My Madness escrita por Natalia Stryder


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Novamente, desculpem-me pela demora. Grande parte foi por causa da falta de criatividade, e quando a criatividade volta e acabo estando em semana de provas, adoro essa vida.
Mas gostaria muito, muito, muuuito de dedicar esse capítulo tanto para Lady Holland B quanto para DuarteIsa, as duas lindas que comentaram no ultimo capítulo. Os meus mais sinceros beijos vão para vocês ~corações e mais corações.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/578870/chapter/4

Fazia semanas desde que acontecera a festa das festas, onde não lembro muito mais do que algumas garotas e ótimas bebidas – as quais eu nunca mais terei a oportunidade de provar, ao menos que eu vá a outra festa desse nível – alcoólicas. Também me lembro da garota com nome japonês, porém não me lembro de exatamente como ou por que me lembro dela, sei que a encontrei no jardim externo – por que descobri mais tarde daquela noite que naquela enorme mansão ainda existiam vários jardins internos – e que tivemos uma conversa breve e meio hostil, mas nada que eu já não esperasse de um milionário. Lembro também que dei meu numero a ela, mas como ela não ligou, tenho certeza de que não passei uma boa impressão.

Hoje é uma quarta feira tão comum quanto qualquer outra, repleta de estudo e sono. Gostaria de ter dormido mais a noite, talvez assim eu conseguisse ficar acordado em pelo menos uma das aulas do período antes do intervalo, porém passei a noite em branco graças a Mario – já que o miserável fez o favor de perder meu pen-drive, onde estava meu relatório de mais de oito páginas sobre o nazifascismo, o qual eu terei que entregar na ultima aula do período – e sua falta de organização. Quando ele me disse que havia perdido meu pen-drive quase dei um soco naquela cara gorda e afeminada, porém Matts apareceu na hora certa – como sempre – e evitou que o pior acontecesse.

“Você consegue refazer isso ainda hoje, é sua matéria favorita.” Disse Matts

“Tenho certeza que vai ficar muito melhor que o primeiro.” Completou Mario

E pela segunda vez naquela noite, Matts teve que conter a minha raiva e mandar Mario para o quarto dele antes que falasse outra besteira – ou com as doces palavras de Matts: “Vai se isolar no seu canto antes que você faça outra merda”. Depois disso nada de importante aconteceu, foi algo bem simples para ser sincero, ambos foram dormir enquanto eu refazia o trabalho. Em momentos como esse que eu odeio ser amigo de Mario.

De qualquer forma, estava esperando o bendito sinal para poder voltar para a aula e assim conseguir dormir mais um pouco durante as aulas de sociologia e de filosofia, que eram de longe, as mais chatas e forçadas de toda a minha grade curricular.

–Hey, Marco. – Escuto alguém me chamar e apenas desencosto minha testa do metal frio de meu armário

–Fala. – Murmurei em resposta olhando para Erik, um garoto que joga futebol comigo durante os fins de semana

–Tem um baita de um carro te esperando na porta da escola. – Respondeu ele e eu arqueei uma das sobrancelhas – Não faça essa cara, o cara foi bem claro ao dizer seu nome e sobrenome.

–Tá, valeu Erik. – Comentei abrindo meu armário e tirando minha mochila de dentro do mesmo

Em passos tão lentos quanto de uma tartaruga, fui em direção à porta da escola onde todos – sem exceção – olhavam o grande e imponente carro estacionado exatamente na frente da entrada principal. Um homem alto, trajando um terno preto normal e óculos de sol, estava encostado na lateral do carro, aparentemente entediado – deixando a cabeça pender para o lado direito, o que deixava a vista seu comunicador preto. Se ele não estivesse batendo a ponta dos dedos contra a lataria do carro, teria certeza de que ele estava dormindo em pé.

Dei uma leve corrida e parei na frente do homem, que parecia muito mais imponente visto assim de perto. Deveria ter cerca de dois metros de altura e uma estatura digna de um jogador de futebol americano, deve ser horrível ficar contra ele em uma briga corpo a corpo.

