Saint Seiya: Hercólobus, o Destino Final escrita por Gemini Saga WL


Capítulo 2
00. PRÓLOGO




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► 0. PRÓLOGO

Hades, o Rei do Submundo, senhor supremo da esfera existencial aonde todos os seres iam após executar a passagem, estava inexoravelmente derrotado. Cinco sobreviventes haviam retornado após a maior batalha em que os Campos Elíseos já foi o palco.

Os sobreviventes eram: Shiryu de Dragão, Hyoga de Cisne, Shun de Andrômeda, Ikki de Fênix e Saori Kido, a deusa responsável por manter a paz e a ordem na esfera terrestre, Athena. Seiya, o cavaleiro de Pégaso, que acompanhara a trupe até a batalha, estava morto. Uma espada varara seu coração e o rasgara como a uma folha de papel.

Os sobreviventes não esconderam em nenhum momento sua tristeza pela morte do amigo. Como contar para a garota do orfanato, por exemplo, que ele havia falecido? No fundo, ela nunca havia acreditado verdadeiramente que batalhas fantásticas como as que de fato ocorreram fossem mesmo realidade. A imaginação da moça não conseguiria sequer reproduzir os eventos. Como ela iria crer que Seiya fora morto pelas mãos do próprio Senhor da Morte?

O clima funéreo instaurado no Santuário, predizendo o evento que de fato ocorreria em alguns dias — o funeral de Pégaso — era perturbador. Difícil crer que o homem que subjugou vários cavaleiros de Prata, Saga de Gêmeos, guerreiros deuses de Asgard, guerreiros Marinas e o próprio deus Poseidon (embora semi–acordado), tivera sido morto de forma tão brutal e simples.

Muitas pessoas compareceram ao evento daquele dia. No dia do funeral, estavam presentes oito cavaleiros de Bronze remanescentes (Ikki mais uma vez tinha desaparecido), Marin, Shina, June, Seika (que enfim pudera rever seu irmão, mas infelizmente não do jeito que tinha imaginado), Shunrei, Hilda e Freya representando Asgard, todos sob a bênção de Saori.

— Kiki está demorando. — Shina reclamava, dura como sempre. — Se ele pretende ser um cavaleiro, precisa se acostumar a cumprir horários de maneira decente.

— Certamente ele teve algum contratempo. — retrucou Marin.

— Ah, eu sei o contratempo que ele teve... Excesso de sono. — Shina não perdeu a oportunidade.

— Shina, ele é só uma criança, nem em treinamento está ainda.

— Isso não interessa! Marca–se aqui 13h, ele precisa estar aqui 13h e ponto final! Ah, em outros tempos esse atraso seria sinônimo de morte...

— Shina, acalme–se! Desde que os cavaleiros de Bronze retornaram do Inferno você está muito estranha. Não descarregue esses seus sentimentos em quem não tem culpa pelo que aconteceu.

— Marin, eu espero que se lembre de que não é a amazona de Peixes, mas sim a de Águia...

— E o que tem isso de mais?

Peixes morrem pela boca.

Enquanto isso, a algumas centenas de metros dali, uma criança caminhava cambaleante pelo matagal cujas folhas camuflavam um atalho que levava diretamente ao anfiteatro do Santuário, local onde ocorriam os grandes eventos e cerimônias, como torneios em disputa pelas armaduras sagradas e anúncios oficiais vindos do Grande Mestre e/ou diretamente de Athena, e também o local escolhido para a última homenagem a Seiya.

“Isso... é terrível, preciso contar para alguém...!” — era seu único pensamento, depois da terrível visão que presenciou...

— Por favor, silêncio, todos! — Saori batia palmas a fim de atrair a atenção dos presentes, que conversavam, mas que imediatamente se calaram. — O que está acontecendo, por que o caixão não chegou? Alguém tem informações do Kiki?

— Saori, é estranho Kiki não estar aqui. Até meia hora antes do horário marcado eu estava com ele, ajudando a ornamentar o caixão. — respondeu Shiryu.

— Shiryu, tem certeza de que não viu ou sentiu algo estranho? Já faz quase uma hora que Kiki deveria ter chegado. — perguntou Hyoga.

— Absoluta, estava tudo normal até eu deixá–lo para vir ajudar na cerimônia.

— Que estranho... Eu vou esperar mais quinze minutos antes de solicitar uma verificação no local onde o corpo estava. — decidiu Saori.

— Me lembra o caso do meu irmão... Ele sumiu, mais uma vez. — Shun estava chateado com a ausência de seu irmão.

— Shun, você sabe como ele é, é complicado compreender... Mas é o jeito dele de prestar homenagem ao amigo: continuando sua vida normalmente, do jeito que ele gosta... Sem estar junto a nenhum grupo. — Shiryu tenta fazer Shun se sentir melhor, lembrando esses aspectos do comportamento de Ikki, que ele conhecia bem. Mal sabia ele que tinha razão: muito longe dali, Ikki apreciava o pôr–do–sol que já ocorria naquele lugar onde estava em um luto silencioso.

— Você está certo... Mas é que faz falta ter a família por perto em momentos difíceis como esse. — Ao ouvir isso, Seika fecha os olhos, concordando com Shun.

Jabu de Unicórnio era o único que não havia dito absolutamente nada desde que havia se reunido com os companheiros ali no anfiteatro. Apenas permanecia sentado na arquibancada.

“Seiya, permita–me lhe dar o benefício da dúvida mais uma vez... Quero crer que as asas sagradas de Pégaso tenham derrotado também a morte.”

Quinze minutos haviam se passado, e nada de Kiki aparecer com o caixão.

— Bem, acho melhor verificarmos o porquê da demora. — Saori disse, atraindo a atenção de todos os presentes.

— Eu me prontifico a ver o que está acontecendo. — disse Geki de Urso.

— Muito bem Geki, quero que encontre Kiki e veja o que está impedindo–o de chegar... Até... Nós. — Saori parou de falar ao ver uma cena perturbadora ocorrendo perto do final do matagal que cercava aquela área. Era um vulto que exibia movimentos estranhos, cambaleantes, que deixava atordoados todos os presentes.

— Santo Deus! Mas o que pode ser aquilo se mexendo ali? — Nachi de Lobo repetia a pergunta que estava na mente de todos os presentes.

— Está se aproximando! — Jabu alertou.

Parado! Quem é você e o que deseja? — Hyoga tomou a frente.

À medida que o vulto ia se aproximando, todos perceberam que não era nenhuma criatura estranha que estava ali, mas sim...

KIKI!!! — todos disseram, em um coro assustado.

— S... S–socorro... — era a única palavra que saía da boca do pobre garoto, irreconhecível, completamente ferido, e com suas roupas rasgadas por ter se arrastado por tanto tempo naquele caminho espinhoso, já que não teve forças para ficar de pé.

Saori imediatamente foi socorrê–lo, seguida pelos cavaleiros e pessoas presentes.

— Kiki! O que houve quem fez isso com você? Por favor, responda! — Saori fazia perguntas disparadas uma atrás da outra, dado o choque por vê–lo tão mal.

— A... Athena... O corpo...

— O que houve com o corpo do Seiya, Kiki? Eu o deixei com você! — Shiryu fez a pergunta que naquele momento passava a reinar na cabeça de todos os presentes.

— O corpo... o corpo do Seiya foi... Roubado.




















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