Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira
Notas iniciais do capítulo
Agradeço a todos pelos comentários, que estão me dando incentivo e ideias para continuar escrevendo :)
– Toc-toc – disse Cat ao ouvir batidas na porta, enquanto estava sentada no sofá assistindo à televisão – Deve ser a Carly do ICarly! – disse em voz alta, empolgada por estar prestes a conhecer mais um elemento do seu web show favorito.
Cat correu à porta e abriu muito sorridente:
– Carly Shay! Minha nossa! Você é ainda mais bonita pessoalmente.
– Valeu, você também é muito bonita – respondeu Carly sorridente, com sua simpatia de sempre – Você deve ser a Cat, companheira de quarto da Sam, certo?
– Certo. Cat Valentine, muito prazer – estendendo a mão para Carly – Entre, fique a vontade.
Carly colocou suas duas malas num canto ao lado da porta e sentou-se no sofá com Cat, perguntando:
– O que está acontecendo com a Sam? Onde ela está? Fiquei muito preocupada com a sua ligação, por isso peguei o primeiro voo para Los Angeles.
– Ela foi ao cinema com os gêmeos que estamos cuidando, mandei-a sozinha de propósito, porque sabia que você iria chegar e queria conversar a sós.
– Então é realmente grave.
– Depende do ponto de vista. Vou te contar tudo.
Enquanto isso, Sam saia sorridente do cinema, levando os dois garotos ruivos gêmeos pela mão.
– O filme foi muito legal Sam. Acertou em cheio na escolha – disse um dos meninos (Sam não fazia ideia de qual deles).
– Que bom que gostou. Eu sabia que deixar de observar a faixa etária indicada no filme de vez em quando não faz mal a ninguém – falou ela, rindo.
– Eu amei aquela cena que o zumbi devora o cérebro do camponês – contou o outro garoto animado.
– Eu também. Foi minha cena favorita. Bate aqui garoto – disse Sam abrindo a palma da mão para o pequeno bater com empolgação – Mas, para a mãe de vocês não me culpar de pesadelos noturnos, que tal arejar a cabeça com jogos no play e depois com um bom lanche no Bots?
– Eba! – comemoraram os gêmeos, colocando os braços para cima.
No final do passeio, quando ambos estavam satisfeitos com o lanche, Sam os levou para casa, mas antes que entrassem, logo após a mãe de ambos pagar a ela, os meninos enlaçaram a cintura de Sam num abraço e disseram:
– Obrigado pelo passeio. Foi muito legal!
– Você é a melhor babá do mundo. Te adoramos!
Quando os meninos entraram, Sam tinha um sorriso bobo nos lábios. “Não é que a Cat pode ter razão, eu tenho mesmo jeito com criança, talvez não seja a pior mãe do mundo”.
Sam entrou em casa e viu Cat preparando o jantar na cozinha.
– Melhorou a diarreia? – perguntou Sam a ruiva.
– Que diarreia? – quis saber Cat, sem entender.
– Aquela que te impediu de sair comigo e com os gêmeos.
– Ahhh! Aquela! Sim, estou muito melhor, até já passou.
– Era mentira né? Sabia! – disse Sam, rindo – Eu que tô grávida e você que fica com preguiça!
– Sam, deixa isso pra lá, eu tive um bom motivo pra fazer isso. Tem uma surpresa pra você lá no quarto.
– Que surpresa? – indagou Sam curiosa.
– Veja com seus próprios olhos.
Sam correu para o quarto e não acreditou no que seus olhos viram:
– Carly Shay? – esfregando os olhos – Isso é uma alucinação?
– Deixa de ser boba Sam, sou eu mesma, sua melhor amiga, em carne e osso! Morrendo de saudade e louca por um abraço seu – disse Carly abrindo os braços.
Sam atirou-se no abraço de Carly, sem conseguir conter as lágrimas, as quais também começaram a cair pela face de Carly.
– Eu pensei que não te veria tão cedo – falou Sam, finalmente desfazendo o abraço e secando as lágrimas.
