Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira
Freddie cochilava no sofá quando foi acordado pela empolgação de uma garotinha:
– Olha só tio! Agora nós dois temos gesso! Somos praticamente iguais! - falou Mabel, mostrando o seu braço engessado.
– Tem razão, mas o seu é no braço direito e o meu no esquerdo – reparou Freddie.
Isabelle se aproximou:
– Por que não param com essa babaquisse? Já que estão com esses troços no braço, por que não aproveitamos para nos divertir? - perguntou a menina com um pacote de canetinhas em mãos.
– Boa ideia! - disse Mabel, contente, pegando uma canetinha azul e começando a desenhar no próprio gesso.
– Eddie! Nick! - chamou Isabelle.
Os gêmeos saíram de seu quarto correndo.
– Hora de se divertir pintando o gesso do papai! - falou a menina entregando canetinhas aos irmãos.
– Eba! - falaram os meninos ao mesmo tempo, começando o trabalho, seguidos pela irmã.
– Com calma crianças – pediu Freddie.
Sam chegou do supermercado e viu as crianças empolgadas, atacando Freddie com canetinhas.
– O que tá rolando? - perguntou a loira.
– Olha mamãe! Pintamos o gesso do papai – informou Isabelle.
Sam começou a rir ao ver que haviam pintado até o braço de Freddie.
– Tá achando engraçado né? Queria ver se fosse contigo – disse Freddie à esposa.
– Relaxa amor, já passei por isso, lembra quando Belinha pintou minha cara com canetinha enquanto eu dormia no hotel em Nova York?
– Eu fiz isso? - perguntou Isabelle achando graça.
– Fez, devia ter pouco menos de 2 anos. Mas nem pense em fazer isso de novo, porque agora está grandinha e eu posso te dar um belo castigo se fizer isso – ameaçou Sam.
A campainha tocou e Sam foi abrir. Viu Jade, Beck e Richard parados e os cumprimentou com abraços e beijos, contente:
– Que bela surpresa! Entrem – convidou Sam.
Isabelle viu o garoto e foi correndo até ele:
– Rick! - abraçando-o.
– Você tá me sufocando – reclamou o menino.
– Desculpe – disse Isabelle sem graça.
– Olá Mabel! - cumprimentou Richard à loira mais nova, afastando-se de Isabelle e caminhando até ela.
– Quer desenhar no meu gesso? - perguntou Mabel ao menino.
– É claro – respondeu Rick, pegando a canetinha vermelha de cima da mesinha de centro.
Isabelle se aproximou:
– Fui eu que tive essa ideia.
– Muito boa ideia – observou Richard.
– Acha mesmo?
– Sim.
Isabelle sorriu, satisfeita.
Jade e Beck explicaram à Sam e Freddie que estavam rodando um curta metragem e que escolheram Seattle para algumas locações, já que a cidade costumava ser nublada e o filme tinha toques de terror. Assim, perguntaram se poderiam deixar Richard com eles enquanto trabalhavam naquele final de semana. Sam e Freddie afirmaram que não havia problema.
Para distrair as crianças, Sam, Freddie, Gibby e Carly combinaram de levar os pequenos ao parque de diversões que estava na cidade. Todos se encontraram na portaria do Bushwell Plaza.
Carly apresentou Cris e Rick.
– Filho, esse é o Richard e Richard esse é o Cris, tenho certeza de que poderão ser bons amigos.
Os garotos se olharam desconfiados.
– Você gosta de zumbis? - perguntou Rick a Cris.
– Não, você gosta?
– Não desgosto.
– Como assim?
Isabelle cochichou para Cris:
– A gente nunca entende direito o que Rick quer dizer, mas ele é legal.
– Se você tá dizendo eu acredito.
No parque de diversões as crianças pediram para ir à roda gigante. Sam disse aos gêmeos que ainda não tinham idade para o brinquedo e pediu que Freddie e Gibby os levassem ao carrossel. Sam e Carly acompanhariam as crianças à roda gigante.
– Eu quero ir com o Rick! - pediu Isabelle na fila do brinquedo.
– E eu quero ir com o Cirs! - pediu Mabel.
Os meninos não fizeram nenhum comentário à fala das meninas.
Quando chegou a vez deles. Mabel foi a primeira a se sentar em uma das cadeiras da roda gigante e Rick correu para se sentar ao lado dela.
– Rick, você vai comigo! - reclamou Isabelle, exigindo que o amigo mudasse de lugar.
O operador do brinquedo apareceu fechando o banco onde estavam Mabel e Rick, dizendo:
– Sentem logo nos seus lugares, a fila tá grande.
