A Arte Do Namoro escrita por Cecilia Mason Odair


Capítulo 2
Capítulo 2 - Hora de deixar para trás


Notas iniciais do capítulo

Bom, tá aqui o segundo capítulo.Obrigada Valdez e Girl of the blue eyes por comentarem!!!Boa leitura!!



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Clove estava na sala de descanso poucos dias depois colocando mais café no seu copo quando seu telefone tocou. Ela pegou o aparelho e olhou ID de chamada. Marvel. O que diabos ele queria?

"Alô?"

"Clove, escuta, não desliga!"

Ela suspirou. "O que você quer? Eu estou no trabalho."

"Eu sei, eu sei, eu só queria me desculpar pela outra noite. Eu estava errado."
Clove bateu o calcanhar no chão, tomando um gole do seu café. Ela conhecia essa rotina; ele terminava com ela, ele ligava e se desculpava, e ela aceitava voltar com ele. Hoje não.

"É, você estava errado," ela o repreendeu.

"Eu só... Eu pensei um pouco sobre o que aconteceu, e eu te quero de volta."

"Eu já ouvi isso antes." Sarcasmo e raiva definiam Clove naquele momento.
Ele suspirou dessa vez. "Clove, a vida não vale a pena sem você."

Marvel nunca tinha dito isso antes. Nem uma vez. Será que
ele estava sendo honesto? Talvez ele realmente sentisse isso. Talvez ele realmente achasse que a vida não valia a pena sem ela... Eles precisavam conversar agora.

"Quem é?" A voz de Cato interrompeu seus pensamentos.

"Huh?" ela respondeu distraidamente.

"Quem. É?" Cato repetiu pausadamente.

Seus olhos se arregalaram de surpresa. "É o meu uh, meu ex-namorado."

"Quem está aí com você?" Marvel perguntou.

"Oh," Cato disse, pegando o telefone de Clove e colocando em sua orelha. "Aqui é o chefe da

Clove. Não ligue para ela de novo enquanto ela estiver no trabalho." Ele terminou a ligação e
devolveu o telefone para ela. Não faça ligações pessoais no meu horário."

"Isso não tinha nada a ver com você! Só precisava ter me pedido para desligar!"

Ele bufou. "Depois que você concordasse em voltar com ele, não é?"

"Não é da sua conta," ela respondeu defensivamente, andando em direção ao seu escritório.

"Você está certa, não é. É só que... é muito triste como as garotas sempre cedem facilmente," ele enfiou a cabeça pela moldura da porta, então se dirigiu ao seu escritório.

Clove foi atrás dele. "O que você quis dizer com 'é muito triste como as garotas cedem facilmente'? Eu não estava cedendo."

"Mas você ia. Deixa-me adivinhar, ele usou o truque do eu-não-posso-viver-sem-você ou algo do tipo?"

Ela piscou algumas vezes, ainda em choque.

"Mas isso não é da minha conta, como você disse. Você pode voltar ao trabalho agora," ele disse, sorrindo de maneira tola.

"Você pode tirar esse sorriso bobo do seu rosto," ela resmungou, cruzando os seus braços. "E o que você quer dizer com 'o truque do eu-não-posso-viver-sem-você'?"

Cato enlaçou seus dedos e colocou seus cotovelos em cima da mesa, observando a mulher frustrada na sua frente. "Vamos fazer o seguinte. O intervalo é em uma hora. Eu vou levar você para almoçar e responder todas as suas perguntas."

"O que você é, o guru do amor?"

Ele sorriu e riu de novo, olhando para baixo e rodando seu anel da formatura no seu dedo antes de balançar a cabeça. "Não. Eu só tenho um vasto conhecimento sobre mulheres e eu sei ainda mais sobre homens."

"Ah, tá bom," ela murmurou e saiu da sala, puxando a maçaneta de maneira firme.
***
Peça o que quiser," Cato disse, se inclinando na cadeira e esperando que ela fizesse o seu pedido.

"Uh, Coca-Cola, e um," ela fez um pequeno zumbido enquanto pensava antes de finalmente dizer, "hambúrguer com tudo e bacon e batatas fritas."
Ele levantou suas sobrancelhas na direção dela, então olhou para a garçonete e disse, "O mesmo. Mas me traz um Dr. Pepper ao invés da Coca-Cola."

"Já volto com o pedido de vocês," a garçonete de meia idade disse, pegando os cardápios e indo em direção à cozinha.

