Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 66
O quinto aniversário


Notas iniciais do capítulo

Será que alguém acertou onde estava a Belinha?



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Freddie apertou o botão do elevador ansioso e assim que este abriu a porta embarcou, seguido por Sam, Carly, Brad e Costela. Foram ao último andar. O moreno correu até o final de um corredor e empurrou impaciente uma porta de metal. Para a surpresa de todos, exceto de Freddie, Isabelle dormia tranquilamente na pequena cama ao lado da casa de máquinas do elevador, alheia ao barulho que as cordas faziam a cada vez que alguém o chamava.
– Minha filha! – disse Sam, emocionada, correndo para abraçar Isabelle, que acordou com o gesto da mãe.
Freddie juntou-se ao abraço delas.
– Como sabia que ela estava aqui Freddie? – perguntou Carly.
– Foi pra cá que eu vim quando sai de casa aos 15 anos, e quando a Sam falou em cordas de elevador despertou a minha memória – explicou Freddie.
– A pergunta é: como a Isabelle sabia da existência desse quarto? – indagou Sam.
– O papai contou – entregou a menina sonolenta.
– Meus parabéns nerd! Dando ideia pra nossa filha fugir de casa – falou Sam com ironia.
– Eu não falei por mal. Na hora eu não imaginei que a Belinha fosse fugir pra cá – defendeu-se Freddie.
– É claro que não imaginou. Sam, não é hora para brigar com o Freddie – aplacou Carly.
– Tem razão. É hora de brigar com a Isabelle pelo o que aprontou. Você queria nos matar do coração? – perguntou ela à filha irritada.
– Não. Pensei que não se importavam mais comigo, então fui embora – respondeu Isabelle fazendo beicinho de choro.
– Pensou isso porque é uma garota muito boba – disse Sam – E por causa disso vai ficar de castigo por uma semana sem vídeo-game.
– Eu não ligo – falou Isabelle, dando de ombros.
– E sem hambúrguer no final de semana – completou Sam.
– Agora está sendo cruel! – reclamou Isabelle.
– Você foi cruel nos dando esse susto – rebateu Sam.
Freddie abraçou novamente a filha e disse:
– Nunca mais nos assuste assim princesa, promete?
– Sim, eu prometo – garantiu Isabelle, abraçando o pai, que logo a pegou no colo.
Todos voltaram para os seus apartamentos.
Sam, Freddie e Isabelle surpreenderam-se ao ver que a porta do apartamento estava aberta e ao avistar Marissa sentada no sofá da sala dando papinha para os gêmeos sentados no carrinho.
– Como a senhora entrou aqui? – perguntou Sam.
– A porta estava aberta.
– E por que entrou aqui? – indagou a loira.
– Eu tinha certeza de que haviam esquecido esses dois anjinhos para ir procurar a Isabelle. Cheguei aqui e estavam se acabando de chorar de fome no berço.
– Foi um lapso. Ficamos nervosos por causa da Belinha. Valeu mãe – agradeceu Freddie, sem graça.
– Vocês têm mais filhos do que podem dar conta! – falou Marissa com ar de acusação, colocando o prato com a papinha no sofá e levantando-se para sair.
Sam pegou o prato de papinha, sentou-se no sofá, e continuou dando comida aos gêmeos.
– Espero que ela tenha colocado o leite especial do Eddie aqui – falou Sam enquanto remexia com a colher a papinha.
– Minha mãe jamais se esqueceria de algo assim – observou Freddie.
– Claro, porque a mãe esquecida sou eu! – falou Sam, irritada.
– Eu não disse isso.
– Antes que vocês comecem a brigar, eu quero dizer que fui realmente boba pensando que vocês não se importavam comigo. Até esqueceram os bebês bobões por minha causa – disse Isabelle.
– Isabelle, eu amo todos os meus filhos da mesma maneira. Você estava em perigo, na minha cabeça, e eu acabei sendo um pouco negligente com seus irmãos. Da mesma maneira, eu posso ter sido negligente com você algumas vezes, por considerar que já é grandinha, enquanto seus irmãos precisam mais de mim. Você entende? – perguntou Sam.
