Patronwood - Entre luz e trevas escrita por Violet Fairhy


Capítulo 5
Capítulo V - Desvelar


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! Este capítulo marca o início de descobertas.
Espero que gostem e acompanhem a linha de mistérios que cerca Violet e toda Patronwood.
Deixem REVIEWS dando opiniões, façam-me feliz :D hahaha
Obs: Desvelar - Figurado. Tornar conhecido; fazer com que seja revelado.



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– Seja rápida! - a voz rouca de Derek sibilou ao longo do corredor. Ele espiava na esquina da fileira de armários enquanto eu colocava o objeto redondo e instável, que mais parecia uma bexiga cheia d'água, dentro de um dos compartimentos do qual Derek descobrira a senha. Minhas mãos estavam trêmulas e meu coração batia num ritmo acelerado enquanto eu pregava aquela peça no garoto que colocara o coelho dentro do meu escaninho. Havia alguns dias desde que a cena horripilante acontecera, porém eu não havia esquecido e nem contado a ninguém.

Terminei o serviço e corri de volta para onde Derek estava, ele segurou minha mão e me arrastou para um porta na parede oposta do armário de Dylan Mc’Halle, um ruivo sardento e magrelo, constante da lista de pessoas que tornariam minha vida um inferno no Liceu.

O local era pequeno e escuro, quando olhei em vota notei que era um daqueles quartinhos onde guardavam os produtos de limpeza. Um cheiro forte de lavanda impregnava o ar.

Olhei para baixo, minha mão era pequena na do rapaz alto à minha frente, mas elas pareciam se encaixar perfeitamente, nossos dedos estavam entrelaçados, o formigamento concentrava-se naquela área, era intrigante e bom.

– O que era aquela coisa que você me deu para colocar lá? - perguntei erguendo o rosto para olhá-lo.

– Gosma de Neupudo. - ele respondeu fitando meus olhos.

– E do que exatamente se trata? - franzi a testa.

– Neupudo é um animal semelhante a um porco espinho que vive na floresta de Patron. É bravo e a mordida dele te deixa paralisado por no mínimo dez horas. - ele riu, supus que o motivo seria alguma lembrança. - Essa gosma é expelida depois que ele se alimenta de outros animais e tem um odor tétrico. Dylan terá que ficar em casa alguns dias esperando o cheiro ruim desaparecer.

Ergui as sobrancelhas.

– Então ele irá perder muitos dias de aula?

– Se você estiver preocupada, é muito estúpida. - sua voz assumiu um tom pesado de repreensão. - E fique tranquila, ninguém colocará a culpa em você. Dentro do armário de um dos amiguinhos dele estão os materiais que usei para recolher a gosma. - sua risada dessa vez assumiu um som vingativo. Eu não gostava daquela risada.

– Quero sair daqui. - minha mão avançou até a maçaneta, mas Derek me impediu.

– E perder todo o show? - ele disse com ironia.

– Não importa, eu quero sair. Agora Derek. - fui firme.

O olhos-verdes retirou a mão a contra gosto e seu rosto ganhou uma expressão sombria.

– Não sei como você pode ser quem é.

– Oi? - suas palavras se embolaram em minha cabeça.

– Deixe para lá, quer sair? Saia logo ou estragará minha diversão. - Derek lançou-me um olhar de escárnio.

– Você é um idiota! - abri a porta e saí num rompante, temendo que alguém me visse no corredor e querendo manter um distância considerável de Derek.

Entrei na sala de aula e fui para o meu lugar nos fundos, ao lado da janela. A aula se passou de forma demorada, imaginei se meu cúmplice estava lá dentro daquele quartinho ainda. Quase no fim do horário, gritos ecoaram do lado de fora, as palmas de minhas mãos começaram a suar. Eram gritos de um rapaz e ele parecia estar furioso. O professor passou pela porta e depois os alunos, loucos de curiosidade, mas eu ja sabia quem e o que era, Dylan e a gosma de Neupudo.

– Violet. - ouvi a voz de Theo quando apontei a cabeça para fora da sala, virei-me para ele.

