My Madness escrita por Natalia Stryder


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pela demora, mas aqui está o terceiro capítulo - sendo que esse é narrado pela Asami.



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Seu nome era Marco, e sua aparência era até que aceitável para alguém com uma condição financeira que nem a dele – pelo menos fora isso que ele fizera questão de dizer incessáveis vezes. Meus avós diriam que ele tem potencial de ser alguém na vida, é tão ambicioso e ganancioso quanto eles, e que apenas não teve a chance de ouro. Talvez ele tenha sua chance agora, tudo depende de mim.

Sua oferta fora tentadora, porém eu não teria tamanha cara de pau de fingir estar apaixonada por uma pessoa que nem ele apenas para me livrar da marcação cerrada de meus avós, pois sei que nesse caso o ditado popular se tornaria verdade em pouco tempo: “O feitiço se virou contra o feiticeiro” e que eles cismariam em me casar com ele. Acho que no fundo, isso faz parte dos planos dele, porém ele não disse nada a respeito.

Se eu não tinha coragem para utilizar em coisas que se dizem ao meu respeito, quem diria que teria para fingir um relacionamento de mão dupla? Ele quer dinheiro, e eu quero um pouco de liberdade, mas será que eu realmente quero essa liberdade? Não me lembro de ter pensando a respeito disso antes dele me fazer aquela proposta. Manipulador, isso que ele era, um ótimo manipulador.

Manipulador, uma palavra com onze silabas, seis consoantes e cinco vogais, que coincidentemente começa com “m” – igual ao seu nome e sobrenome. Se for observar por essa forma, antissocial começa com “a”, igual meu nome. Mas creio que estaria ficando louca se acreditasse nisso, são apenas coincidências.

Ele me deixou seu numero, para caso aceitasse sua proposta. Porém nem mesmo sei onde pus o papel depois da noite de ontem, só sei que na hora sabia que não ligaria para ele e ainda continuo com o mesmo pensamento. Marco não era o tipo de pessoa com que eu gostaria de ter um relacionamento – mesmo se esse for fingido –, não gosto de pessoas que são capazes de moldar meus pensamentos – e infelizmente, isso acontece até demais.

Estou deitada em minha cama, em uma plena manha de sábado, pensando sobre o que fazer a seguir, acho que nunca passei por essa situação antes, sempre tive compromissos e aulas desde o momento em que abro os olhos até finalmente fecha-los. E o que mudou de ontem para hoje? Talvez seja o fato de que finalmente eu tenha uma escolha, ou ao menos uma possibilidade, nas palmas de minhas mãos: Fazer ou não fazer a aula de violino? Ligar ou não ligar para Marco? Levantar ou não levantar de minha cama? Acho que nunca pensei nas possibilidades que tenho na vida.

– Ami, você esta atrasada para a aula de violino. – Escuto a voz de Katie, uma das empregadas de meus pais, através da porta

– Eu tenho mesmo que comparecer nessa aula? – Perguntei virando em minha cama, tentando ao máximo resistir ao impulso de levantar e me arrumar

– Você sabe a resposta, Ami. – Respondeu ela calmamente – Estarei de volta em cinco minutos, é bom que você esteja pronta até lá.

E com aquela pequena ameaça, me levantei tão rápido quanto um guepardo. Não demorou nem um segundo para a minha mente berrar uma palavra mais do que perfeita para o momento: “submissa”. Eu era uma garota submissa a todos e isso não mudaria de um dia para o outro, isso não mudaria após conhecer um homem qualquer que – por interesse próprio – plantou uma pequena semente de coragem e ambição no fundo de minha mente na esperança de conseguir me fazer apoiar sua ideia, demoraria anos até que eu finalmente conseguisse ter a coragem necessária para realizar seus planos.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que vocês tenham gostado



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