"Eu não achei que você comesse hambúrguer como o resto de nós plebeus," Clive disse secamente.

"Você quer a minha ajuda ou não?" ele disse, cruzando os braços, ignorando o comentário dela.

Ela suspirou e balançou a cabeça. "Sim, eu quero."

"Está bem. Você já leu A Arte da Guerra do Sun Tzu?"

"As pessoas leem isso?"

Ele massageou suas têmporas. "Você pelo menos já ouviu falar do livro?"

Clove balançou a cabeça. "É claro. Eu tenho uma educação."

"Amor, namoro, relacionamentos e casamentos são todos assim. Uma arte. Seu parceiro é seu inimigo de certa forma, e você tem que ter o domínio na luta pelo poder para que possa ser o vencedor."

"Uma luta pelo poder?" Clove levantou uma sobrancelha de maneira divertida.

Ele levantou um dedo enquanto afrouxava sua gravata. "Não me interrompa. É uma luta por poder porque quem possui o poder é aquele que controla o fluxo do relacionamento. Por exemplo, vamos analisar você e seu ex-namorado. Pelo que você me contou no caminho, é ele quem decide quanto o relacionamento termina, porque você não conseguiu terminar com ele mesmo depois de ele confessar estar apaixonado por outra mulher, e agora ele liga para você e diz que não pode viver sem você e você fica a beira das lágrimas na sala de descanso como se a vida fosse uma comédia romântica."

"Eu não disse que ele tinha dito isso," ela protestou.

"Por favor. Não insulte a minha inteligência. Estava escrito na sua testa em letras de neon gigantes iguais as da Times Esquare," ele rolou os olhos. "Você tem que fazer ele se esforçar. Se você quer ficar com ele, faça-o provar que realmente não pode viver sem você."

"Eu posso fazer isso," Clove disse, depois de tomar um gole da sua bebida.

"Aposto que sim." Ele disse sarcasticamente.

Ela apontou seu dedão para si mesma. "Você não me conhece. Eu consigo."

"Eu adoraria ver isso," Cato respondeu, colocando sua gravata para dentro de sua camisa quando a garçonete voltou com os sanduíches.

"Eu posso fazer qualquer homem ficar de joelhos por mim."

"Ótimo. Você pode começar depois que sair do trabalho hoje a noite."

Clove olhou para ele depois de pegar uma mordida enorme do seu hambúrguer e repetiu com a boca cheia, "Dupis u si do tabao?"

"Pelo amor de Deus, Clove. Engole primeiro," ele fez uma careta.

Ela riu por um momento, então mastigou e engoliu antes de repetir sua perguntar, "Depois que eu sair do trabalho?"

"Sim. Eu convidei uns amigos meus para uma pequena reunião já que é sexta, e alguns deles são solteiros, talvez você se interesse por um deles."

"Você está tentando me arranjar um namorado, Cato?" Ela brincou.

"Eu só estou te convidando para uma festa. Você decide o que quer fazer sobre isso."

Ela colocou algumas batatas fritas no ketchup, então as colocou em sua boca. "Então...como você conquistaria uma garota?"

"Uma garota?"

"É, como o Cato, lorde do amor, conquistaria uma garota?"
Ele massageou seu maxilar por um momento, analisando a pergunta antes de responder,

"Cato, lorde do amor, não namora, então na faz diferença."

"Por que ele não namora?"

"A gente pode parar de falar em terceira pessoa?" ele perguntou. "E não é da sua conta. Eu só não estou interessado no momento."

"Tudo bem, Sr. Sensível," ela pegou outra mordida enorme do hambúrguer.
Ele olhou para ela por um momento, se inclinando um pouco. Clove engoliu em seco, olhando para os lados e depois para ele de novo.

"O que você está fazendo?" ela perguntou.

Cato esticou sua braço, tocando a bochecha dela, então passando seu dedão sobre o lábio dela. O dedão dele era macio (será que ele usava hidratante) e permaneceu no seu lábio superior por um momento depois ele se afastou e limpou seu dedo em um guardanapo. "Você faz muita bagunça. Termina logo. A gente precisa voltar logo para o escritório."

Clove perguntava a si mesma se ele praticava a arrogância na frente do espelho todos os dias, ou se ele já tinha nascido.
***
"Você tem um encontro com um cara; que roupa você usa?" Cato perguntou, enquanto respondia um e-mail no celular e Clove chamava um táxi.

Ela olhou para cima como se estivesse mentalmente analisando o seu guarda-roupa. "Vestido cinza."

