Sua Garota escrita por Aurora Boreal


Capítulo 13
Doze - Escuridão


Notas iniciais do capítulo

Hey zombies...
Tentei postar o capítulo antes, mas minha net deu um baita problema. Bom, o próximo capítulo está pronto, e tenho que avisar que nesse haverá revelações.
Vamos ao capítulo. Nos vemos lá embaixo...
PS: Qualquer erro passou desapercebido na revião que fiz, então me desculpem.
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Olho para o QG e acabo por suspirar. Eu não estava preparada para o que estava acontecendo, e eu sentia um conflito interno me consumir aos poucos. Pedir ajuda estava fora de cogitação, e eu não estava acostumada a isso. O cara da máscara não voltou a aparecer, mas eu sempre o via em pesadelos, até que deixei de dormir. Já se passaram quatro dias, e eu sentia a culpa e o medo me tomarem cada vez mais. Eu sentia Oliver cada vez mais distante, e não vou mentir que eu estava evitando Bruce por estar envergonhada por não ter falado com ele sobre o beijo. O Diggle estava com Lyla, e eu não atrapalharia. Então não tinha mais ninguém.Coloco minha bolsa sobre a mesa, e pegando meu celular e ando até os computadores. A melancolia parecia cantar em meu ouvido uma música sentimental, e eu afundava cada vez mais em meu desespero. Eu nunca havia me sentido assim, e eu sabia que esse sentimento me fazia cada vez mais mal. Mas era algo que me prendia me sufocando.

Ligo o computador, mas sinto meus dedos parando antes de alcançar o teclado. Eu podia fazer aquilo? Eu sabia que aquilo colocaria alguém além de mim em risco, mas eu queria que as consequências só caíssem sobre mim, mesmo tendo medo do impacto que isso causaria.

Levanto da mesa, e começo a rodar a sala sem sequer me importar em respirar. Eu só queria gritar, mas sentia que meus pulmões reprimiam o ar e que minha garganta se negava a emitir qualquer tipo de voz. O que era aquilo que me deixava naquela situação? Eu sentia como se minha alma estivesse sendo rasgada ao meio, e eu pude ver o nível de minha impotência.

Passo a mão sobre meu cabelo, e sinto as primeiras lágrimas rolarem por meu rosto, atingindo a gola de minha blusa e de meu casaco de lã que eu ainda não tinha tirado, já que o frio que eu sentia era causado pelo vazio que estava em mim.

– O que faz aqui? - diz uma voz masculina forte e grossa, que me faz limpar o rosto e me virar para encarar a figura ainda nas sombras.

Bruce aparece nas sombras, e eu solto o ar que estava até então preso em meus pulmões. Viro o rosto para que ele não veja o olho que provavelmente estava vermelha, mas antes que eu perceba, ele está próximo. Próximo demais.

Sua mão percorre meu rosto e pousa em meu pescoço. Seu olhar passeia pelo meu rosto, até que ele me força a encará-lo, e me analisa.

E sabe o que eu faço?

Isso mesmo, SUMI!

Tive que trabalhar hoje, mas eu não pude sequer imaginar encarar Diggle e Oliver tranquilamente. Então encontrei o lugar que me proporcionou o problema como o meu único refúgio, e os braços de Bruce ao meu redor era o conforto que eu precisava.

– Pode agora me dizer o que aconteceu? - diz e eu levanto o olhar para ele que me encara confuso. Tão lindo...

– Eu... - começo a dizer, e cruzo os braços ainda encostada em seu peitoral forte. - Não posso dizer!

Choro muito em seu ombro, sujando assim seu terno, e ele passa todo o tempo me abraçando e me dando todo o conforto que pode.

Ele passeia suas mãos por meus braços e costas, e termina por rir de minha infantilidade.

Choro muito em seu ombro, sujando assim seu terno, e ele passa todo o tempo me abraçando e me dando todo o conforto que pode.

– Precisa me dizer. - diz e me fita. - Eu só posso ajudar se souber.

– Mas eu não quero que me ajude. - digo e olho para longe. - Me deixa com minhas crises existenciais sozinha.

