Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 6
A visita de Carly


Notas iniciais do capítulo

Agradeço a todos pelos comentários, que estão me dando incentivo e ideias para continuar escrevendo :)



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– Toc-toc – disse Cat ao ouvir batidas na porta, enquanto estava sentada no sofá assistindo à televisão – Deve ser a Carly do ICarly! – disse em voz alta, empolgada por estar prestes a conhecer mais um elemento do seu web show favorito.

Cat correu à porta e abriu muito sorridente:

– Carly Shay! Minha nossa! Você é ainda mais bonita pessoalmente.

– Valeu, você também é muito bonita – respondeu Carly sorridente, com sua simpatia de sempre – Você deve ser a Cat, companheira de quarto da Sam, certo?

– Certo. Cat Valentine, muito prazer – estendendo a mão para Carly – Entre, fique a vontade.

Carly colocou suas duas malas num canto ao lado da porta e sentou-se no sofá com Cat, perguntando:

– O que está acontecendo com a Sam? Onde ela está? Fiquei muito preocupada com a sua ligação, por isso peguei o primeiro voo para Los Angeles.

– Ela foi ao cinema com os gêmeos que estamos cuidando, mandei-a sozinha de propósito, porque sabia que você iria chegar e queria conversar a sós.

– Então é realmente grave.

– Depende do ponto de vista. Vou te contar tudo.

Enquanto isso, Sam saia sorridente do cinema, levando os dois garotos ruivos gêmeos pela mão.

– O filme foi muito legal Sam. Acertou em cheio na escolha – disse um dos meninos (Sam não fazia ideia de qual deles).

– Que bom que gostou. Eu sabia que deixar de observar a faixa etária indicada no filme de vez em quando não faz mal a ninguém – falou ela, rindo.

– Eu amei aquela cena que o zumbi devora o cérebro do camponês – contou o outro garoto animado.

– Eu também. Foi minha cena favorita. Bate aqui garoto – disse Sam abrindo a palma da mão para o pequeno bater com empolgação – Mas, para a mãe de vocês não me culpar de pesadelos noturnos, que tal arejar a cabeça com jogos no play e depois com um bom lanche no Bots?

– Eba! – comemoraram os gêmeos, colocando os braços para cima.

No final do passeio, quando ambos estavam satisfeitos com o lanche, Sam os levou para casa, mas antes que entrassem, logo após a mãe de ambos pagar a ela, os meninos enlaçaram a cintura de Sam num abraço e disseram:

– Obrigado pelo passeio. Foi muito legal!

– Você é a melhor babá do mundo. Te adoramos!

Quando os meninos entraram, Sam tinha um sorriso bobo nos lábios. “Não é que a Cat pode ter razão, eu tenho mesmo jeito com criança, talvez não seja a pior mãe do mundo”.

Sam entrou em casa e viu Cat preparando o jantar na cozinha.

– Melhorou a diarreia? – perguntou Sam a ruiva.

– Que diarreia? – quis saber Cat, sem entender.

– Aquela que te impediu de sair comigo e com os gêmeos.

– Ahhh! Aquela! Sim, estou muito melhor, até já passou.

– Era mentira né? Sabia! – disse Sam, rindo – Eu que tô grávida e você que fica com preguiça!

– Sam, deixa isso pra lá, eu tive um bom motivo pra fazer isso. Tem uma surpresa pra você lá no quarto.

– Que surpresa? – indagou Sam curiosa.

– Veja com seus próprios olhos.

Sam correu para o quarto e não acreditou no que seus olhos viram:

– Carly Shay? – esfregando os olhos – Isso é uma alucinação?

– Deixa de ser boba Sam, sou eu mesma, sua melhor amiga, em carne e osso! Morrendo de saudade e louca por um abraço seu – disse Carly abrindo os braços.

Sam atirou-se no abraço de Carly, sem conseguir conter as lágrimas, as quais também começaram a cair pela face de Carly.

– Eu pensei que não te veria tão cedo – falou Sam, finalmente desfazendo o abraço e secando as lágrimas.