"Não."

"Calça branca?"

"Errado."

Clove suspirou de forma frustrada. "Eu não sei!"

"Cinza é chato e calças deixam claro que ele não vai se dar bem," Cato explicou, abrindo a porta do carro antes que ela pudesse. "Entra."

Ela piscou surpresa e entrou no táxi.

"Dê a ele o seu endereço," ele disse depois de entrar
no táxi junto com ela.

Clove obedeceu e então olhou para ele. "Mas eu não quero fazer sexo com ele no primeiro encontro."

"E eu também não quero que você faça sexo com ele," Cato respondeu. "Se você fizer sexo com ele, você pode esquecer as rédeas do relacionamento porque você acabou de entregar o poder a ele."

"Mas e se eu quiser fazer sexo com ele?"

"Você acabou de dizer que não queria," ele lembrou.

Clove o observava enquanto ele colocava o celular de volta no bolso. "E se eu mudar de ideia?"

"Você não mudou de ideia, ele fez você pensar que tinha mudado de ideia."

"Então agora eu sou uma controladora de mentes que namora?"

Cato soltou um suspiro irritado. "Não! Olha, se você sai com um cara dizendo que não vai fazer com ele, então você não vai fazer sexo com ele. Esse é o problema das garotas. Vocês fazem as regras e depois as mudam no meio do jogo. Respeite a si mesma o bastante para não mudar de ideia sobre o que você quer."

Ele estava certo, para a surpresa dela. Ela nunca tinha pensado daquela forma antes, e começou a pensar em quantas vezes ela tinha concordado em mudar os seus planos antes mesmo de terminar o primeiro copo de vinho.

"Então o que eu visto?"

"Saia preta e uma camisa verde com saltos pretos. O verde vai fazer os seus olhos aparecerem mais e o preto é um lembrete para um homem de que você é uma mulher sexy que pode mantê-lo interessado."

Clove levantou uma sobrancelha para ele, então balançou a cabeça. Cato mexeu no cachecol vermelho em volta do seu pescoço quando o táxi finalmente parou. "Tudo bem, eu já te mandei uma mensagem com o meu endereço então você vai quando estiver pronta."

"Okay. Vejo você daqui a pouco," ela disse, fechando a porta do carro e observando o mesmo se distanciar e então entrou no prédio morava.

O celular dela tocou e ela viu que era a sua prima enquanto pegava o elevador para o décimo andar. "Oi Prim.

"Oi, eu acabei de terminar meu trabalho. O que você vai fazer hoje?"

"Hm. Quer ir numa festa?"

Prim estalou sua língua. "Uma festa? Eu não sei. Eu não estava me sentindo muito bem hoje de manhã então estava pensando em ficar em casa. Por quê? Você vai para uma?"

"Eu estava pensando em - espera um segundo," ela disse quando seu celular vibrou. Ela tirou o aparelho de perto do seu rosto e leu a mensagem de texto que ela tinha acabado de receber de Cato. Venha mais tarde. A maioria da pessoas vai chegar às 10h30min. Venha às 11h15min. "Parece que eu vou ter mais tempo do que eu esperava. Eu posso passar por aí e conversar um pouco."

"Tudo bem, só me liga quando chegar aqui."

"Okay," ela disse para sua prima , então terminou a ligação e acendeu as luzes do seu apartamento depois de destrancar a porta.

O apartamento dela era em maior parte uma bagunça com uma pilha de roupas que precisavam ser lavadas e alguns pratos na pia da cozinha. Ela imaginou que Cato teria um ataque se visse o estado do apartamento. Ah, tanto faz. Não era se ela estivesse tentando conseguir a aprovação dele completamente.

Ela foi para o banheiro e ligou o chuveiro e ligou o chuveiro, então desabotoou sua camisa e a jogou para o lado sem cuidado nenhum e começou a examinar a si mesma no espelho. Clove tinha a pele branca e tinha seios amplos que se destacavam, especialmente se comparados com os de sua prima. Sua barriga era lisa e seus braços revelavam alguns músculos devido a anos dedicados a prática de artes marciais.

Depois se cansar do seu reflexo, ela soltou o cabelo e abriu o zíper de sua calça enquanto pensava no que o seu chefe havia dito. Clove andou até o seu guarda-roupa e olhou para a calça branca. Ela finalmente se decidiu e puxou a saia preta do cabide.
"Vamos se você sabe o que faz, chefinho."

Roupa da Clove


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!Até o próximo!!!