Bom, Clove já começou mal seu primeiro dia de trabalho, tendo de ir atender uma mesa com Megan e Caroline juntos, e ela não parava de pensar: Será que ambas sabem que a outra fica com Cato?

Ela pensou diversas vezes em pedir para não atender aquela mesa, mas não queria fazer feio já no seu primeiro dia, mas a questão é: Tinha como não fazer feio tendo que atender aquelas duas?

Por um instante a menina de olhos verdes desejou a morte do seu colega de apartamento, não posso afirmar se ela tem razão ou não, pois serei sempre suspeita para falar.

–Respira fundo. –Clove disse a si mesma e foi caminhando com o bloquinho que pegara dentro da cozinha da confeitaria.

Ela ia caminhando lentamente até lá, esperando desaparecer, era muito para a cabeça da menina.

–O que vão querer? –As duas pararam de conversar e olharam para Clove.

Podemos dizer que o olhar da Megan foi o de mais em choque, Megan gostava realmente de Cato, mas Caroline, bom, ela era uma típica vagabunda.

–Não acredito! –Disse Megan nervosa.

–Você a conhece? –Perguntou Caroline.

–Olha, nós três podemos deixar as diferenças de lado e vocês duas fazerem o pedido? –Clove perguntou revirando os olhos. –Eu sei que vocês duas gostam de Cato. –Falou Clove. –E eu o detesto então podem levar para casa e fazer um ménage. –Dizia ironicamente.

–Você conhece Cato? –Perguntou Megan chocada para a amiga que só assentiu. –EU NÃO ACREDITO! –Gritou e Clove olhou para baixo. –CAROLINE, VOCÊ ERA MINHA MELHOR AMIGA, COMO PODE FAZER ISSO COMIGO? –Megan estava chorando horrores já e Clove sentiu uma leve pena que passou de pressa quando o ciúme chegou.

E para completar nosso time perfeito para uma briga sensacional, Cato chegava, o loiro foi ver como Clove se saia no primeiro dia de trabalho e teve uma surpresa assim que entrou ouvindo os berros que Megan dava.

–Eu lá ia saber que você estava dando para ele? –Caroline falou com nojo.

–Não fale de mim como se eu fosse à vadia que você é! –Megan falava.

Clove só observava em choque tudo aquilo e nessa hora os empresários e cliente antigos que estavam na confeitaria já olhavam.

–Vou ter que pedir para vocês duas se retirarem. –Falava a atendente, Clove queria berrar com as duas e dizer horrores, mas ela não podia era apenas seu primeiro dia.

–VOCÊ É OUTRA VADIA! –Gritou Megan que em seguida ganhou um belo de um tapa na cara da baixinha.

–Clove. –Falou Cato.

–Seu canalha! –Megan falava chorando. – O que eu representei para você? Nada não é? –Ela saiu chorando e Caroline olhava confusa.

–De qualquer jeito... Me liga. – A morena piscou para Cato e saiu logo em seguida.

–Merda! –Clove urrou. –Meu primeiro dia. –Katherine foi até ela.

–Não quis me intrometer e digo, não falarei nada para Loren. Mas depois me explica a historia. –Falou para Clove, logo se retirando e indo atender outra mesa.

Katherine era uma menina legal, mas que perdia muita oportunidade na vida, sem sombra de duvidas.

–Culpa sua babaca! - A menina disse olhando para Cato, e ele apenas coçou a cabeça e saiu.

Cato sempre fugia dos problemas, isso era fato, mas Clove não merecia alguém que sempre fugia dela e ela tivesse que procurar incansavelmente, não pela pessoa, mas pelos sentimentos.

Enquanto isso na cozinha, Kyle tinha acabado de chegar e entrado pelos fundos, e ele logo foi a Katherine e lhe deu um beijo na bochecha.

–Alguma chance da gente rola? –Perguntou Kyle seguindo um conselho de um amigo, com a seguinte frase na cabeça:

“O máximo que ela pode dizer é “não””.

Katherine olhou para ele e ficou pensativa por um momento.

–Tipo eu vou ser sincera contigo okay? –Kyle apenas assentiu esperando a resposta que tanto ansiava. –Não tem a menor chance de alguma coisa okay? –Kyle ficou magoado, mas Katherine não acabou por ai. –Nunca, jamais, tipo, sei lá, não faz meu estilo, eu quero ficar solteira, eu gosto de outra pessoa, sem chances nenhuma. –Kyle abaixou a cabeça.

–Um não bastava. –Murmurou e saiu.

Katherine fora tão duro com ele, como ela podia fazer aquilo com o pobre amigo que gostava tanto dela? E a vida é injusta não é mesmo? A gente só sofre, e se prepara e quando acha que está pronto sofre mais. Mas o que poderia ser feito.

(...)

E a semana havia se passado, logo já era o primeiro dia de faculdade tanto de Clove como de Cato que só falavam o necessário um com o outro, mas já foi pior.

