desviou o olhar e voltou a conversar com seus amigos. Quando ele olhou novamente para a árvore, a menina não estava mais lá.

**********

Que raiva! Não é possível que esse Imbecil ainda esteja vivo. Eu me lembro de te-lo matado, não acredito que os médicos conseguiram salvá-lo. Eu estava dentro de um reservado do banheiro feminino. Certamente as aulas já devem ter começado mas eu não estava nem um pouco preocupada com isso. Eu irei faze-lo sofrer. Daniel irá morrer e dessa vez ninguém poderá salvá-lo.

Saí do banheiro depois que a minha raiva passou um pouco. E fui para a sala de aula. A professora me apresentou para a turma e dessa vez não havia nenhuma pirralha fedorenta para soltar piadinhas. Me sentei em uma carteira vazia no fundo da sala e comecei a pensar em uma maneira de matar Daniel e deixar um aviso para Kate informando que eu estou viva e que vou encontra-la.

Meus pensamentos foram interrompidos quando um avião de papel pousou na minha carteira. Olhei para o lado e vi dois meninos rindo. Havia alguma coisa escrita no avião. Abri e li: "Você pegou essas suas roupas emprestadas com a sua avó?". Amacei o papel e olhei para os meninos com um olhar que dizia que eles iriam se arrepender por terem feito isso.

Na hora do almoço, me sentei sozinha em uma mesa, afastada das outras crianças. Mas de nada adiantou, pois uma menina loira se sentou junto comigo.

– Oi. - Falou ela sorrindo.

–Oi. - Respondi docemente.

– Qual o seu nome?

– Esther. - Falei sem olhar para ela, fingindo estar concentrada no meu almoço.

– Eu sou a Carolina. - 'Quem perguntou?' respondi mentalmente.

– Quer ser minha amiga?- perguntou ela. Não respondi, continuei com a cabeça baixa. Será que não posso passar um minuto se quer só? Quando Carolina abriu a boca para falar novamente, me levantei.

– Tenho que ir. - Eu havia visto Daniel indo em direção aos banheiros. Fui atrás dele. Ele entrou no banheiro masculino, olhei para os lados procurando ver se havia mais alguém ali. Avistei um dos meninos que jogaram o avião de papel em mim na aula - que se chamava Martin - vindo em minha direção.

– O que você está fazendo aqui vovó? - Riu Martin. Olhei para ele friamente. - Você é mesmo estranha.

– Você ainda não viu nada. - Falei com a voz escorrendo ironia. - Se eu fosse você, iria embora agora, antes que alguma coisa ruim acontecesse com você. - Ele ficou espantado.

– O que você quer dizer com isso? - Perguntou Martin assustado. Me aproximei dele.

– Você quer mesmo ficar aqui para saber? - Murmurei. Martin virou e foi embora correndo. Finalmente não havia mais ninguém e eu pude entrar no banheiro para começar meu plano.

Entrei e fiquei encostada na pia esperando ele sair do reservado. Quando ele finalmente saiu, ficou parado me encarando.

– Olá, Daniel. - Falei com a voz cheia de frieza.

– O que você está fazendo aqui? - perguntou assustado. - E como sabe meu nome? - Agora quem se assustou fui eu.

– Então quer dizer que você não se lembra de mim? - Falei sorrindo. Que ótimo.

– Não. Não lembro. Quem é você? - Perguntou Daniel. Andei Para perto dele e falei no tom mais misterioso que conseguia.

– Que tal você perguntar a sua querida mãezinha? Ela sim poderá lhe dizer quem sou. - Me virei para ir embora antes que alguém aparecesse. Quando cheguei na porta, me virei pra dar um aviso. - Ah! E é melhor você não contar para seus amiguinhos sobre a nossa conversa. Seria uma pena se algo acontecesse com eles.

Sai do banheiro e fui para a sala. As aulas já haviam começado novamente.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo Capítulo.