Unbreakable escrita por Lost star


Capítulo 1
Capítulo 1- Prólogo


Notas iniciais do capítulo

É sempre bom começar o ano lendo uma fic nova, né?
Espero que gostem.
Feliz ano novo



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-Senhor, nós precisamos ir embora agora!- O segurança grita, mas soa abafado por causa do barulho ensurdecedor do helicóptero à nossa frente.

Papai se vira para mim, segurando meu rosto entre suas mãos, ele está usando aquele tipo de sorriso em seu rosto. O tipo que não me tranquiliza.

-Quando você vai voltar?-Pergunto, sentindo-me como um a criança assustada que está prestes a perder algo valioso.- Pai, eu não acho que é uma boa ideia.

Ele suspira e seu sorriso aumenta. É aquele sorriso que faz as mulheres se jogarem a seus pés e implorarem por coisas sujas, mas eu sou apenas a sua filhinha mimada e boba, uma filha que o ama acima de tudo e odeia que ele tenha que partir porque algum idiota resolveu ameaçá-lo.

-Eu vou voltar logo, okay?- Ele não pare preocupado e isso me tranquiliza.- E aí nós vamos nos entupir de pizza e jogar video game ou qualquer coisa que te faça feliz, mas agora eu preciso ir. Eu preciso manter você e Paolo a salvo, e se isso significa que eu tenho que ir para longe, então que seja.

Uma lágrima escorre e ele a limpa com seu dedão, ainda sorrindo.

-Hei, é por pouco tempo.- Papai me puxa para um abraço e eu choro em seu terno. Acariciando meu cabelo, ele sussurra em meu ouvido.- Você é minha menininha, e eu vou sentir sua falta durante todos os segundos em que eu estiver longe.- Afastando-nos o suficiente para que eu consiga ver seus olhos, ele beija minha testa.- Eu te amo mais do que qualquer coisa, você sabe disso, não é?

Eu fecho meus olhos.

-Eu te amo ainda mais, papai.- Digo, o vento está fazendo com que meu cabelo voe em todas as direções e eu devo parecer uma bagunça enorme, mas ele se mantém firme como sempre.- Por favor, não vá.- Imploro.

Sinto seu peito se mover, como se ele fosse dizer algo, mas então a voz de minha tia nos alcança.

-Alec, nós precisamos ir!- Ela já está no helicóptero, pronta para partir. Papai se afasta de mim e ela sorri em minha direção.- Ei, sobrinha, não fique tão emocional. Quando eu voltar, nós vamos gastar todo o dinheiro de seu pai em roupas e lattes. Agora deixe meu irmão vir, se você quiser continuar sendo minha sobrinha favorita.

-Sou sua única sobrinha!- Grito de volta, sorrindo um pouco.

Papai solta uma gargalhada, e me dirige um último olhar, provavelmente se perguntando porque eu estou agindo de maneira estranha. Essas viagens são comuns para ele, durante toda a minha vida foi assim, mas eu tenho esse sentimento...algo não está certo.

-Eu deixei seu presente de aniversário no seu quarto.- Ele diz, dando-me um último abraço e beijo na testa.- Eu sei que é só daqui alguns dias, mas, bem, eu não sou a pessoa mais paciente do mundo.- Ele suspira.- Te vejo daqui há alguns dias, tudo bem? Não deixe Paolo causar muita confusão.

E então se dirige para o helicóptero. Antes que a porta se feche, eu posso ver meu pai e minha tia acenando para mim. Eles parecem tranquilos, e felizes por fazerem essa viagem juntos. Às vezes esqueço que eles não tem muito tempo para se verem ultimamente, o que deve ser difícil para irmãos gêmeos. Seus sorrisos parecem tão honestos que fico tranquila imediatamente, sorrindo e acenando de volta. Eles começam a discutir por alguma coisa e a porta se fecha.

Eu me lembro então que prometi a Paolo que ele pode escolher o vestido que vou usar em meu aniversário. O helicóptero decola e começa a se afastar, o segurança pede para que voltemos para casa, mas eu lhe digo que quero assistir. É um cena realmente bonita, o helicóptero se afastando ao pôr-do-sol e eu penso que talvez eu não tenha motivos para estar preocupada. Provavelmente só estou chateada porque papai vai perder meu aniversário por causa de um lunático idiota que decidiu ameaçá-lo, mas, novamente, isso acontece bastante.

Talvez por carregar o sobrenome ou o dinheiro que temos, as pessoas pensem que podem nos ameaçar e ganhar algo com isso, mas não funciona assim. Temos seguranças e estamos protegidos, é estúpido se preocupar. Um sorriso tranquilo se fixa em meu rosto enquanto os observo partir, estão bem longe agora, mas ainda é bonito. Começo a pensar em como vamos nos divertir quando eles voltarem para casa, talvez Paolo desista de escolher meu vestido e deixe tia Jane me ajudar. Eu penso em quão improvável será isso e é então que acontece.

No início, imagino que o sol tenha se alargado, que estou presenciando uma explosão solar ou algo do tipo. Não sei o que penso. Penso em...não sei, que a paisagem ficou arruinada por aquela repentina fumaça preta contra o sol. E é então que percebo, não foi o sol que explodiu. Foi o helicóptero de meu pai. O mesmo que eu apenas acabei de implorar para que ele não entrasse.

Meu grito é completamente ensurdecedor e eu começo a correr em direção à borda, porque quero chegar perto dele. Meu cérebro não entende que estou milhares de quilômetros distante, que estou prestes a cair do prédio. Felizmente, um dos seguranças percebe, e me segura pouco antes que o chão desapareça sob meus pés.

E de repente, estou no chão, meu vestido se espalhando ao meu redor enquanto o vento continua a soprar. A cidade abaixo de mim continua cheia de vida enquanto eu não poderia me sentir mais vazia. Eu espero por uma tempestade repentina, algo devastador, mas o sol continua a se pôr, e a fumaça preta continua a subir, mas é apenas uma linha fina no horizonte.

E eu apenas fico lá, encarando o sol. A tempestade nunca atinge o horizonte, mas dentro de mim é como se um tsunami destruísse tudo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



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