Eu não deveria ter feito isso, mas eu não pude evitar. Ele estava tão perto, e ele percebeu que eu sumi.Eu não deveria ter feito isso, mas eu não pude evitar. Ele estava tão perto, e ele percebeu que eu sumi.

– Felicity... - me chama doce, e eu me nego a fitá-lo. - Isso é por causa do que aconteceu?Coro na hora.

– Felicity... - me chama, e eu finalmente o fito.

– Não é pelo que aconteceu. - afirmo, e ele permanece me olhando enquanto contorna meu rosto com os dedos. - Eu... Eu gostei do que aconteceu.

Ele me fita, e seu rosto passa a se aproximar do meu enquanto me puxa mais para perto. Sinto seu braço livre passar por minhas costas até que nossos corpos estão colados, mas ainda nos olhando. Sua boca está a milímetros de distância, até que ele olha para o lado, e eu o vejo irritado.

COMIGO?

Até que percebo um movimento no QG, e me viro para onde Bruce olha, até que observo Oliver se aproximando, só que lentamente.

– Desculpa se... - ele passa os olhos por mim, mas muda para Bruce. - Estou atrapalhando.

Eu aceno com a cabeça, e Bruce afrouxa minha cintura para que eu me afaste. Olho para Oliver, que se nega a olhar para mim, e eu vejo mágoa no mais profundo de seu olhar.

– Posso falar com Felicity por um minuto? - pergunta a Bruce, que relutantemente aceita, e sai da sala, mas em antes me lançar um olhar.

Me encosto na mesa que Bruce estava, e espero o que Oliver tem a dizer, até que ele prefere me encarar. Eu aceno com a cabeça.

– Quando parou de confiar em mim? - pergunta e eu me assusto com sua indagação, até que sinto a raiva começar a querer entrar.

– Acho que foi quando você começou a me dar motivos. - digo simplesmente e dou de ombros.

Ele ri sem qualquer graça, e olha para longe.

– Eu fiz isso para proteger você! - exclama, e me fita com real mágoa na voz. - É o motivo pelo qual eu o faço.

– É uma pena que isso na sua mente signifique se anular. - falo e me aproximo. - O que está acontecendo Oliver?

Ele me fita, e eu vejo o vazio que se tornou seu olhar.

– Eu que pergunto, Felicity. - diz e me fita diretamente. - O que está acontecendo?

Nego com a cabeça, e o fito agora com lágrimas nos olhos.

– Eu preciso saber para te proteger, Felicity! - esclama, e eu olho para o lado soltando minha risada mais sarcástica.

– O único problema é que eu não quero que ninguém me proteja, Oliver. - digo suspirando. - Sempre que algum de vocês tenta me proteger, acabam se machucando. Estou cansada de ser a indefesa, de ter que ficar aqui enquanto vocês encaram o perigo.

Dessa vez ele estava rindo ironicamente na minha cara sem sequer tentar esconder.

– E o que quer? - diz e me fita. - Vai se tornar algum tipo de vigilante.

– Alguma idéia melhor? - digo, e ele me fita agora sério.

– Aposto que seu namorado junto comigo não vão gostar dessa idéia. - fala e cruza os braços, enquanto coro por ele se referir a Bruce como meu namorado. - Não concordamos por que nos tornamos quem somos por traumas. Deixamos a escuridão entrar e tomar conta de nosso ser.

– Eu não acredito... - começo a dizer, mas sou interrompida por ele que me ignora e continua a falar.

– Eu sofri naquela maldita ilha, e vi as piores coisas do mundo na minha frente. Vi pessoas morrerem para proteger quem amam. - ele estava segurando uma lágrima. - Bruce viu seus pais serem assassinados na sua frente.

– Mas se tornaram algo maior! - digo e olho para a mala onde estava a roupa do Batman que agora ficava no QG, e para o capuz do Arqueiro.

– Mas tudo tem o seu preço. - continua. - Não podemos impedir isso. E sabe o que me motiva e me salva, e provavelmente a Bruce também? Chegar e ver a sua luz nos salvando da escuridão que nós mesmo criamos. Vemos a calma e o afeto em uma pessoa que se transforma em nossa Felicity. Confia em mim, Felicity, se tornar quem somos não vai preencher o vazio.