– Eu queria ter vindo antes, mas estava ocupada com a seleção da universidade. Fui aprovada na Universidade de Florença e vou começar jornalismo lá no próximo mês – contou Carly, também enxugando as lágrimas.

– Meus parabéns Carls. Mas, eu nunca tive dúvida que você fosse capaz de entrar em qualquer curso, em qualquer universidade.

– Na verdade, ainda faltava resolver questões com alojamento, mas deixei a cargo do meu pai, porque tinha urgência em lhe ver.

– Por quê? Aconteceu alguma coisa? Você está bem Carly? – perguntou Sam, preocupada.

– Eu estou, mas soube que você não está. Sam, por que não me falou? Somos melhores amigas, mas você insiste em esconder as coisas de mim.

– Eu não queria te incomodar com os meus problemas.

– Para loira!

– Para você morena!

– Sam, o que pretende fazer agora que sabe que vai ter um filho?

– Não faço a menor ideia. Na verdade, é assustador!

– Eu imagino o quanto, embora não possa saber de verdade. Mas, você já contou ao Freddie?

– Por que deveria?

– Ora, porque ele é o pai! – falou Carly indignada, como se fosse óbvio.

– Claro que não é.

– Se ele não é o pai, então quem é?

– Você não conhece.

– Te conheço o suficiente para saber quando está mentindo.

– Não estou não.

– Está bem. Então, você não vai se incomodar se eu pegar o meu celular agora e ligar para o Freddie contando a novidade – disse Carly pegando o telefone do bolso e começando a discar.

– Não! – falou Sam, exaltada, atirando-se em cima de Carly e puxando o telefone de sua mão.

– Bom, depois da cena, não há a menor dúvida de que Freddie é o pai, até porque ele me contou há algum tempo que esteve aqui em Los Angeles para te visitar, mas que você agiu de forma muito estranha e deu um fora nele depois de parecer que finalmente iriam se entender.

– Quer dizer que agora você é a confidente do Freddie?

– Sempre fomos melhores amigos e, ao contrário de você, ele não me esconde as coisas.

– Então como os melhores amigos não escondem as coisas um do outro, aposto que você vai contar pra ele.

– Eu não, você vai. O Freddie merece saber que vai ter um filho. É cruel esconder isso dele.

– Não se trata de crueldade. Você não entende! Eu quero protege-lo. Você deve saber que o Freddie foi selecionado para o curso de engenharia da computação que ele tanto queria.

– Claro que sei.

– Se ele souber que estou grávida, vai querer largar tudo pra vir brincar de casinha comigo aqui em Los Angeles e o futuro nerd dele estará arruinado. Além disso, não quero que ele se sinta na obrigação de ficar comigo só porque vou ter um filho dele.

– Você acha mesmo que o Freddie ficaria com você por obrigação? Ele é completamente apaixonado por você!

– E por você?

Antes que Carly pudesse responder, Cat entrou no quarto, saltitante:

– Preparei minha especialidade: bolinhos! Estão quentinhos, acabei de tirar do forno!

– Quer matar a Carly com seus bolinhos assassinos que grudam no céu da boca até a pessoa quase sufocar? Esqueceu do que fez ao pobre do Dice? – indagou Sam.

– Dessa vez deu certo. Eu corrigi a receita – garantiu Cat.

– Vai por mim Carly, não coma – aconselhou Sam à amiga morena, que apenas sorriu educadamente.

– E eu também fiz almondegas – informou Cat.

– Taí uma coisa que vale a pena comer – falou Sam, empolgada, seguindo para a cozinha.

As três jantaram animadamente, com Cat enchendo Sam e Carly de perguntas sobre o ICarly.

– Vejo que continua com o seu grande apetite de sempre Sam – observou Carly, depois que ela e Cat levantaram-se da mesa enquanto Sam enchia mais uma vez o prato.

– Agora eu tô comendo por dois – justificou Sam.

– Não quero ser alarmista, mas sinto que vai faltar comida nessa casa em breve – disse Carly para Cat.

– Cat não liga, é vegetariana. Come feito um passarinho – informou Sam.

Depois do jantar, Carly voltou a insistir com Sam:

– Você vai ligar para o Freddie e contar sobre o bebê ainda hoje.

