Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 57
Vida de pai e mãe


Notas iniciais do capítulo

Não consegui colar a imagem dos gêmeos, mas podem acessar no link: http://laurasboxx.com/wp-content/uploads/2014/12/IMG_1736.jpg



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Sam e Freddie dormiam tranquilamente quando ouviram um chorinho.

– Ah não! Um deles já está querendo mamar de novo! Aposto que é o Nick. Assim vai acordar o Eddie e não dormiremos mais essa noite – reclamou Sam, sonolenta.

– Se fosse só essa noite estaria tudo certo, faz duas semanas que não conseguimos dormir uma noite inteira – observou Freddie, bocejando.

Isabelle entrou no quarto:

– Ei, vocês não vão ver seus filhos? Eu quero dormir. Sou criança e preciso descansar sabiam? Preciso dormir para crescer – queixou-se Isabelle.

– Quem te disse isso? – quis saber Sam.

– Minha professora. Agora vão ver os bebês.

Sam levantou-se e Isabelle deitou-se na cama dos pais.

– Não vai para o seu quarto Belinha? – perguntou Freddie.

– Já que vocês não me dão mais atenção, pelo menos me deixa dormir aqui.

– Está bem – concordou Freddie, sentindo peso na consciência.

Isabelle abraçou-se ao pai e logo adormeceu. Pouco depois, Sam voltou ao quarto com os dois filhos nos braços, acordando Freddie:

– Acorda dorminhoco, sua vez.

Freddie esfregou os olhos, soltou-se de Isabelle cuidadosamente e se levantou. Sam entregou os bebês pra ele:

– Os garotos já mamaram. Tem que fazer eles arrotarem e depois fica ninando pra dormirem logo.

– Tá bom, sei o que fazer – garantiu Freddie, com os filhos no colo, indo para o quarto dos garotos.

Sam deitou-se e abraçou a filha, dormindo logo.

Alguns dias depois, Sam estava terminando de dar banho em Eddie quando Isabelle entrou no quarto:

– Mamãe, eu estou com fome. Tenho que almoçar para ir à escola.

– Você não ia almoçar na casa da sua avó?

– Vovó Marissa tá viajando com o vovô Charles, lembra?

– É mesmo. Meu pai fez questão de levar aquela jararaca pra conhecer a casa dele em Londres.

– Você chama minha avó de jararaca, mas pelo menos ela me dá comida.

– Não está vendo que tenho que terminar de vestir seu irmão? E ainda falta dar banho no Nick. Eu sou uma só. Vá pedir comida pro seu pai.

– Papai foi ao supermercado, como você mandou.

– Então espera ele voltar. Não vai morrer por causa disso.

– Vou sim. Minha barriga tá roncando, eu vou ficar fraca e desmaiar e aí a culpa será sua!

– Tá bom, que inferno! – disse Sam, terminando de fechar o tip top de Eddie e colocando-o no carrinho de gêmeos ao lado do irmão.

Quando Freddie chegou com as compras, Sam e Isabelle já estavam almoçando.

– Poxa vida, nem me esperaram – reclamou ele.

– Culpa da sua filha que iria morrer se não almoçasse logo – explicou Sam.

– Vovó Marissa sempre me dá almoço cedo – justificou a pequena.

– Eu também tô morrendo de fome. Depois eu arrumo as compras, melhor comer logo – disse Freddie, lavando as mãos na pia da cozinha.

– Nada disso amorzinho. Primeiro vá dar banho no Nick. No Eddie eu já dei – determinou Sam.

– Precisa ser agora? – perguntou Freddie.

– Precisa. Vai logo.

Freddie aproximou-se do carrinho dos bebês na sala, olhou para os meninos e pensou: “E agora? Qual é o Nicolas?”.

– Nick, vem com o papai – chamou ele na esperança de que um dos bebês desse um sinal, mas nada. Eles tinham um mês ainda.

Freddie resolveu arriscar e pegou um dos bebês no colo.

– Aonde pensa que vai com o Eddie amor? – perguntou Sam, ao ver a cena.

– Eddie? Esse é o Eddie? – indagou Freddie, confuso.

Isabelle começou a rir:

– O papai nunca sabe quem é o Eddie e quem é o Nick!

– Ele sempre foi lesado assim minha filha – falou Sam.

– Caramba! Eles são idênticos! Como posso saber? – defendeu-se Freddie.

– Eu e a mamãe sabemos diferenciá-los – disse Isabelle.

– Realmente vocês são muito espertas! – disse Freddie, devolvendo Eddie para o carrinho e levando Nick para o banho.

Chegou o dia de Freddie retornar ao trabalho, já que ele havia entrado de férias após uma semana de licença paternidade, a fim de ajudar Sam com os filhos. Ele acordou cedo e se vestiu, estava terminando de arrumar o cabelo em frente ao espelho quando ouviu o choro de um dos bebês. Sam dormia profundamente, pois havia levantando várias vezes a noite para amamentar os pequenos.

Freddie foi ao quarto dos meninos e pegou o bebê que chorava no colo:

– O que foi garotão do papai? Está com fome de novo? A mamãe tá cansada, tá dormindo.