– Oi Theo. - sorri de lado.

– Tudo bem? - ele se aproximou com um sorriso largo. - Você sabe o que está acontecendo?

– Não… - menti. - Eu ia sair agora para ver.

– Vamos lá. - Theo inclinou o braço para eu fosse na frente.

Quando chegamos perto do tumulto, o odor era pungente, os alunos mantinham distância e tapavam seus narizes enquanto um Dylan raivoso tentava acertar com um soco o garoto que imaginei ser o amigo o qual Derek se referira.

– Seu desgraçado! - gritou Dylan que estava sendo segurado por dois outros garotos que pareciam poder desmaiar a qualquer momento por causa do cheiro ruim.

– Não fui eu, cara! Nem imagino como essas coisas podem ter vindo parar aqui. - o rapaz estava frustrado e se esquivava das investidas do amigo.

Apesar de sentir um pouco de culpa, não pude evitar uma risadinha, de certa forma, aquilo era engraçado. Dylan estava coberto por uma substancia marrom-esverdeada, seus cabelos vermelhos agora assumiam um tom estranho e estava bagunçado e sua expressão era extremamente irritada.

Contive as risadas e procurei por Derek na multidão, mas não o vi.

– Vamos sair daqui. - disse para Theo e tapei o nariz com meu casaco.

Seguimos o corredor na direção oposta à que os curiosos vinham, assim que viramos à esquerda Derek que estava encostado na parede, parecia entediado, jogava uma bola de tênis para cima e a aparava em um ritmo constante.

– Perdeu a melhor parte. - ele se dirigiu a mim com um sorriso malicioso.

Revirei os olhos a tempo de ver Theo franzindo a testa e segui andando. Fiquei surpresa quando cada um deles assumiu uma posição ao meu lado, caminhando em sincronia.

Vi pelo canto do olho Theo espiar Derek e então sua mão pegou a minha de súbito, prendi a respiração.

– Ela não gosta de ser tocada. - a voz de Derek soou taciturna no mesmo instante em que eu cortava o contato com Theo.

Como Derek havia percebido isso se ele próprio havia pegado em mim? Talvez ele fosse mais observador do que eu imaginara, mas isso não mudava o fato de na maioria das vezes em que estive com ele, ele ter sido um bacaca, sempre cheio de si e com ares de dono da razão.

O sinal do intervalo finalmente soou, para a minha salvação. Eu não queria tocar naquele assunto, então, tomei um rumo diferente.

– Olhem, eu quero finalmente agradecer a vocês por terem me ajudado no dia em que Philip me atacou na floresta. - disse parando na porta do refeitório e olhando para os dois.

Ambos eram tão diferentes não só fisicamente, mas também na personalidade. Um era doce, gentil, engraçado, prestativo, maravilhosamente lindo e encantador; e havia me socorrido. Outro era amargo, meio rude, babaca, muito sincero, sombrio, maravilhosamente lindo e sexy; e também havia me socorrido.

– Não precisa agradecer. - a resposta de Theo era carregada de encanto.

– Até que em fim agradeceu. - eu não esperava uma resposta diferente de Derek.

Lancei uma expressão de olhos semicerrados para o amargo e um sorriso para o doce. Depois de um segundo, ri com os adjetivos.

– Qual é a graça? - perguntou Derek voltando a jogar sua bola de tênis para o alto.

– Nada. - desconversei e então seguimos para nossa mesa no refeitório.

Os olhares curiosos não haviam acabado e mais bilhetes eram colocados na minha mochila sem que eu visse, porém, nada tão assustador como pessoas ou coelhos sangrando.

Millie frequentava três aulas junto comigo, Derek duas e Theo apenas uma em que nós quatro estávamos juntos. Eles eram os únicos na sala que dirigiam a palavra a mim, além dos professores e de Scarlet que sempre chegava com algum tipo de ofensa, eu tinha vontade de arrancar os cabelos dela às vezes.

Durante o almoço daquele dia e enquanto todos estavam em silêncio, coloquei sobre a mesa dois bilhetes que havia encontrado de manhã dentro de um dos meus cadernos, antes da travessura com a gosma. Os papéis diziam o mesmo, porém, com letras diferentes: Herdeira Maldita.