–Clove. –Disse Cato entrando no quarto enquanto a moça estava só com sua calça jeans e sutiã.

–Sai daqui! –Gritou.

–Pega seu orgulho, enfia na boca e m beija? –Ele disse ignorando o comentário dela e se aproximando.

–Cato. –Ela ficou estática. –Sai. –Mas já era tarde demais.

Cato estava tão próximo dela que seus corpos se tocavam e a única coisa longe era a boca, não necessariamente longe, perto o bastante para as pessoas e longe o bastante para eles. Logo alguém quebrou essa distancia. E foi ela.

Eles iniciaram um beijo completamente cheio de desejo e paixão ao mesmo tempo, um beijo que só os dois poderiam dizer a explicação e a vontade de ser dado, só eles podiam falar o quanto um queria e necessitava do outro, era um beijo incansável.

Cato jamais beijaria a menina, ela queria que ela implorasse ou fizesse, e lá estavam os dois, mas ela quis parar quando viu que Cato estava prestes a tirar sua calça.

–Para! –Gritou. –Sai daqui! –Disse novamente e ele o fez.

A menina terminou de se arrumar e saiu de casa, as aulas da faculdade era a noite, assim ela trabalharia de dia e teria aulas de noite, ela colocou uma blusa rosa e saiu do quarto encontrando a sapatilha preta pelo caminho.

Havia dezenas de chamadas perdidas de Katniss no celular da menina, ela andou esquecendo um pouco a amiga com a correria do trabalho, e as novas amizades como Jess e Izzy.

Clove chegando à sala se deparou com Cato a esperando sentado no sofá, e ele sorriu para ela.

–Vamos? –Perguntou se levantando.

–Vamos. –Ela confirmou.

Os dois saíram do prédio e foram ao estacionamento, quando logo chegaram à faculdade cada um foi em busca do seu setor.

Cato tinha ido até a secretaria pegar os horários e saber direito como seria.

–Olá. –Disse chamando a atenção de uma das secretarias.

Ela era alta e velha, com cabelos brancos e olhos castanhos, um pouco de banha acumulada pela postura e usava um conjunto de terninho.

–O que posso fazer por você querido? –Perguntou simpática porem com cara de megera.

–Preciso dos horários e informações sobre administração. –Dizia e a mulher até a pasta de administração.

–Aqui querido. –Ela entregou e ele saiu.

–VOCÊ É UM FILHO DA PUTA! –Gritava uma menina loira.

–MAS QUANDO A GENTE ESTAVA SOZINHO EM QUATRO PAREDES VOCÊ NÃO DIZ ISSO! –O rapaz gritou.

–SABE DE UMA COISA? ESPERO QUE VOCÊ MORRA! –A menina gritou de volta e Cato ria discretamente.

–BARANGA! –Putz, ai que Cato riu mais vendo a cara que a menina fez.

–RESTO DE ABORTO! –Gritava, as pessoas que estavam no corredor olhavam para eles.

–MEGERA!

–CORNO.

–CORNA.

–GAY!

–PIRANHA!

–MARICA.

–GOSTOSA!

–BASTAR... Opa... –E logo os dois foram até um ao outro e deram um beijo cheio de paixão, ouve vários gritos e murmúrios e Cato saiu de lá rindo.

Enquanto isso Clove respondia a mensagem de Izzy.

“Você está em que lado da universidade?”

Izzy faria faculdade de musica, e Jason faria de ciências, sobre Jess, não precisamos nem falar, ela não queria cursar nada, queria simplesmente continuar vivendo a vida boa que os pais lhe davam.

“Do lado da sala 43”

Clove ficou andando e ia seguindo as placas.

37... 39...43... Isso.

–Hey Darling! –Disse Clove.

–Hello! –Izzy sorriu para ela.

–Enfim, eu peguei uns horários com uma monitora, será que tem alguma aula no meu curso igual ao seu? –Clove perguntou para Izzy.

–Acho que não, vamos ver, você irá cursar Biologia certo? –A menina assentiu. –Provável que não. –Elas viam os horários e realmente nada igual mesmo.

–E com você Jason? –Clove perguntou vendo o rapaz chegando.

–Sim, faço ciências, não é muito distante de biologia, qual sua primeira aula? –Perguntou.

–Justamente, biologia. –Ela deu um sorriso de canto.

–Pois a minha também, tchau Izzy. –Jason acenou e Clove fez o mesmo acompanhando o rapaz.

E o mesmo casal que estava tendo uma linda briga na faculdade agora ainda se encontrava no corretor, Clove e Jason pararam de andar e ela foi até o Cato rindo com curiosidade.

–Isso é uma universidade ou um motel? –Perguntou.

–Olha você não viu nada. –Ele riu de canto e ela deu uma cotovelada no mesmo.

E que comece as aulas...