Logo assim que Alma Negra e seus comparsas capturaram Maria Joaquina e Rabito, num passe de mágica conseguiram fugir, deixando os patrulheiros apenas com a opção de voltarem pra casa. Quando voltaram, Lúcio percebeu que Mário e Daniel estavam tristes.

–O que foi meninos?- perguntou ele.

–Eles levaram a Maria Joaquina.- falou Daniel.

–E o Rabito também.- respondeu Mário.

–Levaram? Como?

–Eles enganaram a gente! Quando eles nos desafiaram não era pra uma batalha final, era pra nos distrair pra pegarem os dois!- gritou Mário.

–Mário, desculpe te contrariar, mas eu acho que eles estavam atrás só do Rabito, mas como a Maria Joaquina correu pra ver quem estava ali, levaram ela também pra não atrapalhar os planos deles, entendeu?- disse Mister B.

–Como você sabe?

–É óbvio cara. Pensa só, se o Rabito não late, a Maria Joaquina não voltaria. Como é que eles iam ficar ali parados se quisessem capturar a Maria Joaquina antes?

–Claro que não.- Mário rebateu.

–Ai crianças, dá pra ficarem calmos? Primeiro, o que aconteceu pra vocês estarem assim? Vermelhos e azuis?- perguntou Lúcio.

–É mesmo pessoal. Apesar da nossa situação, temos que pensar em uma forma de desfazermos essa magia e nos livrarmos dessas cores.- disse Daniel.

–Quem sabe o Professor Inventivo possa nos ajudar?- sugeriu Paulo.

–Boa ideia, vamos lá falar com ele.- disse Daniel.

–Crianças, se querem ajuda do Professor Inventivo vão ter que esperar, ele saiu agora há pouco pra comprar umas coisas para usar no novo experimento.- avisou Lúcio.

–Tudo bem, a gente espera.- falou Cirilo, subindo para o quarto.

Naquela tarde, Daniel ficou o tempo todo deitado na cama, chorando, pensando em como Alma Negra poderia estar tratando ela agora. Será que ele estava torturando ela? Será que estava machucando ela? Ou será que ela estava simplesmente amarrada e amordaçada pra que ficasse sem nenhuma defesa? Se a teoria de Mister B estiver certa, ela deve estar somente dopada ou algo assim pra que os piratas possam usar somente Rabito para as próximas batalhas.

–Eu vou te resgatar Maria Joaquina. Ah, se vou!- ele disse, ainda com lágrimas nos olhos e olhando o teto.

Já Mário estava recebendo o apoio de Marcelina, que tentava consolá-lo de todas as maneiras, mas não conseguia.

–Não dá pra acreditar! Por quê logo o Rabito?- Mário perguntou, entre soluços.

–Não sei amor. Não sei.- ela disse.

–Aposto que devem estar maltratando ele agora! E como estão!- ele disse, chorando mais ainda.

–Calma amor, a gente vai resgatar ele e a Maria Joaquina também. Confie nisso.

Depois de muito tempo, Mário acabou adormecendo e Marcelina ficou deitada no lado dele, esperando que quando ele acordasse, ficasse mais calmo, quando ouviu uma batida na porta. Ela abriu, era Chapolin.

–Marcelina, fala pro Mário que o Professor Inventivo chegou e ele poderá nos ajudar a voltarmos à nossas cores normais.- disse ele.

–Tá bom, já vou.- ela respondeu e fechou a porta.

Minutos depois, os dois estavam lá no laboratório do professor. Ele havia conseguido descobrir o tipo de mágica negra que o Alma Negra havia feito para deixá-los daquele jeito e descobriu como desfazer essa mágica. Não era falando palavras mágicas, ele apenas tinha uma máquina que tiraria toda a radioatividade da mágica e faria eles voltarem ao normal. Funcionou, em uma hora, todos estavam de volta às suas verdadeiras cores.

–Obrigado professor, você é um gênio.- disse Super Sam.

–Agora não tem mais essa de que um é melhor que o outro.- ironizou Mister B.

–Não quero lembrar disso, vamos agora nos concentrar em algo pra resgatarmos Maria Joaquina e Rabito.- disse Daniel.

Enquanto isso, Alma Negra está na sua sala com seus amigos e Lobinho e Dedinho, eles estão jogando cartas, pois já estavam com o próximo plano armado. Rabito estava amarrado por uma corrente de ferro presa à sua coleira e Maria Joaquina estava ao seu lado. Agora que haviam escondido sua super bolsa, ele era a única coisa que poderia acalmá-la, já que conhecia o cão tão bem. Apesar de tudo isso, ela sabia que Daniel e Mário jamais descansarão enquanto não conseguirem resgatá-los. Era só esperar.