– Eu queria ter vindo antes, mas estava ocupada com a seleção da universidade. Fui aprovada na Universidade de Florença e vou começar jornalismo lá no próximo mês – contou Carly, também enxugando as lágrimas.
– Meus parabéns Carls. Mas, eu nunca tive dúvida que você fosse capaz de entrar em qualquer curso, em qualquer universidade.
– Na verdade, ainda faltava resolver questões com alojamento, mas deixei a cargo do meu pai, porque tinha urgência em lhe ver.
– Por quê? Aconteceu alguma coisa? Você está bem Carly? – perguntou Sam, preocupada.
– Eu estou, mas soube que você não está. Sam, por que não me falou? Somos melhores amigas, mas você insiste em esconder as coisas de mim.
– Eu não queria te incomodar com os meus problemas.
– Para loira!
– Para você morena!
– Sam, o que pretende fazer agora que sabe que vai ter um filho?
– Não faço a menor ideia. Na verdade, é assustador!
– Eu imagino o quanto, embora não possa saber de verdade. Mas, você já contou ao Freddie?
– Por que deveria?
– Ora, porque ele é o pai! – falou Carly indignada, como se fosse óbvio.
– Claro que não é.
– Se ele não é o pai, então quem é?
– Você não conhece.
– Te conheço o suficiente para saber quando está mentindo.
– Não estou não.
– Está bem. Então, você não vai se incomodar se eu pegar o meu celular agora e ligar para o Freddie contando a novidade – disse Carly pegando o telefone do bolso e começando a discar.
– Não! – falou Sam, exaltada, atirando-se em cima de Carly e puxando o telefone de sua mão.
– Bom, depois da cena, não há a menor dúvida de que Freddie é o pai, até porque ele me contou há algum tempo que esteve aqui em Los Angeles para te visitar, mas que você agiu de forma muito estranha e deu um fora nele depois de parecer que finalmente iriam se entender.
– Quer dizer que agora você é a confidente do Freddie?
– Sempre fomos melhores amigos e, ao contrário de você, ele não me esconde as coisas.
– Então como os melhores amigos não escondem as coisas um do outro, aposto que você vai contar pra ele.
– Eu não, você vai. O Freddie merece saber que vai ter um filho. É cruel esconder isso dele.
– Não se trata de crueldade. Você não entende! Eu quero protege-lo. Você deve saber que o Freddie foi selecionado para o curso de engenharia da computação que ele tanto queria.
– Claro que sei.
– Se ele souber que estou grávida, vai querer largar tudo pra vir brincar de casinha comigo aqui em Los Angeles e o futuro nerd dele estará arruinado. Além disso, não quero que ele se sinta na obrigação de ficar comigo só porque vou ter um filho dele.
– Você acha mesmo que o Freddie ficaria com você por obrigação? Ele é completamente apaixonado por você!
– E por você?
Antes que Carly pudesse responder, Cat entrou no quarto, saltitante:
– Preparei minha especialidade: bolinhos! Estão quentinhos, acabei de tirar do forno!
– Quer matar a Carly com seus bolinhos assassinos que grudam no céu da boca até a pessoa quase sufocar? Esqueceu do que fez ao pobre do Dice? – indagou Sam.
– Dessa vez deu certo. Eu corrigi a receita – garantiu Cat.
– Vai por mim Carly, não coma – aconselhou Sam à amiga morena, que apenas sorriu educadamente.
– E eu também fiz almondegas – informou Cat.
– Taí uma coisa que vale a pena comer – falou Sam, empolgada, seguindo para a cozinha.
As três jantaram animadamente, com Cat enchendo Sam e Carly de perguntas sobre o ICarly.
– Vejo que continua com o seu grande apetite de sempre Sam – observou Carly, depois que ela e Cat levantaram-se da mesa enquanto Sam enchia mais uma vez o prato.
– Agora eu tô comendo por dois – justificou Sam.
– Não quero ser alarmista, mas sinto que vai faltar comida nessa casa em breve – disse Carly para Cat.
– Cat não liga, é vegetariana. Come feito um passarinho – informou Sam.
Depois do jantar, Carly voltou a insistir com Sam:
– Você vai ligar para o Freddie e contar sobre o bebê ainda hoje.
