Família do Barulho escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Fala aí pessoal, aqui é o Gabriel que está postando agora.

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/578719/chapter/2

Na manhã seguinte, durante o café, Daniel e Jaime sentaram um do lado do outro, à esquerda de Daniel estava Maria Joaquina e à sua direita estava Jaime, que tinha Carmen ao lado dele, aquela manhã estava bem animada, todos os patrulheiros comentavam sobre a casa, agradeciam Seu Lúcio e conversavam com ele, no meio daquelas vozes espalhadas pela casa, os dois conversavam sobre a noite anterior.

–E aí? Já decidiu se vamos falar para Seu Lúcio?- perguntou Jaime.

–Já, mas eu acho que não devíamos contar aqui pra não deixar nossos amigos preocupados, é melhor esperar o café terminar.

–Tem certeza?

–Tenho.

–Então tá. Eu vou estar com você quando você for falar.

E assim, o café seguiu normalmente, quando acabou, Seu Lúcio foi lavar os pratos enquanto a maioria dos patrulheiros subiram para seus quartos, então, Daniel concluiu que essa era a chance deles de contar o acontecido.

–Seu Lúcio, sabemos que está ocupado, mas pode nos ouvir um pouco?-perguntou ele.

–Claro Daniel, pode falar.- disse Seu Lúcio, sem tirar os olhos do prato.

–Bom, é que ontem à noite, lá pras três da manhã, nós ouvimos um barulho dentro de casa e quando fomos ao lugar de onde o som veio, mas não tinha nada, o senhor tem uma ideia do que pode ter sido?- Daniel falou, um pouco receoso.

–Na verdade, eu não sei, mas não precisa se preocupar, não é a primeira vez que isso acontece.

–Não?- eles perguntaram juntos.

–Não, desde que eu passei a morar nessa casa, pouco tempo depois eu comecei a escutar esse barulho, por isso sempre durmo com uma arma na mão, se alguém me atacar, já sabem.

–Ah, eu bem que estranhei o Senhor não ter aparecido.- disse Jaime.

Houve um instante de silêncio na cozinha, quando Seu Lúcio parou de lavar todos os pratos, Daniel perguntou:

–Escuta Seu Lúcio, não quero faltar com respeito e nem que o senhor pense que sou desses que gostam de se meter na vida dos outros mas... por quê essa casa tem tantos quartos se só o senhor mora aqui?

Seu Lúcio suspirou, ele não gostava de tocar naquele assunto, mas ele havia hospedado aquelas crianças em sua casa, ele tinha que contar sobre sua vida para que eles pudessem conhecê-lo.

–Sentem-se. É uma história longa e se eu contar aqui vocês vão se cansar.- ele disse e riu, os dois o acompanharam.

–Bom, meninos, acontece o seguinte: eu sou de uma família grande e rica, quando minha bisavó morreu, ela deixou uma grande herança para nós que pudemos comprar essa casa, nós éramos quase vinte, mas conforme o tempo foi passando, todos foram morrendo. Primeiro foi meu pai, que morreu de infarto, quando eu ainda era jovem. Muitos anos depois, foi a vez de minha mãe partir, também vítima de infarto, em seguida, meus primos, só tinha sobrado minha esposa, que era a única que eu amava de verdade, mas quando ela morreu atropelada por um motoqueiro que estava bêbado, grávida do meu primeiro filho, fiquei ainda mais sozinho, desde então, vivo sozinho.- ele disse, emocionado, assim como os dois garotos.

–Desculpe senhor, se eu soubesse que a sua história era tão triste assim, não teríamos tocado no assunto.- disse Daniel.

–Não, tudo bem, eu já superei tudo isso.

–Mesmo assim, a gente sente muito.- completou Jaime.

Em seguida, os garotos se levantaram e subiram cada um para seu quarto, claro que eles não dividiam quarto com ninguém, porque apesar de serem namorados, não tinham idade o suficiente pra ficar assim, dentro do quarto o dia inteiro, somente Seu Madruga dividia um quarto com Alejandra, mas ele não estava muito de bom humor naquele dia porque ele achava que se conseguisse recuperar a casa que morava na vila, seria bem melhor pra ele e para Alejandra, pois Chaves e Chiquinha já conheciam aquela casa, mas mesmo assim, era assim que teria que ser por um tempo, pois eles não tinham mais onde ficar.