– Você não é minha mãe pra me dar odens – retrucou Sam.

– Por que Sam deve ligar para o Freddie? – perguntou Cat sem compreender.

– Porque ele é o pai do bebê – contou Carly.

– Eu sabia que o filho era do Freddie e não do alienígena! – disse Cat.

– Que história é essa de alienígena? – perguntou Carly confusa.

– Uma história sem importância. Quero levar um papo sério com as duas. Na verdade, farei um pacto de confiança. Eu posso confiar em vocês?

– Sim – responderam Carly e Cat ao mesmo tempo.

– Ótimo! Vocês vão me jurar guardar segredo quanto à paternidade do meu filho. Vão jurar que nunca, sob hipótese alguma, vão contar ao Freddie sobre esse filho – pediu Sam.

– Isso é um absurdo Sam! – se opôs Carly, nervosa.

– Eu concordo com a Carly. Não podemos prometer isso. O filho também é dele – falou Cat indignada.

– Podem contar se quiserem, mas... eu sumo no mundo em seguida – ameaçou Sam.

– Você não teria coragem – disse Cat.

– Ah teria! Eu já fiz isso uma vez, quando sai de Seattle sem prévio aviso. Eu não tenho medo de botar o pé na estrada de novo – falou Sam.

– Mas não está sozinha agora, tem um filho pra criar – observou Carly.

– Posso cria-lo longe daqui. Eu me viro, dou um jeito, sempre dei – rebateu Sam – A escolha é de vocês – concluiu Sam, indo para o quarto.

– O que faremos? – perguntou Cat agitada para Carly.

– Por ora, nada. Melhor deixar a Sam se acalmar. Daqui a pouco ela se dá conta da besteira que está fazendo, assim espero.

No dia seguinte, Carly levou Sam à primeira consulta do pré-natal e foi ao shopping, onde comprou o primeiro sapatinho para presentar o bebê.

Depois de uma semana juntas, quando Sam já se sentia mais calma com o seu estado e feliz por estar na companhia da melhor amiga, Carly informou que precisava voltar para a Itália, pois seu pai precisava da sua aprovação para umas escolhas que fizera quanto às acomodações de Carly na universidade.

As duas abraçavam-se no aeroporto, logo após a primeira chamada do voo de Carly.

– Não é um adeus Sam, mas um até logo. Já disse que estarei aqui quando estiver perto do bebê nascer – prometeu Carly, afagando os cabelos da amiga.

– Ai de você se não estiver – falou Sam, rindo.

– Pode deixar loira. Se cuida e cuida do meu afilhadinho – disse Carly acariciando a imperceptível barriga de Sam.

Carly deu um beijo no rosto de Sam, outro no de Cat e partiu.

Cat foi emburrada durante todo o percurso de volta pra casa, na garupa da moto de Sam. Quando chegaram, a loura perguntou:

– Que bicho te mordeu Cat?

Sem rodeios, ela respondeu irritada:

– Pensei que eu seria a madrinha do bebê.

– Você já vai ser a titia, não precisa ser a madrinha.

– Eu esperava um pouco mais de consideração. Eu estou sempre com você, ela tá lá longe!

– Cat, eu te adoro, mas a Carly é minha melhor amiga desde os 8 anos. Nós prometemos, ainda na infância, que uma seria a madrinha do filho da outra.

– Você que sabe, mas seu filho está perdendo uma grande madrinha como eu – disse Cat, ofendida.

– Cat, não fica brava comigo. Se um dia eu tiver outro filho, prometo que será seu afilhado.

– Jura?

– Sim.

– Yay! – comemorou Cat levantando os braços.

Os meses passaram rápido e a gravidez de Sam já era perceptível. Ela se olhava no espelho a cada manhã como se não quisesse perder cada instante do crescimento do seu bebê dentro do seu ventre. Certo dia sentiu-o chutar, mas estava sozinha em casa, sem ter com quem dividir esse momento mágico. Então, desejou que Freddie estivesse junto, sentindo a mesma emoção.

Num impulso, Sam pegou o celular e ligou para Freddie.


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