Ele sentiu uma umidade na fralda do menino e entendeu o motivo do choro. Então o colocou no trocador e foi trocar a fralda. Pouco antes de fechar a fralda limpa no garoto, sentiu um jato de xixi atingindo sua camisa de trabalho limpinha.

– Ah não! Eu não tenho outra camisa passada! – queixou-se ele, pegando a fralda de pano do menino, tentando limpar.

O outro bebê acordou e começou a chorar.

– Já vai! – disse Freddie ao menino no berço, enquanto fechava a fralda do bebê no trocador e o vestia, levando-o de volta ao berço.

Freddie pegou o outro filho que chorava no colo:

– Deve ser fralda molhada também.

Ele trocou o segundo bebê e o pegou no colo para colocar no berço, mas o choro não parava.

– O que houve garotão? Por que não para de chorar? Você tá com fome? Tá doendo alguma coisa?

De repente o bebê olhou para ele, fez um careta e vomitou no ombro do pai, sujando ainda mais a camisa.

– Eu não acredito nisso! – reclamou Freddie, colocando o filho, que havia se calado, de volta no berço.

Sam entrou no quarto e começou a rir da cena:

– Os garotos sujaram sua camisa limpinha? – perguntou ela, com ironia.

– Desse jeito vou chegar atrasado no trabalho! Tenho que passar outra camisa!

– Ninguém vai morrer porque o nerd vai se atrasar um pouquinho no trabalho.

– Não gosto de me atrasar, sabe disso!

– Ih, tá estressadinho – zombou Sam.

Freddie tirou a camisa suja e voltou apressado para a suíte do casal.

Sem Freddie para ajudar, Sam passava o dia em volta dos gêmeos. Ela adorava os momentos em que os garotos dormiam e se esforçava para que não acordassem tão cedo.

Isabelle estava brincando no quarto, quando ouviu-se um estrondo. Sam levantou-se do sofá e correu ao local, vendo que a menina havia despejado o baú de brinquedos no chão.

– Você merece umas palmadas Isabelle Puckett Benson! Quantas vezes já disse que não quero barulho quando seus irmãos estiverem dormindo?

– Eu não posso fazer nada desde que esses bebês bobões nasceram! Vocês só ligam pra eles e eu tenho que ficar quietinha, paradinha, que nem um robô – queixou-se a menina.

Sam sentou-se na cama da filha e a colocou no colo:

– Belinha, você já é uma mocinha. Não é isso que vive repetindo?

– Sim – confirmou a menina.

– Seus irmãos ainda são bebês e precisam de mim e do seu pai muito mais que você, mas isso não significa que a gente ame os meninos mais que amamos você. Acredita em mim?

Isabelle fez um sinal afirmativo com a cabeça. Sam abraçou a filha e deu um beijo em sua cabeça. Os bebês começaram a chorar.

– Agora recolhe essa bagunça que você conseguiu acordar seus irmãos – colocando a filha no chão e correndo para a sala.

Os bebês completaram dois meses, eram grandes, fortes, belos e saudáveis, para o orgulho dos pais.

Sam e Freddie observavam os filhos no berço, que antes fora de Isabelle e que, por sorte, haviam guardado no antigo quarto de entulhos que agora era o quarto dos meninos.

Nick e Eddie não apresentavam nenhum sinal de sono, pois estavam numa fase de trocar o dia pela noite. Nick era o mais risonho e Eddie o mais sério.

– Da arte de fazer filhos bonitos nós entendemos meu amor – elogiou Freddie.

– A mamãe aqui não é fraca – falou Sam, rindo.

Sam e Freddie se beijaram.

Isabelle entrou com um livro nas mãos:

– Quem vai ler pra mim hoje?

– Eu vou – disse Sam à menina – Boa sorte aí com os garotos – desejou Sam ao marido.

Sam começou a ler o livro para a filha, mas dormiu na metade da história. Isabelle voltou ao quarto dos irmãos, onde Freddie dormia sentado numa poltrona.

– Acorda papai – chamou Isabelle, puxando as bochechas do pai.

– Ai, garota! – reclamou Freddie, acordando assustado e tirando as mãos da filha do seu rosto.

– Mamãe dormiu no meio da história – contou a menina rindo.

– Ela está cansada.

– Termina de ler pra mim?

– Está bem.

Isabelle puxou o pai pela mão até seu quarto. Freddie pegou Sam no colo e a levou para a suíte do casal, depois voltou ao quarto da filha e leu a história até que ela adormecesse.

Sam dormia profundamente quando ele entrou na suíte, ela ainda trajava um short jeans e uma camiseta. Freddie pegou uma camisola e começou a trocá-la. Viu o corpo curvilíneo da esposa, que voltava a retomar suas belas formas perdidas na gestação. Ele não resistiu e começou a acariciar o corpo dela e distribuir beijinhos. Sam despertou:

– Para logo com isso nerd! Me deixa dormir.

– Sam, você tem ideia de quanto tempo não fazemos isso?

– Não sei, já perdi as contas. Mas, não faremos hoje, porque estou muito cansada e porque eu não quero correr o risco de ficar grávida de novo. Inquestionavelmente temos uma fertilidade perigosa.

– Então não faremos amor nunca mais para não corrermos o risco de você engravidar?

– Não faremos amor até você fazer uma vasectomia.

– O que está dizendo? – perguntou Freddie, surpreso.


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