–O que você quer, garoto? – Perguntou ele entediado

–Eu sou o Marco. – Respondi forçando um sorriso e ele suspirou aliviado

–Finalmente, estava começando a ficar entediado. – Murmurou ele desencostando do carro – Entre no carro, você tem compromisso marcado para as duas e trinte e três.

–Que horário estranho é esse? – Perguntei entrando no carro e colocando o cinto de segurança

–O único horário em que Asami se encontra disponível nessa semana. – Respondeu ele dando partida no carro e me levando para longe da escola e dos olhares curiosos dos alunos

–Por que ela não veio até mim? Não seria mais simples do que pedir para você vir me buscar? – Comentei me ajeitando no banco de couro preto

–Asami é uma garota reservada, não gosta de se expor ao publico dessa forma. – Disse ele pondo um fim no assunto

Não demorei a perceber que estávamos trilhando o mesmo caminho que eu havia percorrido semanas antes, quando estava a caminho da festa de Sr. Hulls. Isso significava apenas uma coisa: ela morava na mesma região que ele – o que era meio obvio, porque era naquela região onde os milionários moram. Porém me assustei quando percebi que passamos todas as casas presentes na região e estávamos agora indo em direção a fronteira da cidade, onde não existia nada além de mato e terra pisada.

Senti as gotículas de suor se formarem em minha nuca, e o desespero começou a ficar cada vez maior, até que chegou um ponto em que estava me enforcando em meus próprios sentimentos de terror. Eu fui muito leigo ao entrar no carro de um desconhecido só porque ele citou o nome de uma garota que nem bem conheço direito.

–Caso você esteja se perguntando, eu não sou nenhum assassino ou algo do tipo. – Comentou ele rindo – Asami mora em uma casa de campo, sozinha.

–Sozinha? – Perguntei passando a mão desconfortavelmente por meu cabelo

–Não bem sozinha, com algumas empregadas. – Respondeu ele revirando os olhos

–Você é intimo dela, certo? Para chama-la de Asami. – Comentei e ele assentiu levemente

–Posso dizer que nós somos amigos de longa data. – Murmurou ele sorrindo – Não que isso seja de seu interesse, de qualquer maneira, chegamos ao nosso destino.

–Mas aqui não tem nada além de um banheiro um tanto quanto caricaturado... – Comentei e ele revirou os olhos

–A casa é subterrânea, ela não gosta de chamar a atenção para si. – Respondeu ele como se eu fosse um idiota

–Ahn... Obrigado pela carona. – Cometei saindo do carro e indo em direção ao “banheiro”

A cada passo que dava em direção a “casa” de Asami, mais vontade eu tinha de dar meia volta e sair correndo. Esse lugar, e a situação em que eu me encontro, faz tudo parecer uma produção cinematográfica, porém eu sei que isso é apenas uma das loucuras mais do que aceitáveis para milionários que não tem como gastar seu dinheiro de forma útil.

Ao abrir a porta rudimentar do banheiro, me assustei ao me deparar com um elevador de metal, extremamente apertado, me esperando como se eu estivesse atrasado para um encontro a muito tempo marcado. Entrei no elevador e sua porta logo se fechou, e não demorou nem um segundo para começar a descer em direção a real casa de Asami.

–Está atrasado. – Comenta ela assim que as portas se abrem

–Olá para você também. – Digo ironicamente, mas ela apenas me ignora e começa a andar em uma direção especifica

–Temos apenas... – Ela faz uma pausa para observar seu relógio digital – Doze minutos para esclarecer os pontos do contrato.

–Que contrato? – Pergunto assustado seguindo-a para dentro de uma sala de reunião

–Você me fez uma proposta há algumas semanas atrás, e se tem uma coisa que eu aprendi com os meus avós é sempre fazer um contrato. – Comentou ela sorrindo – Tudo bem para você?

–Claro. – Respondi após alguns segundos em silencio e ela, de alguma forma, sorriu ainda mais.

–Então vamos começar a falar de negócios, Marco.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, espero que vocês tenham gostado desse capítulo. E sim, Asami esbanja riqueza com essa casa super humilde -risos.
Mols de beijos,
Natalia



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My Madness" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.