– Sim, agora eu entendo. Me desculpem – falou Isabelle, abaixando a cabeça.
– Está desculpada princesa, mas prometa que será boazinha de agora em diante – pediu Freddie.
– Eu prometo que vou tentar – disse a pequena sorrindo.
Os dias passaram rápido e Isabelle acordou numa manhã chuvosa em Seattle, olhou para o relógio digital ao lado da cama e viu que ainda era 6h30, logo, seus pais ainda deveriam estar dormindo. Pensou que nada de especial aconteceria naquele dia, pois seus pais combinaram de fazer uma festa no final de semana, junto com a dos irmãos. Então, fechou os olhos e se esforçou para voltar a dormir.
Meia hora depois, Isabelle foi acordada com os pais cantando “parabéns pra você”. Ela abriu os olhos e logo viu a enorme torta de morango, a sua preferida, do Senhor Galini.
– Agora apague as velas querida e faça um pedido – disse Sam.
Isabelle apagou as velas.
– Posso saber o que a princesa desejou? – perguntou Freddie.
– É segredo Freddinardo – observou Sam.
– Não é segredo. Eu desejei que nunca falte amor na nossa família.
– Oh, isso é muito lindo! – elogiou Sam, abraçando a filha, tendo Freddie se juntado ao abraço.
Em seguida, Sam pegou os pratos e os três devoraram parte da torta.
– Posso não ir pra escola hoje? – perguntou Isabelle aos pais.
– Não pode – respondeu Sam.
– Mas hoje é meu aniversário – justificou Isabelle.
– Mais um motivo pra ir à aula, vai ser legal, porque todos vão te dar parabéns, vão cantar para você – explicou Freddie.
– Eu vou pagar mico você quer dizer – rebateu Isabelle.
– Se você for uma boa menina e for para a escola sem reclamar terá uma surpresa mais tarde – prometeu Sam.
– Então eu vou pra escola – concordou Isabelle.
Final da tarde, Sam, Freddie e os gêmeos foram de carro buscar Isabelle no colégio, indo direto para o “Funk e Fester’s”.
Spencer já estava lá quando eles chegaram:
– Sejam bem-vindos! Prepare-se para a diversão garotinha. Você tem a sorte de ter como seu mestre Spencer Shay! Juntos vamos ganhar o maior prêmio daqui, que agora é o senhor gorila gigante.
– Que legal! Vamos ganhar o gorila gigante! – comemorou Isabelle.
– Preparada?
– Sim!
Spencer tirou um cartão do parque do bolso e correu para a primeira máquina, Isabelle correu atrás.
Sam e Freddie foram para a lanchonete com Nick e Eddie.
Como o prometido, Spencer conseguiu ganhar o gorila gigante para Isabelle. Ele não deixou de tirar sarro da cara do atendente do parque Tody:
– É a segunda vez que Spencer Shay ganha o prêmio máximo. Pode chorar de inveja Tody.
– Vê se cresce cara! – disse o funcionário sem paciência, entregando o gorila de pelúcia à Isabelle, que mal conseguia segurá-lo.
Na volta para casa, a família Puckett Benson passou no drive thru para comprar hambúrgueres, que devoraram no caminho.
Isabelle chegou em casa satisfeita.
– Gostou do seu dia Belinha? – perguntou Freddie.
– Eu amei! – respondeu a menina empolgada.
– Mas ainda não terminou – informou Freddie.
– Que filme você quer assistir na cama da mamãe e do papai? – perguntou Sam.
– Sério? Depois posso dormir com vocês?
– Talvez – respondeu Sam.
– Eba! Eu quero assistir o meu preferido, que é a Bela e a Fera.
Sam, Freddie, Isabelle, Nick e Eddie acomodaram-se na cama do casal e foram assistir ao filme escolhido por Isabelle. Antes de terminar, as crianças já haviam adormecido. O casal olhou para os filhos em sono tranquilo e tiveram o mesmo pensamento: “Isabelle tem razão, o que mais podemos desejar além de que nunca falte amor a nossa família?”.
Como se soubessem o que outro estava pensando, Sam e Freddie entreolharam-se, sorriram e deram-se as mãos, não demorando a pegar no sono.


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