Em certo ponto, Paulo foi descer as escadas para assistir televisão e viu que Seu Lúcio tinha um XBOX ligado à televisão de plasma, colada na parede da sala.

–Ei pessoal, venham ver isso!- ele gritou do corredor.

Quando todos desceram, Paulo mostrou o XBOX na mesa e logo Mário, Cirilo, Davi e Chaves o desafiaram para jogar o jogo que ele havia escolhido, eles se divertiram tanto que nem perceberam que a hora do almoço havia chegado.

–Ei criançada, o almoço está na mesa!- disse Seu Lúcio, na entrada da cozinha.

Todos largaram o jogo ali no meio da sala, desligado, claro, e foram correndo para a mesa da cozinha almoçar.

Depois do almoço, Daniel e Jaime combinaram de ficarem de vigia na hora de dormir, pois eles sabiam que como Seu Lúcio disse, aquilo acontece toda a noite, eles poderiam ficar de guarda para saber quem vai assaltar a casa.

Assim que o jantar acabou e todos foram dormir, Daniel e Jaime, como combinado, saíram de seus respectivos quartos e desceram para a sala, Daniel tinha nas mãos um taco de basebol que estava pendurado em cima do seu guarda-roupa, enquanto Jaime não levava nada, sua força já era tudo. Ficaram lá por muito tempo e quando já estavam perto de desistir e voltar para o quarto devido ao sono, finalmente eles ouviram o barulho e se esconderam debaixo de uma pequena mesa que tinha no meio da sala, de modo que só puderam ver os pés deles, quando eles pararam em certa parte do cômodo, eles saíram debaixo da mesa e golpearam os ladrões na cabeça, os dois desmaiaram na hora, mas a escuridão do local não permitiu que eles vissem o rosto dos bandidos, quando eles pegaram uma lanterna e iluminaram o rosto deles, ficaram boquiabertos com eles.

–Não acredito!!!- exclamou Daniel, um pouco alto.

–AH-MEU-DEUS!!!- repetiu Jaime, um pouco mais alto.

Os invasores que tentaram arrombar a casa eram Seu Madruga e Chaves, eles tinham algum tipo de maquiagem no rosto que fazia parecer que eles estavam mais velhos, mas os dois não podiam ser enganados. Depois de um tempo em estado de choque, os dois ladrões acordaram e os quatro começaram uma luta, chutavam as paredes, socavam móveis, fizeram um barulho bem alto na sala que despertou a atenção de todos, que acordaram e foram lá pra baixo, até Seu Lúcio foi lá com sua espingarda pra ver o que estava acontecendo, quando ele se deu conta do que se tratava, atirou pra cima.

–Já chega!- disse ele.

–Chapolin, Super Sam, como vocês podem ter feito isso com o Seu Lúcio? Ele que nos ofereceu abrigo aqui.- disse Daniel.

–Isso não se faz sabia?- disse Jaime, mas os bandidos os olhavam com uma cara de desentendidos.

–Quem são esses daí?- perguntou Seu Madruga.

–Ora, eles são...- Daniel começou a dizer, mas parou quando viu que Seu Madruga estava ali, sentado à sua frente e ao mesmo tempo, parado atrás dele querendo saber quem era, ainda tinha Chiqunha, Chaves e Alejandra ao seu lado, como pode isso?

–Crianças, eu sei o que vocês estão pensando, mas não é bem isso. Deixem eles comigo, vou explicar pra vocês tudo direitinho.- disse Seu Lúcio, algemando os bandidos.

Enquanto isso, Wario e Waluigi decidem voltar para Kauzópolis, mas como eles podem fazer isso se estão sendo procurados pela polícia por não terem tido tempo de pagar a conta do hotel, eles até chegaram a pensar que os gerentes do hotel não se importariam de não terem tido tempo de pagar a conta devido ao desespero deles, mas como eles viram que estavam sendo procurados, era óbvio que eles se importaram.

–Já sei, vamos entrar dentro do compartimento de malas do avião.- disse Wario e assim foi, eles entraram escondidos dentro de uma mala e entraram, seguindo a viagem com segurança.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso por hoje gente, até o próximo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Família do Barulho" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.