– Porque as pessoas me chamam disso? - perguntei percorrendo os três com os olhos. Seus rostos estavam lívidos.

– Desde quando recebe isso? - perguntou Derek pegando um dos bilhetes e examinando a letra.

– Desde quando cheguei aqui. Eu posso colecionar já. - ironizei.

– Não ligue para esse assunto. As pessoas aqui geralmente não costumam ser muito receptivas. - Theo fez um gesto de descaso com a mão.

– E porque todo mundo parece saber quem eu era mesmo antes de chegar? Porque você disse que sou uma lenda? - inclinei a cabeça para Millie.

A menina desviou o olhar, claramente desconfortável.

– São muitas perguntas, Violet. - Theo voltou a comer tranquilamente.

– Claro que são! Ninguém nunca responde a nenhuma delas. - passei as mãos pelo cabelo, frustrada.

– Ouça. - a voz de Derek assumiu um tom baixo - Metade das pessoa nesse Liceu odeia o fato de ter vindo para cá e até de você existir. Um quarto confia na sua vinda e o outro quarto está em cima do muro.

– Mas porque isso? Não entendo. Eu sou apenas uma órfã que veio parar numa cidade porque os tios reclamaram a guarda. - franzi a testa.

– Não sabe o quanto está se limitando com esse conceito. - Millie balançou a cabeça negativamente.

Notei quando Theo fez um gesto que parecia mandar a irmã ficar quieta. Pensei sobre o que ela disse, sobre eu estar me limitando. Muitas coisas estranhas tinham acontecido desde que eu chegara em Patronwood. Por puro reflexo levei a mão até a costela lembrando da marca negra que agora havia nela, recordei-me do fogo angustiante que eu senti me queimar naquela noite, das palavras estranhas de Tio Aaron. Ergui a cabeça e os olhos de Derek estavam em mim. Eram olhos de quem enxergava além do que minha figura física revelava. Naquele momento tive a impressão de que ele poderia enxergar minha alma. Um arrepio estranho percorreu-me o corpo.

– Eu preciso de respostas. - desgrudei meus olhos dos de Derek e concentrei-me em minha missão. Conseguir informações.

– Quer saber? Eu sei que é forte o suficiente para… - ele se dirigiu a mim quando Theo o interrompeu.

– Calado! - Theo bradou, encarando-o astutamente.

– Ela terá que saber um dia e não me mande calar a boca, seu idiota! - Derek se inclinou sobre a mesa irritado, enquanto Theo também procurava o confronto.

Levantei-me apressada e coloquei as mãos sobre os ombros dos dois com o objetivo de separá-los.

– Parem! Parem já! - disse com a voz firme.

Os rapazes continuaram fitando um ao outro como se pudessem disparar canhões com os olhos, mas em fim voltaram para seus lugares.

– Vocês parecem crianças birrentas. - reclamou Millie, levantando-se e puxando meu braço para enganchar no dela. - Vamos deixar esses ridículos aí.

Fomos para a nossa próxima aula e enquanto o professor não chegava, fiquei conversando com a irmã de Theo, procurei uma boa hora para começar o assunto, até que perguntei:

– Millie, eu sei que será uma pergunta estranha, até porque, sou eu quem moro lá, mas uma vez, seu irmão disse que as pessoas não vão à casa do meu Tio. Você sabe por que? - quando notei sua testa franzida tornei-me suplicante. - Por favor, diga-me pelo menos isso!

Ela pareceu pensar, suspirou e começou:

– Tudo bem… Acho que posso lhe dizer isso. Eu não sei o quanto de verdade há nos boatos, mas os cidadãos de Patronwood dizem que muitas pessoas já morreram naquele lugar antes da mansão ser construída. A história diz que houve uma guerra por território e o grupo vencedor possuía forças sombrias ao seu lado. Eles ficaram com o local, porém, foram morrendo aos poucos com pestes misteriosas e em outros casos, suicídios horrendos. Os moradores mais antigos contam que à noite já presenciaram acontecimentos muito sinistros naquela religião, nada que eu saiba narrar, além do fato de que seu tio não é muito receptivo. Há quem diga que um mundo de sombras cerca sua família, Violet. - ela terminou, arregalando os olhos e erguendo as sobrancelhas como se suas próprias palavras a assustassem deveras.