– Belinha, vai com o Cris e chega de birra – disse Sam, colocando a filha sentada no banco atrás de Mabel e Rick.
Carly colocou Cris sentando ao lado de Isabelle e o operador do brinquedo logo os fechou com a trava de segurança.
Carly e Sam sentaram-se atrás das crianças.
A roda gigante parou bem no alto e Isabelle começou a provocar Cris:
– Já pensou se eu te jogar daqui de cima?
– Você não teria coragem.
– Se eu fosse você não arriscava. Sabe Cris, você deveria ter sido mais esperto e mais rápido para se sentar com a Mabel, com ela você não corre riscos!
– Por que você não gosta de mim?
– Porque você é uma lesma que não serve nem pra sentar na droga do banco com a Mabel!
– Eu já entendi tudo – falou Cris, rindo.
– Entendeu tudo o que?
– Você gosta do Rick né?
– Eu não gosto do Rick, só não gosto de você!
– Pena que o Rick nunca vai gostar de você.
– O que disse? - perguntou Isabelle, agarrando Cris pela gola.
Sam viu a cena do banco de trás e começou a gritar com a filha:
– Isabelle, solte o garoto agora!
A menina obedeceu a mãe, contrariada, e a roda gigante voltou a funcionar, descendo.
Carly convidou todos para jantar no seu apartamento. Ela e Sam foram preparar pizzas, enquanto Freddie e Gibby acompanharam as crianças até o antigo estúdio de Icarly, onde sentaram-se nos pufs e assitiram desenhos.
O celular de Sam tocou. Ela rapidamente lavou as mãos cheias de queijo ralado na pia da cozinha, secou e foi atender na sala, falando baixo. Carly estranhou e questionou a amiga quando ela voltou à cozinha:
– Quem era Sam?
– Ninguém importante.
– Se não era importante, porque lavou e secou as mãos tão rápido pra atender?
– O celular tocando insistentemente me estressa.
– E por que não atendeu na cozinha mesmo?
– Isso é um interrogatório? - perguntou Sam, irritada.
– Claro que não.
– Ótimo! Então vamos logo terminar essas pizzas que eu tô com fome e as crianças também devem estar. Ainda tenho que preparar a pizza com queijo sem lactose para o Eddie.
Durante o jantar, Cris chamou Mabel para mostrar o que fizera no prato:
– Olha Bel! As azeitonas são os olhos e o nariz e o tomate é a boca do senhor pizza!
– Isso é muito legal Cris! - elogiou Mabel, empolgada – Faz no meu também?
– Claro – disse Cris, puxando o prato da amiga.
Richard observava a cena sem falar nada.
– Não vai mais comer Rick? - perguntou Isabelle.
– Não, pode comer o meu pedaço se quiser – falou Rick, empurrando o prato para ela.
– Isso é tão gentil! – elogiou Isabelle, pegando o pedaço de pizza.
Já era tarde, todos dormiam no apartamento dos Puckett Benson. Sam levantou-se sem fazer barulho, vestiu um casaco sobre o pijama e desceu à garagem.
– O que faz aqui Sam?
A loira se virou assustada:
– Quer me matar do coração Jade? - colocando a mão no peito.
– Terminamos agora as filmagens e precisamos pegar o Rick pra voltar pra Los Angeles daqui a algumas horas – explicou Beck.
– Claro, vamos subir – disse Sam, ainda pálida.
Quando chegaram ao apartamento, Beck foi pegar o filho, que dormia no quarto dos gêmeos e Jade chamou Sam para conversar:
– O que está aprontando Puckett?
– Nada.
– Sam, eu não nasci ontem. O que fazia sozinha e assustada na garagem no meio da madrugada? Não vai me dizer que está vivendo alguma aventura à margem do seu casamento?
– É claro que não! Eu jamais iria trair o Freddie. Jade, eu vou te contar o que está acontecendo, mas você vai me jurar guardar segredo, não pode contar nem pro Beck. Isso envolve a vida de muita gente, de pessoas que eu amo.
– Você sabe que não sou fofoqueira.
– Sei, por isso me sinto confortável para contar pra você.
Depois que Sam relatou tudo o que estava acontecendo para Jade, a amiga aconselhou:
– Eu espero sinceramente que isso dê certo Sam. Tome cuidado. Acho que está se arriscando demais e que esse jogo pode lhe trazer consequências desastrosas, mas você é adulta e sabe o que faz.
– Que jogo Sam? - perguntou Freddie, entrando na sala.
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