– Você não é minha mãe pra me dar odens – retrucou Sam.
– Por que Sam deve ligar para o Freddie? – perguntou Cat sem compreender.
– Porque ele é o pai do bebê – contou Carly.
– Eu sabia que o filho era do Freddie e não do alienígena! – disse Cat.
– Que história é essa de alienígena? – perguntou Carly confusa.
– Uma história sem importância. Quero levar um papo sério com as duas. Na verdade, farei um pacto de confiança. Eu posso confiar em vocês?
– Sim – responderam Carly e Cat ao mesmo tempo.
– Ótimo! Vocês vão me jurar guardar segredo quanto à paternidade do meu filho. Vão jurar que nunca, sob hipótese alguma, vão contar ao Freddie sobre esse filho – pediu Sam.
– Isso é um absurdo Sam! – se opôs Carly, nervosa.
– Eu concordo com a Carly. Não podemos prometer isso. O filho também é dele – falou Cat indignada.
– Podem contar se quiserem, mas... eu sumo no mundo em seguida – ameaçou Sam.
– Você não teria coragem – disse Cat.
– Ah teria! Eu já fiz isso uma vez, quando sai de Seattle sem prévio aviso. Eu não tenho medo de botar o pé na estrada de novo – falou Sam.
– Mas não está sozinha agora, tem um filho pra criar – observou Carly.
– Posso cria-lo longe daqui. Eu me viro, dou um jeito, sempre dei – rebateu Sam – A escolha é de vocês – concluiu Sam, indo para o quarto.
– O que faremos? – perguntou Cat agitada para Carly.
– Por ora, nada. Melhor deixar a Sam se acalmar. Daqui a pouco ela se dá conta da besteira que está fazendo, assim espero.
No dia seguinte, Carly levou Sam à primeira consulta do pré-natal e foi ao shopping, onde comprou o primeiro sapatinho para presentar o bebê.
Depois de uma semana juntas, quando Sam já se sentia mais calma com o seu estado e feliz por estar na companhia da melhor amiga, Carly informou que precisava voltar para a Itália, pois seu pai precisava da sua aprovação para umas escolhas que fizera quanto às acomodações de Carly na universidade.
As duas abraçavam-se no aeroporto, logo após a primeira chamada do voo de Carly.
– Não é um adeus Sam, mas um até logo. Já disse que estarei aqui quando estiver perto do bebê nascer – prometeu Carly, afagando os cabelos da amiga.
– Ai de você se não estiver – falou Sam, rindo.
– Pode deixar loira. Se cuida e cuida do meu afilhadinho – disse Carly acariciando a imperceptível barriga de Sam.
Carly deu um beijo no rosto de Sam, outro no de Cat e partiu.
Cat foi emburrada durante todo o percurso de volta pra casa, na garupa da moto de Sam. Quando chegaram, a loura perguntou:
– Que bicho te mordeu Cat?
Sem rodeios, ela respondeu irritada:
– Pensei que eu seria a madrinha do bebê.
– Você já vai ser a titia, não precisa ser a madrinha.
– Eu esperava um pouco mais de consideração. Eu estou sempre com você, ela tá lá longe!
– Cat, eu te adoro, mas a Carly é minha melhor amiga desde os 8 anos. Nós prometemos, ainda na infância, que uma seria a madrinha do filho da outra.
– Você que sabe, mas seu filho está perdendo uma grande madrinha como eu – disse Cat, ofendida.
– Cat, não fica brava comigo. Se um dia eu tiver outro filho, prometo que será seu afilhado.
– Jura?
– Sim.
– Yay! – comemorou Cat levantando os braços.
Os meses passaram rápido e a gravidez de Sam já era perceptível. Ela se olhava no espelho a cada manhã como se não quisesse perder cada instante do crescimento do seu bebê dentro do seu ventre. Certo dia sentiu-o chutar, mas estava sozinha em casa, sem ter com quem dividir esse momento mágico. Então, desejou que Freddie estivesse junto, sentindo a mesma emoção.
Num impulso, Sam pegou o celular e ligou para Freddie.
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