– Mas eu nunca vi nada. - digo gesticulando com as mãos, incrédula.- Quanto ao meu tio, até eu fico assutada com ele. Entretanto, é por isso que as pessoas aqui não gostam de mim?

– Então, eu não sei de muita coisa, tudo o que lhe contei é vago, não tenho avós e meus pais falam pouco sobre o assunto, então não possuo nenhuma versão completa. O que deve saber é que lá por onde você mora é considerado um local assombrado. Apavorante... E bem,- Millie olhou em volta. - as pessoas a tratam com hostilidade por isso, também.

– Também? - justamente no momento em que perguntei, o professor entrou na sala já pedindo silencio e que cada um tomasse seu devido lugar.

**

“Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!

Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!

Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!

Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!

Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"

Disse o corvo, "Nunca mais".”

O Corvo, de Edgar Allan Poe, distraia-me durante a noite fria. No entanto, os dois últimos versos daquela estrofe em especial especial chamaram minha atenção, seus trechos e as palavras de Millie misturavam-se em minha cabeça.

Tira o vulto do meu peito e a sombra de meus umbrais…

Nunca mais…

Forças sombrias…

Um mundo de sombras cerca sua família…

Fechei a antologia poética e encostei a cabeça na poltrona.

– O que é esse lugar? - perguntei a mim mesma.

Tudo ali era um completo mistério e o pior era que ninguém nem se quer me dava a chance de descobrir mais sobre mim mesma, o que para mim era um grande desaforo, levando em consideração que eu era a maior interessada.

Millie fugira de mim mais cedo na saída do Liceu. Eu sentia como se ela quisesse falar mais, porém não pudesse, o que não deixava de ser decepcionante.

Tive ódio por ter tantas perguntas se resposta.

Um sentimento obscuro e tempestuoso formava-se dentro de mim. Era uma raiva que eu não costumava sentir e se parecia com aquela do dia em que Philip me atacara.

Do lado de fora o céu parecia ter sofrido uma mudança brusca. Raios cortaram a escuridão e o estrondo de um trovão soou pela clareira. Pensei que o teto da mansão poderia desabar, foi quando uma mão subiu o vidraça da janela que eu deixara entre aberta. Levantei-me de forma abrupta e cambaleei para trás da poltrona.

– Acalme-se. - disse Derek pulando para dentro do meu quarto e tirando a touca do moletom preto da cabeça.

Isso está me soando como o quarto da mãe Joana.

– Você é estúpido ou o que? Quer que eu morra de susto? Idiota!- minha voz soou aguda e a fúria anterior que ainda pairava dentro de mim fez com que eu fosse para cima dele, esmurrando seu peito forte.

Derek deu um passo para trás por conta do impacto e segurou meus braços.

– Capaz, porém inciante. - disse com um sorriso torto nos lábios.

– Seu… Seu - eu tentava me soltar com agressividade buscando arranhar a pele de seu pescoço.

– Violet, olhe nos meus olhos, respire. - ele disse.

– Não! Solte-me! Solte-me! - sentia o formigamento que seu toque me causava percorrer meus braços até chegar aos ombros, mas a cólera não me deixava desistir de atacá-lo.

– Olhe nos meus olhos. - sua voz agora era firme, ele apertou meus braços com mais força.

Por um instante deixei que meu olhar viajasse àquele verde atípico e foi o bastante. Em poucos segundos eu parava de lutar e a respiração que prendi sem perceber, agora fluía ofegante.

Derek me segurou até que todo o sentimento de raiva abandonasse meu corpo e meu espírito, nem por um momento me desconectei daquele olhar que se acoplava ao meu com tanta facilidade. Era como se ele estivesse me invadindo, visitando minha alma, varrendo tudo o que estava em volta e criando uma bolha onde só nós dois cabíamos. Era calmo, sublime, uma sensação que eu nunca experimentara em minha vida.