– Então eu não sei o quê mais. - digo, e pego minha bolsa saindo deixando minhas defesas lá, e me preparando para fazer o que eu esperava que fosse o certo.

Saio da sala deixando Oliver, e acabo me deparando com Thea segurando algumas caixas enquanto tenta organizá-las nas prateleiras da boate. Como ela estava fechada, ela não tinha ajuda, e estava lidando com toda a carga sozinha.

Me aproximo lentamente, até que ela vira e percebe minha presença e me lança um sorriso caloroso. Sempre a Thea.

– Ah. - diz e desce do banquinho colocando as caixas em cima da mesa. - Oi Fel. Como está?

– Estou bem. - falo e não sinto dificuldades em sorrir para a garotinha que não era mais tão nova assim.

– Se veio procurar Oliver, ele não esta aqui. - diz e pousa a garrafa na bancada.

Sorrio levemente e levanto uma sobrancelha pedindo para que ela me explique, e acabo por receber uma revirada de olhos e ela pegando um pano, e eu a acompanho.

– Só queria que ele parasse de sumir assim. - suspira, e coloco a mão em seu ombro a fazendo virar para mim para continuar. - É que... As vezes acho que Oliver não é mais aquele irmão que eu tinha antes do acidente. Claro que não é, mas ele mudou. Nem parece mais o Oliver. Aquela luz dele ainda está lá, e eu posso ver o antigo eu dele lá dentro, mas está coberto por algo mais... Sombrio.

Dou um olhar confortador para ela, e ela me lança um sorriso leve.

– Ou é só trauma. - diz tentando se convencer, mas percebe que não funciona e suspira. - Você é amiga dele. Deve saber por onde ele anda, não?

Acabo por rir. Se ela soubesse o que eu sei ainda sem saber de nada...

– Oliver não é do tipo de pessoa que dá satisfações, Thea. - digo e a abraço.

– Preciso de uma bebida. - diz e se vira para a estante, mas antes que ela alcance, a chamo.

– Thea! - ela se vira e me encara. - Precisa de uma amiga e filmes. Que tal comédia romântica?

Ela sorri, e pega sua bolsa. Thea era uma amiga próxima, e eu ficava feliz em ajudar e ser ajudada por ela. Observo ela vestir o casaco, e saímos juntas até o carro, onde sou parada por Bruce me esperando.

Droga! Havia esquecido isso.

– Bruce Wayne? - pergunta Thea incrédula, mas logo sorri. - Amigo de Oliver e Felicity... - fala meu nome de uma forma engraçada de se escutar, dando ênfase na maldade de seu tom. - creio eu. - Ela vira para mim, e vejo um olhar indecifrável em seu rosto. - Esqueci algo lá dentro.

Ela sai rapidamente, e não evito suspirar e olhar para ele que me analisa.

– Agora não, por favor. - imploro, e ele assente mesmo relutante, e passa seus braços ao meu redor.

Me aconhchego em seu abraço.

– Tem certeza que quer fazer isso? - pergunta em meu ouvido, e eu penso em tudo.

Confirmo com a cabeça, e ele me fita com seu rosto próximo.

Eu não podia esperar Oliver para sempre. Ele estava esperando Sara, e eu não o culpava por isso. Ela é linda, inteligente e usa uma máscara assim como ele, diferentemente de mim que sou seu oposto.

Bruce passa sua mão por minha nuca, e me aproxima dele, até que ele sela nossos lábios. Era um beijo suave, até que sua língua pede passagem experimentando cada canto de minha boca e se deliciando dela ao mesmo tempo. Entrelasso meus dedos em seu cabelo enquanto ele passeia sua mão na lateral de meu corpo, o contornando. Me apoio completamente nele que me experimenta e me desafia cada vez mais. Sua boca afasta, e colamos nossas testas para recuperar o ar. Ele me fita, e sorri.

– Vou gostar disso. - diz enquanto me olha intensamente. - Mas pena que sua amiga está lhe esperando.

Me afasto dele e fito Thea que nos observa com um sorriso no rosto. Logo ela se aproxima, e vamos juntas para casa.