Ele me soltou e como um sonho que acaba de repente, eu voltei à realidade, afastei-me e me sentei na cama.

Agora meus sentimentos eram um misto de confusão e apreensão. Levei as mãos ao rosto ao sentir um nó na garganta. Aflição crescia em meu interior. Altos e baixos pontos em pouquíssimo tempo. Dentro de mim o ambiente era caótico, instável, embaraçado.

– O que está havendo comigo? - perguntei com a voz falha.

– É o legado do Patrono. - Derek falou num tom sério e determinado.

– O que? - olhei para ele.

– Todos querem esconder porque acham que assim estarão protegendo-lhe, mas eu não compartilho dessa opinião. - ele se sentou na outra ponta da cama, olhando-me com atenção. - Veja o que está acontecendo com você, deixá-la no escuro só a empurra para um dos lados, sem que conheça o bastante para poder escolher. Desconfio que há certas pessoas que o fazem de propósito.

– Eu não entendo nada! - balancei a cabeça com veemência - Não estou entendendo nada do que diz! Aliás, porque está aqui? Porque se importa? Você age de forma dúbia! Quer que eu realmente enlouqueça?

Derek avaliou-me por um bom tempo, ele parecia procurar as palavras.

– Eu não sei porque me importo. Contudo…

– Contudo? - encorajei-o.

– Eu me importo, me importo mais do que eu possa expressar, muito mais. - ele desviou o olhar pela primeira vez. - Sei que tenho tido um comportamento imbecil, mas desconfio que isso esteja atrelado a essa importância que… Que você tem pra mim. É novo e difícil de entender. - Derek lutava contra a verdade que começava a expor por conta própria- As coisas sempre foram bem claras na minha cabeça. Nunca fui de ligar para o que os outros pensavam ou com os outros, até que eu visualizei a fúria no olhar de Philip no instante em que a viu na sala de aula e sabia que ele iria tentar algo, chamei o Theo e o seguimos. Quando vimos que ele tentava enforcá-la, tudo o que eu quis foi detê-lo, mesmo que uma parte minha dissesse pra que eu o deixasse prosseguir com aquilo.

Eu não sabia muito bem como lidar com a situação. Derek realmente estava dizendo que se importava comigo?

– Porque você me ajudou então? - foi a primeira pergunta que veio à minha cabeça.

– Porque eu me importo. Isso vai ser difícil de dizer… Quando eu olho para você, vejo uma garota totalmente diferente das que já conheci e eu gosto disso. Se fôssemos supôr que o mundo de sombras reinasse, o que estou muito mais inclinado a acreditar e que parece conseguir me arrastar cada dia mais; ou que o mundo de luz chegasse à glória, o que luto internamente para conseguir que aconteça, eu gostaria que você também estivesse lá, ao meu lado.

Não entendi grande parte daquele discurso, mas seu fim, “ao meu lado”, repetia-se em minha cabeça e fazia meu coração martelar no peito.

– Derek eu… - engoli a seco quando ele se aproximou e colocou um dedo em meus lábios.

– Por favor, não diga nada. Vou explicar-lhe. No entanto, por ora, quero que responda uma coisa. - ele levou a mão até meu rosto, tocando-o de leve. - Você também sente?

O formigamento estava lá e extraordinariamente banhava meu rosto com calor e expectativa.

– Sim. - sussurrei.

Eu sentia... Ele sentia…

Atraída. Repelida. Atraída.

Não percebi quando aconteceu, mas Derek já estava bem perto, uma de suas mãos continuou em meu rosto, a outra mergulhou em meus cabelo pairando na nuca e seus lábios colaram-se ao meus.


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Notas finais do capítulo

Leitores lindos, sei que este capítulo está um pouco menor, desculpem-me, prometo ser mais generosa no próximo :) mas então, gostaram?
O que acharam? Digam para mim, deixem seus comentários!
Até o próximo capítulo! Beijo :*



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