***

A pipoca estava no fim, e priguiçosamente me levanto para fazer mais. Thea estava sentada rindo da situação, mas eu estava focada no que aconteceu nessa manhã. Eu e Bruce... Era inacreditável!

– Aposto que está pensando no Wayne. - diz sorrindo, e eu reviro os olhos.

– Isso é mania dos Queen? - pergunto, e ela levanta uma sobrancelha. - Chamar ele pelo sobrenome?

Ouço sua gargalhada e me viro para o microondas colocando a pipoca dentro e o ligando. Me viro oara Thea, ela bebe mais um pouco do refrigerante.

– O Oliver sabe? -pergunta, e eu me engasgo com a água e começo a tussir, mas tiro um tempo para negar.

– Aconteceu hoje, Thea. - falo, e ela revira os olhos e dá de ombros.

– Acho que Oliver está com ciúmes. - diz simplesmente, e a fito.

– Oliver Queen com ciúmes? - digo e dou uma gargalhada alta. - Eu não acredito nessa possibilidade. Ele tem a mulher que quiser em suas mão na hora que ele bem desejar.

– O problema Felicity, é que eu o conheço, e ele não costuma ter... - ela fas aspas com os dedos. - "amigas".

Nego com a cabeça, e me viro dando de cara com a bancada que acaba derramando meu copo de água em cima de mim. Escorre por toda minha roupa e termina em me deixar ensopada.

– Droga... - murmuro.

– É melhor trocar de roupa. - diz e pega o controle remoto apontando para a TV. - Eu pauso o filme.

– Não precisa! - afirmo antes que ela o faça. - Pode continuar. Eu já assisti.

Ela dá de ombros, e vou em direção do quarto, hesitando abrir. Mas em um impulso, a porta se abre mostrando um lugar tranquilo, com a cortina fechada. Ando até ela, e a abro mostrando a noite vazia. Suspiro e me viro. Começo a tirar a blusa ficando somente de sutiã, e pego outra, quando escuto leves batidas na janela, e me viro bruscamente.

Era somente o gato. Só o maldito gato. Fecho a cortina, e me viro para sair. Saio e fecho a porta.

P.O.V. Narrador

A pessoa vestida de preto observa atentamente a janela. Não desviava o olhar sequer uma vez, até perceber o quarto vazio novamente. Seria difícil tirar ela do caminho, contando que tinha a proteção do Arqueiro que a identidade era conhecida, mas o Batman... Estava sempre a espreita, e trabalhavam juntos. Era uma sombra. Um fantasma. Queen era assim, mas seu chefe de certa forma o reconhecia. Era somente questão de tempo. Já podia ver em sua mente o sangue da loira derramado criando uma poça ao seu redor. Já havia pensado em tudo, mas os vigilantes sempre se mostravam um problema. Era preciso distraí-los antes de cumprir a tarefa. Era livre para fazer se quisesse, mas seu chefe pediu tempo. Ela havia dado tempo, mas não via a hora de se deleitar com a mulher agonizando. Ela queria ver aquilo, e não a mataria rapidamente. Fazia questão de torturá-la e fazê-la sofrer por tudo.

Era questão de vingança. Era questão de assassinato por tortura.

Mas antes de qualquer coisa, precisava distrair os vigilantes, e sabia que bolar um plano levaria algum tempo. Deixaria ela se atormentando com seus próprios pensamentos.

Ela pagaria. Essa era uma certeza.


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Notas finais do capítulo

Sim, Bruce Wayne será o Cristian Bale, por que eu acho ele muito perfeito como o personagem. Nada contra o Ben Afleck, mas eu quero ver se ele convence antes de aprovar ele como meu marido.
E ai, o que acharam? Quem será essa pessoa misteriosa? Quero saber nos comentários. E qual casal vocês shippam? Brulicity ou Olicity? COMENTEM! Já tenho o próximo pronto, e dependendo dos comentários posto logo, ok? Acho que é só isso. Como eu já havia avisado, a fic tomará outro rumo do da série ok? Só usarei algumas coisas.
~Kisses da Geek



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